Never Love escrita por Colin Cassidy Mills


Capítulo 11
Capítulo 10 - Pensamentos Felizes


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, por favor não me crucifiquem pelo atraso!
Mas o importante é que 'tamos' aqui, né? hahahaha
Bom, boa leitura pra vocês
Vou deixar o link da música do capítulo aqui nas notas porque é um cover da música na verdade.
https://www.youtube.com/watch?v=u41DQn8mQT4
Mas está na página da fic também, podem ir lá!
Se você ainda não curtiu, CURTA!
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“Eu me lembro das lágrimas escorrendo pelo seu rosto
Quando eu disse, "Nunca te deixarei ir embora"
Quando todas as sombras quase acabaram com a sua luz
Eu lembro quando você disse, "Não me deixe aqui sozinho"
Mas tudo está morto e acabado e já passou nessa noite”
Apenas feche seus olhos
O sol está se pondo
Você ficará bem
Ninguém pode machucá-lo agora
Ao chegar à luz da manhã
Nós ficaremos sãos e salvos...”
(Safe And Sound – Taylor Swift feat. The Civil Wars)

*Peter Pan

— Quando eu colocar seu coração em meu peito estará feito. Tudo irá acabar. - Fiz uma pausa mirando em seus olhos negros. Era difícil olhar nos olhos dela, dizer tais palavras. Em questão de instantes vê-la cair e ter que deixa-la ir. Para sempre. – Você irá perder a sua vida.

— E você irá ganhar a sua eternidade. Então, todos conseguem o que queriam no final. Eu vim pra essa ilha ajudar a salvar Henry. E terminei salvando ele e Wendy. - Sua voz soou fria como sempre. Não havia diferenças entre ela sem seu coração e quando se forçava a controlar-se. As poucas vezes que a vi fora de seu controle, fora como se lampejasse algo diferente nela. Em seu olhar, em seu jeito...

— E me salvou. – Disse mais ternamente do que incialmente pretendia. Finalmente, depois de tanto tempo, o Coração da Eterna Felicidade. Cintilava em minhas mãos, como se houvesse alguma estrela dentro dele. Por séculos, tantos que perdi a conta, eu esperei. Juventude eterna. Finalmente eu podia ter o que queria.

Embora, tivesse agora sérias dúvidas dentro de mim sobre o que eu realmente queria...

 - Não. Eu não te salvei. Ainda...– Disse ela em tom de correção. Ela colocou a mão sob a minha, erguendo minha mão ao redor de seu coração.

— Certo. – Dei um riso falso. Não podia argumentar a lógica. Não estava tudo terminado.

Ainda...

Havia espaço suficiente entre nós para que nos olhássemos sem nos tocarmos, mas perto. Ainda com a mão sob a minha ela passou a empurrar o próprio coração em minha direção. Quando chegou perto de mais, tive de pará-la:

— Últimas palavras? – Sei que não era hora de piadas. Mas quando se está de frente a morte a única chance é tentar ser um pouco humano.

— Apenas cumpra as promessas que me fez. – Ela disse estreitando os olhos. – Deixe Henry viver em paz. E me deixe ir em paz.

Se eu não estivesse acostumado sua frieza, ela teria me surpreendido. Queria poder ver além dela agora, mas isso jamais aconteceria novamente...

— Eu irei.

Ananda apenas assentiu com a cabeça e tornou a empurrar minha mão. Entregando o próprio coração a mim. Acabamos por nos aproximar ainda mais. De tal modo, que pude ver a ilusão de luz que tinha em seus olhos. Ouvir sua respiração falha.

Cada vez mais perto de seu coração, e perto de seus lábios. Em seus olhos eu via o que podia muito bem ser apenas o reflexo do meu desejo de tê-la em meus braços.

Quando, sem avisos, o perto foi demais ouvi ela puxar o ar em um gemido dolorido, antes de cair. Não consegui desfrutar da energia que invadia meu corpo ao ver que o corpo dela desmoronava diante de mim. Envolvi seu corpo com meus braços, antes que batesse o chão.

Estiquei lhe as pernas no chão mas apoiei sua cabeça em mim. Segurei suas mãos frias observando, à medida que sua vida esvaia conforme ela expirava pela última vez, deixando para trás seu corpo.

