Star Wars - Anarchy (Livro 1) escrita por Coelho Samurai


Capítulo 10
Obrigado Mestre


Notas iniciais do capítulo

Último Capítulo do Livro 1, (Serão 3 no total)



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Naquela madrugada, Mack tinha mais pesadelos sobre seus amigos morrendo por suas mãos enquanto ele se voltava para o lado Sombrio, ele acorda suando frio e tremendo, quando a porta da tenda se abre, adentra o Sargento Yar, acompanhado de Mestre Asoka.

– Vista-se Grande Mestre, temos que ir. – Diz Mestre Asoka.

– Ir? Para onde? – Pergunta Mack, enxugando o suor da testa e tentando não fazer voz de sono.

– Temos que entrar em uma base militar Imperial que se instalou aqui há algumas semanas, devemos estuda-la, e destruí-la. Compreende? – Responde o Sargento Yar.

– Será rápido, principalmente com a sua ajuda, seremos eu, Mestre Mir, o senhor, Sargento Yar e mais 10 soldados. – Disse Mestre Asoka.

– Quero meus amigos nessa operação. – Disse Mack, já se vestindo e lavando o rosto.

– Senhor, os soldados já foram selecionados. – Resmungou Sgt. Yar.

– Então coloque meus amigos, cinco soldados à mais só ajudaria certo? – Disse Mack, secando o rosto com uma toalha – Essa é a minha condição. Trabalho melhor sabendo que eles sabem como eu luto, e sabem como me defender caso eu me machuque, o que se tornou perfeitamente possível depois dos últimos acontecimentos. – Ele começa a vestir o uniforme que lhe foi dado. - E outra coisa, eu usarei o brasão, mas quero as minhas roupas normais, usar esse uniforme novo só me atrapalharia.

– Como quiser. Sargento acorde a tripulação da Aziz, por gentileza.

– Sim Mestre Asoka. – E Sargento Yar se retira da tenda.

Mack calçava as botas e vestia o colete com o brasão da República por cima de suas velhas roupas rasgadas e recém-lavadas. Ele coloca o sabre no coldre, preso em seu peito.

– Por que escolheu essas cores? – Perguntou Mestre Asoka. Mack para de prestar atenção nos cadarços e nas vestes para responder.

– São os dois lados, yin e yang, a luz e as trevas. Una as duas cores e terá o equilíbrio, terá o balanço da Força, terá--

– Cinza. – Responde ela.

– Exato. – Termina de se vestir e se levanta. – Teremos café da manhã ou algo pra comer antes de partirmos?

– Sim senhor, será servido rápido, mas será. – Sargento Yar volta à barraca.

– Seus colegas estão à mesa junto com o resto da equipe, Grande Mestre. Estamos aguardando o senhor.

– Então vamos, estou pronto.

Mack, Mestre Asoka e Sargento Yar andam enfileirados até a mesa onde os soldados estão se alimentando para a missão, e a tripulação da Aziz Ondur parecia com mais sono do que o normal. Asoka e Yar se sentam.

– Não vai comer nada, Grande Mestre? – Pergunta Yar.

– Obrigado Sargento, mas não estou com fome. – Ele estava faminto, não comia a horas.

– Vamos pra guerra Malcom, coma alguma coisa. – Disse Tay Scar, sentada à mesa.

O que ela faz aqui? – Sussurrou ele para Mestre Asoka.

– Ela vai conosco, sei que tem seus problemas com ela, já que foi a única que conseguiu te derrubar, mas terá que acostumar com ela. – Porém, não seria fácil, os problemas que Mack tinha com Tay eram muito maiores do que ele ou qualquer um imaginava.

– Sem problema, meu apetite abriu. Pode me dar um espaço pra sentar?

– Claro, Grande Mestre.

Aproximadamente uma hora depois, estão todos em uma pequena nave de transporte de soldados recém-reformada, com a chapa de metal exterior ainda danificada por tiros e com a tinta toda descascada, mas para Mack, a nave estava perfeita, nunca foi do tipo de que se importava com coisas novas e chiques, se funcionasse já estava de bom tamanho.

– O nível de proximidade que podemos chegar da base Imperial é 100 metros abaixo da colina. – disse Sargento Yar.

– Colina? – Perguntou Mack.

