The Secrets of Crowley escrita por MiissMarte


Capítulo 20
Algum lugar entre o céu, inferno e o purgatório.


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Todo mundo curioso depois do capitulo passado ne? Hauhaua Fiquei feliz com isso ;D Boa leitura, espero que gostem 



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Crowley estava ajoelhado na calçada do Motel. Seu terno preto e antes perfeitamente passado agora estava amassado e ensanguentado. Ele tinha nos braços o corpo frio e cinzento de Evelyn. Ela estava morta mas seu sangue continuava a escorrer sem parar pelo chão. Em um urro de dor, Crowley invoca milhares de demônios que voam pelos céus em uma nuvem, tornando o azul anil em cinza escuro. Seus olhos reluzem vermelho enquanto eles possuem algumas pessoas dos arredores, irados e se põe ao lado do homem. Ele não estava precisamente chorando, era como se não houvesse lágrimas nele, porém, mesmo sem uma alma, Crowley demonstrava em sua expressão o quanto estava sofrendo.

Sam e Dean, surpresos com tudo aquilo e com a multidão de demons que estava se formando ali, por um momento recuaram.

– Sam precisamos dela! – Dean disse

– Não podemos, ele não vai nos entregar o corpo. – Sam respondeu observando os dois

– Ele não pode ficar com o corpo da Evy, Sammy!

– Crowley... – Sam disse querendo pegá-la.

– Saiam daqui seus vermes!! – ele gritou

Imediatamente alguns demons se aproximaram dos dois irmãos, que apunhalaram alguns, mas eram muitos e a cada um que caía era como se viessem mais três no lugar.

– Dean, temos que sair daqui! – Sam gritou, abrindo a porta do Impala.

– Não, nós não fugimos dessas coisas! – Dean resmungou enquanto derrubava mais um.

Sam foi até ele, puxando-o pelo ombro.

– Eles são muitos Dean, nem sabemos para onde o Castiel foi, depois voltamos com ele!

Dean, ainda relutante, se deixou levar, derrubando mais um demon e entrando no Impala às pressas. Enquanto ele dava a partida e saía acelerado, Sam pôde observar o corpo de Evy, ali em meio à multidão de demons e nas mão de Crowley, ele queria mesmo poder fazer alguma coisa, mas sabia que se matar ali não ajudaria. Depois de alguns metros rodados, eles puderam ouvir um urro muito alto, mais uma vez. Sam olhou para trás, pela janela. No céu ele pôde ver uma fumaça avermelhada subindo e se espalhando.

~~0~~

Havia um balanço na árvore. Estava entardecendo e a grama estava alaranjada pelo brilho do sol. Ao fundo podia-se ver pássaros voando na linha do horizonte. Tudo parecia perfeito, os sons, as sensações. Evy estava no balanço, ela usava um vestidinho branco, seus cabelos estavam soltos e formavam alguns cachos no fim dos fios. Ela ouvia uma música muito suave ao fundo, mesmo sem saber de onde vinha.

Ao longe, um homem se aproximava, ela não o reconhecia. Ele usava um sobretudo bege e ela podia jurar que ele tinha asas, grandes e brancas, embora não fosse visível. Ele se aproximou mais, e se sentou ao lado dela, em outro balanço na árvore.

– Quem é você? – ela perguntou sorridente.

– Meu nome é Castiel. – ele sorriu de volta - Mas você já me conhece.

– Eu? – ela apontou para si mesma – Não me lembro de você.

– É, eu sei. – ele disse colocando uma das mãos sobre o joelho dela.

– Você é muito bonito Castiel, até parece um anjo. – ela disse, agora mais interessada.

– E eu sou um.

– Sério? Um anjo de verdade? – Evy perguntava animada saindo do balanço.

Castiel apenas balançou a cabeça dizendo que sim. Depois a expressão relaxada dele se tornou em preocupação. Ele fitou Evelyn cujo vestido começava a manchar-se de dentro para fora de puro vermelho sangue. Evelyn assustada também olhou para si mesma.

– O que... o que é isso? – ela disse chorosa.

– Eu fiz para o seu bem Evy.

Evelyn olhou para ele, caindo na grama em seguida começou a ter espasmos, se contorcendo no chão.

– Desculpe, - Castiel disse se aproximando de Evy e colocando dois dedos sobre sua testa. – É um belo céu, o seu.

Uma lux branca cobriu todo o local. Evelyn despertou, deitada em uma cama. Parecia seu antigo quarto no hell. Ela se perguntava o que tinha acontecido. Sua cabeça doía. A porta se abriu e Crowley apareceu por ela. Ele parecia acabado, sua barba estava maior do que o normal, os cabelos desgrenhados, estava sem o terno, apenas com uma camisa amassada, a barra de sua calça parecia suja. Evy fitou-o por um segundo, esperando que ele olhasse pra ela e explicasse o que havia acontecido, mas ele não fez isso. Crowley olhava na direção dela, como se visse através da garota. Ele se sentou na cama, Evy se sentou. Colocou a mão sob seu ombro, mas ela atravessou o corpo dele. A garota observou suas duas mãos, seu coração estava acelerado, elas estavam transparentes. Ela observou seus braços, se descobriu e observou suas pernas, ela podia ver através delas, como se elas fossem feitas de vidro.

