Imperfeito Amor escrita por Natália Correa


Capítulo 5
Capítulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/566543/chapter/5

– Mãe, vou à festa da Lari ás 22 horas, ok? – Disse

– Quem é Lari? – Perguntou.

– Não sei, vou com Derrick. – respondi.

– Você vai à festa de uma menina que nem conhece? – perguntou.

– Ah, ela é da minha sala. E o Derrick disse que ela nem liga! – disse-lhe.

– Que horas acaba essa festa? – perguntou.

– Não sei, só sei que começa 22 horas. – respondi.

– Mas você não sabe de nada, hein! – ela disse. – Como vou saber que esse povo não é drogado? – perguntou.

– O Derrick vai e ele não é drogado! – afirmei. – Ah, mãe me deixa ir!

– Ok. Mas toma cuidado, se comporta e não converse com desconhecidos! – ela disse em tom de ordem.

– Mas se eu não conversar com desconhecidos, como vou fazer amizade? Por telepatia? – disse com ironia.

Mamãe riu.

– Ok, engraçadinha. Mas toma cuidado, minha filha. Este mundo está muito perigoso! – ela disse.

– Ok, mãe. Já sei... – disse.

Na casa de Ucker:

Estava todo dolorido, mas tinha terminado de arrumar tudo, nem estava acreditando!

– Para quem nunca tinha arrumado nada está muito bom! – disse minha mãe.

– Que nada... Eu sou foda! – Ouvi meu celular tocar em cima do móvel.

Someday, somehow

I`m gonna make it all right but not right now

I know you`re wondering when

(You`re the only one who knows that)

Someday, somehow

I`m gonna make it all right but not right now

I know you`re wondering when

Olhei no visor do celular e era o Jack.

– E aí, mano? – disse.

– Fala aí, hein, vai à social na casa da Lari?

– Ixi, tinha me esquecido! – disse.

– Ihh... Você se esquecendo de festas? – perguntou Jack. – Meu Deus, trocaram o Ucker.

– Esqueci por conta do castigo que minha mãe me colocou, você nem adivinha o que ela fez. – disse.

– Te deixou sem ir às festas e sem computador? – perguntou.

– To falando que você não ia adivinhar. – disse - Ela me colocou pra arrumar a casa todinha de hoje até o fim da semana!

Ouvi uma gargalhada do outro lado da linha.

– Caramba! – ele mal conseguia falar de tanto que ria. - Sua mãe é original, Isauraaaaaa!

– Vai zoando mesmo, vai! – disse.

– Então espera... – ele deu uma pausa. - Já era pra você estar na festa! – disse Jack com voz firme.

– Ta no crack, mano? A festa só começa 22 horas, está cedo ainda. – disse.

– Sim, mas as faxineiras tem de estar lá antes, e você não foi por que? – Jack disse rindo.

– Ahhhh, seu desgramado! – disse, Jack riu. – Flw então, vou desligar aqui. Te vejo lá, man.

– Beleza. – disse Jack. Desliguei!

– Quem era? – Perguntou dona Alexandra.

– Branca de Neve. – Disse-lhe.

– Muito engraçado, temos um palhaço aqui! – ela disse em tom irônico, eu ri.

– Era o Jack... Mãe me deixa ir à social que vai rolar na casa da Lari? – perguntei, já que estava de castigo, tinha que ser o mais educado possível se não ela não iria liberar.

– Vou pensar. – disse mamãe.

– Mas é hoje! – disse-lhe.

– Se você não arrumasse brigas poderia ir até sem pedir... – disse dona Alexandra.

– Poxa, mãe todo mundo vai! – disse.

– Você não é todo mundo! – retrucou dona Alexandra. – Mas você pode ir.

– Mas mãe eu... Espera ai, eu posso ir? Ta me liberando do castigo? – perguntei.

– Mas é obvio que não, seu castigo é arrumar a casa, disso você não vai escapar, mas como você arrumou direitinho, quase não reclamou, eu vou deixar.

– Acho que vai chover! – disse olhando para a janela.

– Por quê? – ela também olhou - O tempo esta ótimo! – ela disse sem entender.

– Dona Alexandra sendo boazinha? Milagre divino! – disse rindo.

– Ah, eu sou má? – ela disse. – Já que sou má, você não vai!

– Não, está doida? Não é má não mãe! – disse.

– Então além de me achar má também me acha doida? – Ela perguntou.

– Não, mãe. Para com isso, você sabe que eu te amo, né? – disse.

– Ótima saída. – disse dona Alexandra.

– Mas é a verdade! – Afirmei.

– Também te amo, filho brigão. – ela disse sorrindo. – Agora vá se arrumar logo!

– Ok, mãe. – disse, dei um beijo em seu rosto e subi para o meu quarto.

Narrado por Roberta:

O bom de mudar é que ninguém te viu com as mesmas roupas ainda e isso facilita na escolha. Olhei no relógio e já era 21:20.

– Roberta, estão te chamando lá fora. – Minha mãe gritou.

– Já vou. – Gritei.

Fui em direção a sala e abri a porta.

– Está linda! – disse Derrick.

– Ó, você também está guapo! – disse sorrindo. – Chegou cedo!

– É que eu gosto de chegar mais cedo mesmo. - ele respondeu.

– Mãe, é você? – Falei ironizando.

– Ham? – disse Derrick.

– Minha mãe é que tem mania de chegar cedo, mas tipo, 20 minutos antes. – disse.

