Histórias do passado: O príncipe e a plebeia! escrita por Giovana Berlanda


Capítulo 1
Sonhando ou lembrando - se, você está em meus pensamentos!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!

Essa é a primeira fanfic que faço com o casal Hinata x Sasuke
Espero que apreciem tanto quanto eu que estou escrevendo.
Um super abraço para as garotas do grupo: Curtidores de Sasuhina/ BR
Pois foi neste grupo que eu tive a ideia de fazer uma fanfic assim. Então, obrigada.
Em nome de todos aqueles que me apoiaram:

BOA LEITURA!!



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Você iria tão longe a ponto de desobedecer a seu pai, abandonar o lugar de que gosta, abrir mão de muitas coisas só para poder ficar do lado da pessoa que se ama?

Iria “mergulhar de cabeça” num amor arriscado?

Cederia a pressão de conhecer um desconhecido que foi justamente o escolhido para se casar?

Ou você teria coragem suficiente a ponto de um dia, se declarar para a garota que gosta?

Histórias são acontecimentos marcantes que marcam nosso livro, o livro da vida. E estas passagens ficarão gravadas para sempre em nossas mentes e em nossos corações.

Viver é uma aventura, para todos. Às vezes é preciso passar por obstáculos e desafios. Mas existe coisa mais mágica do que viver um amor? Sim, também existe coisa mais turbulenta. E isso se chama Vida, justamente por ela estar sempre nos surpreendendo.

A gente nasce sem saber nada do mundo, e quando partimos, ainda não vemos tudo. Quando se é jovem, pensamos que qualquer coisa é o fim do mundo, mas a vida apenas começou.

Com histórias nós construímos nosso presente e futuro.

Você gosta mais de ouvir ou de escutar histórias?

Cada gosto para cada qual.

Tomoyo, uma garota de pele clara, cabelos que iam um pouco abaixo de seu ombro e de cor castanhos escuros com tons rosados que veio de “herança” de sua avó, Sakura Haruno, olhos verdes azulados, lábios ainda um pouco vermelhos pelo batom que ainda restava deles, cílios prolongados, medindo quase um metro e setenta e continha uma bonita silhueta. Estava quase chegando à casa da escola. Carregava nas costas uma mochila de cor bege, vestia calça jeans clara, a camisa da escola de cor azul marinho e com seus cabelos ao vento, abria o portão de casa. Abriu rapidamente a porta de casa e foi até a cozinha. Avistou sua mãe, Miki, terminando de fazer o almoço.

Tomoyo: Oi mãe! – a cumprimentou com um beijo na face. Logo que a tinha cumprimentado, avistou a sua avó sentada na mesa – Oi vó! – a cumprimentou sorridente – Quando que você chegou?

Sakura: Faz uns dez minutos... – Sakura já aparentava fios brancos em seus cabelos rosados, mas ainda sua pele continuava bonita, com lábios destacados de cor cereja pelo batom, cílios alongados pelo rímel, não tinha ainda desistido de manter seus longos cabelos rosados. Tinha cinquenta e seis anos, três filhos, quatro netos e casada desde aos seus dezenove anos. E um de seus quatro netos, era Tomoyo, de 15 anos.

Sakura: Como foi a aula? – perguntou ao se ajeitar na cadeira pertencente à mesa.

Tomoyo: Foi boa. Mas a professora passou para nós escrevermos uma história verídica, que ocorreu realmente com nossos familiares.

Sakura: Hum... Você gostaria de ouvir uma história verídica? Eu conheço uma...

Tomoyo: Sério? Eu adoraria ouvir.

Sakura: Claro, sem problemas – sorriu – Isto ocorreu há alguns anos atrás, com uma grande amiga minha. Se bem que, nesta época, aconteceram algumas coisas comigo também. Mas enfim... Em uma pequena vila, bem longe daqui, havia um príncipe chamado Sasuke. E como era de costume chamado na época, uma plebeia chamada Hinata! Nesta pequena cidade, chamada Konoha, era governada por um reino. O filho mais novo do rei e da rainha se chamava Sasuke e o mais velho, Itachi. Mas não é com eles que a nossa história começa.

