A Blue Box, An Time Lord and a Broke Heart Human. escrita por Srta Who


Capítulo 36
Na escuridão havia uma voz.


Notas iniciais do capítulo

Sim, outro, estou me sentindo culpada por demorar tanto, e queria agradecer pelos mais de 10.000 views, vocês são de mais gente :3, amo muito vocês.



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Na escuridão

E eu estou direito sobre a marca do meio

Eu sou apenas na camada de tudo o que anda abaixo da superfície

Dream – Imagine Dragons.

Havia uma voz, sim, uma voz, disso tenho certeza, apesar de toda a dúvida tenho certeza de que a voz existiu, ela não fazia parte dos sonhos obscuros de alguém desmaiado ela era real. Sim, uma voz, na escuridão havia uma voz:

–Amy...

Ela chamava.

–Amy...

Ouvi novamente, tudo era escuro como o inferno, precisava abrir meus olhos, mas... Outch! Minha cabeça doía tanto que abrir os olhos não era uma opção viável.

Amy...

Desta vez com mais clareza, era uma voz de mulher, ou ao menos imaginava que era uma mulher, era uma voz dupla e carregada de ironia e obscenidade no tom que se apresentava para mim.

Acorde. Acorde. Doce Amy. ACORDE!

Não soube no momento o que aconteceu, e talvez jamais saiba, mas meus olhos abriram-se mesmo contra minha vontade, como se algo tivesse tomado o controle total sobre mim, mas de qualquer forma abertos ou fechados não havia muita diferença, tudo continuava escuro, e eu não enxergava nada, a única coisa de que tinha certeza era do chão frio e liso sobre o qual meu corpo encontrava-se jogado, e também do frio, do frio cortante que havia naquele lugar, o maldito frio que atravessava minha espinha e fazia cada célula do meu corpo tremer. Levantei-me e olhei ao redor. Nada. Tateei os bolsos de minha roupa em busca do meu celular. Quando o encontrei acendi a lanterna.

–Mas o que diabo?! Exclamei batendo na tela, a lanterna não acendia. Tentei iluminar o cômodo com a fraca luz da tela, e esta apagou-se. –O QUE ESTÁ...?!

–Isso é tão divertido. Disse novamente a voz irônica. –Não poderia ser mais entediante?

–Quem está ai?! Perguntei

–Ah! Não entendo o que o Doutor viu em você! Que garota mais burra!

–Q-Quem é você?! Senti crescer um nó em minha garganta, tive vontade de chorar, mas lembrei-me de algo que alguém disse certa vez ‘’Quando a primeira lágrima cair, seu inimigo vencerá’’, não recordo o rosto da pessoa que me disse isto, e está lembrança fez minha cabeça latejar ainda mais, a dor se tornou insuportável, queria gritar, correr, chorar. Mas se aquela mulher fez aquilo com a própria luz.... Correr seria inútil, trinquei os dentes, e tentei acalmar minha respiração.

–Oh querida, não precisa fingir. Sei que está morrendo de medo de mim. Mas não estou aqui por você, e sim pelo Doutor.

–O que você quer com o Doutor.

–Olha quem ficou corajosa! Ela disse com aquele maldito tom de ironia, eu tentava identificar de onde vinha sua voz, olhava por todos os lados, mas a voz parecia vir de todos os cantos e penetrar em minha cabeça, eu tentava me concentrar, mas o barulho! Aquele barulho daquela voz parecia vir de dentro de mim! Eu estou ficando louca! Barulho! Enterrei as duas mãos em meus cabelos e apertei com força meus ouvidos. Barulho! Caí de joelhos no chão. Barulho! Apertei mais minha cabeça. BARULHO!

Ela gritava e gritava coisas incompreensíveis para mim, algo sobre vingança, universo, guerra, planetas, garota. Sim! Uma garota. Ela queria uma garota, estava desesperada atrás dessa garota! E o garoto, sim o garoto! Disse que o Doutor os havia roubado. Eu tentava e tentava, mas não conseguia parar de ouvi-la, minha cabeça estava a ponto de estourar quando de repente.... Nada, nem um som, nem um ruído, nem do vento.

Retirei lentamente as mãos dos meus ouvidos aliviada, olhei ao redor, nada, respirei fundo. Em minha frente apareceu um brilho amarelo sinistro, dois olhos, comecei a usar meus cotovelos para me afastar deles, mas eles me seguiam e então eu estava contra uma espécie de parede, não havia mais para onde ir, eu havia sido pega, naquele momento tive certeza de que ia morrer. Os olhos aproximaram-se de mim, e de uma voz que parecia humana foram proferidas as seguintes palavras:

‘’Diga ao Doutor, mandei lembranças’’

...

Eu acordei ofegante com todos os outros que estavam numa espécie de enfermaria, eles olhavam com medo para o vazio, os olhos de Daniel e Karyn pareciam cheios de lágrimas, enquanto os dois estavam sentados num sofá, Jack apenas olhava para uma parede com um olhar, o Doutor parecia o mais preocupado de todos, andava de um lado para o outro, bagunçava os cabelos dele que já estavam uma bagunça total.

–O que aconteceu? Perguntei lentamente enquanto me sentava.

–Amy! AMY! Gritou o Doutor. Ele correu e me deu um enorme abraço. Eu gemi, meu corpo ainda estava dolorido. –Me desculpe. Ele parecia a ponto de chorar, não tenho certeza se era de felicidade.

–Você desmaiou, parecia morta. Disse Jack distante, parou de respirar por algum tempo.

–Quanto tempo eu...

–Horas Amy... Horas. Disse Karyn pondo a mão em meu ombro.

–A Tardis balançou e...

–Não balançou. Disse Daniel balançando a cabeça negativamente. –Caiu.

–E onde estamos?

–Não sabemos. Não podíamos sair enquanto você estivesse naquele estado, ficamos aqui todo esse tempo, mas ouvimos todo o barulho que vinha do lado de fora. Estão tentando entrar. Disse o Doutor.

–E o que vamos fazer. Todos pareceram tremer com esta pergunta.

–Sair.

–Como?

–A Tardis precisa recarregar, foi uma queda difícil. Drenou boa parte de sua energia para não sermos estraçalhados durante a queda.

–Podemos ficar aqui não?

–Amy. Os gritos, não eram de pessoas querendo nos pegar. Mas sim de pessoas tentando fugir.

–O que?

–Eram três garotas. Elas desmaiaram de exaustão assim que entraram, esse não é um bom lugar.

–Temos que as ajudar. Eu disse. Onde elas estão? O Doutor acenou com a cabeça, vi três leitos ocupados por três garotas, uma de pele morena e cabelos negros, vestida em uma calça de couro e uma camisa branca, uma pálida vestida em um short, uma camiseta e um casaco, e a última que parecia ser a mais nova de todas vestia-se da mesma maneira que a primeira. Todas dormiam no mais profundo dos sonos, pareciam indefesas naquelas circunstancias.

–Sabem o nome delas? Todos balançaram negativamente a cabeça.

–Disseram obrigado. E desmaiaram, pareciam famintas, e que não dormiam há dias, então as trouxemos para cá. Disse Daniel. Olhei desolada para a cena daquelas três meninas que não aparentavam ter vinte anos completos, estavam sujas, e as roupas rasgadas em alguns pontos, meus olhos encheram-se de lágrimas.

–Quando saímos? Perguntei esquecendo o medo, aquela não era hora de covardia.


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Notas finais do capítulo

Sim, eles estão bem curtos, e eu peço desculpas por isso, juro



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