Apaixonada pelo meu Beta escrita por brunna


Capítulo 16
Epílogo




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Um dia péssimo para arriscar a dar aula para aqueles alunos insanos. Normalmente, eles tinham aula de Física. Comigo lá, era mais uma aula de como ser bagunceiro e suspenso uma vez por semana — ou mais.

Eu seria uma péssima mãe.

Mas eu ganhei uma boa notícia. Eu participaria de um evento local envolvendo literatura e eu já estava sendo considerada uma escritora regional, apesar d’eu escrever Ficção Científica e a maioria dos cultos preferiam algo mais abstrato... algo que eu me arrisco a tentar. Enfim, eu achei esta uma ótima chance para revelar algo.

Enfim, levantei cedo. Não acordei quem dormia ao meu lado. Vesti-me apressada com vontade de ter feito umas compras para surgir diferente neste evento após as aulas, pois não sei se teria tempo para voltar à casa e me organizar.

Deixei um bilhete para o dorminhoco ao meu lado.

Encontre-me no Centro de Convenções às sete.

Agnes

Ele lembraria. Ele sempre lembra. Quando o assunto é datas eu sempre perco. Mudando totalmente de assunto, eu fui até ao colégio e dei minhas aulas habituais. Saí já seis horas como uma louca até minha casa.

Vesti-me bem, usei maquilagem e pareci até uma escritora bem-sucedida. Rapidamente, estacionei em meio aos inúmeros carros no largo estacionamento do Centro de Convenções. Entrei na melhor hora, na minha deixa.

— Filha, pensei que não viria — disse minha mãe ao me avistar. — Eles precisam de você... a editora já aprontou tudo atrás da cortina.

— Obrigada, obrigada — empolguei-me.

— Você merece, querida — respondeu-me. — Daqui a meia hora, seu discurso.

Incrível como o tempo passa rápido quando se é para demorar.

Subi no palco um pouco depois das sete e o vi encarando-me profundamente, com uma face bem mais ativa que a que eu vejo todos os dias sobre o travesseiro. Seus cabelos continuavam curtos, sua pele continuava pálida. Ele sempre foi a minha pessoa favorita no mundo.

— Boa noite a todos — iniciei. — É impossível não me sentir honrada ao comparecer a este evento que comemora os talentos regionais. Considerar-me um é impossível diante de tanta mente brilhante que vaga por este salão. Felizmente, tenho este tempinho apenas meu, para contar sobre como é engraçado eu estar aqui. Tudo não começou há dois anos ou cinco, mas há mais tempo. Eu era uma garota de quinze anos com muitas ideias vagando na cabeça e poucas se concretizando no papel. Bem, mas eu conheci um homem, garoto na época, que me mostrou um sentimento há muito esqueci por mim. O amor.

Ouvi suspiros da plateia. Foi-me suficiente para recuperar o fôlego e continuar:

— O destino, Universo, Deus, Orixás, deuses, ou seja, lá o que mandar na nossa existência e situação subordinada nos uniu. Eu acabei por estar ao lado dele e ele ao meu. Mas fomos precipitados ao acabar com tudo, ignorando o amor e a força que nos unia. Mas um dia eu recebi uma carta. Uma carta deste meu amor complicado. Eu estou com esta carta em mãos e lerei para vocês. — Desdobrei a folha de papel e olhei para minha plateia curiosa. — Querida, Agnes. Eu sinto falta de sentir-me estranho, pois atualmente tudo o que eu sinto é comum e não é isto que eu quero para mim. Meu amor é vívido e lógico, é a melhor opção de todas neste momento em que eu sei que você ainda sente o mesmo. Eu estarei no interior de São Paulo esta semana, na sua cidade. Se você não acredita que a vida estar fazendo de tudo para a gente se achar, me ignore. Mas se realmente acredita que tudo isto teve um propósito, que a sua mensagem teve um propósito, que sua viagem a Portugal teve um propósito que minha ida para sua cidade teve um propósito, permita sentir por um segundo o que é para se sentido. O amor.

Esperei os aplausos diminuírem. Neste ponto, eu já estava vermelha como uma pedra de rubi. Ele me atormentava por causa disto, vivia dizendo uma frase do livro “Sonho de uma noite de verão”, de Shakespeare.

— Murcharam as rosas da sua bochecha? — perguntava. — Pelo jeito só cresceram mais.

Então eu voltei a pensar no discurso. Antes que minha expressão fosse a de uma tola, eu voltei a dizer:

— E eu me permitir àquele sentimento. Primeiramente me senti perdida, mas assim que o encontrei, ele me encontrou e não havia nada mais perdido em mim. Abraçamo-nos, beijamo-nos e iniciamos um namoro. Foi difícil, pois começou sendo algo meio que na distância. Mas o mundo dos adultos tem lá suas vantagens, como morar onde quiser/puder. Então alugamos um apartamento juntamente a uns amigos na capital paulista. Foram grandes, grandes aventuras que, por um bom tempo, eu guardei só para mim, em um diário. Mas agora eu desejo dividir com todos nossa história.

A cortina atrás de mim abriu-se, revelando um monte feito com livros de capa amarela e um coração vermelho no centro, onde estava estrito: Apaixonada por meu leitor beta. Esta era a capa.

Eu sorri para ele que me encarva da plateia e sussurrei:

— Obrigada, Tobias.

FIM


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