O Anarquia escrita por Clio Trismegista


Capítulo 2
Capítulo 2 - Na Toca




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Cap2: NA TOCA

Lonnie Machin sorria debilmente enquanto era ciceroneado por entre os corredores da Casa Branca.
A guia era uma ruiva robusta que ficava apontando para as salas e recitando curiosidades que faziam Lonnie querer bocejar de tédio. Mas ele continuava a manter o sorriso débil. A perfeita imagem de um colegial desmiolado.
Fora tão fácil invadir os computadores da agência de segurança. Quase tão fácil quanto invadir a rede do Pentágono. Ele só fizera isso por um motivo: conseguir que Lonnie Machin fosse aceito numa visita ao capitólio e colocar um vírus no computador para permitir que sua mochila passasse pelo detector sem acusar nada.
E agora lá estava ele, bancando o turista inocente.

- Atenção, por favor! Não toquem em nada! A próxima sala é...

Ignorando a guia, ele rapidamente se afastou do grupo, aproveitando um momento de distração dos seguranças.
Com um movimento rápido, ele acionou um pequeno disruptor que faria com que todas as câmeras do local sofressem uma leve pane, o suficiente para que ele conseguisse se afastar dali sem ser parado.
Contente por seu plano estar indo bem, ele se permitiu um rápido pensamento sobre o grupo que estivera acompanhando.

“Ignorantes guiados por alienados...”

Começou a caminhar depressa, virou um corredor, sabia perfeitamente para onde estava indo. Sabia como chegar a seu destino.
Não pôde evitar um sorriso ao derrubar dois seguranças com um choque neural quando estes tentaram ver o seu “passe”.
Derrubou mais alguns seguranças... era uma questão de segundos até que o alarme fosse acionado.
Começou a correr.
Em movimentos sincronizados abriu uma porta e caiu ao chão enquanto jogava uma bomba de concussão que rapidamente levou todas as pessoas no recinto a perderem os sentidos.
Passando por cima dos corpos, ele abriu a última porta. A porta que levava ao fim de seu objetivo.
Sentado, calmo, o homem dentro da sala mal teve tempo de esboçar uma reação antes de ser levado a nocaute por um aparelho de choque.
O rapaz rapidamente trancou a porta. Titânio e chumbo. Praticamente impenetrável... A sala inteira era uma fortaleza.
Correndo o olhar pelo salão, ele viu uma câmera ligada a um computador.

“Perfeito... tudo em ordem...”

Andando até o homem, ele o amarrou na cadeira e o amordaçou. Não queria o sujeito berrando quando ele começasse o seu discurso para o mundo.
Abrindo a mochila, ele tirou um laptop e o ligou a câmera e ao computador. Um programa criado por ele mesmo começou a invadir os canais de satélite, dominando tevês, rádio e internet, sistematicamente.

“Quase tudo pronto...”

Abriu uma pequena porta contígua ao salão. Era um banheiro.
Carregando sua mochila pra lá, ele rapidamente trocou a camiseta e o jeans por um manto vermelho que o cobria inteiramente.
Ficou olhando para a máscara dourada, tentando decidir se ia usa-la ou não.

“A máscara dá impacto... Mas pode acabar criando um símbolo... um novo ícone... e não é isso que eu quero!
O novo mundo tem que ser criado com a consciência de que todos são iguais, não podem haver heróis ou deuses!”

Resoluto, guardou a máscara e o chapéu vermelho na mochila.
Respirou fundo.
Estava começando a ficar nervoso. Isso não podia acontecer! Ele não podia demonstrar nervosismo, não podia hesitar!
Abaixando-se novamente para a mochila, o agora, Anarquia, pegou um objeto metálico e o escondeu entre as dobras do manto.

“Está pronto... vai ser feito...”

Aproximando-se da pia, ele começou a lavar as mãos.


continua...

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