Sakura: A nossa história começa com a encantadora e linda jovem Hinata. Ela era filha de uma das melhores costureiras de Konoha. Ela, vendo desde pequena a mãe costurar e bordar pegou a prática. Hinata tinha quase dezenove anos nessa época e levava uma vida muito simples, viviam do dinheiro que elas conseguiam vender as peças para o reino e região. Sua mãe era viúva. Seu pai já havia falecido há uns seis anos. Vivia com a sua mãe e a irmã de sete anos. Até algum tempo atrás, seu primo, Neji, morava com elas. Mas uns dois anteriores se casou e foi embora com sua esposa. Da janela do quarto de Hinata, dava para avistar o reino. Ela já havia ido lá algumas vezes, mas nunca havia entrado; porque das vezes que havia ido, foi somente para entregar as encomendas de sua mãe, que o mordomo pegava na porta dos fundos. Ela pensava se um dia iria ter a oportunidade de conhecer aquele lindo reino. Só que seus planos foram um pouco além do que isso.

Sakura: Esta bem ajeitada na cadeira Tomoyo? – a neta confirmou que sim – Que bom, porque a história é longa. Hum... – pensou um pouco – Se me lembro bem, é assim que começa...

Histórias do passado: O príncipe e a plebeia!

Até que ponto persegue - se um amor?

Para quem não me conhece, sou Hinata Hyuuga. Tenho longos cabelos de cor azulados que chegam até o final de minhas costas, olhos extremamente claros, como duas pérolas brilhantes. O ruim é ouvir de vez em quando aquelas piadinhas de mau gosto, como: “Ceguinha”. Sério! Eu detesto isso! O tom de minha pele é clara, possuo lábios avermelhados e bustos grandes que às vezes, me incomodam ao fato de alguns ficarem prestando atenção em mim por causa deles. Sou muito envergonhada, qualquer coisinha e eu já fico toda vermelha! Tenho um metro e setenta de altura, sobrancelhas curvadinhas e atualmente, tenho dezoito anos, mas brevemente irei fazer dezenove. Gosto muito de conversar, costurar... Ah! Eu e a minha mãe vendemos vestidos e trajes masculinos para a região. Somos as costureiras locais.

Outra coisa que adoro é o mar. Sou fascinada por ele desde bem pequena – se encontrava sentada em uma pedra, uma perna estava esticada a direção do mar para que um de seus pés sentisse a água e a outra perna estava dobrada, com um pé sobre a pedra, sentindo a superfície fria dela.

Moro com a minha mãe e minha irmã numa casa bem humilde. Ah, é! Esqueci-me de falar. Não somos tão bem assim de vida. Somos aqueles que nos apelidam de “Plebeus”. Minha irmã tem sete anos agora, já está tão crescida! Ela possui os mesmos cabelos e olhos que os meus e já gosta do contato com o mar. Ela se chama Hanabi, é a caçula da casa.

Até um tempinho atrás, meu primo Neji, morava conosco. Confesso que fiquei triste quando ele foi embora, já que crescemos juntos. Mas ele se casou e teve que seguir seu rumo; escolheu uma bela moça. Gostava dela, foi sempre muito atenciosa com meu primo e simpática conosco. Se me lembro de bem, seu nome era Tenten.

O nome de minha mãe é Miya. Tem um enorme coração, ela é um pouco desastrada às vezes, o que me faz rir. Sempre cuidou muito bem de mim e de Hanabi. Nunca deixou que passássemos fome, é a minha heroína. Ela se parece muito comigo, eu acho que a principal diferença seria só pela idade mesmo. Porque, como já disse, somos muito parecidas.

Meu pai? Ele morreu quando Hanabi era bem pequenina. Adoeceu tão depressa, nem tínhamos dinheiro para trata – lo. Foi uma época difícil. Nós fizemos de tudo para que ele ficasse bem, mas a causa da doença era desconhecida. Tinha sempre febre muito alta e comia muito pouco, porque não sentia vontade de comer nada. Lembro-me de meu pai sempre com um sorriso no rosto. Ele era apaixonado desde moço pela minha mãe, sempre a amou. E também sempre me aconselhou muito bem. No meu aniversário de doze anos, ele falou para que eu não desse bola para qualquer menino, vendo que eu já estava crescendo. Nunca me esqueço dessa frase. Ri comigo mesma.

Hanabi: Hinata! – vi minha irmã correndo em minha direção. O vestido que usava de rendinhas amarelado se movimentava com o vento.