– Sim Grande Mestre – Disse Mestre Asoka – A base fica no topo de um desfiladeiro, teremos que escalar a montanha para atacar. Já enfrentei isso uma vez ao lado de meu mestre nas guerras de clones, deve ter ouvido falar dele.

– Anakin.

– Anakin Skywalker, seu parente. Era um bom mestre, e um bom amigo. – Ela parece abaixar levemente a cabeça, e Mack percebe sua tristeza momentânea.

– Quanto tempo para escalar a montanha? – Perguntou Carl, que junto com os outros soldados estavam preparando suas armas.

– Cerca de 30 minutos, o suficiente para chegarmos de surpresa e...

A nave leva um disparo de canhão, que quase explode.

– O QUE FOI ISSO? – Gritava Sargento Yar.

– Fomos atingidos, senhor. Estamos tentando estabilizar a nave. – Dizia o piloto pelo rádio.

A nave despencava do céu, com dúzias de soldados Stormtrooper atirando, os rebeldes entraram em pânico, enquanto o piloto fazia de tudo para aterrissar a nave em segurança, os controles falhavam, o motor se fundia e a escotilha estava se abrindo, Mack segurava firme para não cair, ele estende a mão e calmamente fecha os olhos para tentar estabilizar a situação da nave, e por hora conseguia, ele movia as falanges dos dedos para manter aquela velha banheira voadora em uma posição onde os soldados pudessem se ajeitar para o combate que estava por vir.

– MACK, faça alguma coisa. – Gritava Todd, o pequeno Ewok conseguia se manter em pé com mais facilidade, mas mesmo assim estava propenso a cair no chão com os outros.

– Estou tentando. – Responde Mack, se concentrando para estabilizar a nave, que continuava a levar disparos de canhões .50 e tiros leves de metralhadoras imperiais. – E pronto. – Ouviu-se um estalo e a nave fora aterrissada. – ABRIR ESCOTILHA. JÁ!! – Gritava Mack, e assim se fez. Pode-se ouvir o som do piloto puxando a alavanca que abriria a escotinha.

Ao saírem da nave, os soldados foram recebidos com tiros e mais tiros, Mack fora o primeiro a sair da nave, e os soldados atrás dele. Logo em sua frente ele via três soldados stormtroopers se aproximando, que atiravam sem piedade sobre ele, assim que ele puxou o sabre, a ligou os dois lados, os soldados começam a correr para qualquer lado, pois se tratava de um Jedi, mas era tarde mais para eles, Mack joga o sabre e atinge os três soldados em um único golpe, logo depois, Mack e o resto da tripulação da nave pegam cobertura na encosta da montanha.

– Como eles sabiam que íamos chegar? – Perguntava Bonniebel.

– Isso lá importa agora? – Reclamava Carl – Temos que agir, rápido, se subirmos por cordas eles vão nos atingir.

– Não existe nenhum outro meio de subirmos lá? – Perguntava Bohr, que se esforçava para expressar preocupação.

– Têm, uma estrada de terra. – Dizia Mestre Asoka, com o sabre verde empunhado. - Como uma Serra que leva até o topo da montanha, mas levará muito mais tempo.

– Não se usarmos aquilo – Disse Sargento Yar, apontando para um grupo abandonado de jipes e pequenos carros voadores que juntavam poeira bem a frente deles. – Mas será que ainda funcionam?

– Só há um jeito de saber. –Disse Mack. – Mestre Mir, venha comigo. – Os dois saem da cobertura olhando para cima e esquivando os tiros com os sabres, os movimentos dos dois eram motivo de aplausos entre os soldados rebeldes. Eles chegam até os jipes.

– Me dê cobertura, Mestre Mir.

– Sim senhor. – Mestre Mir com seu sabre azul fazia de tudo para manter Mack seguro.

– Os jipes estão descarregados, são movidos à bateria. – Gritou Mack, enquanto ligava o sabre para esquivar um disparo que vinha em sua direção. – MESTRE!

– Me desculpe senhor. O Senhor sabe como fazê-los funcionar?

– Sim, eu sei. – Mack respira fundo, e esticando as mãos em direção aos motores dos jipes, seus dedos soltam raios azuis escuros que imediatamente ligam os veículos. – Com o poder do lado sombrio.

Mack e Mestre Mir sobem rapidamente nos jipes, já carregados, e os levam para os soldados.

