A Origem do Trono - A Seleção escrita por Alice Zahyr


Capítulo 15
O Sequestro


Notas iniciais do capítulo

POSTANDO COM PRESSA! DEPOIS EDITO! Notas finais ~



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No capítulo anterior...

Natalie Parker suspeita que alguém esteja vendendo drogas na Cidade Sem Nome...

Tevon e Kiva são pegos no flagra por Natalie, que vai até o quarto dele e os encontra meio "sem roupas"...

Cher revela a Kiva que havia estado várias vezes com Rick nas últimas semanas, um cara misterioso de seu passado...

Hector descobre que Cher está com níveis elevados de HCG, hormônio bem presente em mulheres grávidas... Cher tem suspeita de gravidez...

Tevon se encontra com uma máfia perigosa que atua em Illéa e no antigo México, infiltrando-se entre eles.

***

Natalie Parker estava brava.

Não, ela não estava brava.

Estava incrivelmente furiosa.

Quando o sol se punha na Cidade Sem Nome, a morena entrou em seu escritório batendo a força com brutalidade. Rudemente, tirou os coturnos de couro preto e pôs os pés em cima da escrivaninha, derrubando pilhas de papéis que continham estratégias a ser estudadas por ela. A sua frente, a persiana da janela estava levemente aberta, de forma que ela podia observar o céu tornar-se avermelhado conforme escurecia.

Por mais que tivesse tentado o dia todo, não conseguia pensar em nada. Exceto em Tevon... E Kiva.

"Por que diabos estavam juntos?" perguntava-se, nunca obtendo resposta. "No mesmo quarto... Sem roupas."

Ela se levantou.

Imaginá-los... Era como um choque que a arrancava da realidade.

Alguém bateu na porta.

Ao ouvir, tirou a arma da cintura e guardou-a dentro da gaveta. Seu estado emocional não era muito confiável naquele momento para que andasse armada.

Natalie respirou fundo.

– Eu sou uma Parker - ela disse a si mesma. - Parkers são fortes.

Abriu a porta.

– Quem ousa me incomodar... - antes mesmo que terminasse sua pergunta, sua sala foi invadida por dois homens altos de capuzes que cobriam seus rostos. Eles agarraram Natalie e colocaram um saco em sua cabeça, impondo um pano embebido em sonífero em seu nariz.

Natalie prendeu a respiração no mesmo momento, tentando distinguir ao menos sons. Contudo, sua resistência não duraria muito e ela sabia disso. Antes de cair completamente no sono, Natalie tateou o pé esquerdo sob o tapete que havia embaixo de sua escrivaninha. De repente, sentiu uma leve elevação que desnivelava o chão. Sem pensar duas vezes, apertou o botão, acionando um alarme que dispararia para todos os cinco chefes dos Mercenários.

3,2,1...

Logo ela já estava inconsciente.

***

Tevon não havia voltado para a Base Militar depois de se encontrar com os mafiosos. Ao sair do Starine Building, pediu que o motorista o levasse a outro lugar... Um que só ele e outra pessoa tinham acesso. Natalie Parker, ao Arquivo M.

O motorista parou em frente a uma cerca alta. Pelo retrovisor, perguntou:

– Tenho permissão para seguir?

Tevon colocou os óculos de aviador escuro. Por alguns instantes, manteve-se pensativo.

– É melhor não. Prosseguirei daqui e sinalizarei quando precisar de você. - Com um aceno breve, despediu-se e desceu do carro, que rapidamente desapareceu entre as cinzas e destroços da antiga cidade de Nogales, Sonora - velho México.

As altas cercas eram apenas uma armadilha. Os salteadores tentariam ultrapassá-la por cima, mas apenas Tevon sabia que poderia passá-lo por um túnel secreto.

Aproximando-se da guarita abandonada, abriu a porta e agachou-se, tateando o chão em busca da alavanca que abriria a passagem. Ao encontrá-la, desceu agilmente. Em poucos minutos já havia alcançado o prédio que abrigava os arquivos da população do antigo México.

Um prédio subterrâneo.

***

O Arquivo M não era um lugar exatamente interessante para quem não soubesse exatamente o que procurava.

E era exatamente por isso que, para Tevon, era um lugar bem interessante.

Consistia basicamente num andar gigantesco de fileiras e mais fileiras de formulários. Por muitas décadas, todos os registros de nascimento e óbito foram guardados ali embaixo. Agora, Tevon precisaria dar uma olhadinha neles.

