A Blue Box, An Time Lord and a Broke Heart Human. escrita por Srta Who


Capítulo 38
Quem a Tempestade Trouxe de Volta


Notas iniciais do capítulo

Bem, só dizer para não me matarem é o bastante, desculpem um milhão de vezes pela demora, eu não estava conseguindo escrever.



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Estou me arrastando de volta para você

Porque eu sempre penso

Talvez eu esteja muito

Ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa

Do I wanna Know? Artic Monkeys.

–Ei! Ei! Esperem aí, você quer dizer irmão, seu irmão de sangue, uma pessoa que nasceu da mesma mulher que você? Perguntou o Doutor.

–Sim. Respondeu a garota.

–Não podem fazer isso. Não podemos arriscar seu próprio irmão em algo assim. Se ele morrer você não vai conseguir lidar com a culpa.

–O que você sabe sobre culpa?

–Mais do que imagina.

–Tem alguma ideia melhor?

–Eu tenho. Disse Karyn erguendo a mão.

–Diga.

–Essas garotas do teatro, como chegam até lá? Ela perguntou.

–Através da Madame Bright. Ela sempre escolhe as mais sem esperança, e bonitas, as promete um belo futuro e..... Já sabem o resto. Disse Ana.

–Nós somos garotas bonitas. Disse a loira.

–Oh não. Disse o Doutor balançando a cabeça. –Definitivamente não, nunca, nem pense nisso Karyn.

–Por que não? É uma boa ideia, falamos com a madame, nos infiltramos, pedimos para seu irmão nos mostrar a um soldado de alta patente e pegamos algo que dê para grampear e pronto, terão informações o bastante para vencê-los.

–Isso não é uma boa ideia, é uma péssima ideia, na verdade é uma das piores ideias que já ouvi em toda a minha vida. Daniel, você que está com ela, diga que é uma péssima ideia.

–Na verdade Doutor, não me parece tão ruim assim.

–Tudo bem, Amy, diga a ela.

–Não me leve a mal doutor, mas se elas forem eu estou dentro. Eu respondi a ele.

–Jack. O homem balançou a cabeça negativamente. –Vocês não podem estar falando sério. Jamais em toda minha vida havia visto alguém tão desesperado para tirar uma ideia da cabeça de qualquer um.

–Por que está tão preocupado? Essa não é a coisa mais perigosa que eu já fiz. O homem vestido em risca de giz engoliu seco. Tive a estranha impressão de que ele sabia de algo ainda mais perigoso que a garota já fez.

–Só não quero que alguma de vocês se machuque.

–Nossa segurança não vale mais do que as milhões de crianças que provavelmente estão morrendo nesse momento. Retrucou a moça que conseguia defender seu ponto de vista quanto o homem a sua frente.

–Mas também não vale menos.

Infelizmente dessa vez sua ideia estava errada, quando crianças aprendemos que todos somos iguais, mas com o passar do tempo descobre-se que a necessidade de muitos supera de poucos. Andei em direção a ele e segurei sua mão.

–Doutor. Disse olhando em seus olhos. –Nós vamos ficar bem, temos você, Daniel e Jack para nos darem cobertura. Ele abriu a boca para dizer algo.

–Por favor Dear. D, vamos ficar bem.

–Vamos protege-las. Disse Ana.

–Com certeza. Apoiou Marry.

–Com nossas vidas. Completou Fernanda. O senhor do tempo olhou para todos nós, e bufou impotente percebendo que havia sido derrotado.

–Tudo bem.

–Ótimo. Tem alguma arma de pequeno porte? Perguntou Ana.

–Não. Ele respondeu indignado.

–Então teremos de ir até nosso esconderijo. Vamos! Ela disse começando a andar.

–Aonde está indo?

–Sair. Como espera que cheguemos lá?

–Essa nave viaja no tempo e no espaço, contanto que saiba as coordenadas chegaremos lá em alguns segundos. A garota sorriu.

...