– E com isso, quanto tempo levará para que vocês cheguem ao topo? – Perguntou Mack.

– Uns 10 minutos ou menos eu creio, estão com a potência máxima agora, obrigado Grande Mestre. – Disse Sargento Yar.

– Não há de quê Sargento, agora subam, temos que ir.

– Espere – Disse Mestre Asoka – Nós levamos 10 minutos, você pode chegar lá em 10 segundos.

– O que quer dizer? – Perguntou Mack.

– É verdade – Concordou Tay-Scar. – Você pode, é fácil, do mesmo jeito que fez para chegar até mim, pule o mais alto que conseguir.

– Exatamente – Disse Mestre Asoka. – Você consegue, é só se concentrar. É mais poderoso que eu e Mestre Mir juntos, você consegue.

Mack desce do jipe.

– Vejo vocês lá em 10 minutos. Agora VÃO!

Os jipes saem em dispara carregando todos os soldados em uma velocidade realmente impressionante, enquanto Mack se posiciona para dar um salto enorme, e se ajoelha no chão de terra fina e se concentra o máximo que consegue, então as pedras ao seu redor começam a se mexer levemente, que depois se levantam quando ele finalmente salta.

É como um foguete, ele liga o sabre e começa a se defender dos tiros enquanto corta o ar empoeirado por baixo e continua a dar pequenos impulsos no ar com as mãos, até que chega ao topo da montanha cortando as cabeças dos dois stormtroopers que estavam ali atirando nele, com uma das mãos estendidas ele dilacera o canhão .50 que estava à sua direita, e a com a outra, ele lança o sabre que acertava o outro canhão, uma torre de vigilância e mais 2 soldados, tudo aconteceu muito rápido, mas graças à Força, Mack consegue visualizar tudo lentamente.

Com as duas mãos agora, e o sabre desligado, ele joga todas as armas, corpos e destroços ladeira abaixo, e entra na fortificação.

Ao entrar, está tudo escuro. Ele fecha os olhos, respira fundo e estica as mãos, apertando as falanges dos dedos, e mais alguns soldados “caem” para fora de seus “esconderijos”, que eram as pilastras do local, ele avista logo a frente um stormtrooper de roupa vermelha, um capitão, Mack vai até ele, o stormtrooper tenta pegar uma pistola, mas sua mão é arrancada, e seu capacete retirado.

– Quem mandou vocês aqui? – Perguntou Mack.

– Não converso com a... – Ele gemia de dor - escória Jedi.

– Não sou um Jedi comum, não tenho piedade de ratos como vocês. Me diga quem mandou vocês?

– Dart... Darth... Magnuz. – Respondeu ele, ainda gemendo de dor. – Ele nos mandou para destruir a base da República. Quando descobrir que falhei ele irá me matar, por favor, acabe logo com isso e me poupe do julgamento de Darth Magnuz.

– Um homem de verdade nunca implora a morte para não ter que arcar com a consequência de seus superiores - Ele esmaga o rádio do capitão - Isso é para que você não resolva chamar reforços. Quem mais está nessa base?

– Mais alguns de meus soldados e um dos aprendizes de Darth Magnuz.

– Ele tem aprendizes?

– Dois. Dois irmãos, um mais perverso que o outro. Sarac e Moutriz.

– Quem está lá?

– Moutriz, mas vou lhe avisar seu Jedi sujo, ele é muito melhor do que qualquer um de vocês Jedi.

– Tenho certeza que é. – Ele estende a mão sobre o rosto do soldado – Esqueça meu rosto, esqueça quem eu sou, e durma. – O soldado despencou num sono muito profundo.

Ele continua andando, abrindo portas apenas balançando as mãos quando se depara com um Walker em sua frente, e recebe uma chamada no rádio: “Mack”. Era a voz de Carl.

– Diga. – Respondeu Mack pelo rádio, sem tirar os olhos do walker que andava em sua direção com as armas apontadas para seu corpo.

“”- Chegamos ao topo e arrumamos problemas, mas está tudo sobre controle. Como está?””

– Bem, acabei de dar de cara com um Walker, mas já resolvo isso, nos vemos daqui a pouco. Câmbio e desligo. – E guardou o rádio no bolso.