Nos olhos negros dela, pareciam ter lágrimas querendo escorrer pelos cílios, porém sem forças para caírem do olhar frio e fixo em mim. Como se ainda buscasse algo. Não seria fácil, não vê-los novamente. Não olhar dentro deles e ver a ilusão de que ainda havia luz em mim. Era uma linda ilusão. E eu nunca mais veria.

Levei as mãos ainda machucadas a meus lábios, beijando-lhe as cicatrizes e puxei seu corpo para mim, abraçando-a, inerte, beijei a também a ferida recém-fechada em seu pescoço. Não pude resistir, toquei suavemente seus lábios frios, embora ainda doces, com os meus. Acabei escapando um pequeno riso quando percebi os cantos de sua boca levemente erguidos – ela havia tentado sorrir.

Corri a mão por toda a extensão de seu pálido rosto e encerrei-lhe os olhos. Ela parecia, agora, apenas estar dormindo. Mas não o sono perturbado que a via ter todas as noites desde sua chegada. Pela primeira vez, ela parecia dormir profunda e calmamente. Seu lindo rosto estava...

Em paz...

Ela havia dito que sua morte lhe traria paz que ela não encontrava. Eu só não acreditei que seria tão difícil vê-la em meio à tal paz.

Lágrimas ameaçaram vir a meus olhos, mas recuaram quando ouvi vozes vindas da entrada da Caveira, alguém havia penetrado o feitiço, em seguida ouvi passos subindo a escada.

Repousei-lhe a cabeça no chão e pus de pé.

— Olá, rapazinho. – Saudei ironicamente, quem um dia foi para mim provavelmente o que Henry era para Ananda. Embora, eu tenha sido menos nobre e muito mais egoísta do que ela.

— Pobre garota. – Disse ele fitando o corpo de Ananda, no chão atrás de mim. – Você realmente não pensa em quantas vidas destrói por seus propósitos egoístas, não é?

— E você nem se preocupou em contar aos outros quem eu sou? – Rebati, embora a pergunta dele tenha me espetado algo por dentro. – Por quê?

— Não. E não há motivos para que saibam. – Reparei que ele trazia nas mãos uma espécie de caixa, com uma pedra vermelha encrustada na tampa e uma série de inscrições nas laterais. – Você é apenas mais um de todos os que me abandonaram. Você não passa de um covarde pra mim.

A caixa de Pandora. Se ele pretendia me prender em uma caixa pelo resto da eternidade. Não iria conseguir. Pensei o mais rápido que pude em uma réplica da caixa nas mãos dele e a verdadeira nas minhas. No mais rapidamente escondi uma das mãos atrás das costas e senti seu peso em minha mão.

— Eu não queria te deixar. – Confessei finalmente depois de séculos, talvez milênios. – Eu não teria deixado você ir se você tivesse confiado em mim. – Me justifiquei.

— Mentiras. – Acusou ele.

— Eu nunca me esqueci de você! – Não queria usar a caixa sem necessidade, seria sentenciar prisão perpétua a quem você quis que fosse livre. Eu não estava mentindo, as sombras do meu passado, e a cada nova sombra que surgia no presente se somava ao total, me perseguindo em meus pesadelos todas as noites.

— Chega de suas mentiras. – Rosnou ele. Ele não se iria convencer com minhas palavras. E tentou usar magia para abrir a caixa e me aprisionar, que não funcionou.

— O que? – Espantou-se ele.

— Você nunca prestou atenção no que te ensinei, rapazinho? – Tirei a verdadeira de trás de minhas costas. - “Siga a Dama” – Sussurrei a ironia do destino em ver o jogo que tanto tentei ensinar-lhe, se virar contra ele.

— Eu ia mesmo te dar uma chance. Sua melhor chance. – Continuei diante dele, com a caixa em minhas mãos pronta para ser aberta. – Mas você realmente não está disposto a me perdoar, do mesmo jeito que não perdoou seu pai bêbado por tê-lo abandonado naquele beco onde te achei!

Minhas memórias voltavam a mim naquele momento. O beco, o pedaço de pão velho e um garoto chorando pelo pai que o largara ali entre os mendigos para morrer de fome enquanto ele enchia a cara numa taverna.