–Tudo bem moças vamos repassar o plano. Disse Ana enquanto todas nós trocávamos de roupa em um cômodo e os rapazes esperavam do lado de fora. –Nós três chegaremos no teatro horas antes de ele abrir, chamaremos pela madame implorando por um lugar para ficar, ela mandará que nos preparemos para nossa ‘’estreia’’ á noite, que será quando Pedro apresentará todas nós ao general, seu nome é Tiberius, qualquer uma que ele escolher pedirá um minuto para se preparar, irá até os bastidores onde o Doutor estará esperando com uma seringa com sonífero. E então fará o que?

–Levará Tiberius para o quarto e lá enfiará a seringa em sua carótida, ele dormirá em questão de segundos. Completou Karyn.

–E então procurará algo que eles utilizem para fazer comunicação, levará até o Doutor, e deixará que ele o grampeie, e depois o devolverá ao general ainda desacordado. Eu disse.

–Agora o último passo, se o general por um segundo desconfiar da conspiração, o que faremos?

–Um tiro na cabeça. Disse Marry sombriamente.

–A Deusa queira que não sejamos forçados a usar o plano B. Disse Fernanda entregando uma pequena arma de lazer para cada uma.

–Tem carga apenas para um tiro. Pensem bem antes de usar. Disse Ana.

–Muito bem garotas. Estamos prontas. Vamos! Exclamou Karyn escondendo a sua no coldre que trazia na perna.

...

Esse foi realmente um longo e estranho dia, quando chegamos ao teatro, a madame nos apresentou as garotas que lá trabalhavam, passamos boa parte do tempo conversando, e apesar de extremamente nervosa acho que fiz bem meu papel, ninguém pareceu notar que mentíamos, o que foi bom, porque o lugar possuía soldados como seguranças, soldados de mais para lidarmos com nossas poucas armas.

A noite chegou cedo demais, porém antes do lugar abrir todas as garotas passavam cerca de duas horas arrumando-se, deram-nos vestidos estranhos, e fizeram estranhas maquiagens extravagantes, respirei aliviada quando todas as desconhecidas saíram, deixando apenas nós que fazíamos parte do plano, podia ver os olhares nervosos nos rostos de todas enquanto esperávamos o irmão de Fernanda aparecer, eu mexia no tecido azul do vestido tentando aliviar o stress. Quando de repente Karyn tocou minha mão, e olhou em meus olhos.

–Vai ficar tudo bem. Ela disse docemente.

–Você parece com ele.

–Não faz ideia. A loira respondeu sorrindo, o que me deixou intrigada, mas quando estava prestes a perguntar um soldado entrou, Fernanda levantou-se da cadeira onde estava sentada e o abraçou forte.

–Pedro! Ela exclamou.

–Não temos tempo para isso, é a troca da guarda, o único momento quando posso deixar seus amigos passarem em segurança. Vamos. Ele disse desvencilhando-se do abraço, arrastou a garota pela mão, e o resto de nós os seguiu por diversos corredores até chegarmos a porta dos fundos que ficava bem próxima ao palco, este por sorte estava escondido por uma imensa cortina vermelha.

Eu e Marry ficamos de vigia enquanto o garoto abria a porta dos fundos, e então quando Jack, o Doutor e Daniel entraram eles começaram a acertar os últimos detalhes do plano, acho que nunca senti meu coração bater tão forte contra o peito, e se alguém abrisse as cortinas? Nos disseram para distrair quem quer que entrasse, mas como?

Há poucos minutos do começo de tudo comecei a sentir que ia ter um infarto, cada segundo nos deixava mais próximas daqueles homens, cada segundo deixava uma possível morte mais próxima de nós, cada segundo me deixava mais nervosa. E aquele lugar escuro e sujo onde nós duas nos encontrávamos não ajudava em nada, única luz que lá entrava provinha de alguns buracos na imensa parede de tecido vermelho.

–Há quanto tempo estão em guerra? Perguntei a garota tentando distrair-me do fato de meus órgãos internos quererem sair por minha boca.

–Não me lembro. Ela respondeu vagamente.

–E quanto a suas amigas? Elas lembram?

–Nem um de nós tem nenhum conhecimento sobre como era a antes da guerra, alguns dos mais velhos costumam dizer que este conflito começou bem antes da primeira estrela nascer.

