A Blue Box, An Time Lord and a Broke Heart Human. escrita por Srta Who


Capítulo 30
Say Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vai você? Ta ta, eu sei, eu tenho de explicar o sumiço, e vou, nas notas finais, por enquanto aproveitem o capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/566834/chapter/30

Eu estou sangrando

Então se a última coisa que eu faço

É te deixar para baixo

Vou sangrar para você

Então eu descubro a minha pele

E eu conto os meus pecados

E eu fecho meus olhos e eu levo dentro

E eu estou sangrando

Eu estou sangrando por você.

[...]

Quando a hora estiver próxima

E o desespero for absorvido

E todos os lobos chorarem

Para preencher a noite com uivos

Quando seus olhos estiverem vermelhos

E o vazio for tudo o que você conhece

Com a escuridão alimentada

Eu serei o seu espantalho

Você me diz para aguentar

Oh você me disse para aguentar

Mas a inocência se foi

E o que era certo é errado

–AH! DROGA! O Doutor gritou em desespero contido. –Que droga! Ele correu até a caixa e a remexeu um pouco. –Não está em perfeito estado. Disse segurando uma pequena pecinha dourada com falhas salientes em preto. -Mas vai ter de aguentar. Roubando a forma de explicar de Lemony Snicket a expressão ‘’Vai ter de aguentar’’ significa que algo tem que durar pelo menos o suficiente até que outra coisa aconteça, por exemplo, quando se quer brinca de cabo de guerra, porém a corda encontrada para a brincadeira é muito fina dizemos que ela ‘’tem de aguentar’’, quando na verdade a corda não tem nenhuma obrigação de aguentar ser puxada e repuxada pra lá e pra cá, assim como o pequeno circuito não tinha nenhuma obrigação de aguentar coisa alguma, porém o Doutor tinha por obrigação de salvar á todos ali, e o deixava apreensivo ter de contar com algo que não compartilhava a mesma responsabilidade.

O circuito colocado pelo Doutor finalizava a construção do controle para o aparelho, ele colocou este na sala, ele havia instalado uma trava especial na sala que fazia com que quando a contagem regressiva do aparelho fosse ativada nada pudesse entrar ou sair, após fechar uma grande porta de metal que tinha metade do aço cortado por vidro aprova de lazer o Doutor apertou o botão do controle que fora acoplado a uma tomada de onde este tirava energia, o controle deu a ele um pequeno choque na mão, mas quando ele olhou para a sala fechada a contagem regressiva de 5:00 minutos havia começado. Vocês pode se perguntar. ‘’Por que diabos 5:00 minutos’’, porém esta havia sido uma sacada inteligente do Doutor, pois o aparelho neutralizava as ondas cerebrais de quem estivesse lá dentro, morte instantânea quando o cronômetro zerasse, e ainda assim piedosa, porém não havia garantia nenhuma de que as ondas não atravessassem a porta e dois minutos seria tempo mais do que o suficiente para estar a uma distância mais do que segura, no pensamento dele não tinha como nada dar errado, seu plano era magnificamente perfeito, ou pelo menos era o que parecia.

...

–Por favor, pelo amor de todos os Deuses, me prometa, ou melhor, me jure, que vai ter cuidado, que vai sair bem de lá Karyn.

–Não confia em mim?

–Não confio em seu instinto protetor. Vai sempre fazer tudo para salvar o dia.

–Faz parte do meu charme. Ela disse piscando.

–Sem brincadeiras. Pelo menos não com isso.

–Quem é você para me dizer para ser cuidadosa? Ou já se esqueceu da última missão?

–Era eu ou você.

–Agora também sou eu ou você, e eu vou fazer o que for necessário. Ela disse com convicção, Karyn notou o semblante triste que se abateu pelo rosto de seu noivo ao ouvir essas palavras. –Mas... Vou fazer o impossível para voltar bem para seus braços. O rosto dele iluminou-se em questão de segundos.

–Está pronta? Ela balançou positivamente a cabeça.