Evy se levantou rapidamente da cama, assustada. Ela olhou para Crowley.

– Crowley! Crowley! – ela gritou

Mas dele não obteve reação nenhuma. Então ela tentou segurar em seu rosto e beijá-lo, mas não podia tocá-lo.

– Não, não, o que ta acontecendo?

~~0~~

Longe dali, Sam e Dean ainda estavam na estrada. Dean se recusou a parar. Ele não sabia para onde estava indo, só queria dirigir. Então em um segundo, Castiel apareceu no banco de trás. Dean freou bruscamente com o susto da aparição dele.

– Castiel? Você está bem? – Sam disse rapidamente

– Estou Sam.

– Como assim estou Sam? O que você fez Castiel? – Dean saiu do carro rápido e em outro segundo Castiel também estava do lado de fora.

– Não vai querer descontar sua raiva me batendo Dean, você se lembra como isso acabou da última vez.

Dean deu um passo para trás, relutante.

– Espera aí Dean, - Sam disse colocando sua mão entre eles para que ele se afastasse. – Castiel, você sumiu por dias!

– Eu sei, dessa vez o feitiço que me usaram para me mandar para longe foi mais forte. E eu precisava fazer algumas coisas.

– Castiel, eu só vou perguntar uma vez, por que você matou a Evelyn? – Dean disse furioso.

Castiel hesitou por um segundo, tendo os dois irmãos olhando-o curiosos.

– É complicado... – ele começou.

– Complicado Castiel? Você matou uma pessoa inocente, nossa amiga!

– Ela não era inocente Dean. Ela ia matar vocês, estava condenada.

– Condenada? Como assim?

– Crowley tinha um plano para matar vocês, eu sabia disso, mas eu não sabia que ele usaria uma pessoa para fazer. A Evelyn estava enfeitiçada com tanta coisa de demônio que a alma dela ainda não está em um lugar fixo.

Os irmãos o observavam mais confusos do que antes.

– Peraí, peraí Castiel. Ela estava enfeitiçada? Isso não faz sentido. – Dean comentou.

– Tem coisas que vocês ainda não conhecem rapazes, mas vocês sempre pensam que sabem de tudo não é mesmo?

– Castiel, precisamos que você explique tudo pra gente tabom? – Sam disse

– Eu explico, mas não aqui. Temos que ficar em um lugar fechado. – Castiel respondeu.

Depois de andar mais um pouco, eles se hospedaram em um hotel. Pintaram os vidros com símbolos e colocaram sal nas portas.

– Tabom chefia, pode começar a explicar tudinho. – Dean se sentou num sofá, apontando o outro lugar para Castiel.

Castiel suspirou por um segundo. Depois encarou os dois.

– Quando eu matei Evelyn, achei que sua alma iria para o inferno, como deveria ir. Mas o seu ceifeiro disse que ela estava muito cheia de feitiços e encantamentos que fugiu dele, ela simplesmente havia sumido. Eu a procurei por uns segundos e quando a achei ela estava no céu.

– Espera aí, você não disse que ela tinha que estar no inferno? – Dean comentou.

– E devia, mas ela estava no céu, como eu disse, estava cheia de feitiços. Quando eu a encontrei, ela estava totalmente confusa, ela pensava que era uma criança novamente. Então eu a observei internamente e ela estava totalmente marcada. Mas não do lado de fora da pele, por dentro. Ela estava marcada interiormente.

– O que? Nunca vimos algo assim antes. – Sam comentou.

– Mas quem fez isso com ela, e como alguém marca uma pessoa por dentro? – Dean disse intrigado.

– Crowley fez isso. E provavelmente foi feito através do sexo. – ele disse normalmente

Dean e Sam balançaram a cabeça.

– Nossa, não quero nem imaginar. – Dean disse.

– Então todas as vezes que Crowley e Evelyn estavam se “amando” – Sam ilustrou as aspas – ele estava na verdade marcando ela?

– Provavelmente sim, como eu disse. Mas não creio que tenha sido voluntário, isso é uma coisa que os demônios não sabem que são capazes. E também não funcionaria se o sexo não fosse feito de vontade própria, e feito... com amor.

– Tabom já entendemos Castiel, agora será que dá pra falar Crowley e sexo na mesma frase? – Dean bufou e foi até a geladeira pegar um cerveja.

– Então, se ele não sabia, quer dizer, alguém deve ter contado pra ele não é mesmo?

– Está certo Sam, porem somente os anjos saberiam de uma coisa dessas.

– O que significa que tem um delator no céu? – Dean disse estendendo uma cerveja para Sam.

– Isso também não. Não creio que alguém no céu possa ter feito isso.

– Á essa altura, eu não duvido de nada Castiel. – Dean comentou abrindo a cerveja.

– Então é isso, a alma da Evy está perdida em algum lugar entre o céu, inferno e purgatório, e temos um delator no céu.

– É... – Dean suspirou – Acho que temos um caso.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora a postar, hoje é domingo e tudo mais .... kkk
Obrigada por lerem :)



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