–Mas isso é impossível, quer dizer, os planetas são sobras das estrelas que se formaram. É cientificamente impossível um planeta ter nascido primeiro que usa estrela mãe.

–Você viajando com seu amigo numa caixa maior por dentro do que por fora pode falar de impossibilidades?

–Desculpe. Vendo que não conseguiria uma conversa muito pacifica com a morena aproximei-me da cortina vermelha e olhei por um dos buracos que o tempo fez naquele belo tecido, todo o lugar estava iluminado com enormes lustres de cristal, os quais emitiam um brilho amarelo, as mulheres em vestidos extravagantes e vulgares conversavam com os homens já bêbados, mas no meio do salão havia uma mulher que eu não havia visto aqui hoje, e conhecemos todos, até os poucos empregados do lugar como uma questão de segurança.

Ela se quer estava vestida como nós, a loira usava uma calça de couro marrom escura, botas pretas de salto e uma camisa amarela social, lembrava um pouco uma advogada naqueles trajes.... Acho, acho que a conheço, mas o cabelo cobre muito seu rosto, não tenho como ter certeza, talvez minha mente assustada esteja apenas me pregando uma peça, mas isso não evitou o suor que senti descer por meu corpo, ou mesmo o súbito arrepio que percorreu minha espinha dorsal.

Senti uma mão em meu ombro, o que me fez congelar, a única coisa que passou em minha cabeça foi: ‘’Fomos pegos’’, preparei-me para pegar a arma em minha coxa.

–Você está bem Amy? Respirei aliviada ao reconhecer a voz, era apenas o Doutor.

–Não sei.

–O que houve? Ele perguntou.

–Tem uma mulher do outro lado. Acho que a conheço, mas não tenho certeza.

–Deixe-me dar uma olhada. Disse Ana. –I-Isso não é possível. Ela sussurrou.

–O que? Perguntou Karyn que se encontrava atrás dela.

–A-A rainha. A rainha está aqui. Temos de recuar. Agora!

P.O.V autora.

–Como? Deixe-me ver essa mulher, preciso saber quem estou enfrentando. O Doutor curvou-se até que seus olhos estivessem na mesma altura da fenda do pesado tecido vermelho.

Nesse momento ele perdeu qualquer resquício de sanidade em sua cabeça, qualquer senso de responsabilidade de sua consciência e qualquer conhecimento sobre o espaço adquirido em seus mais de 900 anos de vida, pois não havia nada no universo que importasse mais do que aquele instante. Sim, ele a conhecia, e como conhecia.

A mulher virou-se para a cortina vermelha e viu um olho castanho a encarando, ela conhecia aquele olho, o reconheceria em qualquer parte, a loira deu um sorriso cruel para seu observador.

Então ali estava, a cena mais antiga na história de qualquer planeta, a caça e o caçador encarando-se, estudando-se considerando as possibilidades antes do ataque ser finalmente feito. O Doutor deu um passo para trás quando a viu sorrir, apoiou as mãos nos joelhos e curvou-se. Ele piscou muitas vezes, para ter certeza de que aquilo era verdade, que não acordaria a qualquer segundo daquele pesadelo, mas ao sentir o suor descer de sua testa até o pescoço teve certeza... Era real, tudo aquilo era real.

–O que houver? Perguntou Marry desesperada.

–Ela... Ele engoliu seco, sua respiração estava ofegante e descompassada. –Ela não é sua rainha, nem nada disso. Ela é....

O Doutor foi interrompido quando alguém súbita e violentamente abriu as cortinas que os escondiam, banhando o cômodo com a luz dos luxuosos lustres, todos a exceção do Doutor fecharam os olhos por um segundo antes de se adaptarem a claridade. Ele ao contrário dos outros apenas endireitou-se ao vê-la.

–Olhem só quem a tempestade trouxe de volta. Disse ela numa voz sarcástica. -Querido, procurei por literalmente todo o universo atrás de você. Mas quem são elas? Ah, não importa. Venha até aqui e me dê um beijo amor. Seus olhos amarelos brilhavam sinistramente nas orbitas.

–Ela é minha esposa.


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Notas finais do capítulo

Cometários?



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