Me afogando no oceano em seus olhos. escrita por Larian Gonzales


Capítulo 4
Meu anjo de luz




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Fitas fortes de um material que Elena não tem conhecimento prendem seus pulsos. São negras e grossas. Envolvem seus pulsos nos braços de uma cadeira dura e desconfortável. Ao olhar para o lado é possível avistar Caroline no outro canto da gigantesca sala sem mobília. A garota está com a cabeça caída para a esquerda, desacordada, e seus cabelos cobrem seu rosto.

A porta se abre, o que a faz dar um pulo na cadeira de susto.

– Bom dia, flores do dia!!! – Uma voz grossa masculina invade a sala. Cerca de dez homens entram nela e atrás deles um jovem loiro de um físico esplêndido com um sorriso malicioso no rosto.

Ele olha diretamente para Elena. Um simples olhar é o bastante para Elena estremecer e concluir que não gosta dele. Isso é óbvio, que vítima gosta de seu seqüestrador?

Elena dispara um olhar confiante e destemido para o jovem.

– O que você quer com a gente? Meus amigos vão vir me salvar!

– Seus amigos você quer dizer: irmãos Salvatore. Irmãos Salvatore quer dizer: Damon. Digamos que é o que eu quero para agora. – Ele sorri andando pela sala. – Meu nome é Niklaus Mikaelson. Pode me chamar de Klaus! E você é Elena Gilbert, não é? Você é a duplicata de Katherina Petrova.

É neste momento que Elena se toca. Por isso elas são tão iguais. Mas como isso é possível?

– Como conhece a Katherine?

– Longa história... Só o que preciso que saiba, é que eu preciso de algo muito valioso de seu namorado e ele não quis dar por bem. Se ele não quis dar por bem, recorremos para o “por mal”. É por isso que você está aqui!

Elena tenta avançar em Klaus, mas é repreendida pelas fitas.

– Katerina me mandou uma mensagem dizendo que havia falhado. Foi quando meus vampiros cercaram você e sua amiga na rua depois que saíram da biblioteca. Eles estavam de olho em vocês. – Klaus aponta para os rapazes á sua volta. – Era meio óbvio que Damonnão daria nada de mão beijada para Katerina. Então pensamos que você e sua amiga seriam uma boa isca.

– Mas o que você quer com ele? – Pergunta Elena nervosa. – Eu não tenho nada a ver com isso! Que ligação vocês tem? Você, Damon e Katherine...

– Elena isso não te diz respeito! Não sou obrigado a lhe dar satisfações, só o que você tem que fazer aqui é calar a boca e esperar seu namorado chegar com o que eu quero, e só então eu... – Klaus é interrompido pelo toque do celular – Fala Katerina...

– Lamento desapontá-lo... É o Damon!

– DAMON! – Klaus eleva o tom da voz em meio à um sorriso para que Elena escute – Posso deduzir que Katerina não deu conta de escapar de vocês não é? – Ele ri. – Ela não voltou, e vocês ta com o celular dela.

– Ela não deu, e nem vai dar. É o seguinte: Não toque em um só fio do cabelo de Elena, ou sua duplicata morre!

Os olhos zombadores de Katherine se dirigem para Damon com soar dizendo “Ah é, que você vai me matar... Aham, acredito!”. Stefan sorri para ela que está amordaçada e amarrada no banco de trás do carro.

– Primeiro, Damon... Se você a matar, não me fará nenhuma diferença, ela só está trabalhando pra mim, assim como os outros que pegaram a sua princesinha. Segundo... Se a matar não vai saber nunca onde estamos. A escolha é sua! Mas o que eu quero só pode ser conseguido com você. Eu quero o cristal!

– E pra que você o quer? Eu não sei onde está a porcaria desse colar, merda! – Damon esmurra o volante.

– Isso eu explico quando estiver aqui, e COM O COLAR! E se vira, dá um jeito! Me traga esse cristal e eu liberto a sua donzela intacta. Caso contrário, e você chegar aqui sem esse amuleto, eu te entrego a Elena de qualquer forma... Mas morta! – O tom da sua voz exibe frieza e ousadia, sem um pingo de insegurança.

