A Blue Box, An Time Lord and a Broke Heart Human. escrita por Srta Who


Capítulo 3
Nós Não Estamos Mais Sozinhos.


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vai você? Você está bem? Sim eu estou postando pela terceira vez na semana, você já devem estar de saco cheio de mim, mas em fim, aqui vamos nós pra mais um capitulo e obrigado as divas que comentaram a fic, eu não vou dizer o nome delas porque eu sou péssima com nomes, obrigada mesmo assim, vocês são de mais, comentem nesse cap por favor e obrigada.



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Você, você não está sozinha
Oh, e agora estou onde eu pertenço
Nós não estamos sozinhos
Oh, eu vou segurar o seu coração e nunca deixá-lo ir

Tudo o que quero
Eu quero de você
Mas eu simplesmente não posso tê-la
Tudo o que eu preciso
Preciso de você
Mas eu simplesmente não posso tê-la

Eu disse mil vezes
E agora um mil uma
Nós nunca iremos nos separar
Nunca vou me perder de você de novo.

Stray Heart – Green Day.

P.O.V Doctor.

–''Ele enxugou o rosto com um lenço e olhou para May.

— Na verdade, qualquer lugar está bom. Só acho que seria melhor pedir à sua filha mais nova que saia da sala.

O que ele ia dizer que May não poderia escutar?''

Eu estava lendo para Rose, mas parei nessa parte ao perceber que ela havia dormido, parecia tão tranquila ali encostada em mim, com a respiração descompassada, aquele cabelo louro que ela sempre fazia questão de deixar bem penteado caindo em seu rosto, tudo isso a deixou tão mais... Linda, tão mais linda do que já é.

‘’Não’’

Não posso pensar isso, porque se eu seguir essa linha de pensamento nem que seja por um segundo não vou mais aguentar, não resistirei a ela, ao controle que ela tem sobre mim

Não!

Balancei minha cabeça me livrando daqueles pensamentos, não posso tê-la, simplesmente não posso, eu tenho o que? 900 anos e alguma coisa e ela? Uns 20 no máximo, não vou morrer ou envelhecer, ao menos não ao mesmo tempo que a garota em meus braços, eu vou apenas me regenerar, de novo e de novo.... É uma maldição viver para sempre, ver todos que você ama partir, sempre a mesma coisa, com Rose não será diferente, mas não posso simplesmente deixa-la na terra, não mais, ela abanou tudo por mim, vou ficar com ela até seu último dia de vida, mesmo que doa, mesmo que me mate por dentro, nunca vou abandona-la, isso é uma promessa.

Peguei-a em meus braços com muito cuidado para não acorda-la, levei-a até seu quarto, a coloquei na cama delicadamente e cobri seu corpo ainda vestido nas mesmas roupas.

–Eu vou ficar com você Rose, por mais que o universo tente nos separar, vou sempre correr de volta para você, minha doce humana. – Dei um beijo em sua testa e virei-me para ir embora.

–Hummm... Mãe...

–O que? – Me virei novamente, e encarei a visão da garota revirando-se na cama, ela estava sonhando.

–Não... Mãe, eu não posso deixa-lo sozinho, ele precisa de mim.

–Ah Rose, você sempre preocupada comigo, até em seus sonhos. Vou ficar bem, com você ao meu lado eu vou sempre estar bem.

–Doutor... Eu não sei o que eu sinto por você.... Eu só quero segurar sua mão e nunca soltar.

Eu parei de respirar por um momento, ela podia dizer essas coisas mesmo nunca mais vendo ninguém que ama? Não, ela está só dormindo, não sabe o que está dizendo e eu não deveria estar aqui.

Saí de lá, fechei a porta, e finalmente fui tomar banho, amanhã será um longo dia.

–Então Doutor, a garota humana, ela significa mais do que suas antigas companheiras, não é?

–Isso não te diz respeito Tardis. – Ela estava falando dentro da minha cabeça.

–Assim você me magoa querido. Eu vejo como olha para ela, vejo seus sonhos com ela, e nossa eles são cinematográficos, ganhe dos vilões, salve o mundo e beije garota no final, não é isso? – Eu corei instantaneamente.

–I-I-Isso não é de sua conta.

–Eu vejo os dela também, posso te dizer quais são, os desejos da humana são tão intensos quanto os seus, ela tem olhado para você Doutor, ela gosta do que vê...

–Já chega! Eu não quero invadir a privacidade dela, se for fazer isso faça sozinha!

–Tudo bem Doutor, foi a última vez.