Com apenas uma mão, ele ergue o walker do chão, e o vira de ponta cabeça, o piloto do robô cai no chão e perde a consciência. Então, com um movimento rápido dos dedos, e cerrando o punho com muita facilidade ele esmaga a carcaça de metal do robô e a arremessa contra a leva de stormtroopers que vinham atrás do robô. Após andar mais um pouco no vasto corredor e analisando os corpos dos soldados para saber se havia algum vivo para lhe dar informações sobre Moutriz, ele cai no chão, apoiado em um único joelho e sofrendo uma dor de cabeça terrível. “Sinto uma perturbação... Na Força” Pensou ele, enquanto se recompunha. Ele continuava a andar pela velha base e parando de tempos em tempos para se recompor.

Do outro lado da base, os soldados enfrentavam um exército enorme de stormtroopers, muito bem armados e bem numerosos.

– Ramirez, Cooper, pela esquerda. Morty e Bold, pela direita. O resto permaneça onde está. Eu, a tripulação da Aziz Ondur, Mestre Asoka e Mestre Mir vamos avançar pelo meio, rápidos e pesados.

– Está me chamando de gorda? – Caçoava Mestre Asoka.

– Não, mais de mil anos no gelo te fizeram bem. –Respondeu Sargento Yar, com ironia. – Carl, Todd, granadas, às 15 horas, já.

O humano de grande porte e o pequeno Ewok lançavam precisamente duas granadas de contato na posição exata, atingindo cinco soldados Stormtroopers.

– Muito bem, piratas. – Disse Sargento Yar. – Vamos seguir. Mestre Asoka e Mestre Mir defendam as laterais.

Os soldados deixam os postos e avançam em suas respectivas posições, Mestre Asoka e Mestre Mir usam os sabres para defender o resto da equipe, Sargento Yar segue na frente e é seguido logo por Carl e Bonniebel, os tiros dos soldados stormtroopes estão quase desenfreados enquanto que os dos rebeldes são precisos e bem equilibrados, Bonniebel com as pistolas acerta um soldado, e com a proteção de Mestre Mir ela está segura. Carl com sua metralhadora gasta não mais que três ou quatro tiros por soldado inimigo, ele fora atingido na perna mas nem sentia mais as dores de queimaduras devido à todas as vezes que fora baleado em combates. Bohr calculava cada passo, cada respiração, cada partícula de matéria no ambiente, não errava um único tiro, Maurice ia pelas laterais atropelando os soldados e os derrubando com as próprias, sua pele era mais densa e pesada que o normal, ele era quase vulnerável a tiros indiretos, e Todd caminhava tranquilamente nas laterais junto com o amigo eliminando os soldados um por um, com um facão que era perfeito para o seu tamanho. Sargento Yar seguia no meio, com sua cabeça careca aerodinâmica, ele sabia tudo que se movia ao seu redor, também pudera, com todos esses anos de experiência, o Sargento podia até ser velho, mas quando estava com um rifle em mãos e com a adrenalina no alto, era como se tivesse 20 anos outra vez. O pequeno esquadrão atropelava os Stormtroopers como se fossem alvos feitos de papelão na Arena, em poucos minutos, todos estavam mortos e a área estava segura.

– Vamos entrar, mas antes vou contatar Mack. – Disse Carl. – Mack, está aí?.

De volta ao interior da base, Mack capengava e se arrastava pelas paredes como se estivesse tendo a pior ressaca de sua vida, mas não sabia o porquê estava tendo essa dor. “Luke ajude-me” Pensava ele.

– Oi Carl, estou aqui... dentro da base... Arrgh.

“”- O que está acontecendo aí?””

– Nada de mais, só não me sinto muito bem, mas vai passar. Conseguiram escapar os tais “problemas”?

“”- Sim, não foi tão difícil, espero que você fique bem, estamos entrando na nave para encontra-lo.””

– Não venham... Tem muita energia sombria aqui... Muita mesmo. Nunca encarei nada parecido antes.

“”- Não interessa se é energia sombria ou não, não vamos ficar aqui parados. Estamos entrando, Câmbio e desligo.””

– Não Carl... Nã... Droga. – Ele coloca o rádio no bolso novamente e volta a massagear a região do crânio.

– O poder desse Acólito é mesmo surpreendente.