— Ainda somos tão parecidos quanto eu sempre vi. – Observei.

— Não sou nada como você. – Bradou recuando um passo.

— Estou desapontado com você, Rumple. Poderíamos ter o recomeço que você sempre quis. – Agora, não haveria escolhas. O recomeço implicava em um fim. – Vamos começar de novo. Juntos. Como tínhamos planejado.

A lembrança de dois garotos na sombra do mercado vivendo de sobras e restos roubados, sonhando em um dia se verem livres da vida miserável que levavam, não passava de uma neblina na minha mente agora.

— Acha que eu escolheria ficar com você? Depois do jeito que você me deixou? – Interrogou ele.

— Pensei que talvez você pudesse compreender depois de você ter abandonado tantas vezes quem te amava. Você trocou seu próprio filho pelo poder uma adaga. A garota que te amava pelo medo de se enfraquecer. – Acusei. Embora minhas acusações fossem verdadeiras eu sabia que era golpe baixo usá-las. – Quem é mais egoísta no final? Nenhum de nós nunca levou jeito para lidar com as pessoas não é mesmo? 

— Fique comigo. Esqueça tudo, e todos. – Tentei dar-lhe uma última chance. Mas vi que ele não cederia, e preparei a caixa em minhas mãos.

— E única pessoa que eu irei esquecer é você. - Vi o ódio inflamado nos olhos dele. E a visão dos garotos brincando nas ruas desapareceu por completo em minha mente. Tudo havia mudado.

— Então você não me dá alternativa. – Passei a mão sobre a tampa, e o rubi girou destampando a caixa.

— Não! – Gritou ele enquanto se desfazia em meio a fumaça sendo sugado para dentro da caixa.

— Me desculpe, Rumple. Mas eu te dei uma escolha. E você escolheu errado, de novo. – E caixa se fechou. E agora ele estava lá, para sempre.

Fitei a caixa por alguns instantes remoendo minhas memórias, as antigas e as que haviam acabado de acontecer. Quando escutei gritos.

— Ananda! – Reconheci quem gritava, como a Rainha Má, e mãe de Ananda. Ela viu o corpo de Ananda ao lado da ampulheta, e vi lágrimas lhe encherem os olhos. Ela me fitou enfurecida ao espiar o corpo inerte dela estendido no chão.

Pensei por um instante em fugir, e levar o corpo de Ananda comigo. Deixaria em um lugar onde sempre pudesse voltar a vê-la, mesmo em seu sono morto, com o feitiço do tempo refeito seu corpo ficaria intacto por todos os séculos. Mas lembrei da promessa, pelo menos as promessas que fiz a ela eu tinha intenção de cumprir.

— Ela pediu que vocês levassem o corpo dela de volta. – Disse, me esforçando realmente para ser convincente de que não me arrependia.

Regina desviou os olhos mais uma vez ao corpo dela. Aproveitei a chance, havia muito tempo, desde que o feitiço começara enfraquecer e meus poderes também, que não conseguia voar sem ajuda de pó de fada.

Quase não consegui me lembrar de algo feliz que pudesse me fazer voar. De início, pensei em certa vez quando uma senhora me comprou um doce que tentei roubar, depois tentei pensar em uma vez que eu e Rumple acabamos caindo num lago, depois de ser chutados de uma venda de maçãs. Mas logo em seguida, acabei invadido pela lembrança de quando beijei a Ananda pela primeira vez, e logo quando ela correspondeu de bom grado. Lembrei de como ela se enroscou em meu pescoço, do gosto de sua pele e seus lábios.

Meus pés logo pairaram a metros a cima do chão.

— O que você fez a ela?! Seu demônio! – Ela gritou se levantando do chão, do lado da filha. Ela iria tentar me atingir com magia. E sai pelo ar, pela abertura de um dos olhos do crânio.


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Notas finais do capítulo

Calma, não nos matem, lembrem do prólogo! Ela sobrevive (de algum jeito, hahahaha)
E aí? O que acharam? NOS DEIXEM SABER, POR FAVOR, FAZ DOIS CAPÍTULOS QUE VOCÊS PARARAM DE COMENTAR!! O que está acontecendo, gente?!
Dou paçoca pra quem comentar! GO!!
Beijos e até o próximo capítulo :*



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