– Não tenho medo de suas ameaças Klaus! Não se preocupe, vou achar esse maldito cristal. E quando eu achar, quero que Katherine me diga onde vocês estão. ESTAMOS ENTENDIDOS? – A autoridade na voz de Damon é evidente.

– É assim que eu gosto Damon! Estamos esperando.

Então ele desliga.

– Como vai achar esse colar Damon? Você não o vê há mais de 150 anos! – Stefan está preocupado. – E muito menos eu... Muitos bens e acessórios doas Salvatores foram perdidos conforme as décadas. Não há forma alguma de nós acharmos! Vai fazer o quê?

– Você não entendeu Stefan! Não é um talismã Salvatore! É um talismã Bennet... Sei a quem recorrer!

Apesar da mordaça Katherine sorri. Então Damon liga o carro.

~~~~~~~~

As luzes se apagam e as velas se ascendem. Stefan coloca seu diário de 1850 em cima do mata de Mystic Falls.

– O que é isso irmãosinho? – Pergunta Damon olhando pro diário que Stefan colocou na mesa.

– Ela pediu algo relacionado ao colar. Só o que eu tenho é a lembrança do cristal quando você deu para a mamãe! Eu trouxe o diário que fala dele, achei que seria importante!

– Veja só... Meu irmão ta ficando inteligente. – Damon sorri ironizando e dá uns tapinhas nas costas de Stefan. – Segura ela aí e cuida dela. Vou ver o que ela vai fazer!

Katherine está ainda amarrada e amordaçada quando Damon a empurra para Stefan. Ela se desequilibra e ele é obrigado a segurá-la para que não caia.

Seus olhos se levantam para ele de uma forma inocente que Stefan conhece.

A ponta da lâmina da faca rasga a ponta do dedo de Bonnie liberando duas gotas de sangue. Elas caem sob as páginas dos diários de Stefan e depois sob mapa, cobrindo o ponto que marca Mystic Falls. Seus olhos se fecham e as palavras desconhecidas e incompreensíveis soam pela sua boca e as chamas das velas se agitam.

Aos poucos, as pequenas gotas de sangue começam a se juntar e traçam uma trilha pelos traços das ruas da cidade desenhados no mapa. As gotas para exatamente no canto do espaço vazio do mapa onde há uma fazenda gigantesca. A antiga fazenda Salvatore.

– Aqui! – Aponta Bonnie no mapa.

– O que há aí? – pergunta Stefan de longe não podendo ver segurando a Katherine.

– É a nossa antiga fazenda Stefan... Não há nada ali perto, precisamos de uma localização mais exata Bonnie! Faz um esforço. – Suplica Damon ainda com calma.

– É o máximo que eu consigo Damon! Mas talvez...

– Talvez? – Questiona Stefan, ansioso pra que ela continue.

– Talvez se eu for junto eu possa dizer exatamente onde está! As bruxas vão me ajudar... Elas confiam em mim. – Bonnie está preocupada e nervosa.

– Está bem, vamos! Não há tempo para devaneios.

O inverno é uma estação implacável. As árvores parecem aconchegar-se quando a brisa gelada bate contra seus galhos entorpecendo suas folhas até as suas raízes. É quando as folhas resolvem dar o fora, e caem sob a grama úmida com falhas de barro molhado. Os ventos cortantes invadem friamente as plantas, acompanhados de maldosas geladas esbranquiçadas. A neve. Os flocos de neve.

Stefan bate o barro do pé antes de entrar no barracão abandonado que está caindo aos pedaços, e entra levando Katherine logo atrás de Damon e Bonnie.

– Isso aqui ta horrível! É aqui que está? Num barraco no meio desse matagal... Ninguem vem aqui há... – Damon se interrompe e Stefan completa:

– Cento e cinqüenta anos!

– É bom! É sinal que não foi mexido! – Bonnie desliza os dedos pelas várias e várias caixas de papelão de todos os tamanhos do barracão. Ela fecha os olhos e então desliza as mãos para uma escrivaninha antiga de madeira e desce até a terceira gaveta – Aqui! – Ela sinaliza e tenta abrir – Tá trancada! Não consigo abrir...

