Imperfeito Amor escrita por Natália Correa


Capítulo 8
Capítulo 8




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– Com certeza o prazer é todo meu! – Lupi disse com um sorriso sapeca olhando-o e eu ri, Derrick não percebeu nada, pelo visto ele era mais lerdo do que pensei.

–É... Vou pegar uma água está calor aqui... – disse para poder deixar os dois sozinhos.

– Também estou com calor! – Lupi disse ainda olhando para Derrick

– Vai beber água de novo? – Derrick perguntou, mas era tapado mesmo.

– Tenho que beber água mesmo, faz bem para a saúde! – disse-lhe.

– Ah, então eu também vou, realmente está muito calor e eu nem bebi água hoje. – Ele disse, eu olhei pra Lupi, ela estava visivelmente interessada e Derrick não facilitava.

–É... – estava tentando pensar em algo... Fingi que estava sentindo meu celular tocar. – Oi, mãe? Ah sim... Para eu ir para casa? – Olhei para os dois e Lupi percebeu a minha ajudinha e sorriu agradecendo, pra variar Derrick não percebeu. – Claro... Mãe, já estou indo... Sim... Pode deixar! Beijo, tchau. - Minha mãe me ligando, já esta na minha hora, tchau gente! – disse.

– Calma, eu te levo! – Derrick disse.

– Não precisa! – disse.

– Eu te levo, Roberta! – Insistiu Derrick.

– Vai com ele Roberta, ele tem razão e também já está tarde! – Lupi disse e logo em seguida ela me abraçou e sussurrou um “da próxima ele não me escapa” e eu ri!

– Ótimo te conhecer, doidinha! – disse-lhe.

– Também foi ótimo te conhecer... – ela riu. - e normal você também não é! – Lupi disse sorrindo.

– Tchau, Ludi! – disse Derrick.

– É Lupi, Derrick não “Ludi”! – disse repreendendo-o.

– Tchau, Derrock! – disse Lupi, ela sabia o nome dele, mas ela não gostou que ele esqueceu o nome dela, então fez o mesmo com ele.

– É Derrick! – respondeu o próprio Derrick, e saiu me puxando pelo corredor e eu dei um tchau para Lupi.

– Mas que falta de educação, Derrick. – Disse repreendendo-o mais uma vez!

– Como assim? – Perguntou sem entender.

– Você é sonso ou só se faz? – perguntei.

– Eu não sou sonso! – Derrick disse irritadinho.

– Ah... Então é a segunda opção,- disse - você se faz de sonso! - ele me olhou irritado. - Fez a maior ignorância com a Lupi! – disse.

– Eu fiz ignorância? - perguntou e eu assenti. - Mas é claro que não! – disse Derrick ofendido.

– Ah, mas é claro que não, né? -disse irônica. - Minha avó ressuscitou e foi ela quem fez ignorância com ela... Como eu não tinha percebido? Que tolinha eu, né? – disse-lhe irônica. – E você... – Tive uma ideia. – Merda!

– O que aconteceu? – perguntou Derrick.

– Esqueci meu celular com a Lupi! – Eu disse fingindo estar desesperada.

– Calma, a gente ainda está na festa, - ele disse - quer que eu vá buscar? – perguntou Derrick.

– Não vai te incomodar? – Perguntei.

– Claro que não! – disse Derrick.

– Ah, então busca pra mim, vou esperar aqui! – disse e ele assentiu e saiu.

– Agora só depende da Lupi! – disse sorrindo.

– Que você era doida eu já desconfiava, mas pra falar sozinha... O estágio da doideira está avançado. – Ouvi uma voz grossa e sexy se aproximando e senti um arrepio, era o Ucker.

– Quanto mais eu rezo mais assombração me aparece. – disse-lhe. - Eu só posso ter pregado chiclete na cruz, porque né...

– Se você se refere a mim falando de assombração, posso te garantir que todas querem essa assombração aqui, minha querida! – Ucker disse convencido dando um sorriso lindo.

– Todas menos eu! – disse-lhe em tom rígido e convincente.

– Tem certeza? – Ele disse se aproximando pegou em minha cintura e me puxou forte para si.

– Me solta! – disse.

– Vai dizer que não gostou do beijo? – Ele perguntou, eu ameacei responder, mas ele continuou. – Tenho certeza de que você gostou... – se aproximou e me puxou mais para si. – Até porque eu gostei! – ele disse se aproximando mais ainda, os nossos lábios só estavam à centímetros de distância. – Você gostou? – Ele perguntou novamente, só que a voz estava meiga, eu estava completamente hipnotizada, aqueles lábios, aqueles olhos castanhos...

– Gos-gostei! – respondi gaguejando um pouco, ele não esperou que eu dissesse outra coisa e invadiu meus lábios com a língua, um beijo arrebatador, segurei o cabelo dele com força, dessa vez não tentei empurrá-lo, só queria curti aquele beijo novamente. Ficamos ali por mais algum tempo e nos separamos com selinhos.

– Acho que você se enganou! – Ele disse e eu não entendi nada. – Parece que você também gosta da “assombração” aqui! – ele disse com um sorriso convencido, eu voltei a si, não acredito que ele só me beijou para me convencer disso.

– Acho que quem se enganou foi você. – disse-lhe com um olhar de fúria.

– Para, garota! – Ele disse. – Você já admitiu, já era! – disse com um sorriso vitorioso.

– Eu disse que gostei do beijo, mas convenhamos... – Olhei para ele de cima a baixo com um olhar de desdém. – Tem melhores, mais muito melhores que você! – eu ri. - Para mim você é iniciante ainda! – disse-lhe, ele me olho com raiva e ia falar, mas impedi. – Não fica triste não, você não beija mal... é razoável até. – olhei para ele ainda com desdém, e me retirei.

Narrado por Ucker:

Essa menina é bipolar só pode. Eu não falei nada de mais e ela vira o bicho comigo? E ainda fala daquele jeito ainda? Eu estava brincando. Ah... Essa menina não me conhece!

Fui atrás dela e a segurei pelo braço. - Olha aqui, quem você pensa que é pra falar assim comigo? – disse. – Garota, você se acha né? Mas a de nada aqui é você, - falei. - você tinha é que me agradecer por ter te beijado.

Ela riu descontroladamente, só podia estar de brincadeira com a minha cara.

– Ótima piada! – ela disse em tom irônico. – Se você quiser ficar com uma menina, - ela olhou para mim. - uma dica: conta piadas deste tipo pra ela, porque se você beijá-la vai espantar a coitada!

– Você que é uma coitada. – Disse irritado.

– Eu sou coitada porque você me beijou, é por isso que estou saindo, você já me espantou não se tocou? – Ela me olhou como se fosse óbvio. – Agora me deixa ir, porque eu tenho que me recompor daquela piada e daquele... – me olhou com desdém novamente. - Você chama de beijo, certo? – disse em um tom de superior, ao dizer isto, saiu em disparada.

– Merda! – disse, ela era baixinha, mas só podia ter um foguete no pé, porque nem deu tempo de eu ir atrás dela, essa menina não me conhece, se ela pensa que vai tirar onda com a minha cara e vai sair por cima ainda ela esta muito enganada, me aguarde ruiva descarada, me aguarde.


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