Road to the world escrita por OhhTrakinas


Capítulo 8
Coincidência da gentileza e rei do mundo.


Notas iniciais do capítulo

Ok, ok, eu sei... Eu demorei pra porra pra atualizar esta belezinha...
Mas estou de volta, eu estou Live' , kkkkk.

Bom, beijos na bunda e boua leitchura.

Vou tentar não atrasar com o próximo, ok?



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–Moça, você viu esses meninos?

Momoi agora estava numa cidadezinha do interior, onde dava para se ver um pequeno parque de diversão que já estava sendo desmontado.

–Não... –A moça que carregava as compras da feira disse meio apreçada, indo embora.

A rosada abaixa o papel e olha para as ruas da cidadezinha, tinha bastante movimento e estava fazendo bastante calor. Ela abaixa a cabeça e encara o porquinho que já estava com a língua pra fora de tanta sede.

–Hm... Vamos descansar um pouco, Jojo? –Disse a rosada de agachando e passando a mão na cabeça do porquinho. –Vem, vamos ficar naquela arvore, ali.

A menina de cabelos rosa ajeita a pequena mochila e vai andando, sendo seguida pelo porquinho, até chegar de baixo da arvore e sentar-se na grama seca. Momoi abre a mochila e retira de lá uma garrafa de água pela metade, ela bebe um pouquinho e o resto da água dá pro porco que bebe a água com vontade.

–Ixi, acabou... –Fala olhando pra garrafa vazia. –Não tenho dinheiro pra comprar outra água, Jojo, e agora? –Pergunta como se o porco fosse responder.

Momoi havia encontrado aquela caminhoneira, que por acaso foi uma ajuda vinda dos céus, que por gentileza a moça a alimentou numa padaria, assim como seu porco. O engraçado era que a moça estranha queria dar bacon ao porco e Momoi gritava quase desesperada para não fazer isso, dizendo que seria canibalismo, e que de fato era... No final o porquinho se contentou com cenouras. Momoi aproveitou e encheu o estômago com hambúrgueres e assim como Aomine, quer dizer, aprendeu com ele, a não gostar de leite, então ficou só no suco de laranja.

Depois disso a moça se despediu de Momoi, dizendo para a mesma tomar cuidado por onde anda e não confiar em ninguém que não conheça, e que consiga encontrar os garotos. E depois disso foi embora, deixando a rosada na padaria, que teve que pegar a pequena estrada, andando até a cidadezinha, que ainda bem, não era longe.

Agora estava ela, jogada de baixo de uma arvore onde fazia sombra, descansando. Ela levanta a mão, um pouco acima dos olhos, vendo o papel que segurava e mostrava para todas as pessoas que via. No papel estava desenhado, de modo engraçado, Aomine e Kagami. Estavam desenhados e giz de cera. Fez aquele desenho antes de sair do orfanato.

–Jojo, olhe pra cá. –O porquinho virou o rosto, encarando a rosada. –Dá pra ver que são eles, não dá? É parecido com Daí-chan e Kagamin?

E mais uma vez não respondeu, continuou mudo. Ainda bem... Já pensou se esse porco responde?

–Puff~ Você deveria saber falar, sabia? Afinal, por que você não fala? É tão fácil... Vamos lá, Jojo, fale! –Momoi fica de frente pro porquinho que estava deitado e começa a falar com ele, o encorajando a “falar”, mas o animal não fazia nada, apenas continuava a encarar a nova dona sem entender nada.

De repente, escuta-se o som de coisas caindo. Momoi se vira e olha para a pequena rua e vê várias frutas rolando ladeira baixo. Ela se levanta e começa a correr em direção as frutas, começando a pegar cada uma, que no caso eram maçãs. Quando termina de pegar, uma senhora que andava rápido em direção a rosada, segurava uma sacola furada, já vazia.

–Ahh, obrigada jovenzinha, muito obrigada. –Dizia a velhinha agradecendo a menina por ter pegado as frutas.

–Não foi nada, moça. –Disse sorrindo. –JOJO!!

Quando percebe, o porquinho havia pegado uma maçã e estava comendo.

–Não coma isso, Jojo. Não é seu! –Repreendia o porco.

–Deixe para lá, menina, hahaha. Ele deve estar com fome. –Sorria.

E de repente, escuta-se o som do estomago de Momoi, grunhindo bem alto... O rosto da menina fica da cor dos cabelos.

–Haha, vejo que você também está com fome.

Momoi pensava que aquele tipo de casa só existia em histórias em quadrinho, ou então em livros de contos de fadas. A casa era grande e espaçosa, com várias estatuas pequenas, miniaturas bonitinhas que decoravam cada canto da casa, quadros de flores por toda a parede, fotografias na estante de madeira, e uma coisa que tinha ali, que chamou a atenção de Momoi, havia vários santos e cruzes.

–Se Daí-chan estivesse aqui, estaria morrendo de medo. –Disse baixinho dando risada.

