Mais complicado que o normal escrita por Eadlyn Scherave


Capítulo 2
Umas rápidas conversas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tem uma parte que mostra o lado do Eduardo. Espero que gostem de saber o que se passa na cabeça dele. Obrigada aos que leram e gostaram do capitulo anterior.


A e ele chama Eduardo por que Eduardos são divos, todos os Edus que conheci eram divos, então esse tem que ser também,



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Lara

Acordei 06:00, todo mundo acorda mais ou menos essa hora aqui em casa em dia de semana, coloquei uma calça jeans e a camisa do uniforme do colégio com uma blusa de moletom roxo por cima, aqui é um pouco frio de manhã nessa época do ano. Fui andando com o meu irmão até a escola, normalmente é assim, eu vou com ele, minha irmã estuda a tarde, foi um pedido dela que não suporta acordar cedo, eu não gosto, mas é melhor assim, pois desse jeito tenho a tarde toda livre.

Quando chegamos nos separamos, meu irmão foi com o grupinho dele e eu fui pra minha sala, estava atrasada e daqui a pouco a aula iria começar. Me sentei no fundão como sempre com a turminha dos bagunceiros, acho que tenho muita sorte nas provas pois nunca presto atenção na aula e não faço as lições de casa em casa, e sim na sala mesmo.

–Lara, você viu o garoto novo? –comentou a Vivi

–Vi... ele vai estudar aqui?

–Parece que SIIIM!! –ela disse olhando pra frente e com um sorriso enorme. Me virei pra ver o que era, e vi o garoto novo –E ainda ta na nossa sala! –achei engraçada a reação dela e a das outras pessoas ali do fundo, as garotas se endireitaram nas cadeiras e arrumaram o cabelo, os meninos se afundaram nas cadeiras ao ver a reação das garotas, e bufaram um pouco. Eu fique observando a reação das pessoas quando ele se sentou numa das cadeiras do fundo do meu lado e Gustavo disse pra ele:

–Cara, quando eu crescer quero ser igual a você!

–Hãn? –perguntou o garoto se fazendo de confuso olhando para o Gustavo

–Elas te amaram cara! -respondeu

–Como assim? –disse o bonitão sorrindo

–Você é muito bonito, por isso elas te amaram Eduardo –respondi me intrometendo na conversa e me inclinando um pouco na direção dele

–Como sabe meu nome? –perguntou realmente confuso

–Cidade pequena. –respondi voltando pro meu lugar e olhando pra frente

–Hm.... e qual é o SEU nome?

–Eu sou a Lara, esse jegue aí é o Gustavo –disse apontando com a cabeça o garoto que estava na frente dele –O outro é o Ryan –disse me inclinando e apontando o garoto que estava do outro lado do Eduardo –Esse desnaturado é o Gabriel –continuei, apontando o garoto que estava do meu outro lado –E essa aqui é a Vivi –terminei, cutucando a minha amiga. Sempre fui assim, sem medo de falar com garotos. Principalmente os bonitos, mas tenho que admitir que esse estava me dando um trabalho a mais, toda vez que olhava para seu rosto me perdia naqueles olhos azuis, eram de um azul diferente, um pouco escuro e com riscos pretos, podia passar o dia olhando pra eles. E quando ele chegou perto tive que segurar o meu coração que parecia que ia dar um show de sapateado.

–Hm... E você me acha bonito? –ele perguntou se virando pra frete como quem não quer nada

–Até parece que você não sabe que é bonito –eu respondi levantando as sobrancelhas. Ele riu e eu também, todo mundo ali no fundo começou a conversar e algumas garotas vieram até onde ele estava sentado e colocaram suas cadeiras ali. Eu senti alguma coisa estranha quando isso aconteceu, me afastei dele mais pra dar mais espaço para as meninas, agora estávamos a duas garotas de distância. A professora entrou e todos viraram pra frente, e firam em silêncio por alguns instantes, depois a conversa retomou. Foi assim até o fim das duas aulas seguidas da mesma matéria.

Eu fiquei fingindo que estava prestando atenção na aula, mas na verdade eu tava presa em pensamentos, eu sentia alguma coisa estranha quando estava perto dele e decidi que iria me manter longe, coisa que pelo jeito seria difícil já que aparentemente estávamos no mesmo grupo de amigos.

A aula acabou e a Vivi veio atrás de mim quando estava passando pela porta.