– Não é problema pra mim! – Damon se aproxima rapidamente e puxa com forca a pequena gaveta que se desloca. Com mais um puxão brusco ela se quebra, saindo completamente da escrivaninha. – Prontinho!

Basta uma chacoalhadinha pra que o cristal apareça em meio aos outros acessórios na gavetinha quebrada. Damon o levanta para os seus olhos. O seu brilho reflete nos olhos de Damon e através dele, uma lembrança vaga de dois garotinhos correndo por um jardim cheio de árvores e muito verde se torna nítida.

– Lembra-se do aniversário de mamãe Stefan? – Damon sorri ao olhar para o colar.

Diuseppe aponta orgulhoso para o lado leste de suas terras em direção à fazenda a mostrando para seus quatro corretores enquanto expõe suas informações detalhadamente pra que sejam anotadas.

– Ela tem pouco mais de dois quilômetros quadrados de terras abertas com árvores frutíferas crescidas e outras perto do riacho. Algumas mudas foram plantadas há dois meses por causa da geada que matou mais ou menos oito pés de...

Os corretores são interrompidos pelos arbustos que se agitam à sua frente logo atrás de Diuseppe. Stefan sai correndo por entre as folhas rindo e correndo se desequilibrando e batendo com tudo em uma das corretoras. Ele cai e rala o joelho. Seu choro assusta Damon que se esconde atrás das árvores com medo da reação de seu pai.

– Stefan, mas o quê? – Diuseppe olha para a situação desentendido e exaltado.

– Papai desculpe-nos! – Suplica o garotinho com grandes olhos azuis arregalados que corre para pegar Stefan no colo. Ele se ajoelha na frente de Stefan e beija seu machucado com afeto.

– Damon! De novo??? O que eu te disse sobre essas brincadeiras escrotas? Não vê que estou trabalhando? Veja o que fez ao seu irmão!

– Estávamos brincando papai! – Damon toma Stefan nos braços que para de chorar aos poucos.

– Não interessa! É sempre assim, ou você me atrapalha, ou seu irmão se machuca. Deveria estar estudando... Um dia todas essas terras serão suas e veja o que está fazendo... Se comportando como um total bastardo! Nem parece um verdadeiro Salvatore, e desse jeito nunca vai ser!

– Já chega Diuseppe!!! – Lucy o repreende invadindo o local e colocando as mãos nos ombros do pequeno Damon, que a olha com seus olhinhos brilhando, implorando por socorro e pedindo para que o proteja.

– Lucy! Dê um jeito nesse menino antes que eu mesmo dê!

– Você está passando dos limites! Respeite seus corretores, eles não têm nada a ver com isso! São só crianças, Diuseppe. Deixe-os brincar enquanto podem! Damon já escudou o bastante pela manhã, agora é hora de sair um pouco e sentir o ar fresco.

A autoridade fervorosa e ao mesmo tempo dócil na voz de sua mãe faz Damon sorrir. Stefan sorri junto e abraça o pescoço do irmão esquecendo-se da dor. Diuseppe sai zangado do local e seus corretores o seguem. Lucy sorri para Damon, que é abraçado pelo pequenino.

Os aplausos tomam toda a sala de estar. Um brisa doce assoprada por Lucy apaga as velas do bolo. Ela sorri para as damas e para os convidados que a aplaudem. Ao se distanciar sem se importar com os jovens que se apoderam dos doces, ela se aproxima dos seus dois garotinhos quietos e parados no canto da sala como dois guardinhas em pose de cavalheiros. Ao se agachar ela acaricia o cabelinho de Stefan e o rosto de Damon suavemente.

– Mamãe, queremos sair brincar de pique. Mas papai não vai deixar! – Resmunga Damon passando a mão pequena pelos dedos quentes de sua mãe.

– Vou dar um jeito! – Ela sorri e se levanta indo graciosamente até Diuseppe e tapando seus olhos dando beijos no seu pescoço.