– Mas o que...? – Era Luke. – Ah, finalmente, o que diabos eu estou enfrentando aqui?

– Um Acólito, um “funcionário” do Lado Sombrio, aprendiz de Lorde Magnuz, e pelo visto, com forte influência mental.

– Como eu paro com a dor?

– Tem que se mostrar mais forte que ela, concentre-se. Uma dor é só uma dor, a menos que deixe-a maior em sua mente. Pense em algo bom.

Mack ouvia cuidadosamente as palavras de seu parente, e só conseguia pensar em Tay-Scar, e misteriosamente a dor ia sumindo, até que desapareceu de vez.

– Sumiu.

– Eu sei, viu só? Quando sua mente está aflita e raciocinando o que vai ter que enfrentar, você está vulnerável a pensamentos negativos e dolorosos, mas quando se concentra em coisas boas, nenhum mal lhe atingirá o espírito.

– Eu estava pensando em...

– Eu sei exatamente em quem, eu sou fruto da sua mente, lembra?

– Entendi, mas se minha mente está tão conturbada, como conseguiu se projetar?

– Meu caro rapaz, eu sou mais poderoso do que pensa. E a propósito, ela é uma boa moça, é bom saber que ela também pensa dessa maneira. Mas tome cuidado com esse tipo de coisa, entendeu?

– Sim senhor.

– Certo. Boa sorte contra Moutriz, Grande Mestre Skywalker.

– Obrigado, Grande Mestre Skywalker. – E Luke desaparece de vista, Mack endireita a coluna e continua seu caminho pela base, pensando em Tay e tentando focar em coisas boas.

Mais alguns momentos de caminhada e ele encontra um porta grande, que é aberta, mas não por ele. Ao fundo de um grande salão, está uma poltrona e nela está sentado um rapaz, aproximadamente a mesma idade de Mack. Cabelos longos e brancos, muito magro e usando vestes negras e uma perna mecânica.

– Entre Skywalker. Que bom que veio. Vejo que recebeu minhas interferências.

– Era você então?

– Sim. A sua mente é tão fraca, posso não ser o maior espadachim do mundo, mas com essa noz podre que você chama de cérebro, o derrotarei em questão segundos.

– É o que veremos. – Ele puxa o sabre e liga os dois lados.

– Ó, que interessante, um sabre duplo, e que belas cores. Branco e Negro, diamante e obsidiana. Estou correto?

– Está.

– Bom, crê realmente que esse pedaço de lixo vai lhe salvar de mim?

– Não só isso.

– Neste caso... – Ele estende a mão para Mack. – Largue o sabre.

Mack não consegue conter o controle mental de Moutriz, e deixa o sabre cair, que acaba sendo desligado.

– Vejamos o que posso encontrar dentro dessa sua cabeça burra. – Ele repousa a mão com unhas compridas sobre os cabelos escuros de Mack. – Oh, vejam só, que infância terrível e conturbada você teve. - Ele começa a se afastar e falar. – Sua mãe foi embora, seu pai faleceu logo assim que nasceu, começou a roubar aos quatro anos, deve ter sido um trauma horrível, e você tem tudo isso preso aí dentro... DEIXE SAIR.

Mack começa a se estrebuchar e tremer no chão.

– AAAAAAAAAH – Grita ele. – PARE!!!!!!

– Por quê eu devo? Memórias são um bem tão precioso, devemos preservá-las, vou lhe ajudar... Esse aqui é o seu pai? Sendo... Morto numa briga de bar? – Moutriz dá um chute no rosto de Mack.

– AAAAH! PAI! Larga ele, não, por favor, deixe meu pai em paz, pare, PAAARE... AAAAAAAAAH.

– Isso é divertido eu admito, poderia fazer isso o dia todo. E essa imagem, é sua mãe abrindo a porta de casa para ir embora da sua vida? Vamos dar uma olhadinha nisso.

– MÃÃÃE, volte... Por favor volte... Faça isso parar, eu não quero mais isso. – Mack se encolhe e quase começa a lacrimejar. – Faça parar.

– Oh, se esse é o seu desejo. – Moutriz empunha o sabre vermelho, e se aproxima de Mack, encolhido e perturbado por lembranças que nem mesmo ele sabia que tinha. – quais são as últimas palavras que quer ouvir? – Moutriz colocava o sabre perto da cabeça de Mack.