Na verdade, em uma sessão bem especial...

Na sessão presidencial.

– Hora de checar quantas canções de ninar o neto do presidente cantou. - Tevon disse.

***

Cher olhou-se no espelho mais uma última vez. Não parecia tão pálida como antes, afinal. E até que suas madeixas estavam saudáveis... Não mais acinzentadas como dias atrás.

– Cher? - Kiva chamou-a. A loira olhou para trás; Kiva já havia pegado suas roupas e colocado-as numa bolsa dada pela enfermeira. - Hora de ir.

A garota sorriu. Antes de ir embora, respirou fundo e abraçou a senhora que cuidara dela tão carinhosamente.

– Um dia, espero retribuir o que fez por mim - ela disse.

Então, saíram do quarto, dirigindo-se para a porta de saída da enfermaria.

– Pensei que morreria aqui - Cher falou.

Kiva rolou os olhos, nervosa.

– Nem brinque com isso.

Hector veio ao encontro das duas, ainda de jaleco.

– Você está brincando de ser médico? - Cher divertiu-se.

Ele sorriu, cínico, tendo de arrumar os óculos quando esses caíram.

– Não fique tão animada assim, Cher. - Avisou. - Ainda temos algo pendente que precisaremos investigar.

Cher colocou as mãos nos bolsos do casaco, constrangida.

– Hector, eu não estou... Grávida - ela garantiu, fazendo pouco caso da situação. Kiva a olhava com aquela expressão reprovadora de horas antes, o que fez Cher ficar nervosa outra vez.

Hector coçou o queixo, onde nascia uma barba rala.

– Cher, sei que não quer lidar com isso, mas precisamos descobrir o que realmente aconteceu com seu corpo. E se você estiver? Precisamos te ajudar!

A loira irritou-se.

– Mas que droga, Hector. Eu não estou grávida. Esse é o meu corpo e eu sei muito bem o que está acontecendo ou não com ele! Saberia se estivesse carregando um feto! - as palavras lhe saíra com nojo, como se estivesse falando de um verme. Seus olhos lacrimejavam, mas sua fala era seca como cal. - Quer saber o que está acontecendo, hum? Bem, eu sei. Você e essa sua mania de laboratório certamente arruinaram meu exame, me dando um diagnóstico ridículo desses. E agora, me ouça bem: não me venha com esse assunto outra vez. Eu acabei de me recuperar de uma quase morte e não estou a fim de passar mais nenhum segundo numa sala daquelas, entendeu? - Cher puxou a bolsa da mão de Kiva. - Obrigada pela ajuda, mas daqui eu sigo sozinha.

***

Tevon procurou minuciosamente o formulário de que precisava. "Linhagem Martinez." Martinez era o sobrenome do neto do falecido presidente mexicano, e Tevon contava que isso seria o bastante para satisfazer suas dúvidas.

A primeira geração era a de Juarez Martinez, o avô. A segunda geração era de seu filho, Juarez Martinez Hijo. E então, o neto, Paco Juarez Martinez Hijo. O registro de seu nascimento estava na última folha do formulário daquela família; nascido em 2080. Mas... E a quarta geração?

Paco não tivera filhos?

Tevon virou a folha, mas não havia nada ali. A página era a última e estava em branco.

Guardou o formulário e pegou o próximo. O último naquela fileira.

"Linhagem Martinez, continuação."

Tevon estranhou o fato de terem continuado sua linhagem em outro formulário.

Por quê?

Ao abri-lo, só havia uma folha - rasgada pela metade. As palavras em castelhano não eram difíceis de entender, contudo a informação recortada atrapalhava a leitura.

Nombre: Alba Ri -

Nacimiento: -- / -- / 2098

Local: Nogales, Sonora.

E era tudo o que havia.

Tevon suspirou, cansado.

Sabia que não seria fácil progredir em sua busca secreta, mas não esperou que os fatos tivessem sido tão escondidos.

***

No momento em que fechou a porta da guarita, Tevon recebeu uma ligação de um dos chefes dos Mercenários.

– Senhor? Onde você está?

Tevon estranhou a ligação. Eles quase nunca ligavam, por questão de segurança.

– Saindo de um lugar... O que houve? - Tevon falou.

Um silêncio aterrorizante tomou conta do outro lado da linha.

– Natalie Parker foi sequestrada.


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Notas finais do capítulo

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