Ele conversava com os outros cavalheiros quando foi surpreendido por ela. Lucy o vira e o beija o abraçando. As convidadas aplaudem o casal. Ela abre os olhos em meio ao beijo para alertar os meninos.

Nesse momento de distração os meninos saem da sala de estar indo diretamente para porta dos fundos correndo e a abrem. O por do sol refletido em seus olhos e a brisa bagunçando seus cabelos é como a verdadeira liberdade para Damon. Sua mãe era o real motivo para seu sorriso e o de Stefan. Ela era a chama que aquecia seu elo.

– Depois de passar horas brincando com Stefan, ele entrou para o banho e se deitou. Ele dormiu... Foi quando fui ao quarto e dei o presente para a mamãe. Mas antes nós conversamos. Eu não lembro o quê! – Confessa Damon olhando para o colar e então para Stefan e Bonnie.

– Eu lembro! – Dispara Stefan soltando Katherine no chão que já está morta de canseira de tanto ficar amarrada. Ela faz cara feia. – Aqui! É só ler. – Ele entrega o diário ao Damon.

– Como assim? Você era muito pequeno e que eu me lembre estava dormindo! Como escreveu isso?

– Eu era pequeno, mas já entendia! Que criança nunca fingiu estar dormindo só pra ver o que os mais velhos conversam? E eu não escrevi isso com dois anos, okay? Guardei em minha memória e escrevi com dez! – Stefan dá um risinho para Damon.

Então ele começa a ler.

– “Mamãe acariciava meus cabelos enquanto eu fingia estar dormindo. Foi quando Damon entrou correndo em meu quarto e mamãe o repreende. Acredite, hoje foi um dos melhores dias de minha vida por conta de tudo que aconteceu acima... O aniversário de mamãe que nunca irei esquecer! Muito menos o que ela e Damon conversaram enquanto eu “dormia. Veja só:

– Ssshhh... Seu irmão está dormindo querido. Cuidado! – Ela falava baixo.

Damon se aproximou e suas roupas estavam sujas depois de brincarmos de pique a tarde toda. Ele acariciou meus cabelos com a mamãe.

– Papai disse que nunca vou ser um Salvatore de verdade! – Seu semblante é triste.

– Meu amor, não acredite no que seu pai diz... – Ela o pegou no colo nesse instante e sentou na poltrona em frente à lareira de meu quarto. – Você vai ser um grande Salvatore! Você e seu irmão... Quero que cuide dele, assim como fez hoje e o proteja. Você é forte, sua força está aqui!

Eu espiava e a vi colocar a mão sobre o peitinho engravatado dele. Então ele levantou o olhar para ela.

– Mas e se um dia nós brigarmos? E se não quisermos mais ser amigos mamãe?

– De uma forma, ou de outra, vocês ainda estarão lá um pelo outro! Vocês vão brigar um dia eu sei, e isso é normal. Mas no fim morrerão um pelo outro! Isso é o que vocês são, é o quão fortes são. E o quanto seu elo é inquebrável Damon! Esteja lá para puxá-lo de volta quando ele precisar. Seja a fortaleza de vocês meu anjo! Mostre quem você é... – Ela sorriu emocionada com as próprias palavras.

Damon era completamente apaixonado por ela. Ele sorriu para a razão de sua vida e se aninhou no colo de sua rainha.

– Eu trouxe isso pra você! – Foi quando ele tirou o cristal do bolso. – É pra você. Feliz aniversário mamãe!

– Oh, querido! É lindo... Onde você achou isso?

– Na casa mal assombrada da fazenda. Eu e Stefan fomos lá hoje de manhã, eu queria mostrar pra ele como era feia. Quando chegamos perto, eu vi esse cristal pendurado num pedestal perto da janela. Então eu peguei. Quando toquei nele ele me queimou, mas quando eu o soltei na grama, então parou de queimar. Stefan o guardou pra mim. A bruxa nos viu e gritou com a gente... Saímos correndo como uns loucos pelos arbustos. Foi quando Stefan esbarrou no papai e caiu.

Mamãe o olhava surpresa.