–Espero que sim.

P.O.V Rose.

Abri meus olhos vagarosamente, minha visão estava embaçada, passei as mãos nos olhos tentando lembrar de quando exatamente dormi, e como vim parar aqui, mas nada me veio à mente, decidi simplesmente deixar para lá, eu fui até o banheiro e tomei um banho demorado na banheira branca, e quando saí enrolei-me numa toalha escovei dentes e fui em direção ao closet para escolher uma roupa, acabei optando por uma regata branca estampada, uma calça jeans e um par de tênis.

Saí do quarto para tomar café da manhã, passei na sala de controles, mas o doutor não estava lá, estranho, ele sempre estava lá, não pude resistir a olhar mais uma vez para a galáxia, fui andando até lá e abri a porta da Tardis, e ali estava ela, o lar da humanidade e de outras milhões de civilizações, brilhando, brilhando contra o frio e a escuridão do espaço, lutando sua interminável batalha contra a escuridão do espaço profundo, contra todas as chances gerando seres vivos, seres inteligentes, poetas, músicos, escritores, guerreiros, médicos, cientistas, tudo, estava fervilhando em vida, em todas as partes.

Fechei os olhos apreciando aquilo, toda aquela vibração, de vida que emanava da galáxia longínqua, que emanava do meu lar.... Aquele não era mais meu lar, minhas coisas ainda estavam lá, mas não era mais meu lugar, agora meu lar é aqui, com o Doutor, ele foi o único que me restou, e estou feliz que tenha sido ele, não pelas viagens, pelas descobertas, nem mesmo pela aventura, mas por ele ser quem ele é, eu desistiria dessa vida em um segundo, mas jamais desistiria dele.

–No que está pensando Rose? – Ouvi uma voz perguntar, assustei-me um pouco a princípio, mas logo que percebi ser o Doutor virei-me e mostrei-lhe um sorriso.

–Em tudo.

–Tudo? Ele disse postando-se a meu lado.

–Minha vida.

–Rose eu sinto...

–Não sinta, aquela foi minha escolha, e não me arrependo, você não está mais sozinho. – Toquei sua mão que estava ao lado da minha, ele entendeu o gesto e entrelaçou seus dedos nos meus.

Mesmo depois de tantas vezes que fizemos isso ainda não me acostumei, ele era como uma miragem a maior parte do tempo, alguém imaginário que só eu podia ver, mas quando tocávamos nossas mãos era diferente, nesses momentos eu podia sentir o quão real o Doutor é, porém geralmente fazemos isso para correr de alienígenas tentando nos matar, mas dessa vez diferente senti um arrepio percorrer meu corpo, dessa vez não era por medo de nos separarmos ou do outro ser pego e morrer, era para confirmar que nada nos separaria, que estaríamos juntos, não importa o que aconteça.

–Você também não, nós não estamos mais sozinhos no universo, temos um ao outro, sempre e para sempre Rose Tyler.

–Sempre e para sempre Doutor. – Ele sorriu para mim, seu usual sorriso infantil que fazia meu coração bater mais forte no peito.

–E quanto a mim? – Era a Tardis falando em nossas mentes.

–Ah é claro me perdoe, nós também temos a melhor nave de todas. – Disse o Doutor e eu sorri para ele.

–E onde você e a melhor nave de todas vão me levar hoje? – Questionei.

–Ah espere só para ver. Mas acho melhor trocar de roupa primeiro.

–Mas como vou escolher se não sei aonde vamos?

–A Tardis vai escolher para você. – Cruzei meus braços sobre o peito e o encarei. –Ah por favor, é uma surpresa. – Ele implorou.

–Tudo bem. – Disse derrotada.

–Aqui. – Ele disse me entregando uma caneca fumegante de chá. -Bom dia. – Ele estava com um enorme sorriso bobo no rosto.

–Bom dia. – Eu disse pegando a caneca e bebendo o liquido quente.

–Belos sapatos.

–Os seus também. – Eu disse rindo ao perceber que iguais.

–Parece que te passei um pouco do meu bom gosto para sapatos.

–Humm.... Aliás, porque você usa terno risca de giz e converses? Não seria mais adequado um sapato social?

–Aquelas coisas desconfortáveis e ridículas? Não obrigada, estou bem com meus tênis, afinal de contas eles são melhores quando temos que correr por nossas vidas. – Ele estava com o pé em cima dos controles da nave, para me mostrar seus tênis vermelhos um pouco gastos, a final nós corremos mais que maratonistas. Eu ri.