Karyn Respirou fundo, e pós o indicador sobre um pequeno botão cinza que residia acima de um bracelete marrom. Ah... Aquilo más lembranças.

Flashback on.

Karyn tinha apenas seis anos, mas lembrava-se desse dia como se tivesse acabado de acontecer, ela estava no seu quarto que era feito de metal do teto até o chão, os únicos itens que não eram feitos de metal eram o colchão, o travesseiro, o cobertor, dois brinquedos de pelúcia, encostado num canto havia uma mesa de vidro onde ela fazia as refeições e uns poucos livros que ela possuía amontoados um em cima do outro no chão, era frio muito frio, ela estava assustada, apesar de habitar aquele quarto desde que se entendia por gente.

Naquele dia em especial lhe disseram que ela teria idade para mudar de quarto e ir morar com um ‘’amiguinho’’ que ela até então não sabia que existia, ela agarrou um volume de ‘’Lugares incríveis do universo’’. Quando um homem vestido de preto e com óculos escuros veio busca-la.

–Está pronta pirralha!? Ela balançou a cabeça positivamente. O nome dele era Wallace, o homem mais detestável que ela já conhecera. Ele a empurrou brutalmente para andar na frente dele, e chegando a outra porta de metal ele parou tirou os óculos, e olhou pra ela com aqueles frios olhos cinzas e disse:

–Escuta aqui pirralha, eu não me importo com o que acontece ai dentro, podem fazer o quiserem. Põe isso, ele disse instantaneamente colocando um bracelete marrom no pulso dela. –É um rastreador, lembra dos nossos servos? Ela ficou calada. –Isso não foi um pergunta retorica. O homem grunhiu.

–S-Sim. Ela gemeu, quando ele apertou seu pulso.

–Isso. Ele disse apontando para o bracelete. –Serve para que eles a rastreiem, se você ou o pirralho saírem daí eles matam vocês. Entendeu!?

–S-Sim.

–Muito bem. Agora entra. Ele abriu a porta e a empurrou para dentro. Depois trancou a porta. Ela viu que no quarto havia dois beliches bem próximos para economizar espaço, duas mezinhas, alguns livros e alguns brinquedos. Ela se sentiu instantaneamente deslocada, estava vestindo um vestidinho branco com sapatos vermelhos e os cabelos bagunçados por conta dos empurrões, ela viu um garoto moreno sentado na cama lendo, aquele rosto era um que ela veria por muitos anos, com quem compartilharia incontáveis conversas, decepções, e alegrias, mas a primeira palavra foi a mais singela e comum de todas.

–O-Olá. Ela disse.

–Olá. Ele respondeu.

Flashback off.

Ela olhou mais uma vez para ele e sussurrou um ‘’Eu te amo’’, ‘’Eu também te amo’’ ele respondeu, ela respirou fundo, apertou o botão e começou a correr. Tenho quase que uma completa certeza que nenhum de vocês estava lá durante as vidas desses dois desafortunados, e se esteve eu não entendo porque iria querer ver essa história de novo, mas para aqueles que não estiveram devo esclarecer que:

1°- Karyn e Daniel fugiram da base aos 17 anos.

2° - Eles foram caçados por todos os problemas que vocês possam imaginar.

Tudo isso porque ambos tinham rastreadores que permitiam que os servos de vocês-ainda-não-sabem-quem os seguissem e os fizessem passar por todos os tipo de problemas imagináveis, um ano depois de sua fuga eles encontraram um homem chamado Jerome, ele não podia retirar os rastreadores, pelo menos não sem ter de arrancar os pulsos deles (e acreditem em mim eles realmente consideraram a possibilidade), porém Jerome conseguiu instalar um botão que os permitia desligar o rastreador, e foi assim que as caçadas terminaram e com um apertar de botão tinham recomeçado.