– Vocês foram a casa de Emily, não é mesmo? Não a chame de bruxa, ela é uma moça muito boa! E se isso é dela tem que ser devolvido.

– Ela fala coisas estranhas mamãe, não vou voltar lá! Quero que guarde meu presente...

– Está bem eu vou guardar! Mas que fique claro que se ela vier buscar eu vou devolver, feito?

– Feito!

Após fazer cócegas no nariz de Damon, eles se abraçaram olhando as chamas da lareira.”

– Isso foi lindo! Damon você já foi criança! – Ironiza Bonnie.

– Já chega de toda essa melação! – Damon fecha o diário entediado.

Katherine assente com a cabeça dando Graças a Deus.

– Não finja que isso não mexeu com você! – Sorri Stefan.

– Vamos logo... Temos uma garota pra resgatar.

– Quer dizer que Emily é a tal bruxa? Emily Bennet... Eu tenho direito de saber do paradeiro desse colar. Ela pertenceu á uma das bruxas mais antigas de minha família, se minha avó souber ela me mata!

Bonnie caminha em direção ao Damon e toma o colar de sua mão. No mesmo instante ela entra em transe.

– Bonnie? Bonnie, o que foi? BONNIE! – Stefan grita. E quando ele se aproxima para acudi-la, ela sai do transe completamente desesperada.

– NÃO! Não vamos entregar esse colar! – dispara Bonnie – Não podemos entregar!

– Nós devemos Bonnie! TEMOS QUE ENTREGAR! É a vida da Elena! – Damon se agita.

Katherine não gosta do que vê e se desconforta. Stefan a segura.

– Klaus vai fazer algo contra as leis da Natureza! E eu não posso permitir. As bruxas não querem isso, elas confiam em mim, Damon!

– Não me importo com o que as bruxas querem... Eu só quero a Elena! – Ele tenta lutar com Bonnie e a tirar o colar. Então ela estende a mão em direção a Damon e ele cai com uma fisgada insuportável na cabeça.

– Eu também quero a Elena viva Damon! E vamos trazê-la. Mas precisa confiar em mim...

– Bonnie PARA! – Repreende Stefan.

Sua outra mão se estende em direção à Katherine que não pode se defender, e causa a mesma fisgada em sua cabeça até que Katherine caia completamente desacordada.

– PROMETAM QUE VÃO FAZER O QUE EU DISSER! Confiem em mim... Vamos salvar a Elena e a Caroline! Katherine não pode saber... – Bonnie chora e Damon a olha de baixo com confiança. – Preciso de sua colaboração Stefan! E a sua também Damon...

O olhar de Damon exala seu desejo de fuzilá-la naquele momento. Ele não tem escolha, ou confia em Bonnie, ou perde sua Elena para sempre. Ele assente balançando a cabeça ajoelhado no chão.

– E o que eu devo fazer? – O tom na voz de Stefan é sério enquanto ele tira a mordaça da boca de Katherine desacordada no chão.

– Preciso que distraia a Katherine! Klaus já disse que não se importa com o que acontece com essa mulher, mas se aproveita do medo dela pra fazê-la cúmplice. Ninguém melhor que ela para mexer com vocês e olhe onde estamos! Klaus já conseguiu o que quer, ele não precisa mais de Katherine.

– Tem razão Bonnie... – Damon se coloca em pé - Se essa víbora estiver conosco quando formos entregar o colar ela vai contar tudo a ele, e consequentemente dizer que não iremos devolver o colar. Klaus matará Elena no mesmo instante. Como vai fazer pra protegê-la?

Depois de tomar Katherine nos braços Stefan se dirige para a porta do barracão – Vou fazer o que eu puder... Espero que tudo dê certo Damon! Quando Katherine acordar, eu a forço a me dizer o endereço de onde está Elena, e te mando por mensagem. Boa sorte. – Então ele sai emburrado com Katherine nos braços.

– Você deu a pior parte para Stefan! Bonnie... O que está fazendo? Nós temos que ir! – Repreende Damon vendo Bonnie encher uma garrafinha com água.

– Vamos! – Ela guarda a garrafinha na bolsa e sai com Damon.

