– Não assim idiota!

Eu soquei novamente seu braço, e mais uma vez me toquei que ele era incrivelmente forte, perdendo um pouco a respiração ao ver ele sorrir irônico pra mim eu coloquei a língua entre os dentes deixando depois ela percorrer meu s lábios.

– Vai ter que comer mais feijão Swan.

– Serio você me irrita.

– Mas você adora ser irritada por mim.

– Se eu aprender kung fu eu quero ver.

Ele deu uma gargalhada e eu também ri.

– Você não vai aprender kung fu criatura.

– Eu sei.

Eu ri. Porque? Eu não sei.

– O que acha. Sem segundas intenções eu prometo!

– Você tem piscina em casa e mora na praia?

– Tenho, alias meus pais não moram mais comigo.

– Sua casa deve ser uma zona.

– Em qual dos sentidos?
– Nos dois.

– Não, não é... Em nenhum dos dois sentidos... Você quer ir?
– Quem sabe outro dia! Não temos intimidade o suficiente pra isso.

– Então pula a janela. Vamos entrar aqui no mar mesmo. Se quiser eu te agarro pra você não cair.

– Nossa que legal você. E extremamente delicado.

– Extremamente.

Olhei para seus olhos azuis e provocantes que faziam algo estranho comigo, dei risada imediatamente, Hook era muito idiota. Muito idiota mesmo.

– Killian.

Ouvi Regina vir gritando até ele.

– Mulheres estão caindo em cima de mim hoje.

– Calado ou lhe chuto as bolas.

– Nossa que violência Regina.

Eu dei risada e sentei no beiral da janela e depois pulei para a areia. Era final de semana e estava em uma praia muito bonita. Eu podia me permitir esquecer todas as responsabilidades por um final de semana. Afinal era final de Dezembro e eu não tinha nenhum processo. Estava livre.

– Eu atrapalhei alguma coisa?
– Com toda certeza não senhora.

– Senhora é o caralho, aqui é Regis Poderosa.

Cai na gargalhada e ela riu comigo.

– Vocês dois viraram amigos?
– Mais ou menos, no fundo a Emma me ama mais não admite.

– Ninguém se mete entre esse daí e seu enorme ego.

– Isso é verdade...

Killian do nada se virou e começou a fazer cócegas em Regina que caiu na areia ficando toda suja. Confesso que fiquei com um pouquinho de ciúmes sem motivo.

– Emma você fez faculdade de direito, porque não virou delegada ou policial que tem mais ação?

– Imagino você vestida de policial.

– Pare já com pensamentos pornográficos Killian Jones.

– Obrigada Regina.

– Leram minha mente?
– Não, mas você sempre tem pensamentos pornográficos, então não é difícil deduzir.

– Também, com uma prefeita maravilhosa.

– Gente já não basta eu ter que aturar o ego de Killian...

– Quer que eu te de outra coisa para agüentar?

– Gente, parem já com a pornografia! Esperem pelo menos às nove da noite.

– Eu sou inocente Regina, esse daí que parece que tem doze anos e não tira a palavra sexo da cabeça.

– Mas é algo tão divertido.

– Meu pai, meus amigos são consumidores de pornô.

– Quem não é?

– Regina, eu não!

– Aham.

– Vamos mudar de assunto, serio.

A conversa estava tomando um rumo estranho, e Regina estava toda suja de areia.

– Eu vou indo embora, Emma já pode me dizer que me ama.

– Não me enche o saco. Eu te conheci hoje,

– E eu já descobri que adoro ver você irritada.

– Você me irrita demais às vezes.

– Estou sentindo um clima entre vocês dois.

– Regina!

– Agora é serio, eu vou pra casa. Fofoquem aí. Até logo e Regina passa meu numero pra loira, que eu nem lembro mais.

– E eu sei décor?

– Ah coisa chata. Me dá um papel criança.

Balancei a cabeça com o ato de ele me chamar de criança peguei uma pedra e mandei-o escrever o numero na areia. Foda-se a lógica. Pulei de volta para dentro da casa pela e peguei o celular, anotei o numero.

– Também já vou, até logo Emma.

– Até Regina. Morre idiota.

– Vou considerar isso como um eu te amo.

Coloquei as mãos na cabeça e balancei em reprovação. Como alguém que você acaba de conhecer tem o poder de te encher tanto o saco. Meu pai como Killian me irrita. Mas ao mesmo tempo é divertido ter amigos. O que me surpreendeu foi Killian ser homem, e meu pai que homem.