–Olhando por esse ângulo. Mas eu ainda quero saber aonde vai me levar.

–Mas aí não tem graça.

–Está bem, então, quando vamos?

–Quando terminar seu chá.

–Se for assim eu já acabei.

–Mas você só tomou um pouco, eu fiz para você e você nem vai tomar todo? – Com aquela carinha ele derreteria até o coração do Voldemort.

–Tudo bem.

Tomei o chá o mais rápido que pude, queimei minha língua, coisa que não é nem um pouco agradável, mas o que eu podia fazer eu estava curiosa de para quando e onde nós iriamos?

–Acabei Doutor.

–Dê adeus a essa vista.

–Adeus galáxia. Podemos ir?

–Menina apressada. Tudo bem vamos.

Me segurei na mesa dos controles, quando a nave cabine de polícia deu um solavanco, o Doutor não dirige muito bem, houve um estrondo, sinal de que tínhamos chegado.

–Onde estamos?

–Porque não vai dar uma olhada.

Saí correndo com um sorriso de uma criança que havia acabado de ganhar um presente, mas o que posso fazer? Adoro a descoberta e abrir a porta sem saber onde estou é sempre a melhor parte. Estávamos em Londres, mas na Londres dos anos... 60 ou 50, não sei.

–Onde estamos Doutor.

–Tanto tempo viajando comigo e continua fazendo as perguntas erradas Rose.

–Quando estamos?

–Agora sim. 1963, para ser mais exato estamos em 4 de novembro de 1963.

–Mas esse foi o dia do...

–Do Show dos Beatles no Royal Variety Performance.

–Então finalmente parou de me enrolar e me trouxe não para o show de uma banda, mas para o show da banda.

–Isso. – Ele tinha um sorriso enorme no rosto.

–Cara, eu te amo. – Eu praticamente pulei em seu pescoço para um abraço que ele retribuiu de bom grado.

–Vai se arrumar.

–Mas o show é á noite. Ainda é de manhã.

–Você não pode sair por aí nos anos 60 de jeans e regata, só será moda daqui há alguns anos, então vai colocar o vestido que a Tardis escolheu para você.

–Só se....

–Só se o que?

–Se você trocar o paletó por uma jaqueta.

–Sem chances.

–Ah qual é, estamos nos anos 60, você parece um advogado, não está vendo? Todos estão de jaquetas.

–Mas gosto do meu terno.

–Ah sua última regeneração gostava de jaquetas.

–Mas elas não ficam bem no meu corpo magro.

–Você não vai a um show dos Beatles de terno.

–Porque não? – Comecei a fazer uma expressão de quem implorava.

–Tudo bem, tenho que aprender a dizer não a essa sua carinha.

–Yhea! – Eu comemorei uma vitória.

–Não comemore, foi a última vez que conseguiu. – Disse enquanto entravamos de volta na Tardis.

–Nop! O senhor do tempo me adora.

–Não adoro nada.

–Eu sei que sim. – Eu disse mostrando minha língua.

–Não apostaria nisso.

–Sei.... Bem eu vou me trocar, vamos ver o que a Tardis tem mim.

–Tardis seja gentil com a garota humana. – Ele gritou.

Chegando ao guarda roupa da nave (que onde o Doutor guarda todas as roupas que ele usa, ele é mostrado no episódio 00 da segunda temporada) eu encontrei um vestido preto tomara que caia cheio de bolinhas brancas que ia até depois dos joelhos, havia um grande laço vermelho na cintura. Eu coloquei o vestido e UAU! Ficou perfeito, agradeci mentalmente pela nave do doutor ser uma estilista tão boa, perto do vestido estavam meus sapatos, também pretos, óculos com aros vermelhos, uma bolsa vermelha com brincos brancos e um chapéu preto que optei por não usar, me desculpei com a Tardis, mas chapéus não eram a minha praia.

Eu saí do guarda-roupas e fui andando até a sala dos controles, chagando lá eu limpei minha garganta chamando a atenção do Doutor.

–Você está uma boneca.

–E você um quadrado, lembra do trato? Pode ir tirando essa roupa de advogado.

–É para ficar nu na sua frente?

–Só o paletó engraçadinho, e talvez a gravata.

–Ah, não, minha gravata não.

–Tudo bem, eu vou pegar uma jaqueta que eu vi lá no meio das roupas.

–Vai rápido que temos que pegar nossos ingressos do show.

–Está bem. Está bem. Eu fui e rapidamente voltei com uma jaqueta de couro preta gel e um pente.

–Eu nunca disse que ia deixar você mexer no meu cabelo.