Momoi estava sentada na mesa da cozinha com o porquinho nos braços, não iria deixá-lo andando na casa, mesmo que a velhinha havia deixado.

–Então, quer comer? Tenho macarrão.

–Quero! –Disse Momoi animada.

A velhinha põe a comida no prato e senta-se na mesa junto a rosada. Momoi começa a comer e o porquinho mantinha-se sentado no colo da mesma, sem sair do lugar. Por incrível que pareça, aquele porquinho era obediente.

–Então, mocinha... Cadê seus pais? –Pergunta a senhora.

–Eu não me lembro muito deles... Mas a tia disse que meus pais morreram a muito tempo e eu fui entregue ao orfanato quando tinha três anos. –Falava normalmente enquanto comia o macarrão.

A velhinha fica surpresa, pois aquela garota falava aquilo sem nenhum pingo de preocupação, ou fio de tristeza. Parecia ser normal pra ela.

–Você veio de um orfanato?

–Uhum...

–Eu já ouvi essa história antes. Hahaha, parece que a moda de agora é fugir de orfanatos, não? –Brincou.

–Como assim? –Momoi ficou curiosa.

–É que dias atrás, uns garotos passaram aqui pedindo por água, e no final acabaram me ajudando à arrumar a casa. Depois acabei descobrindo que eles também eram de um orfanato e haviam fugido.

–P-por acaso... Será que eram o Daí-chan e o Kagamin?

–Eu não sei querida, não me lembro muito bem de seus nomes, me desculpe.

–Espere aí!

Momoi desce da cadeira apressada, assustando o porquinho que estava em seu colo. Momoi corre até a sala, pegando sua mochila e abrindo ela, pegando o papel em que desenhara. Ela volta para a cozinha.

–Moça, por acaso era esses dois? –Momoi mostra o desenho.

Ao ver o desenho a senhora acaba rindo.

–São eles sim, me lembro desses cabelos vermelhos e desse cabelo azul marinho, hahaha, só não entendo por que o moreno está com cara de bravo, parecendo um monstro e o de cabelo vermelho está rindo, com cara de anjo, hahaha.

–É por que o Daí-cha sempre me maltrata e o Kagamin sempre é bonzinho. –Momoi pega o papel de volta e continua encarando o desenho. –Mas mesmo me maltratando o Daí-chan gosta muito de mim, eu sei que gosta... Ele me protege, e como o Kagamin diz, ele me mima muito. –Acaba sorrindo em meio aos devaneios.

–Eu amo muito os dois, eles são a minha família. –Diz por fim.

–Ohh, que bonito, querida. –A velhinha acaba se emocionando com o que a rosada diz.

–Moça, você tem família?

A senhora balança a cabeça negativamente. –Muitos já se foram... Mas eu tenho um filho.

–E cadê ele?

–Ele está viajando. Ele vai voltar pra ficar comigo alguns dias, daqui um mês. –Falou sorrindo docemente.

–Que bom...

–E você, quer se encontrar com eles, não é?

–Sim... O mais rápido possível.

–Está com saudades não é?

–Uhum... Estou com saudades deles... E também quero me encontrar com eles por causa de mais um motivo.

–Qual?

–... É que depois de amanhã é meu aniversário... –Faz uma pausa. –E se eu não encontrar eles logo, vai ser o meu primeiro aniversário sem eles. –Disse meio cabisbaixa.

–Tenho certeza que irá encontrá-los logo, queria. –Disse passando as mãos nos cabelos rosados da pequena.

–Tomara... –Disse num sorrisinho.

[...]

Dava pra ver o pôr do sol por onde passavam. Estavam em uma passagem, fazendo várias e várias curvas apertadas, indo em direção a mais uma cidade onde avistavam. Dava pra ver, esticando um pouco o pescoço, a grande descida íngrime que mais parecia um penhasco. Ainda bem que Aomine andava bem de bicicleta e estava aguentando bem o peso das coisas e não estava com tanto medo assim, ao contrário de Kagami, que a todo momento que faziam a curva e a roda passava perto da decida, fechava os olhos e agarrava ainda mais as roupas de Aomine, que reclamava, pois acabava sendo beliscado.

Depois de mais alguns minutos pedalando, Aomine freia, fazendo Kagami descer da bicicleta e jogando as mochilas no chão. O moreno anda com a bicicleta até um canto mais afastado na passagem.

–Vai descansar? –Perguntou Kagami, sentado-se ao seu lado.

–Lógico, minhas pernas estão doendo.

–Tem água, quer?

–Quero...

Kagami abre a mochila grande e pega de lá uma garrafa que estava cheia e entrega ao outro, que acaba bebendo bastante.

Os dois estavam sentado em um ponto alto, onde de lá dava pra ver outros morros e mais ao fundo o sol laranja que estava se pondo, fazendo a paisagem ficar numa coloração avermelhada. A visão era realmente muito bonita e que tirava o fôlego.