~~~~~~~~~~

– Elena eu estou com medo... – Olhos olhos de Caroline estão encharcados enquanto ela fala com a amiga também amarrada do outro lado da sala.

– Nós vamos sair daqui Caroline, eu prometo! Damon vai vir... Ele e Stefan!

– Ou Damon e mais uma garota... – Corrige Klaus olhando pela janela – Não precisa ter medo amor... Seus heróis já chegaram! – Ele se aproxima para acariciar o rosto de Caroline, que se esquiva imediatamente com rejeição e raiva. Ele sorri. E se retira da sala com os outros rapazes.

– Mais uma garota? – Questiona Elena para Caroline sem entender.

Ao abrir a porta, Damon e Bonnie já estão à espreita.

– Você é o Klaus? – Pergunta Damon o olhando de cima a baixo.

– O próprio! Você deve ser o Damon, mas quem é essa criatura adorável? - Pergunta Klaus se referindo a Bonnie.

– Sou Bonnie... Amiga da Elena e da Caroline.

Elena e Caroline levantam a cabeça no mesmo instante, quando escutam a voz de Bonnie e então se olham.

– Eu só quero dar água pra elas, nada de mais. Sou tão humana quanto elas, sou amiga delas! Por favor, Klaus, não irei fazer nada! Damon está com o colar, ele irá entregá-lo a você.

Tá, ta... Entra! – Permite Klaus abrindo espaço para a garota entrar e ir direto para a sala do final do corredor.

– Bonnie!? O que você faz aqui? Não pode estar aqui... Ele vai matar você!

– Ssshhh,Care... Tá tudo bem, tá tudo bem! – Diz Bonnie tentando acalmá-la e colocando o bico da garrafa de água na boca de Caroline e depois na boca de Elena.

Ao beber, Elena faz careta. – Bonnie o quê que é isso?

– Oh, meu Deus! Desculpe-me, acho que trouxe água velha demais.

– Revistem-no! – Ordena Kluas aos seus serviçais.

Eles tiram a jaqueta de Damon e o apalpam em busca do colar que devidamente estaria com ele.

– Onde está a droga do cristal? – Pergunta um deles que conclui que o amuleto não está com ele.

– Revista direito Troy! – Exige Klaus impaciente.

– Não está com ele, senhor! – Os outros rapazes concordam junto dele.

– Não está aqui Klaus... Eu não vou entregar seu maldito cristal. Nem hoje, nem nunca!

Após ser desafiado, o vampiro dá uns passos pra trás – Eu acho que você não me entendeu muito bem, Salvatore... Eu disse que se não trouxesse o colar ELE MORRE!

– E EU ENTENDI MUITO BEM O QUE VOCÊ DISSE KLAUS! Mas não vou entregar a merda desse talismã. E sinto muito, mas você não vai encostar um dedo na Elena!

– Está me desafiando Damon? Ah, entendi! Você está tramando não é? Você não faz idéia de quem eu sou...

– Quem você é, ou deixa de ser, não me interessa! Não tenho medo de você Klaus... E sinto muito. Mas você não vai ter seu caquinho de vidro!

– Segurem-no e peguem aquela garota louca lá dentro! – Ordena Klaus com os nervos a flor da pele.

Dois rapazes seguram Damon que permite por início. Os outros entram e agarram Bonnie, a segurando, que começa a se debater e gritar, pondo Caroline em desespero. Klaus invade a sala e começa a desamarrar as fitas dos pulsos de Elena que começa a ficar assustada com o comportamento de Bonnie.

– Para!!! Por favor... deixe ela ir. – Implora Bonnie que começa a chorar. Caroline não entende nada e está tremendo, sem conseguir falar nada.

Lá de fora, Damon começa a perceber que algo deu errados nos planos de Bonnie e que ela agora está imobilizada pelos vampiros serviçais de Klaus. O desespero começa a tomar conta dele enquanto ele observa Bonnie, esperando que ela aja como prometido. Ele se vira para o vampiro ruivo a sua esquerda e lhe mete um murro na cara que o derruba no mesmo instante. Ele vai pra cima do rapaz de quebra seu pescoço, sendo então, atingido pelo outro que o segurava á direita por um pedaço de tábua de madeira grosso nas costas. Damon geme de dor.

– DAMON!!! – Grita Elena há pouco menos de dois metros da porta sendo segurada por Klaus. Ele aperta suas mandíbulas a forçando a olhar o sofrimento de Damon.

Seu olhar de dor se levanta para Elena.

– É sua última chance Damon! Você escolhe! Me dá o cristal, ou sua princesinha vai agonizar na sua frente! ESCOLHE! – Nesse momento Klaus coloca uma adaga no pescoço de Elena.

O olhar de dor de Damon se transforma num olhar esperançoso que se dirige para Bonnie que é segurada pelos vampiros no corredor. Ela chora e balança a cabeça pra que ele não dê, pedindo em silencio pra que ele negue só por mais um segundo.