Karyn tinha em suas mãos uma arma com um pouco de carga, e torcia para que fosse o bastante, o Doutor tinha entrado em contato com eles alguns momentos antes, disse apenas uma palavra através da conexão mental ‘’Pronto’’, foi mais do que o bastante. Enquanto ela corria lembrava de toda a sua vida, de Daniel, das noites escondidos, dos planos de fuga, de toda a raiva que sentiam, das brigas idiotas por culpa de suas personalidades, do Doutor, daquela maldita coisa, e do que ela fizera, então ela sorriu confiante e pensou ‘’eu consegui sobreviver a tudo aquilo, então sobreviverei a isso, com esse pensamentos suas pernas correram mais, ela sabia o que aconteceria, ela entraria no dispositivo do Doutor, e quando os monstros ‘’aparecessem’’ lá dentro ela sairia, casaria com Daniel, e tudo estaria acabado, ela finalmente seria a Sra. Karyn Black Wolf, ela fazia questão de manter o sobrenome que sua mãe lhe dera.

Após alguns minutos correndo ela finalmente chegou onde o Doutor estava, ele tinha um sorriso confiante nos lábios, mas Karyn sabia exatamente que quando ele sorria de uma forma confiante ele estava tremendo por dentro.

–Pronta?

–Me observe D. Ela entrou na sala, que na verdade era dividida em duas, de alguma forma, o Doutor tinha ligado os aparelhos na primeira, e feito com que todos aqueles que tentasse se transportar para lá fosse automaticamente transferidos para a segunda, porém não teve tempo de fazer com que seu aparelho atingisse apenas uma delas, ele precisaria de pelo menos uma hora a mais para criar um campo isolante. Quando ela começou a ouvir batidas através do metal deu um sorriso obscuro.

–Bem rapazes, tenho certeza de que estão confortáveis ai dentro, então é hora de eu sair. Vejo vocês no inferno. Ela saiu e olhou para o Doutor. –Bem vamos logo com isso, quanto mais cedo me livrar deles mais feliz eu fico.

–Você aparentemente lutou muito tempo contra eles... Quer fazer as honras?

–Eu amo você D. Ela disse. Pegou o controle e apertou um botão verde. Lembram daquele fusível? Ele não tinha obrigação de aguentar e não o fez, ele explodiu dentro do controle e o inutilizou. Karyn olhou desesperadamente para o Doutor.

–E agora!? Ela disse. Mesmo sabendo perfeitamente qual era a outra opção.

–Eu posso... Ele foi silenciado pelo som das batidas no metal da segunda parte da sala. Karyn observou por alguns instantes a fúria interminável daqueles monstros, ela sabia que aquilo não os iria deter por muito tempo, ela respirou fundo e pensou que preferia morrer a saber que eles feriram mais alguém, ela olhou para o Doutor, chegou perto pós a mão no ombro do Doutor e balançou negativamente a cabeça.

–Não... Não pode. Ela disse sombriamente. –Eu sei o que tenho de fazer. Ela deu um beijo na bochecha dele. Ela andou diretamente para a porta, sentindo-se no corredor da morte, que era algo sobre o que ela tinha lido num livro uma vez, a escuridão a envolvia, ela estava com medo, muito medo, quando ela pós a mão na porta para abri-la nenhum som chegava a seus ouvidos, o que só a fazia sentir pior, tudo estava lento ao seu redor, seus corações batiam tão rápido que parecia que podiam ser ouvidos a quilometro de distância, ela respirou fundo, sabendo do que a aguardava, abriu a porta e entrou, com plena certeza de que nuca sairia de lá com vida. Ela caminhou até o dispositivo e o ativou, houve um tranco na porta, selando-a, era o fim.

–Doutor! Era a voz de Daniel. –Já acabou? Onde ela está? O Doutor balançou negativamente a cabeça. E apontou para ela. –NÃO! Ele correu até lá. –KARYN! Ele socou a porta com toda a sua força. –KARYN!

–Eu te amo. Karyn disse entre lágrimas. –Não esqueça Daniel Black. Eu te amo. Ele continuava a socar com fúria a porta, ele sabia que não conseguiria derruba-la, mas isso não o impediu de tentar.

