Apaixonada pelo meu Beta escrita por brunna


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas. Hoje eu acordei 7:00 pra fazer essa capítulo pra vocês... Tô cansada (~le boceja) Mas eu CONSEGUI o/ (eu acho :c)
Obrigada pelos comentários :3



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– Ele respondeu! – Bem, eu sabia que estava empolgada demasiadamente, mas essa foi a primeira coisa que dera certo para mim hoje.

Suspirei aliviada e comecei a ler:

Olá autora, ao ler suas pretensões referente a história me interessei. Você gostaria de fazer o enredo como um diário? Quero saber mais para poder auxilia-la. Beijos.

Formulei o que queria dizer na mente e comecei a digitar:

Sim, seria como um diário. A cada descobrimento do meu novo eu, a cada mudança e evolução quero fazer uma história.

Enviei

Deixei o computador sobre o mármore do bar e fui até a sala ligar para um delivery qualquer.

Ao retornar, vi que o beta já havia respondido:

Não acha que seria um tanto pessoal?

Ele tinha razão. Era sim bastante pessoal, mas essa era a característica que teria minha fan fic.

Depois de formular meus argumentos escrevi:

E é isso que eu realmente preciso.

Abri um sorriso ao perceber que a mensagem não tinha muito nexo, mas logo ele respondeu:

Precisa ‘abrir sua vida’ pra as pessoas?

Continuei com o sorriso no rosto e comecei a digitar:

Não, eu preciso que as pessoas me conheçam de verdade.

O beta não respondeu e meu sorriso finalmente se esvaiu, decidi que iria escrever algo para ele novamente, mas a campainha tocou.

Cedo demais para ser o delivery.

Literalmente corri até a porta e a abri.

Era o Wil. Qual era o problema desse garoto? Ele nunca falou comigo antes e agora ele ‘brota’ de todos os lugares possíveis para falar comigo.

– Agnes! – falou – Estava pensando se você gostaria de ver o ensaio da minha banda amanhã á noite.

Forcei um sorriso.

– Como dizer não? – verdade, eu queria um jeito de dizer não, mas eu não posso ser rude com ninguém, eu já perdi o Marco, tinha que ter novos amigos.

– O.K Wil – falei – No seu apartamento?

– Sim, Agnes – Wil abriu um sorriso – Te busco ás seis, O.K?

Nos despedimos e voltei para o computador, meu beta já havia respondido:

Por isso o motivo de “descobrimento”? Você está se descobrindo agora?

Esse beta era bastante... Intrometido. Acredito eu que o beta reader auxilia você na construção da história, e quando ela estiver pronta eles fazem um material crítico sobre tal. Mas o meu beta era diferente.

Podemos pular essa parte? Digitei e enviei.

O beta não demorou muito para responder:

Não, se quer minha ajuda eu preciso te entender, preciso saber de sua fonte de inspiração.

Eu não sei de onde vinha esse receio. Por que eu não queria falar logo tudo para meu beta? Esse questionamento flutuou em minha mente e comecei a escrever:

Eu só queria ter coragem de poder mostrar quem eu realmente sou e o jeito menos difícil pra mim seria escrevendo.

Eu não menti para ele, nunca conversei sobre meus sentimentos, mas eu podia escrever sobre eles. Era mais fácil para mim.

Por isso o receio de falar sobre mim. Eu não me entendia, como poderia falar sobre algo que não entendo? Acho que o beta estava mangando de mim agora que nem mesmo conseguiu responder a mensagem.

Já que o beta não respondeu eu fui para sala assistir um pouco, não demorou tanto para meu delivery chegar. Passei o resto do dia mandando mensagens de texto para o Charlie. Contei para ele sobre Wil, falei de como o hambúrguer que comi estava delicioso.

Já Charlie falou das amigas de sua irmã e de como ‘todas estavam dando em cima dele’:

Sério, uma loira acabou de piscar pra mim!