Hinata: Oi, o que foi? – disse sem sair da posição em que estava.

Hanabi: Vai ficar aí a manhã inteira? Ou vamos entrar na água?

Hinata: Pode indo na frente, já estou indo.

Hanabi: Ta, mas não demore muito – foi correndo para o mar e logo a vi desaparecer entre os mergulhos que ela fazia.

Miya: Hanabi! Não vá tão no fundo! Tome cuidado! – minha mãe apareceu do nada ao meu lado, tive um ressalte de imediato, me atrapalhando toda que quase cai de onde estava sentada.

Hinata: Mãe, que susto! – me posicionei novamente como estava.

Miya: Era você quem estava distraída – ela riu da minha cara – No que estava tanto pensando?

Hinata: Hum... Em coisas, qualquer coisa.

Miya: Eu estava pensando em como podemos fazer os vestidos encomendados – disse pensativa.

Hinata: Já reparou na quantidade de demanda em que estamos passando? É vestido pra cá, costura pra lá...

Miya: Pelo visto, terá uma festa brevemente. E acho que vai ser no reino.

Hinata: E garanto que não vou ser a convidada de honra – apoiei a cabeça no ombro de minha mãe que já estava sentada ao meu lado.

Miya: Oh, Hinata. Você se importa com isso?

Hinata: É que eu sempre quis conhecer aquele reino de perto, entrar dentro, ver como ele funciona. Mas aposto que esses convites têm quantia limitada, e não serão distribuídos para a classe mais inferior. Mas o que será que o rei está pensando em fazer? Porque de repente, essa festa?

Miya: Nem faço ideia – deu de ombros.

Hinata: Bom... Entrar naquele castelo vai ser mais difícil do que pensei. Só sendo rica na próxima encarnação para que a minha entrada seja permitida.

Miya: Hinata... Não fique assim ta? – afagou meus cabelos – Um dia, você irá conhecer aquele castelo de cabo a rabo!

Hinata: Seria muito legal... – sorri imaginando em conhecer o tal jardim que sempre muitos falavam.

Miya: Eu vou lá com a Hanabi, tá? Estou a fim de entrar um pouquinho. Você vem?

Hinata: Já vou, só ficarei um pouquinho mais aqui – ela se virou e foi aos poucos entrando e falando o quanto estava fria naquela manhã. Falando tanto em reino e festa, me lembrou de um príncipe. E o tanto em mar, me lembrou do incidente daquele dia.

Flashback on:

Miya: Hinata, só não vá muito longe e cuidado para não se afogar.

Hinata: Esta bem, mãe! Já volto – meus pais estavam sentados na beirada do mar em torno de algumas rochas. (Meu pai era vivo na época). Mas eu sabia me cuidar e nadar muito bem. Nas partes mais fundas, não tinha perigo de me afogar. Caminhei um pouco e logo entrei no mar. Depois que já estava cansada de tanto nadar, saia em passos devagar até a beirada. Passava as mãos nos cabelos tirando o excesso da água. Tudo estava normal naquele dia, o dia estava bonito, calmo e alguém pedindo por... Socorro?

Virei – me rapidamente para trás. Parecia alguém pedindo por ajuda. Avistei uma pessoa, um menino se afogando! Ele pedia por socorro. Sem pensar duas vezes, pulei imediatamente e fui nadando até ele.

Hinata: Estou indo! – quando cheguei perto, ele perdeu a consciência e desmaiou por ter tanto se debatido, estava afundando mar abaixo. Mergulhei para baixo e o agarrei pelas costas. Peguei impulso e fui para a superfície. Fui nadando devagar até a beirada, até ficarmos na areia. Olhei para ele, ainda desmaiado.

Hinata: Ei, ei menino. Acorda, acorda, por favor – dava leves tapinhas em seu rosto – Puxa... Que menino mais... Bonito! – cabelo bem escuro, pele levemente bronzeada, acho que ele tinha a mesma idade que a minha. Coloquei meu ouvido perto de seu coração e não parecia bater normalmente.

Hinata: E agora? O que faço? – estava começando a me desesperar - Eu... Eu vou ter que fazer uma respiração – era só pensar que não seria um beijo. E não seria. Eu iria fazê – lo respirar e era só isso. Mas estava nervosa do mesmo jeito. Ajeitei sua cabeça, fechei seu nariz e tomei ar. Aproximei-me e comecei a passar oxigênio pra ele. Primeira tentativa: zero, em nada. Segunda tentativa: nada também. Ninguém por perto, estava começando a ficar desesperada. Onde estarão seus familiares?

