A Vida de Uma quase Cinderella escrita por Pri Reis


Capítulo 4
Por Causa de Você


Notas iniciais do capítulo

Alguns capítulos tem saído menores que outros, mas a essência da história é a mesma.



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Como se não fosse capaz de piorar, piorou.

– Olha você ai... – um amigo do Mateus veio quebrar minha solidão. Eu não conseguia achar palavras para retribuir, nunca tínhamos conversado, talvez uma ou outra vez, então fiz o meu melhor, apenas sorri. – Por que você está sozinha?

– É uma história trágica... – Tentei colocar um pouco de drama na piada que tinha feito sobre a situação. – Eu cheguei enquanto todo mundo ia embora. – Fiquei sem jeito. Não conseguia olhar em seus olhos.

– Posso ficar aqui com você? – Ele sentou ao meu lado. Estava evidente que eu estava completamente sem rumo. Mas boa companhia é sempre bem-vinda.

– Fique à vontade. – Procurei ser simpática.

Ele colocou um pouco de humor na minha noite. É claro que ele tinha tudo para ser o tipo de homem que me atrai, não digo no físico, mas em personalidade. Éramos compatíveis. Gastei horas conversando com ele, se tem uma coisa que eu gosto mais do que falar, é falar enquanto olho o mar, faz qualquer problema (por mais pequeno que seja) desaparecer. Foi o que fizemos.

– Você estuda? – Ele procurou se interessar por minha vida, e antes que eu pudesse responder, uma mensagem chegou.

Você tá na praia?” era o Mateus. É perceptível que nessa hora eu esqueci de responder o tal amigo dele (já vou dizer o nome, que não é tão importante assim) e também não sabia o que responder na mensagem. Se tem uma coisa que eu sofro com, e espero não ser a única, é quando recebe uma mensagem DO CARA e não sei se: respondo no minuto seguinte ou só depois de alguns minutos. Até porque não sei se faço papel de fácil ou de difícil.

Sim” – Pronto, essa foi minha mensagem. Ele sabia que eu estava lá, eu tinha acabado de fazer check-in no facebook.

Quem tá ai?” foi instantânea a resposta. O que eu ia responder? Eu não sabia metade do nome dos amigos dele e eu podia só mandar um “eu, quem mais você quer?” mas é claro que eu não tinha coragem suficiente.

Seus amigos” – Novamente disse o necessário, sem prolongar.

Vou voltar amanhã” – Esse foi meu choque. Eu já tinha me acostumado sem você aqui para eu olhar, agora você quer voltar?

“Ok” – Só o necessário.

Lendo assim parece que gastamos 2 horas conversando sobre a volta dele para a praia, mas na verdade não foram nem 2 minutos e a pergunta que eu não respondi do amigo dele, ia ter resposta agora.

– Sim... e você? – Eu gaguejei antes de continuar – Tá solteiro?

Vocês podem imaginar o que aconteceu depois dessa pergunta, mas se vocês não conseguem mentalizar, eu posso contar.

Ele sorriu e fez a seguinte pergunta (AQUELA PERGUNTA):

– Vamos para outro lugar? – Estendeu a mão em minha direção. E eu sendo eu, vivendo a minha vida, não pensei nem 2 vezes, nem 1, na verdade eu não pensei, só fui. Foi a melhor maneira que eu encontrei de ocupar minha cabeça e confesso que tinha me ajudado. Ou eu pensava que tinha ajudado em algo.

Subi às pressas para meu apartamento e me tranquei no quarto. Ser adolescente é muito complicado, quem dirá ser adulto.

“Adivinha” – 2h da manhã de uma quinta feira mandei mensagem para Natália.

É claro que ela não estava acordada e é claro que eu não aguentaria esperar até ela acordar para contar. Eu precisava falar e tinha que ser naquele momento.


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