Rebel Heirs - Interativa escrita por Carol Chase Lovegood, Bia Valdez


Capítulo 10
The Hightower Castle


Notas iniciais do capítulo

EBAAAAA!!!!!! ESTAMOS VIVAS!!!!
(Bem, no caso eu estou, já que a Bia terminou a parte dela a muuuuuuito tempo e quem está enrolando sou eu e se duvidar já está até começando o próximo capítulo...) Mas enfim...
A FIC ESTÁ DE VOLTA! EHHHHHH!
Gente, foi mal mesmo a demora. A culpa dessa vez foi minha. Rolaram muitos problemas no meu colégio que envolveram uma epidemia, uma morte e um atraso nas provas, as quais eles fizeram o enorme favor de colocar todas juntas. Meu horário estava "SEMANA LIVRE - SEMANA DE TESTE - SEMANA LIVRE - SEMANA DE TESTE - SEMANA LIVRE - SEMANA DE PROVA (no caso, esta semana)". Estava muito difícil de terminar a minha parte, mas finalmente consegui.
Para aqueles cujos personagens aindanão apareceram, fiquem espertos. Quem sabe eles não apareçam no próximo capítulo...
Bjssss
Carol C. Lovegood



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Kain teve de levar a mão aos olhos para que conseguisse se acostumar com a luz do sol novamente. A passagem que Fanny abrira dava para um corredor extremamente iluminado, com a paredes brancas cobertas de desenhos que o filho do Capitão Gancho não pode identificar de cara.

– Nós estamos em um… – começou Piper, que se postava logo atrás do garotos – ...castelo?

Johnatan, que Kain só agora conseguira enxergar, abriu um sorriso de canto e começou a andar de costas, com os braços abertos:

– Senhoras e senhores… Bem-vindos ao Castelo Real de Corona! – o garoto abriu um sorriso – No caso de estarem preocupados com possíveis infrações à lei, podem ficar tranquilos, vocês provavelmente estariam na cadeia se já tivessem sido achados, ou, no mínimo, ficariam de castigo até a Cerimônia. Portanto, só peço que não toquem nos quadros, artefatos, instrumentos e blá blá blá, já que eu realmente não gostaria de adicionar “enforcamento por cabelo” à lista.

Finalmente com a visão completamente recuperada, Kain olhou em volta. Assim como John dissera, era óbvio que estavam em um castelo, já que era possível notar só de olhar por uma das várias janelas com cortinas de tons pastel que se estendiam do lado esquerdo do corredor. No lado esquerdo e entre as janelas, havia uma quantidade considerável de quadros e pedestais com objetos de cerâmica, todos com uma pequena plaquinha de bronze logo abaixo, que indicava quem havia pintado ou fabricado o artigo.

Se aproximando de um quadro em especial, que retratava uma família (obviamente Real), ele encontrou a plaquinha onde estava escrito:

“Retrato da Real Família Hightower-Fitzherbert por George Hammingan de Corona”

– Ei, pessoal, não se percam! Esse castelo é enorme. – a voz de John soou ao longe e Kain logo voltou a andar, ignorando completamente o retrato, e se juntou a Jamie e Fanny, que pareciam estar discordando de algo.

– Ele é confiável.

– E o que exatamente comprova isso?? Ele pode estar nos levando para uma armadilha! Vai que daqui à pouco ele abre uma dessas portas e um bando de guardas sai de lá e…

A breve conversa foi interrompida por um barulho baixo, mas que chamou a atenção de todos os herdeiros, principalmente de Johnatan.

– Vocês… Ouviram isso? – perguntou o filho mais novo do caçador.

O barulho se repetiu.

– Isso é o que eu acho que é? – Sophia abaixou o tom de voz, com uma leve fumaça saindo das luvas.

Estava mais perto.

– Ah não… – John esfregou as têmporas – Ele de novo não…

– Ele quem? – Kain perguntou, sem entender. Houve um silêncio tenso enquanto o outro tentava bolar um plano para tirá-los da furada que haviam acabado de se meter.

– Maximus.

Maximus, o velho e fiel escudeiro do Rei Eugene, já não era o mesmo de antes. Seu pelo, antes branco e brilhante, estava cinza e desgranhado como o cabelo de um velho louco. Seus olhos, que antes exalavam a determinação do cavalo, haviam se tornado leitosos e já quase não enxergavam mais. Sua cegueira era obra indireta de uma das muitas bruxas da Rapunzel, que, há muitas gerações, plantara espinhos venenosos ao redor da torre original, nos quais Max havia se ferido gravemente.