Mais uma tentativa: Enchi meus pulmões de ar e mandei pra ele. E nisto, quando me afastei, o vi começando a tossir e sair água pela sua boca. Consegui! Sorri ao ver que ele iria ficar bem. Suas pálpebras abriram devagar, seus olhos eram negros como fênix.

Hinata: Olá, você está bem?

Sasuke: Quem... Quem é você? – falou lentamente ainda com os olhos pouco abertos.

Hinata: Eu sou... Chamo-me Hi... – ouvi passos apressados e muitas vozes vindas nessa direção. Fiquei com um tipo de receio a todas as pessoas que estavam vindo e sai daí o mais rápido possível. Escondi-me dentre as árvores e arbustos que havia e vi uma porção de gente chegando.

–---: Sasuke! Sasuke! Você está bem? – disse um menino de pele bronzeada, olhos e cabelos negros um tanto compridos amarrado em um rabo de cavalo. Ele era muito parecido ao aquele que estava no chão, parecia ser seu irmão. Mas ele aparentava ser mais velho, acho que deveria ter uns dezesseis anos.

Sasuke: Sim, estou bem, Itachi.

Itachi: Quando é que você se afastou tanto? Desviamos um minuto o olhar de você, e quando vimos você estava se afogando. Como... Você saiu? Saiu sozinho?

Mikoto: Filho, filho! Você está bem? – uma mulher de longos cabelos da mesma tonalidade, pele clara e alta chegou. Acho que era sua mãe.

Fugaku: Está tudo bem aqui? – chegou um homem bem alto, de cabelos curtos negros com uma expressão meio séria acompanhada de outra mulher.

Anne: Senhor Fugaku, me desculpe! Eu me descuidei por um segundo, desculpe-me! – acho que essa era a babá.

Mikoto: Como... Conseguiu sair da água?

Sasuke: Eu... Não me lembro de muita coisa... Mas alguém me ajudou. Alguém de olhos tão claros quanto à de uma pérola. Era uma garota. Alias... Cadê ela? – ele começou a olhar por todos os lados.

Só então me dei conta. Ele era filho do reino! Filho do rei Fugaku e da rainha Mikoto! Ele era um príncipe!

Flashback off

Nunca me esqueci daquele rosto. Embora nunca mais tivesse contato com ele. Também... Ele é um príncipe, literalmente. E eu, apenas uma plebeia. Como ele deve estar agora? Será que ele está... Muito diferente?

–------------------------x----------------------------

Não muito longe dali...

Sasuke on:

Estava nadando tranquilamente, mas quando fui colocar o pé no chão, parece que entrei num buraco, porque não dava mais pé pra mim e não chegava à superfície. Em desespero, comecei a me debater. Gritava socorro, mas parece que ninguém me ouvia. De longe, havia visto algo. Alguém estava vindo em minha direção. Não consegui mais segurar. Desmaiei e tudo se escureceu.

Veio uma luz bem forte em minha direção, era o Sol batendo em mim novamente. Com os olhos ainda pouco abertos, vi a imagem de uma garota de cabelos curtos azulados que ficavam duas mechas na frente soltas. Ela sorria imensamente pra mim e seus olhos me olhavam diretamente. Que olhos mais lindos! A beleza igualmente a de uma pérola.

“Quem... Quem é você?” – perguntei.

“Eu... Eu sou a... Acorde Sasuke! Está na hora de levantar!”

Mas o que ela estava falando? Levantar? Acordar?

Anne: Vamos Cinderela! Acorde! – quando dei conta era só um sonho e Anne estava abrindo as janelas do quarto – Vamos, já está na hora de se levantar! – ela era a empregada geral daqui. Ela que comanda aos novos empregados, deixa tudo em ordem. E pega no meu pé e do meu irmão. Ela acha que eu ainda tenho dez anos. Ela não é muito alta, nem muito magra. Possui cabelos lisos e castanhos que sempre ficam amarrados em um coque, olhos castanhos e de pele bem morena. Seu uniforme é todo azul marinho, com uma blusa de mangas compridas toda abotoada com uma saia longa até seus pés. E para destacar, ela sempre usa um batom bem vermelho.

