Star Wars - Anarchy (Livro 1) escrita por Coelho Samurai
No dia seguinte, a Aziz Ondur trafega normalmente pela órbita de Naboo, e em questão de algumas horas estará indo ao hiperespaço. Todas acordam aos poucos, levantando de suas camas.
— Todd, acione os sistemas do Bohr, por gentileza.
— Ok. – Responde o pequeno Ewok, esfregando os olhos sonolentos.
Mack está sentado em sua poltrona, de olhos fechados, e respirando pesadamente.
— O que aconteceu lá? – Perguntou Bonnibel.
— Agora não, Bonnie. Estou meditando.
— Me diz o que houve. – Insiste ela.
— Do que está falando?
— Da nave imperial, você... Surtou, ninguém tinha dito uma única palavra e você começou a gritar.
Ele abre os olhos, e os coloca em direção aos dela.
— Eu... Ouvi uma voz que já não ouvia há muitos anos, uma voz que indiretamente me ajudou a dominar minhas habilidades com a Força e com o sabre de luz. Mas ela desapareceu, nunca mais falou nada, e de repente, assim do nada, ela volta. Isso é muito estranho.
— E de quem era essa voz?
— Não acreditaria se eu te dissesse.
— Bom... Tente.
— Era Luke Skywalker, e ele é meu parente.
— O quê? Mas os Skywalkers não eram uma lenda?
— Eu também achei que sim, mas não são.
— O que ele disse?
— Que eu sou um dos poucos dominadores da Força na era atual, e que devo me recrutar com mais dois jedi para tentarmos reerguer a República.
— Ah, que patético, um fantasma tentando ensinar política para anarquistas, hilário. – Ela vira de costas e se põe a andar.
— Aí é que está a questão.
Ela se volta para Mack.
— Disse alguma coisa?
— Sim, eu estou pensando seriamente em fazer isso.
— O quê? Mack, somos piratas, somos inimigos do Império, e você quer ajudar a República?
— Não é pra ajudar somente a República, e sim para ajudar todos nós, recolocar a oposição nesse jogo, e quem sabe um dia, destruir a escória Sith. Seremos livres, não vamos mais precisar roubar.
— O que a Nova Republica faria por nós? Nos dar dinheiro? Casa? Comida.
— ...Talvez. Ainda não sei. - Mack se acomoda novamente em sua poltrona e fica pensativo. Bonnie se afasta.
— Você está delirando, meu caro capitão. - Diz ela, caminhando em direção ao corredor da nave.
Passam-se algumas horas, Aziz está parada na órbita, Bohr faz um delicioso almoço para a equipe, Carl e Maurice estão polindo suas armas e contando a munição que lhes resta.
— Teremos que recarregar logo, eu conheço um bom contrabandista, digo... Vendedor não totalmente legalizado que pode nos conseguir muita munição e será barato. – Disse Maurice, limpando sua blaster.
— Concordo, e além do mais, preciso de novas armas, talvez uma mira melhor, a laser e calibrada, de preferência, nem eu mesmo sei como eu consigo atirar em soldados imperiais com essas coisas. E acho que o Mack podia ter uma arma melhor, não? – Ironiza Carl.
— Duvido que consiga fazer Mack crer que pistolas e blasters são melhores que gravetos de metal carregados de cristais raros. – Responde Maurice, esboçando um sorriso sarcástico.
Enquanto a conversa dos dois continua, Mack está olhando para a janela, observando o belo planeta ao seu alcance de vista, se perguntado se o que viu na noite passada era mesmo real, ou se a Força o tinha enlouquecido de vez. Era um desafio para ele. De repente, a voz de Luke Skywalker volta em sua mente.
— Eles estão chegando Mack, esteja pronto para recebê-los quando eles o encontrarem.
Mack, pego de surpresa, tenta se manter em pé, recupera o fôlego e inicia uma nova conversa.
— Quando eles chegarão? – Pergunta ele, olhando em volta do ambiente para certificar-se de quê não há ninguém para ouvir. – Quem virá?
— Ahsoka Tano e Grande Mestre Thame.
— Thame está morto á milênios.
— Sei disso, ele se mostrará para você em sua nova reencarnação, ele está idêntico ao seu velho corpo, mas sua alma está mudada, mais madura, mais experiente, pois o mesmo experimentou coisas mundanas e espirituais.
— Quando eles virão, Skywalker?
— Em instantes, já devem estar a caminho, agora...
— MACK! – Grita Bonnibel.
— Vá embora, Luke, preciso ver o que está acontecendo. – As vozes cessam. – O que foi Bonnibel?
— Um caça imperial, tripulado com dois soldados, acoplou-se à nossa nave.
— Deixem isso comigo.
Ela caminha até a área de embarque, onde a nave imperial está. Dela, dois Stormtroopers atravessam a escotilha pelo duto de escape de pequenas naves individuais e entram na Aziz.
— Boa tarde, o dono dessa nave, apresente-se. – Fala o primeiro.
— Sou eu, o que querem?
— Seu nome, meliante, agora. – Ameaça o segundo.
— Calado, cadete, siga o protocolo. – Retruca o primeiro, Mack pressupõe que o segundo esteja em treinamento. – Poderia nos informar seu nome, senhor?
— Mack.
— O nome completo, se não for incômodo.
— Esse é o meu nome: Mack; Somente Mack.
— Certo, Sr. Mack, recebemos uma denúncia de que essa nave, unidade Aziz Ondur-347, além de estar em rota ilegal na órbita de Naboo, foi reconhecida como a nave que atacou e derrubou uma tropa há 40 horas aproximadamente, você confirma isso?
Mack sente nojo de imperiais, assim como seus colegas, ele puxa seu sabre de luz e liga apenas o sabre negro.
— Sim, eu confirmo. – Os stortroopers apontam as armas. – Péssima decisão.
— Senhor, vamos manter a calma, certo? Tenha cuidado com isso, não vejo uma dessas há muitos anos, duvido que saiba usá-la.
Ouve-se um sussurro no funda sala.
— Agora ferrou pra esses aí. – Diz Bonnibel.
— Acha que não sei usar os sabres? – Ele liga o sabre branco e chacoalha rapidamente como se desenhasse algo no capacete do stormtrooper. – Está bom pra você, fantoche do império?
— Não queremos incômodo, vamos embora, não há mais nada para fazermos aqui.
— Lamento, já sabe que derrubamos sua nave, não podemos deixar que vá embora, trariam reforços e iriam destruir minha bela Aziz Ondur, ou confiscá-la depois de matar a mim e a meus amigos. – O resto da equipe empunha as armas e apontam para os soldados. – Todd?
— Sim, capitão.
— Termine isso por mim.
— Sim senhor. – O pequeno Ewok atira nos soldados, em uma velocidade impressionante, ele pode ser pequeno, mas é ágil como nenhum outro naquela nave.
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