Porém, apenas um idiota não notaria que o cavalo ainda estava em ótima forma física e que tinha disposição de sobra para manter seu juramento como guarda real.

Infelizmente, Jamie foi a tal idiota.

– Esse velhote mal deve conseguir nos…

Simultaneamente, John e Sophia se jogaram sobre a pirata, tentando fazê-la se calar, mas já era tarde demais. Max levantou as orelhas em alerta a farejou o ar, virando-se imediatamente para o grupo em posição de ataque, os olhos supostamente cegos cravados em na filha do Capitão Gancho.

– Epa! Epa! Epa! – John colocou-se entre o cavalo e os fugitivos – Calma, garoto! Já não reconhece mais velhos amigos?

Reconhecendo a voz do caçador, a postura do animal mudou na hora. Ele começou a saltar de um lado para o outro, como um cachorro que quer brincar. Farejou o ar novamente e virou-se para Sophia, com a língua comprida para fora.

– Quanto tempo rapaz! – a loira riu, dando alguns passos para trás – Também senti saudades.

– Pois é, pois é – John sinalizou para que, o mais silenciosamente possível, os herdeiros fossem passando um a um atrás dele, o que não passou despercebido pelo cavalo - Calma, amigo. Eles são meus colegas. – o animal relinchou – É uma surpresa para a Laurie. São só algumas amigas dela. Essa – o caçador puxou Jamie para seu lado – é a Melody, filha da Rainha Ariel. – outro relincho – Por isso o cheiro de mar, entendeu? E essa, – ele passou o braço pelo ombro de Alexia, surpreendendo a garota, que soltou uma exclamação abafada por conta do susto – é nossa futura rainha, a princesa Crystal. Viu? Só gente da realeza. Nenhum ladrão ou assassino ou fugitivo.

Ninguém ousou se mexer, nem mesmo Fanny. Para a sorte dos herdeiros, a visão de Max era tão ruim a ponto de confundir um grupo de dez pessoas com um grupo de quatro. E eles teriam passado direto pelo cavalo.

Se não fosse a Senhorita Golddeal, sua ingenuidade e sua língua livre, leve e solta.

– Mas nós estamos fug...

Novamente em posição de guarda, Max rondou a morena. Dessa vez, foi Sophia quem contornou a situação.

– Nossa, John! Que cabeça a minha! Eu esqueci de avisar que trouxe a Cíntia comigo. Lembra dela? Filha da Cinderella. Ah, e eu pedi para que ela trouxesse uma maçã para nosso amigo de quatro patas.

– Pediu? - perguntou Nina, mas só quando ela notou a reação de Max ao ouvir a palavra “maçã” que ela finalmente entendendo a ideia - Ah! Claro! A maçã! E trouxe uma sim! - e conjurou a fruta vermelha - Aqui! Olha como ela é bonita! E real! Nem foi feita com magia ou feitiço! Uma maçã comum! Ela sempre esteve comigo, viu só? Ah, e o meu nome é Cíntia, ok? Não é N…

– Foi mal, Max. - Sophia arrancou a maçã da mão da feiticeira, enquanto Piper e Kain seguravam firmemente a boca da mesma com a intenção de fazê-la se calar - Ela fala muito com os ratos de seu castelo. Não faz bem para a cabeça dela. Toma sua maçã.

Ao receber a fruta, o cavalo a prendeu entre seus dentes e saiu trotando animado, passando pelos dez herdeiros sem sequer notá-los. Graças a todas as fadas madrinhas do mundo, ele seguiu para o lado oposto ao que os herdeiros seguiriam.

– Ufa… - John soltou a respiração que nem notara que estava presa e voltou a guiá-los pelo corredor - Essa foi por muito pouco. Mandou muito bem, Sophia.

– Obrigada! - a loira mandou um sorriso tímido ao caçador, enquanto puxava suas luvas um pouco mais para cima.

– Ei! Mas e eu? - perguntou Nina correndo para alcançar o grupo - Eu também mandei bem! Eu identifiquei uma mentira! Isso é raro, sabiam?

***

– Bem, é aqui. - disse John encostando no batente de uma porta branca e dourada, ornamentada com vários desenhos floridos.

