Rebel Heirs - Interativa escrita por Carol Chase Lovegood, Bia Valdez


Capítulo 6
Unpredictable Events


Notas iniciais do capítulo

Fala, galera. Mais um capítulo pra vocês!!!
Mals, to sem tempo. Tenho que correr.
Bjs



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Nina mal conseguia acreditar que tinha conseguido distrair o pai por tanto tempo. Ela não sabia mentir ou encenar, então teria sido difícil interpretar alguma coisa. Assim, fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça: começou uma partida de Stop com o pai.

Felizmente, Rumple não era dos melhores no jogo. Queria dar seu jeito de encaixar as palavras “ouro”, “dourado” e “áureo” em todas as suas respostas. Desse modo, as rodadas duravam pelo menos meia hora.

– Nossa! – exclamava Rumple ocasionalmente – Você está perdendo o jeito, J...

– Não. Diga. Meu. Nome! – disse Nina pausadamente. Devido à história original do pai, Nina passara a evitar dizer seu verdadeiro nome em voz alto e começou a se apresentar somente como Nina.

– Certo, desculpe. É só que geralmente você leva uns cinco minutos para preencher a folha.

– Realmente uma pena... – disse Nina escondendo a folha em branco. Sequer estava preenchendo a sua parte. Seu pai pareceu não notar o gesto.

Então, quando a jovem começou a relaxar, BANG! O som de milhares de livros caindo chegou ao seus ouvidos. A princípio ela não se incomodou, mas ela então se lembrou de um pequeno detalhe.

“Livros! Biblioteca! Jamie e Kain!”

Traduzindo, ela se lembrou que Jamie e Kain estavam na biblioteca roubando o livro mais perigoso do Mundo dos Contos para concluir o plano louco dos jovens herdeiros de fugir para o Mundo Real e que o pai não podia saber da presença de piratas em sua casa supostamente bem protegida.

Uma lembrança muito grande para as poucas palavras que ela pensou.

– O que foi isso? – perguntou Rumple se levantando e correndo em direção à sua preciosa biblioteca de ouro.

Nina tentou a todo custo parar o pai, mas ela sabia que era impossível pará-lo quando ele estava determinado. Ao entrar no cômodo, ambos se depararam com uma cena deplorável: Kain arrastava Jamie em direção à janela, o velho cuco da família cuspia pássaros em cima da Hook mais nova e o tão perigoso livro de Merlin permanecia jogado no chão próximo aos dois.

– O que por Merlin está acontecendo aqui?

– Eles são meus... convidados! – respondeu Nina tentando a todo custo arras tar o pai para fora – Não precisa se preocupar com eles! Eu os chamei para polir os objetos de ouro e... Ah... Consertar o cuco. Isso! E... Ei! Eu queira te mostrar um... Ahn... Um quadro! É! Eu que pintei... E...

– Nina, você mente muito mal. – Rumple se virou para filha e então começou a raciocinar - Espera, você sabia que esses dois estavam aqui?

– Eu... Er... O quadro! Eu realmente queria que você viesse ver.

– Eu realmente não acredito nisso! – Rumple estalou os dedos, fazendo os pássaros cucos avançarem sobre os intrusos, prendendo-os contra a parede – Minha própria filha conspirando contra mim! Está de castigo!

– Mas... Mas eu...

BANG! Com um estrondo a porta da biblioteca foi aberta, revelando alguém que ninguém esperava ver.

– Oi, gente! – gritou Fabrinny ao entrar saltitante no aposento.

***

– Fanny! O que você...? – começou Nina, já vendo que a situação só poderia piorar.

– Eu vim fazer uma aposta! – gritou a filha do Chapeleiro Louco um pouco alto demais. Jamie e Kain franziram as sobrancelhas, mas tanto Rumplestilstin quanto sua filha começaram a parecer interessados.

– Que tipo de aposta? – o homem falou, encarando a ruiva.

– Simples. – Fanny deu de ombros e tirou seu chapéu da cabeça – A Nina fala um objeto e eu tenho que tirar ele da minha cartola. Se ela ganhar ela me dá...

– Cinco moedas de prata! – exclamou Nina, já tendo esquecido completamente que seu objetivo era distrair seu pai e não fazer apostas com pessoas aleatórias.

– Isso! – Fanny sorriu e tirou as moedas do chapéu – Se eu não conseguir tirar o que ela pedir do chapéu eu te dou essas cinco moedas de prata!

– Uhmmm. Interessante. – o pai de Nina murmurou, coçando o queixo. Se ele estivesse prestando atenção teria visto os irmãos Hook saindo de fininho pela porta da biblioteca – E se você ganhar?

– Ela me dá... – Fanny parou para pensar – Uma pena de flamingo!

– Tipo essa? – Nina usou sua magia para fazer a tal pena aparecer

– Isso aí! – Fanny bateu palminhas e abriu um grande sorriso – Vai ficar lindo no meu chapéu! – ela parou um instante – E então, o que quer que eu tire do chapéu?