–Por favor. Karyn disse. O Doutor assentiu. Segurou Daniel e o tirou de lá. Ele não era Senhor do Tempo, se fosse atingido pelo aparelho seria o fim, quando chegaram do lado de a uma distância segura e o Doutor parou Daniel se soltou dele com a fúria de um animal.

–Acalme-se. Ele disse. –Ela vai morrer, mas é senhora do tempo, vai se regenerar, se você a ama vai a aceitar com qualquer rosto ou corpo.

–Você não entende não é!? Esteve ausente durante toda a vida dela, por isso não entende. Ela não vai regenerar. Ela NÃO pode regenerar.

–Isso é impossível! Ela não pode ter gasto todas as suas 11 regenerações!

–Sim, ela pode, e sim, ela o fez.

–Como?

–A culpa é minha... Ele disse distante.

Flashback ‘’O que realmente aconteceu na última missão’’

Aquele havia sido definitivamente o dia mais assustador da vida de Daniel, apesar de ter começado como qualquer outro, ele acordou no quartel, como Kayle deitado na cama de cima do beliche.

Todos vocês já devem ter ouvido de seus pais ou de outra pessoa ‘’façam coisas boas e coisas boas acontecerão’’ ou qualquer coisa do gênero, eu sinto muito ser a portadora de más notícias, mas essa é a mentira mais deslavada que já lhes contaram, Karyn e Daniel eram duas das pessoas mais gentis e amáveis que você possa conhecer, eles faziam todo o possível pelos outros, porém até aquele ponto nunca tinham sido retribuídos com nenhuma bondade vinda de ninguém que não fossem eles mesmos, e a vida deles também não tinha sido nem um pouco confortável, sem pais que cuidassem deles, tudo que eles tinham era um ao outro, um ano depois de sua fuga um homem chamado Jerome os ajudou, mas não por bondade, não por estar comovido com a história de vida deles, ele os ajudou por um preço.

Jerome era o general de um quartel localizado num planeta chamado Tenebris, que quer dizer sombrio em latim, esse nome se dava ao fato de que aquele planeta vivia em constante guerra, a segunda guerra mundial sobre a qual os dois tinham lido quando ainda habitavam a base parecia apenas uma disputa de crianças mimadas comparadas a situação daquele lugar. Daniel espreguiçou-se e logo em seguida se levantou sorrindo.

–Só mais duas missões. Ele disse para si mesmo, essa era a penúltima missão, iriam controlar uma revolta que estava chegando perigosamente perto da base, depois disso mais uma missão e a dívida deles estaria paga, eles estariam livres para explorar o universo, e viverem suas vidas. Ele fez sua higiene matinal e logo após foi tomar café da manhã, Karyn já estava lá, ele a abraçou fortemente por trás e rugiu pra ela. Ela deu um gritinho o que fez com algumas pessoas olhassem para eles, mas eles não se importavam.

–Bom dia amor. Ele disse lhe dando um beijo no rosto.

–Bom dia chato. Ela disse. Ele revirou os olhos.

–Sabe que dia é hoje?

–Dia da quase liberdade.

–Exato!

–Como se sente?

–Com fome.

–Eu também! Vamos comer. Ela disse animadamente. Depois disso a mente de Daniel virava um borrão e sua próxima lembrança era dele e de Karyn num automóvel indo para o campo de batalha, conversando animadamente sobre qual planeta eles iriam primeiro. Quando o carro parou ele teve um mal pressentimento, mas ignorou. Eles foram divididos em dois grupos de pessoas, Karyn e Daniel ficaram no mesmo grupo, eles pegaram suas armas, não gostavam disso, matar os assistentes de quem os caçava não os deixava assim, afinal aquelas coisas se quer tinham vida. O único motivo para existirem era para acabar com os outros, mas matar pessoas era diferente, por isso eles faziam o possível para não matar ninguém, quando estavam perto o bastante e era seguro eles simplesmente os faziam desmaiar com um golpe que aprenderam na base. Mas eles precisavam de armas, sim eles já mataram, sim eles se arrependeram, sim isso os assombrava. Daniel suspirou ao segurar a sua, ele viu a expressão de sua namorada, ele rapidamente pós a mão em seu ombro e disse.