Por fim respondi:

Larga essa esquizofrenia Charlie...

Quando finalmente escureceu fui para meu quarto, conferi se o beta havia me respondido, mas nenhuma mensagem ainda.

Tomei um banho e vesti meu pijama, preparei um lanche e peguei meu livro de poemas favorito e pus-me a ler.

Existiam uns versos que sempre me fazia refletir:

Sinto muito

Muitíssimo

Não te guardar nos meus braços

Não te reter no meu corpo

Não te guardar nessa vida

Nem perguntar

Por quanto tempo

Poderia ter sido.

Queria saber se esse pequeno poeminha podia se encaixar no meu término com o Marco. Mas não. Eu me sentia livre por tê-lo longe. Perdi uma coisa que me atrapalhava e não algo significante, Marco estava longe disso.

Eu vou prometer a mim mesma que nunca serei idiota o suficiente para perder alguém que eu realmente amava. Eu não quero ter que recitar esses versos profundamente. Apenas por lazer, nada além. Eu não quero me arrepender.

É mais fácil eu me arrepender pelo que não fiz do que me arrepender pelo que fiz. Como em uma paixão, você vai se arrepender de ter conhecido essa pessoa ou de não ter falado com ela o que sentia, de ter aprofundado mais a relação? Eu apenas sei que não quero me arrepender em nenhum dos casos. Farei coisas demais pra não fazer coisas de menos.

...

Acordei feliz essa manhã, mesmo depois de conferir o Nyah e perceber que meu beta ainda não havia respondido.

Depois de bastante refletir sobre ontem á noite, sobre aqueles versos, decidi que não iria me arrepender de não ter procurado um par. Eu sabia que estava blefando, mas pouco ligava, mandei uma mensagem de texto para Charlie, pedindo para ele me encontrar na piscina do condomínio, já que o prédio onde ele mora é mais perto de tal.

Vesti um vestido amarelo e peguei o elevador. Era um lindo dia de sábado, minha mãe não estava em casa, ela deveria ter saído mais cedo. Tinha muita gente passeando pelo saguão, cumprimentei as pessoas que conhecia e acelerei os passos para me encontrar logo com Charlie.

Logo o avistei sentado em uma das mesas.

– Charlie!– falei e logo o abracei.

Ele retribuiu o abraço.

– Por que me chamou aqui? – Não soou rude, Charlie apenas aparentou está desconfortável.

Sentamos nas cadeiras, coloquei ambos os cotovelos na mesa e comecei a falar:

– Quero falar algo sério com você

Charlie sorriu malicioso.

– Eu não sou a pessoa certa pra escutar suas seriedades, mas tudo bem – Falou sorrindo.

– Eu terminei com o Marco, e finalmente percebi que ele não era a pessoa certa pra mim.

Charlie ia falar algo, mas hesitou, dando-me a oportunidade de continuar:

– Finalmente eu percebi que estou perdendo meu tempo e eu não quero me arrepender por ter feito isso. Eu quero consertar as coisas, fazer a escolha certa... E você Charlie... Você é a minha escolha certa.

O queixo de Charlie desabou. Eu sei que era totalmente uma loucura, mas eu prometi para mim mesma que vou fazer de tudo, pra não me arrepender do que não fiz.

– Você quer dizer... Você está me pedindo em namoro, Agnes?

– Você está aceitando, Charlie?

Ele balançou a cabeça negativamente.

– Agnes... Eu amo você, amiga. Mas... –Charlie hesitou, todavia logo continuou:

–Mas, eu não gosto de você desse jeito.


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Notas finais do capítulo

Até que eu shipava Chargnes, que ship podre :p

Eu não vou postar sábado nem domingo :c Porque vou fazer a minha one-shot do desafio o/ Tive uma ideia massa :3

Esse poema não é meu, é de um livro (O LIVRO) muito perfect da Livia Nádia “Unhas e dentes tecendo o amanhã” :* Beijos de brigadeiro pra vocês