–Eai? O que achou do Eduardo? –perguntei antes dela poder falar

–Ele é muito gato e é bem simpático. –disse andando, paramos em frente a cantina e eu comprei um doritos. –Você sabe que eu não gosto disso! –ela disse se referindo ao salgado

–Por isso eu compro. Não entendo como uma pessoa pode não gostar disso. –chegamos até onde os meninos estavam, sem antes passar pela Cami e a Ni, elas deram um “oi” e comentaram sobre o Eduardo, eu não prestei muita atenção, estava ocupada observando a Raquel dar em cima dele enquanto conversava com os garotos. Quando chegamos até eles ele me olhou e me prendeu de novo naqueles olhos, eu sabia que tinha que parar de olhar, mas quem disse que meu corpo obedecia? Finalmente consegui me sentar á sua frente, era uma mesa redonda no canto do pátio. Fiquei comendo meu salgado quieta viajando na maionese até o Gustavo me perguntar se estava tudo bem.

–Hãn? Tô, to bem sim. Por que?

–Nada, parece que você ta aí pensando na morte da bezerra. –respondeu

–Nada a ver... Tô com dor de cabeça só –menti

Raquel ainda estava do lado do Edu, tentando dar em cima dele, ele parecia que também estava viajando. Até ele dizer alguma coisa que fez ela sair irritada.Ouvi os garotos combinarem de ir no campinho jogar futebol, eu até que me animei e entrei no meio da conversa.

–Quando, e, que horas vocês vão jogar bola?

–Hoje á tarde..... umas 17:00 –respondeu Ryan, ele era um pouco baixinho e bem forte, chegava a ser engraçado. Tinha olhos cor de mel e era bem bronzeado, com o cabelo castanho clarinho, parecia que ele todo tinha uma cor só, tudo num tom bronzeado. Ele me lembrava um pouco o coringa, por ter o sorriso bem largo.

–Eu vou –eu disse com um sorrisinho

–Você joga futebol? –perguntou Eduardo

–É claro que não! –eu respondi

–Ela só vai pra ver a gente jogar –respondeu o Gustavo, esse era alto e não muito musculoso com a pele bem clarinha. Tinha o cabelo claro e os olhos de um castanho bem escuro, quase preto.

–Tenho que apreciar a arte –me defendi

–Você só vai pra ver a gente sem camisa –completou Gabriel, ele tinha a pele cor de chocolate e era forte, usava óculos. Cabelo e olhos escuros como petróleo. Ele era dois anos mais velhos, repetiu duas vezes, não o mesmo ano.

–Talvez, e de que isso importa? O importante é que eu vou! –disse sorrindo e olhando para o Gabriel

Eu podia sentir o olhar do Eduardo em mim, sabia que estava me olhando, provavelmente achando que eu era uma vadia idiota. Isso me fez ficar mal, não sei porque. Encostei minha cabeça na mesa e em seguida levantei a cabeça novamente e disse:

–Tchau gente, to indo pra sala

–Ué. O que foi? –perguntou Gabriel dessa vez

–Nada, eu acho que não fiz a lição de casa –disse me levantando

–Ok... –disse o Gabriel

Eu sai andando e entrei na sala, me sentei um pouco mais na frente e apoiei minha cabeça na carteira em cima dos braços e fechei os olhos. Era uma sensação esquisita o que eu estava sentindo. Fiquei assim ouvindo tudo o que se passava a minha volta até o professor chegar e eu fingir novamente que estava prestando atenção, não tinha a mínima idéia do que ele estava falando.

Eduardo

Eu sou cara verdadeiro que fala tudo na cara sem nenhum medo das conseqüências, meio maloqueiro e talvez um pouco revoltado. Eu comecei a ser assim depois que peguei meu pai traindo a minha mãe, ela finge que não vê, não sei nem porquê ela faz isso, não é por dinheiro já a maioria das empresas e imóveis esta no nome dela. Amo muito a minha mãe ela é tudo pra mim, talvez eu a decepcione um pouco por causa das drogas e bebidas, e das coisas que eu faço como passar as noites fora. Acho que é por isso que nos mudamos pra cá, ela acha que aqui vai fazer bem pra mim. Meu pai é um escroto e me odeia, vive mimando a minha irmã.

Depois que vi aquela garota no carro não consegui tirar ela da cabeça, a noite eu pensei melhor e decidi iria tentar esquecer ela, ninguém merece ficar me atormentando desse geito. Dormi como uma pedra e bem cedo. Acordei 06:30 com a minha irmã pulando em cima de mim, que inferno aquela garota, ela era uma patricinha de 15 anos, ela assim como eu também repetiu um ano, bem feito para ela. Agora estava um ano abaixo do meu. Meu pai insistiu para que eu a levasse pra escola. Não sei como eles já haviam feito a matricula, parecia que estavam planejando se mudar pra cá a um bom tempo.

