#À noite em casa da Helena

#Elizabeth POV

–Like a virgin! UH!- cantei, ouvindo logo risos por parte das minhas melhor amigas.- Agora assuntos sérios.- eu disse ficando com uma cara subitamente séria.- O que querem fazer?- disse logo depois com uma voz à bebé.

–Vamos falar de rapazes.- Helena respondeu-me com uma voz à diva.

A noite estava a correr muito bem quando de repente Isabel começa a gritar.

#Isabel POV

As vozes estão a gritar na minha cabeça com demasiada força. Sinto que algo se passa em minha casa, o que não é de esperar… mas desta vez é diferente, desta vez é qualquer coisa grave, muito grave. Os objectos começam a levitar à minha volta, as cortinas das janelas esvoaçam, está tudo muito confuso.

–Isabel acalma-te, por favor!-oiço Helena a dizer num tom de voz demasiado calmo para aquela confusão.

–Eu não consigo. Não consigo mandar as vozes embora!

–Helena lê-lhe a mente, talvez consigas perceber o que se passa.

Helena fechou os olhos durante alguns segundos mas logo depois os abriu.

–Eu não consigo. Talvez seja da confusão. Mas eu não consigo entrar na mente dela. Acho que as vozes estão a intuí-la a não me deixar entrar ou qualquer coisa do género.

–Traduz isso para português!- Elizabeth diz.

–Preciso de permissão para lhe ler a mente!

Eu sabia o que fazer.

#Helena POV

Subitamente Isabel agarra na minha mão e acena-me com a cabeça. Feito isto torna-se tudo preto.

Começo a ver uma pequena luz que se começa a transformar numa imagem. Era a casa de Isabel e os seus pais estavam a discutir. No exato momento em que o pai lhe levanta a mão volto à realidade.

#Elizabeth POV

Os olhos das minhas amigas tornaram-se brancos. Vê-se um enorme clarão de luz e vejo os seus anjos a saírem dos seus corpos. Estariam mortas? Ficaram assim uns dez minutos. O tornado tinha parado, o quarto estava uma confusão. Mas isso não era o mais importante, o mais importante eram as minhas amigas. Aproximo-me de Helena para ver se ainda estava respirava ou assim. De repente ela abre os olhos e respira uma golfada de ar mas tão de repente que eu ia morrendo de susto.

–QUERES ME MATAR DO CORAÇÃO É?- eu digo.

–Temos de ir.- Helena responde.

–Onde?

–A minha casa.- Isabel diz.

–Como e porquê?- eu respondi.

Eu não estava a perceber nada e elas também não me responderam, mas como boa amiga que sou, vesti-me rapidamente e fui com elas para fora da casa de Helena.

–Alguém sabe conduzir?-Helena pergunta.

Isabel não respondeu, devia estar em estado de choque ou assim. Mas eu sim, eu sabia conduzir.

–Dá-me as chaves do carro.- ordenei e elas obedeceram, entrando no carro.

–Onde é que aprendeste a conduzir?- Helena preguntou.

–Tenho os meus trunfos.