Jace

Depois de alguns minutos na água eu e Clary nos sentamos em uma das cadeiras de praia coloquei a cadeira dela na sombra, porque ela já estava ficando vermelha, mesmo de protetor solar.

–-Você poderia fazer uma runa pra isso sabe? –perguntei para ela.

–-Eu sei, mas quero pelo menos ser um pouco normal. Vou buscar uma água de coco, quer uma?

–- Bem, é confiável? – eu perguntei e ela começou a rir.

–-Sim, você não vai morrer, vou lá e já volto. – dei um pequeno beijo quando ela se abaixou para pegar o dinheiro, ela sorriu e foi até uma barraquinha.

Fechei meus olhos e comecei a curtir o vento, era maravilhoso, tudo estava perfeito, abri os olhos e olhei para a barraca onde Clary estava, ela estava sentada em um banquinho esperando a tal água de coco, notei que um cara se aproximou dela, ele era alto com algumas tatuagens, mas não era Nephilim, tinha cabelos negros. Ele se sentou ao lado dela, ele disse alguma coisa ao ouvido de Clary que recuou e corou. “Ótimo, minha esposa está levando uma cantada de um estranho em plena lua de mel”. O cara pegou a mão dela, não aguentei, me levantei e fui até eles.

–-Com licença posso ajudar o senhor? –perguntei ríspido, ele pareceu não notar.

–-Não obrigado, estou bem aqui.

–-Mas acho que minha esposa não. –segurei Clary pela mão e a puxei, o cara só ficou parado me olhando, não sei como não arrebentei ele. Mundanos idiotas.

–-Aqui seu pedido senhorita. –O garçom disse para Clary.

–-Obrigado, aqui o dinheiro, vamos Jace. – Ela disse me puxando e eu deixei, era melhor eu sair de lá.

Nos sentamos nas cadeiras e Clary me entregou um coco.

–-E agora, o que eu faço?

–-Bebe Jace, assim olha. – Ela colocou a boca no canudinho e tomou a tal água, fiz o mesmo e ela sorriu. –Gostou?

–-É bom, diferente mas é bom. –Terminamos de tomar o coco e ficamos de mãos dadas.

–-Jace, no que está pensando?

–-Naquele cara idiota. –ela deu um sorriso e me beijou.

–-Ele não é ninguém, eu amo você.

–-Eu também te amo, mas por que?

–-Porque, o que?

–-Porque você tinha que ser tão linda.

–-Bobo. Vamos embora, está tarde.

Os quinze dias passaram voando, cada dia era melhor que outro, apenas alguns ciúmes dela comigo e com a garçonete, mas nada comparado com o meu com ela, em quinze dias eu tive que manter meu autocontrole umas 19 vezes. Voltamos para o Instituto e tudo voltou a sua normalidade, mas agora eu tinha Clary e ela me tinha completamente, cada célula minha respirava e vivia por ela.