Anne: Parecia estar sonhando com algo.

Sasuke: É aquele sonho novamente...

Anne: De novo com aquela moça? - afirmei que sim – Sabe, quando a gente sonha muito com alguém quer dizer que gostamos dela.

Sasuke: Está doida, Anne? Caiu da cama ao se levantar? – atirei um travesseiro.

Anne: É que com tantas pessoas para se sonhar, e você ainda sonha com ela? – pegou o travesseiro que ficou no chão e ria da minha cara.

Sasuke: A vi só uma vez. É impossível eu gostar dela. De onde você tira essas ideias? Eu acho que a sua velhice já está te afetando.

Anne: Velha? Eu ainda estou na flor da juventude rapaz! – disse ela toda confiante - Você também era um desconhecido pra ela, e mesmo assim, ela te salvou – colocou o travesseiro em minha cama – Enfim, outro dia você sonha com ela, agora sai dessa cama que você também tem seus afazeres a serem compridos – disse ainda rindo.

Sasuke: Arghh! Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando te contei sobre o incidente.

Anne: Bom... De qualquer maneira, você está bem graças a ela.

Sasuke: E eu nem sei o seu nome.

Anne: Você vai se trocar ou não? Seu instrutor de esgrima já o está esperando lá em baixo.

Sasuke: Bem... Você precisa sair para que eu possa me trocar.

Anne: Pra quê? – falou na maior naturalidade.

Sasuke: Por quê? Preciso mesmo falar? Você não vai querer me ver sem roupa não é?

Anne: E qual o problema? Já te vi sem roupa muitas vezes. Troquei as suas fraldas, então o que tem aí não me surpreende – não acredito que ela falava aquilo com a maior naturalidade.

Sasuke: Eu sei, mas...

Anne: Viu? Até você sabe, então não tem problema algum! Vá se trocando que eu vou arrumar essa cama. Ou vai me dizer que você tem vergonha?

Sasuke: Isso se chama privacidade! – corei de leve.

Anne: Hum... Esta bem – riu.

Sasuke: Francamente Anne! Vou ao banheiro me trocar – peguei rapidamente algumas mudas de roupa e fui ao banheiro.

Anne: Vai lá envergonhado! – a ouvi ainda rindo. Sério, tem horas que ela me tira do sério.

Essa é a minha vida. Sou um dos sucessores para o trono de Konoha. Meu pai, Sr. Fugaku, é o rei desde aos seus vinte e cinco anos, quando seu pai morreu, meu avô. Ele é bem sério, mas não deixa de ser um bom homem. Ele contém cabelos curtos e olhos pretos, assim como eu, meu irmão e minha mãe. Nos momentos que o vejo sorrir, é quando ele está ao lado de minha doce mãe. Minha mãe é um anjo sem asas, é muito delicada, amável em tudo que faz. Acho que meu pai tem sorte de ter a encontrado. Ele só implica comigo às vezes, pelo fato de eu já ter dezenove anos e ainda não ter uma noiva. Meu irmão é cinco anos mais velho. Atualmente, tem 24 anos e está noivo de uma moça. Ele pratica esgrima e anda de cavalo comigo. Meus pais sempre querem o melhor para o povo deste país, então sempre estão tentando ajeitar as coisas por aqui. Admiro que eles se dediquem tanto para que todos tenham condições semelhantes. Eu e meu irmão, ajudamos em algumas coisas. Afinal, temos que saber o que se passa. Para um dia, saber como lidar com as situações e administrar a região.

Só uma coisa me incomoda: Pessoas do reino e de classe alta não podem se casar, se relacionar com pessoas de classe inferior, os chamados Plebeus. Mas porque tudo isso? E daí se alguém se apaixonar por outra de classe mais baixa? Eu fico pensando... E se isso acontecer comigo? Eu iria enfrentar meu pai? Arcar as consequências? Será que alguém poderia me envolver tanto assim? Ou isso só seria mais uma historia de Romeu e Julieta?

Logo que terminei de me trocar, saí do quarto as depressa e desci as escadas que dava ligação ao salão principal. Quando cheguei, vi meu professor de esgrima esperando juntamente a meu irmão no final da escada.

Itachi: Está atrasado Sasuke.