Quando eu entrei na sala eu vi aquela mesma garota do carro de ontem á tarde. Fiquei perplexo e não conseguia tirar os olhos dela, ela estava rindo virada de costas quando entrei na sala. Assim que me uma amiga dela me viu ela virou pra frente e me olhou por uns instantes, depois desviou sua atenção e parecia observar tudo á sua volta, sem dar a mínima pra mim. Eu não gostei disso, estou acostumado a ser o centro das atenções e ela mal notava a minha presença . Me sentei do seu lado e logo um cara veio falar comigo:

–Cara, quando eu crescer quero ser igual a você! –falou o garoto

–Hãn? –perguntei fingindo que não entendia

–Elas te amaram cara! -respondeu

–Como assim? – falei meio que provocando

–Você é muito bonito, por isso elas te amaram Eduardo –respondeu aquela mesma garota, que parecia que só agora havia notado que eu estava ali

–Como sabe meu nome? –perguntei sabendo que não devia ter dito aquilo.

–Cidade pequena. –respondeu voltando a me ignorar, qual o problema daquela garota?

–Hm.... e qual é o SEU nome? –eu tava doido pra saber isso

–Eu sou a Lara, esse jegue aí é o Gustavo –disse apontando com a cabeça o garoto que estava na minha frente e que havia feito o comentário inicial –O outro é o Ryan –disse apontando com o dedo o cara que estava do meu lado oposto–Esse desnaturado é o Gabriel –continuou, apontando o garoto que tava do outro lado dela –E essa aqui é a Vivi –terminou, cutucando a amiga de antes.

–Hm... E você me acha bonito? –perguntei tentando ignorar ela, toda vez que nosso olhares se cruzavam eu não conseguia desviar a atenção daqueles olhos escuros, eram de um castanho bem escuro, muito bonito. Ela era linda, tinha um rosto angelical e uma pele branquinha com umas pintinhas charmosas nas bochechas e no nariz, e um cabelo castanho escuro que ia clareando ao chegar nas pontas. Ela parecia bem natural ali com um moletom e de sapatilhas azuis, nunca vi uma garota que se vestisse assim, sem se importar com a moda ou com o que os outros iriam pensar. Pra mim estava linda.

–Até parece que você não sabe que é bonito –ela disse, o que me surpreendeu. Achei ela bem legal, não parecia que tava dando mole quando falava assim, ela parecia fria dizendo isso.

Umas garotas apareceram e se sentaram do meu lado, que saco! Eu queria conversar com a Lara. Mas ela se afastou mais quando uma outra garota apareceu pedindo pra se sentar perto de mim. Eu fiquei meio mal com isso... Estranho, nunca fiquei mal com umas gatas pedindo pra ficar junto de mim.

–Oi, Eduardo –disse uma ruivinha sorrindo –Eu sou a Larissa viu? Prazer.

–Oi –eu disse meio emburrado

Elas começaram a se apresentar e depois eu já nem lembrava seus nomes. Passaram o resto da aula falando comigo eu só dava respostas curtas. No intervalo a Lara saiu quase correndo da sala, e aquela amiga foi falar com ela. Depois que sai da sala as três minas me deixaram e eu fui falar com o pessoal. Estávamos conversando quando eu vi ELA vindo na nossa direção, tinha uma garota, chamada Raquel eu acho, do meu lado. Ela ficava falando “Duduzinho” e me perguntando o que foi. Ninguém merece essa mina! Vontade de tacar ela num poço e trancar lá dentro.

Quando a Lara chegou na mesa e nossos olhares se cruzaram ela parou por um instante e depois se sentou.

Os caras estavam conversando até que uma hora a Raquel começou a encher mesmo o saco, ela disse:

–Ta tão frio. Queria alguém pra me esquentar hoje...

–Então vai pro Inferno ficar agarradinha com o capeta que lá é quentinho! –eu soltei sem pensar, ela saiu toda irritadinha. Finalmente!

A Lara tava no meio da conversa então eu prestei atenção pra ver o que era, eles estavam falando de futebol, ela disse que iria e eu perguntei se jogava os garotos responderam por ela, eu achei até que legal ela ir ver o pessoal jogando, achei interessante. Ela não tinha medo do que os outros achassem dela. Todas as garotas gostam de ver caras suando sem camisa, ela tinha coragem de admitir que gostava disso sem parecer uma puta.

Ela abaixou a cabeça e depois disse que iria pra sala, eu fiquei meio triste por ela não continuar com a gente. Em seguida afastei esse pensamento.

Só podia ser um casinho de paixonite adolescente. Nunca tive um, mas deve ser isso.

Porque o amor não existe.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram? Se sim deem um sinal de vida! Se não gostaram também deem! É sempre bom ter criticas! Se tem alguma critica pode dizer, e se tem alguma idéia também diga.

Bjs cupcakes!



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