Parados no meio do enorme corredor, os herdeiros formavam um semi-círculo multicolorido devido às suas roupas extravagantes - vestidos de gelo, capuzes vermelhos e uma cartola com pena de flamingo chamam bastante atenção, sabiam? - e encaravam a porta com ansiedade.

– Tem certeza de que ele, esse mago ou o que quer que seja, pode nos ajudar a sair? - perguntou Kain, ainda muito desconfiado. Jamie concordou com a cabeça. Sophia reprimiu uma gargalhada.

– Em primeiro lugar, - disse John imitando a princesa das neves - é ela. Em segundo lugar, ela é uma princesa, então tente não pisar na bola.

– Sua namoradinha? - perguntou Kain com uma expressão divertida.

– Não! Urgh! - John ficou verde de uma hora para outra. Parecia que ia vomitar - Não! Eca! Que nojo! - sua cor voltou ao normal - Nunca mais diga isso ou eu acho que vomito todas as minhas tripas!

– Até que não seria má ideia… - sussurrou Jamie para o irmão mais velho.

– Bem, - John interrompeu - Vamos logo com isso.

John deu dois passos em direção a porta e, finalmente, os herdeiros ouviram os berros que vinham de dentro. Várias vozes gritavam simultanemanete, era possível ouvir objetos sendo arremessados de um lado para o outro e alguém tentava, sem sucesso, dedilhar um violão terrivelmente desafinado de forma decente. Ninguém acreditava que as meras batidas na porta seriam ouvidas. Porém, quando o caçador batucou na madeira, o silêncio imperou do lado de dentro.

– Quem é? - eles ouviram uma voz feminina. Ela tremia um pouco, mas sua voz exalava determinação.

– Laurie, minha doce Laurie, - John sorria ao recitar - jogue-me suas tranç...

BANG!

Uma imensa frigideira de ferro atingiu o caçador no rosto. A jovem que empunhava a arma tinha cabelos loiros que batiam pouco abaixo da cintura. Seus olhos azuis fitavam o jovem caído a sua frente sem sequer piscar.

– Ei! Por que fez isso?? – exclamou John, ainda um pouco atordoado pelo golpe. Logo atrás do garoto, Jamie e Piper tentavam não seguir o exemplo de Fanny e começar a gargalhar. Já Alexia, que estava ao lado das duas, murmurou algo relacionado ao número de vezes que Johnatan fora atingido na cabeça no mesmo dia.

A dona da frigideira, que todos assumiram ser a tal "Laurie", exibia uma expressão de irritação misturada com divertimento.

– Primeiro eu achei que fosse um ladrão. – Laurie explicou – Aí peguei minha frigideira. Depois percebi que era só você, mas estava com preguiça de colocar ela no lugar de novo.

– Mas precisava me bater?? – John levou as mãos ao nariz, como que para checar se estava sangrando.

– Ah. – a loira riu, girando sua "arma" nas mãos, numa perfeita imitação de sua mãe – Isso foi pela porcaria DO TÔNICO CAPILAR QUE VOCÊ COLOCOU NO MEU SHAMPOO. – demorou alguns segundos para Laurie perceber que começara a gritar – Você mereceu e... Quem são seus amigos?

Foi necessário algum tempo até que os herdeiros, que estavam calados até o momento, notarem que a garota finalmente se dirigia e eles. Tempo o suficiente para ela somar dois mais dois.

– Aaaaaah... – a garota encarou os jovens, com um quê de surpresa na voz – John! Quantas vezes eu já te disse que quando você trouxer um fugitivo pra cá tem que me avisar com antecedência??? – Laurie novamente mostrou sua expressão irritada enquanto os sons de objetos se partindo recomeçaram dentro de seu quarto.

– Me desculpe, mamãe. – John ironizou – É que é meio impossível saber QUANDO UM BANDO DE FUGITIVOS VÃO APARECER PRECISANDO DE AJUDA!

E os dois passaram a discutir por alguns minutos, até o momento que a loira finalmente se cansou e, com um suspiro, escancarou a porta do quarto.

– Okay, okay. Entrem logo. Antes que os guardas venham reclamar do barulho.


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Notas finais do capítulo

Então, vamos tentar postar o mais rápido possível (apesar das minhas provas)!!!
Beijosssssssssssssss