– Não vou lhe dar! – Damon estremece.

Os olhos de Elena encharcam. Em um milésimo de segundo Klaus vira a lâmina da adaga, fincando-a com força no meio do peito quente de Elena. Ela geme com a dor que se esparge pelo sei peito, roubando tudo dela, toda a sua força, toda a sua vida, todo o brilho de seus olhos.

– NÃÃO!!! ELENA... – Grita Bonnie descontrolada se debatendo nos braços dos vampiros que a repreendem com força. – POR FAVOR! NÃO FAÇAM ISSO...

Caroline, presa na cadeira não pode reagir. Ela nem o faria! Está em transe com tudo o que vê.Não abre a boca, nem para ao menos gritar, ou chorar. Já Damon olha desacreditado para Bonnie que permite aquilo. Ele se levanta quebrando a tábua de badeira e acertando com a mesma o rosto do rapaz que o segurava. Com força ele acerta seu coração com o pedaço de madeira, se virando então para invadir a casa quando é barrado pelo feitiço que impede sua entrada. Ele tenta de novo e não consegue entrar de forma alguma. Ele dá socos na parede invisível que o prende fora da casa, quando então percebe...

– BONNIE? O que você fez? Não!!! - Grita Damon desequilibrado vendo a garota chorar sem fazer nada, sem reagir, sem usar magia, sem nada. Apenas assistir chorando.

Perante o reflexo dos olhos de Damon, se vê Elena indo ao chão como um lenço sendo solto. Os vampiros soltam Bonnie que corre para o corpo de Elena jogado no chão sangrando. Abarreira que impedia Damon de entrar se desfaz, mas ele já não tem forças para se aproximar. Seu olhar é de alguém que está suplicando pra morrer naquele momento.

– Eu... Eu confiei em você! – Diz Damon trêmulo vendo Bonnie chorar em cima do corpo de Elena. – Eu confiei em você bruxa... MALDITAAA! – Seu berro invade toda a casa. – Não toque nela! – Ele se aproxima e dá um empurrão em Bonnie para que saia de cima de Elena – Voc~e não é digna! EU VOU MATAR VOCÊ!

– Damon, por favor... – Suplica Bonnie em meio ás lágrimas.

– Ou melhor... Acho que você será bem útil quando Klaus souber que você é uma BENNET! – Damon eleva o tom da voz, descontrolado.

Seu nome chega nítido aos ouvidos de Klaus que sorri desamarrando Caroline. – Vá minha querida, você ainda é jovem para morrer.

Caroline se levanta com os olhos inchados, e sem devaneios corre para fora da casapassando por Bonnie e Damon.

– Caroline, NÃO! – Grita Bonnie a vendo fugir.

– Deixe que eu cuido da sua amiga! Agora você tem mais o que fazer com ele... – Damon empurra Bonnie para Klaus e então lança o cristal no vampiro. – Ela é toda sua, imbecil!

Damon toma o corpo de Elena nos braços com cuidado e sai da casa sentindo a neve cais sem sua pele quente e a brisa cortante debater contra ela. Sua amada que perde o calor há cada segundo.

– Perco uma refém e ganho uma bruxa! Você é a chave, Bonnie! É uma pena que não tenha usado sua magia pra proteger sua amiga. Afinal... Não sei qual era a idéia de vocês. – Klaus anda atentamente envolta da bruxinha que estremece com o calor forte do vampiro.

– O que eu fiz, ou deixei de fazer não lhe diz respeito! – Desafia.

– Tem o gênio forte e é corajosa, gostei! – Ele para na frente dela e segura seus ombros olhando no fundo de seus olhos – Você perdeu uma amiga hoje, não vai querer perder outra... Então quero que use esse talismã para se comunicar com suas ancestrais. Quero saber o que é preciso para o ritual que farei em algumas semanas em prol de quebrar a maldição que não me permite fazer híbridos! E você vai me ajudar...

Os onze vampiros cercam Bonnie e Klaus a ameaçando. O medo toma conta de seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que não pouparia vida...
Amores eu sinto muito! Mas só o que posso dizer e pedir... É que não percam o próximo capítulo.
Vocês não vão se arrepender... Amo vcs...
#CHOROSA....... MDS T,T



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