–Não temos de fazer isso por muito mais tempo, eu juro.

Ela sorriu e o beijou. Depois disso eles foram para o campo. Vocês provavelmente nunca estiveram num campo de batalha, e tem sorte por isso, aqueles dois desafortunados odiavam com todas as forças aquele lugar, o cheiro do sangue era tão forte que era enlouquecedor, as armas atirando, bombas explodindo, pessoas gritando, morrendo e chorando formavam um cenário realmente assustador.

Se você estava lá naquele dia, se sabe o que acontece a seguir, se viu Karyn lutando corpo a corpo com aquele homem de cabelos extremamente curtos, se viu o outro se aproximando por trás e mirando nela e mesmo assim quer me ouvir descrever a cena, você é realmente doente e deveria procurar tratamento médico.

Daniel estava próximo o bastante para ver, ele correu o mais rápido que pode, ele viu o olhar do homem que segurava a arma, viu o outro segurar Karyn pelos cabelos enquanto o outro mirava, ele atirou o no homem que a segurava, mas estava longe de mais para minar no outro, ele chegou até ela, o que segurava a arma deu um sorriso obsceno, e gritou: ‘’A Rainha manda lembranças’’ ele atirou na loira, mas Daniel ficou na frente, o tiro o atingiu, ele sentiu uma dor enorme, colocou a mão abaixo de seu peito, e viu que o tiro havia atingido seu fígado, ele viu o sangue jorrar, sua visão ficou turma, mas ele pode ver que alguém abateu o homem que havia atirado nele, a dor era exorbitante, era como ser atingido por centenas de facas ao mesmo tempo, que queimavam sua pele, ele caiu de joelhos e depois deitou no chão. Ele podia ouvir uma voz distante.

–DANIEL! DANIEL! Ele podia ver seus cabelos bem acima do rosto dele, mas porque a voz dela parecia tão distante?- DOUTOR! PRECISAMOS DE UM DOUTOR! CHAMEM O DOUTOR! Ela gritava desesperada, mas ninguém respondia. Ela segurou o rosto dele entre as mãos.

–K-Karyn... Ele disse, depois tossiu muito.

–Não se esforce, vamos dar um jeito nisso, só... Fique vivo.

–K-Karyn... N-Nós dois sabemos o que vai acontecer.

–Não se atreva! Ela disse abraçando ele. Ele levou a mão ao bolso, e tirou de lá uma pequena caixinha de veludo azul escuro.

–E-Eu queria f-fazer i-isso em outro momento... M-Mas receio que não haverá outro momento. Ele disse entre tosses e gemidos. –M-Me d-desculpe por não poder me ajoelhar. Ele disse tristonho.

–Não... Você vai sobreviver. Por favor!

–Q-Quer casar comigo? Ele disse lhe estendendo um anel prateado com uma pedra do azul mais profundo que ela já vira.

–Você sabe que quero. Ela disse chorando. Ele usou toda a força que tinha para por o anel el seu dedo.

–E-Eu te amo. Ele disse tocando o rosto dela.

–Eu também te amo Daniel. Me ouviu? Ele havia fechado ao olhos. –Não... Você não vai morrer. Não aqui.

Flashback off.

–Ela fez a única coisa que podia para me salvar.

–Sua energia de regeneração. O Doutor disse.

–Ela ficou com o bastante para se manter se manter Senhora do Tempo, mas não o bastante para se regenerar. Ela vai morrer, e vai ser o fim! E a culpa é minha!

–Daniel eu...