–Essa viajem está valendo a pena, não acha, Kagami? –Pergunta Aomine, olhando o horizonte.

–Você acha?

–Uhum... Está sendo super divertido pra mim... Sem contar que essa vista, ver isso agora, esse por do sol, é mágico... Nunca que veríamos isso lá no orfanato.

Kagami sorri.

–Se você está se divertindo, então eu também estou me divertindo.

Os dois riem.

Aomine se levanta e anda até a beirada, onde havia uma grande queda. Parecia que agora, Aomine não estava com medo de cair. Ele abre os braços e puxa todo o para o peito e por fim grita com todas as forças...

–EEEU SOOOOU O REEEEI DO MUUNDOOOOOOOOOOO!!!!

O grito fez eco, assustando alguns pássaros que estavam quietos em arvores e levantaram voo lá no horizonte. Kagami passou a gargalhar e Aomine não parava de sorri.

–Cara, por que gritou isso!? –Dizia Kagami.

Aomine volta e senta-se ao lado do ruivo. –Eu sempre quis fazer isso, hahaha.

Os dois continuam sentados, e de repente, Aomine quebra o silêncio.

–Olha Kagami... Eu achei que nunca diria isso mas... Estou com saudades da Satsuki. –Falou com um sorrisinho bobo, não parando de fitar o sol que aos poucos sumia.

–Agora que tocou no assunto, eu também sinto.

–Quem diria eim, aquela chata realmente faz parte de nossas vidas.

–Uhum...

–Sabe, Kagami? –Aomine passa a fitar o ruivo, que tinha os cabelos iluminados pela cor vermelha do sol, os tornando ainda mais bonitos, se era possível. Aomine aproxima sua mão à mão de Kagami, que estava apoiada no chão de terra vermelha e a pega.

–Sinto que a nossa missão é cuidar da Satsuki... Eu e você, juntos. –Falava com um olhar meio distante, mostrando que aquelas palavras eram devaneios de sua cabeça, mas que não passavam de verdades.

Kagami não dizia nada, apenas olhava para Aomine e escutava aquelas palavras perfurarem seu coração como se fossem flechas. Ahh, maldito cupido que acertava o lugar certo nas horas erradas. Ainda bem que o lugar estava vermelho graças a luz do sol, pois não dava para ver a leve ruborização de sua face.

–Também sinto isso, Aomine... –Falou num sorrisinho tímido.

Aomine passa a segurar sua mão com mais firmeza, entrelaçando seus dedos, ele queria alguma coisa... Kagami levanta seu rosto minimamente, e olha os olhos de Aomine, que estavam com um brilho estranho... Aquele brilho que já havia visto noite passada. Quando Aomine iria se aproximar, Kagami se afasta um pouco, desfazendo o contato das mãos e se levantando.

–Vamos indo, Aomine? Já está ficando de noite e... A-andar por aqui nesse horário é extremamente perigoso. –Falava sem jeito, coçando a nuca.

Aomine fica um tempo ainda sentado, mas logo se levanta. –Tem razão.

O moreno sobe na bicicleta e Kagami se ajeita atrás, os dois continuam o caminho.

Logo logo eles chegam na nova cidade, esta já era um pouco maior que a outra e já estava de noite. Ambos estavam morrendo de fome, principalmente Aomine que ficou pedalando o dia inteiro.

–Onde iremos comer, Aomine? Temos pouco dinheiro. –Falou Kagami meio preocupado.

–Kagami... Escuta...

Aomine deixa a bicicleta apoiada em um muro e puxa Kagami para perto de si, falando em sua orelha.

–Está vendo aquela barraca? Ela está vendendo pastel.

–E daí?

–Não temos dinheiro para comprar aquilo...

Aomine encarava Kagami, como se quisesse fazer o outro entender o que queria dizer, o que acaba não levando muito tempo... Ao perceber, Kagami levanta suas sobrancelhas e fica com uma cara meio horrorizada.

–A-aomine, você não está-

–Kagami, não tem jeito!

–Não, não e não! É errado!

–Se for assim iremos morrer de fome!

Kagami vira o olhar, mesmo não querendo admitir, sabia que o amigo tinha razão.

–Mas Aomine, e se-

–“ E se”, nada... Você pode ficar aqui, não tem problema, só cuida das nossas coisas. Depois eu venho correndo pra cá.

Kagami estava preocupado, iria dizer alguma coisa, quando Aomine o interrompe.

–Para de drama... Eu já fiz isso tantas vezes lá no orfanato.

–Mas roubar comida da cantina é diferente... E ninguém te “caguetava” por que todos tinham medo de você... Mas aqui na rua é diferente! –Kagami bem que tentava convencer Aomine e deixar de lado mas, o moreno nada diz, apenar se vira e vai andando em direção a barraca.

Agora era só torcer para que tudo dê certo e que consigam comer alguma coisa...


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Notas finais do capítulo

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