Terminei de arrumar minhas coisas, ajeitei tudo ainda pensando que eu iria morar em uma casa de praia. Na verdade este era um lugar para se passar alguns dias. Não vou mentir, ali eu não teria muita privacidade, as janelas eram baixas, e eu já sabia que Killian iria me encher o saco todo santo dia. Não demorou muito para o celular começar a tocar. Numero desconhecido, apenas aceitei a ligação.

– Emma Swan?

– Sim da onde é?
– É do hospital de Nova Iorque. Graham não esta completamente bem, mas já está melhor, e respondendo a alguns estímulos.

– Ele acordou?

Senti o meu coração apertar em felicidade, mas me lembrei que ele estava em Nova Iorque, e eu em Los Angeles.

– Sim, mas muitas seqüelas ficaram do acidente... Ele perdeu parte da memória.

– Oh meu pai. A família dele já foi informada?

– Acho que sim. Mas ele perguntou por você ao acordar então achamos melhor informar.

– Tudo bem... Obrigada.

Me permiti sorrir. Ele estava bem e acordado, mas iria demorar ate que eu pudesse visitá-lo, isso sim doeu. Depois de ajudar meus pais com o resto da organização o sol começou a se por e eu me sentei na varanda, deitada na rede para observar. Me balançando e olhando para aonde o sol se punha bem atrás do mar. Era lindo. Senti um peso na outra ponta da rede, achei que era meu pai pela forma masculina e encostei minha cabeça em seu ombro. Mas era Killian.

– O que diabos você esta fazendo aqui?

Ao perceber que era ele eu me afastei sentando novamente para o outro lado da rede e dando um tapa o mais forte possível em seu peito. Tinha de me acostumar com que ele era muito forte. Muito forte mesmo.

– Eu achei que era meu pai, por isso quase te abracei.

– Eu acredito.

– Estou falando serio Killian. Não enche.

– Já percebi que você não esta mais irritadinha. Conversa sensível agora?

– O plano era não falar tipo... Com ninguém.

– Filha eu e seu pai vamos caminhar na praia tudo bem? Olá Killian.

Vi o sorriso no rosto da minha mãe e me restou fechar os olhos e negar com a cabeça.

– Tudo bem mãe. Tudo bem.

Ela deu risada mais uma vez e se abraçou a meu pai, saíram os dois andando devagar.

– Você realmente não vai embora não?

– Não.

– Então fala aí, no que você trabalha.

– Em nada. Meus pais me deixaram uma herança para que eu vivesse sem trabalho pelos próximos 80 anos, e não vou viver até lá então...

– Então você vegeta na cidade?

– Tipo isso.

– Regina, Belle e Ariel...

– Regina é formada em administração, Belle trabalha da biblioteca e Ariel bom... É mergulhadora.

– Ah não serio isso?
Eu gargalhei. Que coisa estranha, achei que essa profissão nem ao menos fosse uma profissão.

– Mas bom... As férias estão chegando então vai todo mundo ficar em paz.

– Você tem amigos?

Eu perguntei me deitando na rede e fazendo ele se sentar mais para o outro canto. Ele estava ali porque queria, a casa era minha.

– Na verdade Regina, Ariel, Belle e Ruby são os únicos que conheço bem. Também tem o Jefferson mas ninguém gosta dele, é irritante.

– Devo me preocupar em achar que você é gay?

– Não você não deve. Apenas deve se preocupar em Jefferson tentar te estuprar, te matar...

– Nada mais emocionante? Isso já virou rotina.

– Com quem anda saindo Swan?

– Minha vida não te importa, devo lhe lembrar outra vez de que acabo de te conhecer?

– Acho que tem razão.

– Porque não tem mais amigos...

– É tudo falso. Por causa da porra do meu dinheiro, só me traz problema.

– Eu gostaria de não ter mais de trabalhar gosto do que faço mas enche o saco.

Os dois deram risada.

– Não é muito do tipo sentimental não é?

– Não mesmo capitão.

Dei um impulso na rede e me levantei, fazendo com que ele ficasse sentado na rede sozinho.

– Extremamente sexy esta sua forma de me chamar.

– Eu mal cheguei e você já esta desesperado desse jeito?

– Como?
– Dando em cima de mim descaradamente.

– Ainda não viu nada.

– Então admite estar dando em cima de mim.