–Não! Você não se atreva a dizer que sente muito. Porque não sente! Não tanto quanto deveria! Não tanto quanto ela merece de você! Você a viu a menos de duas horas eu a conheço a vida inteira, eu não te quero aqui, não te quero perto daqui, porque é um insulto a ela e a mim, vá em bora, e não volte, você nunca se atreva a voltar aqui!

–Da...

–VÁ EM BORA! Ele gritou á plenos pulmões.

O Doutor saiu, ele entendia como era perder uma pessoa que se ama, entendia o que era querer estar sozinho, entendia a dor, entendia o desespero, ele passou por isso, e ainda está passando, ele entrou em sua Tardis, mas sabia que Daniel iria chamar ajuda para tira-los de lá, sabia que iria fazer um funeral digno de sua noiva, sabia que iria sofrer, mas sabia acima de tudo que Daniel era forte, que ia se recuperar, que não iria em busca de vingança, sabia que Daniel era mais forte do que ele mesmo.

O Doutor entrou em sua Tardis, e a fez se mover para um lugar no espaço, ele abriu as portas da nave e ficou contemplando uma galáxia que se formava, ele mexeu um pouco nos controles, e fez com que a galáxia ficasse parecida com uma flor, uma rosa, adicionando mais gravidade em alguns pontos e menos em outros, e então ele se sentou na beirada do piso da Tardis, com suas pernas pendendo no espaço infinito, olhou para o brilho amarelado que emanava da galáxia, e depois para a imensa escuridão abaixo dele. Lá o certo não apresentava diferenças do errado, não havia em cima ou em baixo, direita ou esquerda, apenas a escuridão, a queda que dura para sempre, sem nunca parar, o vazio, o nada absoluto, ele se sentiu estranho, um frio na barriga, ele se lembrou de uma frase que ouviu de um vidente em Pompeia quando ainda estava com Rose ‘’Você que luta contra demônios deveria ter cuidado para você mesmo não se tornar um, porque quando se olha muito para dento de um abismo, o abismo também olha para dentro de você’’. Ele olhou novamente para a galáxia.

–Oh! Ele disse. –Agora eu entendo.

Aquele lugar o representava no brilho da galáxia tudo era distinguível, na escuridão não, ele não queria mais estar na escuridão, nunca mais, aquilo o matava por dentro, e ele insultava a todos que um dia confiaram nele, de que adiantaria encontrar Rose e se tornar um monstro? Ela iria ficar decepcionada com ele, muito, ele não queria isso, nunca quis, era o luto, a raiva, falando mais alto que a razão que ele tinha.

E naquele momento, ele decidiu ‘’não mais, nunca mais’’, passou mais alguns minutos ali, ou teriam sido horas? Apenas olhando para a galáxia, com a mente vazia, sendo banhado pela tênue luz amarela dourada, quando levantou foi como se tivesse lavado a alma, ele fechou as portas, e agradecendo mentalmente a galáxia, a qual a partir daquele dia foi chamada por todos de ‘’Galáxia Rose’’.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, eu estive sumida por duas razões, primeira, ao que parece minha inspiração foi dar uma volta de bike e demorou de mais pra voltar, e segunda, enquanto ela passeava eu comecei a fazer uma coisa, o que você faz quando não tem nada pra fazer e está entediado? Exatamente, vai jogar algo no pc, mas eu não sou uma pessoa muito normal, então qual minha brilhante ideia? Abrir um blog, é, genial eu sei (só que não), mas o link é esse aqui http://hclima.wix.com/universonapontadolap
Acesse, vou falar sobre muitas coisas, postar algumas coisas que eu faço no photoshop e que eu desenho, e se gostar mostre pra seu irmão, sua tia, sua mãe, seu pai, seu cachorro, para o alienígena que você tem preso no porão, não, mostrar pra o cachorro é pesado, mas acessem de qualquer forma e se gostarem mostrem a outras pessoas que ajuda muito, bem muito obrigada por lerem, comentem, até o próximo.
Allons-y



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Blue Box, An Time Lord and a Broke Heart Human." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.