– Ela está certa, melhor do que chegar atrasado! – disse. – Então já que está arrumada, vamos?

– Calma aí, só vai pegar minha bolsa. – disse.

– Ok. – respondeu.

Peguei minha bolsa que estava em cima da mesa e fui.

– Agora vamos! – ele assentiu, olhei pra trás e disse. – To indo mãe.

– Vai com Deus, minha filha e toma cuidado! – Gritou da sala.

– Ok! – disse já fechando a porta.

Olhei e tinha um carro na frente da minha casa.

– Entra, Roberta. – disse Derrick abrindo a porta do carro.

– Esse Kia Sorento, é seu? – Perguntei olhando para o carro.

– Na verdade é do meu pai! – Derrick disse sorrindo.

– Tem carteira de motorista? – perguntei.

– Lógico que tenho! – Tirou do bolso e me mostrou.

– Ainda bem, estou muito nova para morrer! – disse sorrindo.

20 minutos depois

Havíamos chegado a festa e já fiz amizade com a aniversariante, a Lari e com uma turminha boa.

– Roberta, vai querer uma cervejinha ou vodka? – perguntou Otávio sorridente, até que ele era bonitinho.

– Cerveja! – disse pegando o copo.

– Roberta, você bebe? – Derrick perguntou incrédulo, enquanto eu já tomava um gole.

– Só vou tomar um pouco! – disse.

– Sua mãe deixa? – perguntou Derrick.

– Você nunca ouviu falar em refrigerante com menta? – perguntei irônica. – Disfarça muito bem! – sorri.

– Você é maluca! – ele disse perplexo - Mas não vai dizer que usa aquelas drogas ilícitas também? – perguntou Derrick

– Maluca eu até posso ser, mas retardada não, né? – disse. – E eu nem bebo, se bobiar só bebi umas três vezes! – afirmei.

– Eu não curto bebida, não sei aonde vocês veem graça em beber! – disse Derrick.

– Palavras de SÃO Derrick! – disse Lari se sentando ao nosso lado.

– Pois é Lari, to percebendo que esse aqui é o senhor celestial! – disse, e nós rimos.

– Sou mesmo! – disse Derrick de gabando.

– Mas você nunca tomou nada forte? – perguntei me referindo a bebida.

– Ah, remédio pra tosse serve? – perguntou irônico, eu e Lari rimos e negamos com a cabeça. – Já tomei sim... desceu travando na garganta, muito ruim! – disse Derrick.

– Me deixa adivinha, Vodka?! – disse.

– Eu acho que foi aquela bebida brasileira, cachaça! – disse Lari.

– Não... Refrigerante sem gás! – Disse Derrick, nós rimos novamente.

– Depois a palhaça aqui sou eu! – disse.

– Mas é verdade, refrigerante sem gás deve ser pior que cachaça e vodka juntas. – disse Derrick.

– Oh, Lari. Você não tem um Toddynho pra esse menino não? Porque até refrigerante é bebida forte pra essa criança! – disse rindo.

– Também acho, depois vou ver se tem, ok baby? – Lari disse olhando pra Derrick cheia da graça.

– Estou sendo mais paparicado aqui do que pela minha mãe, é isso mesmo produção? – disse Derrick rindo, a gente riu junto.

– Cadê a aniversariante mais linda? – Disse... Diego já abraçando a Lari.

Pensei: - Nem em uma festa eu vou ter sossego deste garoto, mas por outro lado ele esta lindo, meu Deus!

– Ucker!! – Lari disse alegre abraçando-o de novo.

– Seu presente! – Ucker disse entregando-a uma caixa embrulhada, ela já abriu e ele ficou olhando a reação dela.

– Não acredito! – ela disse em tom eufórico, olhando para o porta-jóias musical que tinha uma bailaria em cima. – Ucker, como você lembrou?

– Com a memória? – ele disse brincalhão, Lari fez cara de “dã”. – Lembro que quando éramos pequenos você queria porque queria uma dessas e eu tinha falado que ia comprar pra você, mas não tinha achado até então... Aí recentemente fui comprar seu presente e vi esta caixinha na prateleira... – ele olhou para a caixinha na mão da Lari. - e olha que essa aí nem é de criança, gostou?

Lari pulou em cima do Ucker dizendo: – Obrigada, você é um máximo!

– Meu Deus olha a animação da criança! – Ucker disse em tom de ironia, continuou com o mesmo tom. – Aproveitei que estava lá no R$1,99, vi e logo comprei.

Eu não consegui segurar e ri, ele olhou pra mim e eu fiquei sem graça e sorri.

Pensei: - Merda! Paguei de débil mental!

Ele também sorriu, e por alguns segundos ficamos nos olhando, eu não estava entendendo o motivo daquele sorriso dele me chamar tanto a atenção.

– Ucker, palhaço! –Lari disse sorrindo, Diego voltou sua atenção à Lari.

– Olha... – ele disse - é brincadeira, não quebra que eu não comprei no R$1,99 não hein!

– Pode deixar! – disse Lari.

– Nenenzinho! – ouvi uma vozinha chata atrás de mim.

Ucker revirou os olhos.

– Belinda... – ele disse com uma voz desanimada.

– Ai, bebê está com fome? Vem! – ela disse chamando-o.

Pensei: - Acho que vou vomitar com essa ceninha!

– Ah... Eu estou cumprimentado a Lari, depois eu vou! – Ucker disse sem graça.

– Ah... poxa, vem! Ela vai entender, né Lari? – Perguntou olhando para a mesma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imperfeito Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.