Sasuke: Bela observação – falei meio debochadamente. Atrasei só hoje e já vem querer dar palpite?

Holmes: Ok, tudo bem. Um atraso não faz mal. Mas agora vamos? – Holmes era o nosso instrutor de esgrima. Já aparentava ter um pouco mais de quarenta anos e fios grisalhos em seu cabelo castanho caracolado. Tinha cerca de um metro e oitenta e cinco centímetros de altura, um bigode não muito grande, sobrancelhas grossas, magro, olhos verdes e de pele bem clara.

Holmes: Hoje treinaremos mais a parte de combate direto. Deem o melhor de si.

Sasuke off

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Uma garota de longos cabelos rosados naturais que iam até o final de suas costas de pele bem clara, olhos tão verdes de como uma folha de árvore, sobrancelhas afinadas, de bustos não muito grandes, mas também não muito pequenos, estatura média e lábios bem avermelhados que esboçavam um sorriso. Trajava um vestido todo branco que iam até seus pés, com alguns detalhes de azul marinho perto das rendinhas que continha nas mangas e no final dele. Via no meio do campo, perto do castelo, dois irmãos lutar contra si num treinamento de esgrima sendo observados pelo professor.

Seus olhos notavam um dos irmãos dar passos e estender o braço na tentativa de pegar o oponente. As espadas se tocavam rapidamente, fazendo sons como se estivessem fiando uma faca. Os dois, atacavam e contra – atacavam, se agachavam, está uma boa disputa.

Sakura on:

Sakura: Sasuke... - Puxa, o Sasuke melhorou muito desde os últimos anos. Já consegue enfrentar seu irmão num combate direto! Está mais veloz, atento aos detalhes, ele pode vencer a partida! Ele estava lutando de costas pra mim, mas durante esta partida, ele mudou de lado e então ficou de frente. Ele percebeu que eu o estava vendo lutar.

Sasuke: Sakura? – falou meio surpreso – Ele não prestou atenção no momento em que seu irmão aproveitou em que ele ficou distraído e ele avançou para dar um golpe. Despercebido, não se defendeu muito bem, caindo, mas apoiando com as mãos no chão sob a grama. Sua espada saiu de suas mãos e seu irmão apontou a sua para ele em modo de ataque.

Itachi: Em guarda! – falou com a espada apontada para ele.

Sasuke: Droga...

Itachi: Fim de linha Sasuke.

O professor de esgrima começou a bater leves palmas parabenizando Itachi.

Holmes: Muito bom Itachi. Foi uma ótima luta. Você também, Sasuke. Só lhe faltou atenção.

Itachi: Está bem? – disse estendendo a mão para que ele se apoiasse e se erguesse novamente.

Sasuke: Estou. Obrigado. Foi uma boa luta – fez gesto de cumprimento a seu irmão e finalmente, tiraram as mascaras de esgrima.

Holmes: Estão dispensados, vejo vocês na próxima aula. E Sasuke, da próxima vez, não fique dando atenção a sua namorada durante uma luta.

Sasuke: Na – namorada?! Ela não é minha namorada... – porque o professor dele falar algo daquilo? Fiquei vermelha em pensar que os outros suspeitassem que eu e Sasuke houvéssemos algum tipo de relação.

Holmes: Ok, eu acredito... – disse rindo.

Sasuke: Mas é verdade professor – protestou ele.

Logo, me aproximei dos irmãos. Apesar de eu e Sasuke não termos nada, fico envergonhada com esse tipo de “acusação”. Puxa... Acho que ele perdeu a luta só porque eu estava aqui. Acho que se eu não estivesse, ele teria vencido.

Itachi: Olá, flor de Cerejeira – me beijou a mão – Linda como sempre.

Sakura: E você o mesmo rapaz gentil - sorri – Parabéns pela luta.

Itachi: Muito obrigado, mas agora se me der licença, tenho um compromisso.

Sakura: A vontade. Tenha um bom dia.

Itachi: Para você também. Tchau Sasuke – falou ao irmão que estava ao lado e saiu rapidamente.

Silêncio...

Só escutávamos o barulho das folhas grudadas nas árvores em volta e a leve brisa do vento. Seus cabelos estavam molhados devido a prática de pena agora.

Sakura: Eu... Desculpe-me Sasuke – ele arqueou a sobrancelha.