A filha do dono da casa torceu o nariz em uma expressão de concentração quase cômica antes de responder.

– Uma zebra. É, eu quero uma zebra.

– Uma zebra? Nossa! Que fácil! Eu vi uma aqui agorinha! – Fanny riu e começou a procurar, porém nesse meio segundo Rumplestilskin finalmente ergueu o olhar.

– Espera aí... Para onde foram os ladrões???

– Eles... Ahn... Devem ter pegado sua... – Nina mordeu o lábio, tentando encontrar uma saída – Capa da Invisibilidade!

– Eu não tenho Capa da Invisibilidade.

– Mas... Eles devem ter! Devem estar aqui em algum lugar!

Devo dizer que nossas heroínas tiveram muita, mas muuuita sorte nesse momento, pois, bem na hora que o pai de Nina ia lançar um de seus poderosos feitiços localizadores, Fanny agarrou o rabo do animal que tanto procurava.

E do chapéu saiu uma zebra.

Vivinha ainda por cima, com listras e tudo.

E bem quando Rumplestilskin ia completar o feitiço o animal o atropelou no meio de sua cavalgada para a liberdade.

E, felizmente, o deixou inconsciente.

– Ei! Vocês! – o rosto de Scarlett apareceu na janela que a zebra quebrara durante sua fuga – Não fiquem paradas aí! Vamos logo antes que ele acorde!

***

– Nossa! Essa foi por pouco... – ofegou Sophia, ainda olhando para trás à procura de mais guardas.

– Foi mesmo. Se você não tivesse aparecido... – Alexia sorriu – Acho que eu estaria levando o maior sermão da minha mãe agora mesmo.

Veja bem meu claro (e provavelmente confuso) leitor. Irei te dar um breve resumo do que aconteceu a essas garotas enquanto você, como o ser unilateral que é, estava lendo sobre a mirabolante empreitada de Nina, Jamie, Kain e Fanny.

Digamos que, poucos minutos antes de o resto do grupo deixar Fanny e Alexia sozinhas naquele esconderijo escuro e de arrepiar, a filha do Chapeleiro Louco ficou entediada e, obviamente, decidiu que não queria mais ficar ali.

Lexi até tentou impedir a amiga de sair sozinha, mas acabou perdendo a discussão, ficando para trás. O que ela não sabia, é claro, era que Fanny não deixara o alçapão do esconderijo devidamente fechado e, infelizmente, os guardas vieram a nota-lo.

A Princesa de Copas somente escapou daquela situação por uma breve coincidência do destino. Sophia Snow, filha da Rainha da Neve, Elsa, estava passando bem no momento que os guardas atacaram e conseguiu congelá-los bem à tempo de Alexia não ser capturada. As duas acabaram por ter de fugir juntas da Floresta Encantada e, por sorte, despistaram os guardas, finalmente se vendo livres dos perseguidores de papel.

Uma bela história, não?

– Onde mesmo que você disse que seus amigos estavam? – perguntou Sophia enquanto torcia o cabelo loiro para trás a fim de tirá-lo do rosto.

– Não disse. – Alexia respondeu um pouco desconfiada– Como sabe que eu não estou sozinha?

– O mensageiro da minha mãe passou há algum tempo atrás. Todos os Reinos já foram avisados da fuga de vocês. – Sophia explicou – Para onde estão indo que seja ruim o bastante para se tornarem fugitivos de três coroas diferentes?

– Bem... Ahn... É meio complicado. – a filha da Rainha de Copas parou para pensar – Nós meio que decidimos que estamos cheio disso aqui, sabe? Eu não quero ser vilã, a Fanny não quer tomar chá, a Scarlett não quer... Na verdade eu nem sei direito o que ela não quer... – a ruiva franziu as sobrancelhas.

Sophia de repente se mostrou curiosa, algo que, para alguém que a conhece bem, é bastante raro.

– Vocês querem dizer, tipo... Fugir do Mundo dos Contos? Isso é sequer possível? – um pequeno sorriso, quase imperceptível, surgiu nos lábios da loira.

– Bem... É. – Alexia deu de ombros – Por isso eu estava naquele buraco. O pessoal tinha ido meio que roubar um livro ou algo assim e a Fanny... Bem, ela deve estar por aí.

A Princesa do Gelo ficou estática por algum tempo. Fazia anos que ela procurava uma saída. Um jeito de evitar machucar quem gosta... Pelo menos ela teria um lugar para poder ficar até que controlasse aquela maldição. Era perfeito. A garota sabia muito bem que tinha que agarrar a chance, não importa se ela congelasse com isso.

Era uma sorte ela estar de luvas.

– E-eu... Posso ir?

– Bem... – Alexia a encarou – É claro. Se não fosse por você eu sequer estaria aqui. Eu te devo uma. Você vem com a gente.


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