–Ah por favor! Eles ainda não conhecem esse modelo Spike.

–Ou a Jaqueta ou o gel, os dois nunca.

–O cabelo. – Joguei a jaqueta no chão da nave sob protestos da Tardis em minha mente.

Coloquei uma boa quantidade de gel nas mãos e comecei a passar em seu cabelo rebelde, optei por um penteado no qual os fios ficavam para trás.

–Pronto, mas deixa pelo menos eu te deixar menos engomadinho.

–Eu tenho escolha?

–Não tem não.

Eu o primeiro botão se sua camisa, afrouxei sua gravata do pescoço, pronto, agora parecia mais com um nativo.

–Vamos?

–Calma tenho que pegar uma coisa, vai indo eu já vou.

–Tudo bem.

–Nem posso acreditar que vou ver os Beatles ao vivo. Que tal Elvis depois? – Disse já do lado de fora esperando pelo Doutor

–Antes dos hambúrgueres? Eu ri.

Realmente perdi a ideia do que esperar de alguém principalmente do senhor do tempo, porque ele é completamente imprevisível, a prova disso é que o homem saiu da Tardis dirigindo uma lambreta azul, com capacete e óculos de sol estilo aviador. Ele estava com um sorriso que nem cabia em seu rosto, mas de repente ele mudou a expressão, ficou sério.

–Está indo por esse caminho boneca? – Disse forçando as cordas vocais para que sua voz saísse mais grossa que o habitual.

–Tem outro para ir papai?

–Você conhece a linguagem. Vem, vamos pegar os ingressos.

Subi na moto e ele começou a dirigir, e devo admitir ele pilota uma moto muito melhor do que pilota a Tardis. Segurei sua cintura enquanto ele dirigia, mas algo me pareceu estranho, nós passamos por uns 3 ou 4 lugares onde estava escrito, ''Últimos Ingressos para os Beatles aqui!''

–Doutor, nós já passamos por lugares onde eles vendem os ingressos, porque não parou?

–Tudo tem seu tempo Rose, mas acredite, você vai adorar onde vamos.

–Estamos saindo de Londres.

–E pelos meus cálculos chegaremos lá em meia hora.

–Com a Tardis seria mais rápido.

–Mas não teria graça, assim é bem mais divertido não acha?

–Odeio quando tem razão.

–Adoro quando admite que tenho razão. – Eu dei um tapinha em seu ombro o que o fez rir.

Depois de um longo tempo olhando para a estrada e sem dizer uma palavra ele finalmente se pronunciou.

–Chegamos.

–Onde estamos?

–Numa pousada.

–E o que viemos fazer aqui?

–Visitar uns amigos meus.

–Amigos? Você tem amigos que não são pirados numa nave espacial.

–Ei! Você é minha amiga.

–E sou pirada que viaja numa nave com você.

–Beem... Olhando assim... Mas em fim, são meus amigos e você vai conhece-los.

–Posso saber quem são?

–Em breve.

Ele foi até a frente da casa e bateu na porta.

–Paul, George, Ringo, Jonh, estão aí?

–Você deve estar de brincadeira.

Paul McCartney saindo na porta para cumprimentar o Doutor com um abraço? O universo está caindo em pedaços nesse momento, posso ter certeza. Ele me chamou para que eu me aproximasse, porque ainda não havia saído de perto da lambreta.

–Paul, gostaria de te apresentar uma pessoa, essa é Rose Tyler.

–Então quer dizer o que John Finalmente veio apresentar uma namorada aos velhos amigos. – Paul McCartney chamou o Doutor de John?

–Não, ela não é minha namorada.

–Irmã?

–Amiga. – Ele responde.

–Bem Rose Tyler, os amigos de John são nossos amigos, gostariam de um pouco de chá?

–C-Claro. – Eu disse, ainda estava em choque, primeiro por conhecer os Beatles, segundo e mais surpreendente, pôr o Doutor ser amigos dos Beatles.

–Doutor, podemos falar a sós por um momento por favor?

–Claro Rose. Ah... Paul, eu posso falar com ela aqui no hall por um momento?

–Claro, vocês querem chá de que?

–Chá preto. O Doutor respondeu.

–Não demorem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo pra quem ficou curioso esse é o look da Rose http://3.bp.blogspot.com/_61LGGTeLsM0/TEeZnPtFP1I/AAAAAAAAA6s/-eqDm6zpWqw/s320/rockabilly-thumb-400x352-87559.jpg
bem comentem e até outro dia gente.



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