Sasuke: Porque se desculpas?

Sakura: Não vim em boa hora, estava tão bem, dando tão duro na esgrima... Não queria atrapalhar a sua prática.

Sasuke: Tudo bem, fui eu quem me atrapalhou. Não me incomodo de você ter vindo. Alias... Foi muito bom você ter vindo. Quero desabafar com você. Se não desabafar logo, estarei um ponto de explodir!

Sakura: Tudo bem. Estou aqui – disse rindo.

Sasuke: Então vamos? – lhe deu o braço

Sakura: Mas é claro – dei o braço a ele.

Estávamos no jardim do castelo, onde sempre continha a imensa quantidade de flores, uma diferente da outra, uma mais linda do que outra. Meus olhos brilhavam com aquela mescla de flores. Orquídeas em árvores, de variados tipos, um canteiro gigantesco recheados de rosas brancas e vermelhas. Lírios em alguns cantos, copos de leite, eram tantas, que eu até me perdia dentre delas.

Sakura: Você sabe realmente me agradar não é mesmo? – sorri.

Sasuke: Anos de convivência. Já tenho a obrigação de saber.

Sakura: Tenho uma amiga que adoraria ver isso tudo... É realmente fantástico.

Sasuke: Anne é que sempre manda os empregados terem a maior cautela com elas. Porque assim como a gente, elas também têm vida.

Sakura: Concordo – estávamos sentados sob a grama verde perto daquelas flores embaixo de uma árvore que fazia uma sombra muito boa – Tenho que te perguntar... Porque todos acham que somos... Namorados? – olhei para ele.

Sasuke: Hum... – ficou um tanto pensativo – Talvez porque você sempre esteja por aqui... Provavelmente porque nos conhecemos há muitos anos, concordamos no tanto de coisas que discordamos... Sempre estamos juntos, desde bailes e outras ocasiões.

Sakura: Pudera... A gente se conhece desde aos cinco anos de idade. Mas vamos esclarecer uma coisa: Às vezes essas pessoas acham isso por justamente você sempre dançar comigo em quase todos os eventos que acontecem aqui no reino.

Sasuke: Ah, você é a minha melhor amiga. Porque parece que quando danço com outra... Elas não enxergam o Sasuke, eu. Elas enxergam a possibilidade de uma vida boa e dinheiro caso eu fique interessado por uma delas.

Sakura: Entendo. Mas você tem que arranjar alguém, senão esses rumores irão se tornar cada vez mais fortes! – expliquei.

Sasuke: Do que você tá falando? Você nem tem namorado! – ok, ele ta certo. Isso é quase um tiro. Ele tem que se lembrar do fato de eu já ter dezenove anos e ainda não ter um namorado? Ah, Sasuke!

Sakura: Nada a declarar! – virei o rosto.

Sasuke: Ei, isto é pra você – ele deixou algo do meu lado. Quando virei era um tipo de cartão. Estava escrito: Convite Real.

Sakura: Um convite?

Sasuke: É. Era sobre isso que eu queria falar. Daqui a alguns dias, haverá um baile aqui no reino e estou te convidando. Será para comemorar os vinte anos de casados de meus pais. Só que ouvi uma conversa suspeita de meus pais. Eles querem que neste baile, eu arranje uma noiva.

Sakura: Uma noiva?

Sasuke: É. Já tenho dezenove anos e estou meio que sofrendo uma pressão para arranjar uma noiva. Era só o que faltava! Não tem como eu me apaixonar do nada! Um amor leva tempo para desenvolver, você tem que achar alguém que gosta e que não gosta de alguns pontos, que compartilha coisas com você, alguém legal, alguém como... – me olhou diretamente de repente.

Sakura: Alguém como... – pedi para que ele terminasse logo a frase.

Sasuke: Alguém como você, Sakura!

Sakura: O q – quê?! – pronto! Ele pirou de vez.

Sasuke: Por favor, seja minha noiva Sakura! – pegou em minhas mãos e as segurou me trazendo para mais perto dele.

Sakura: Sasuke... – vai ser assim? Tenho que me casar com meu melhor amigo?

Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Bem... É isso? Do que acharam? Comentários? Respondo todos ^.^ Primeira Fic Sasuhina, espero que tenha ficado bom. Nos vemos no próximo! OBRIGADA POR LEREM!! - Giovana Berlanda



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