Quando o rádio toca.

“”- Mack!””” – Era a voz de Tay.

– Quem é essa? – Perguntava Moutriz para Mack, que acabara de abrir os olhos. “Tay” Pensou consigo mesmo. É claro, tenho que pensar na Tay.

“”- Mack me responda, você pode me ouvir. Estamos preocupados com você... Eu estou preocupada. ””” – Mack agora estava se levantando e enxugando o sangue do rosto. Moutriz já tentava atacar Mack com o sabre, mas Mack foi mais rápido e lançou Moutriz para longe usando a Força. Ele se levanta lentamente e com muitas dores.

– Ah... Skywalker... Sua mãe e seu pai eles... Eles... – Mas Mack continuava em pé, andando em direção à Moutriz, e com o sabre empunhado.

– Continue tentando Moutriz, mas minha mente não será mais o seu fantoche.

Moutriz finalmente se levanta, o sabre dele havia se quebrado na queda.

– Tudo bem, não preciso da sua mente, só de um pouquinho, de lado sombrio. – E arremessa uma rajada de relâmpagos negros sobre Mack, que os segura com a mão livre. O que faz Moutriz entrar em choque.

– Quer dizer isso aqui? – Disse Mack com ironia, apontando para a mão com a qual ele “armazenava” os relâmpagos. – Eu também seu brincar disso. – Moutriz estava horrorizado com aquilo. – Isso é seu, certo? Vou te devolver. – E Mack devolve os raios, só que muito mais fortes, e arremessam Moutriz para perto da grande janela atrás deles. Ele estava caído e quase inconsciente.

Mack se aproxima dele.

– Como conseguiu aguentar? COF... Eu... Desequilibrei sua mente, trouxe de volta seus traumas mais profundos, e o pior, você conseguiu dominar um relâmpago, como fez isso??

– Simples Moutriz: assim como eu tenho memórias ruins, tenho muitas memórias boas, como o dai em que conheci Bonniebel, minha melhor amiga, e Todd e Carl, que são como irmão para mim. Ou o dia em que justamente herdei a nova de meu pai, e o dia em que descobri que era um Jedi, ou quando percebi o que a Tay-Scar significa pra mim. Mas você Moutriz, você nunca teve uma única boa lembrança, eu não sinto nenhuma bondade em você, nenhum arrependimento, somente dor e sofrimento. Que seu irmão e seu mestre lhe causaram, por isso eu aguentei, por que valeria a pena, viver pra ouvir suas vozes mais uma vez. E quanto aos raios, eu simplesmente tive bons mestres. Matéria ou espiritualmente. – Moutriz desmaia.

Os soldados entram no salão e Mack vai até eles.

– Sargento, prenda ele, é o Acólito do Lado sombrio, aprendiz de Magnuz, eu o neutralizei, coloque as algemas especiais e leve-o para a Academia. – Disse Mack, olhando para trás e vendo alguns soldados colocando as algemas e levantando o corpo desacordado de Moutriz.

Tay-Scar surge correndo e abraça Mack, ao fim do abraço um silêncio constrangedor ocorre no local.

– Seu rosto esta sangrando. – Disse ela, enxugando o sangue com a manga da blusa.

– Eu sei. – Disse ele - Levei um chute no rosto.

– Só eu posso te machucar. – Ela riu.

– E eu! - Disse Bonniebel - Tenho direitos de 12 anos de amizade sobre você.

A tripulação da Aziz Ondur se reuniu ali e todos riam muito e voltavam para a entrada da base, de volta a Academia.

– Quem era esse? – Perguntou Carl.

– Moutriz – Respondeu Mack. – Um dos aprendizes de Darth Magnuz.

– Ele tem outros? – Perguntou Todd.

– Mais um, e devo derrotá-lo também antes de enfrentar Magnuz, pelo menos, é o que eu acho.

“E com certeza, você irá derrota-lo.” – Ele ouvia a voz de Luke em sua cabeça. Então, para não parecer um garoto falando sozinho depois de receber uma lavagem cerebral e um chute no rosto. Ele sussurra em sua mente um “Obrigado, Mestre”.


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Notas finais do capítulo

Não fiquem tristes (se alguém estiver lendo isso) A saga continua, como uma trilogia. Abraços.
#CoelhoSamurai



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