Dois é demais escrita por Mortífera


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Era pra eu postar amanhã, mas não resisti. Eu acabei deixando a Nina com um ar de menina mimada e retardada e não era isso que eu queria, mas eu vou dar mais continuidade pra ela na história e eu ainda não me decidi se vou fazer ela boa ou má por que no começo era pra ela ser uma amiga que o Caduzinho podia contar sempre, mas aí surgiram um milhão de ideias na minha cabeça e acabou rolando essas coisas. É isso, espero que vocês gostem e boa leitura! desculpem se tiver muitos erros e vou tentar deixar o capítulo(tentar) em um tamanho aceitável.



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– Desculpe Cadu, a gente não queria ter feito aquilo.

– Você sabe que ficar pedindo desculpa um milhão de vezes não vai mudar o fato de ele ter pagado um micão né?

– Cale a boca Sócrates! pelo menos eu to tentando concertar as coisas. Ficar jogando na cara dele o que aconteceu também não ajuda em nada!

– Tudo bem Michelangelo, ele tem razão. Vamos apenas esquecer que isso aconteceu.

Era hora do intervalo. Estava com os gêmeos e Nina ainda não queria falar comigo, mas para falar a verdade não me importo mais tanto assim. Ainda me sentia mal por provavelmente ter perdido uma amiga, mas ela parou de falar comigo por que quis não é? ela poderia muito bem ter falado o motivo da birra.

Estava distraído bebericando minha coca quando senti que alguém tinha sentado do meu lado. Será que era Nina?

– Desculpe pequeno, foi tudo culpa minha! - Não, com certeza não era a Nina. Ela não tinha braços tão fortes e nem a pele tão branca. Eu reconhecia aquela voz, mesmo tendo ouvido ela apenas uma vez.

– Te desculpar por que Enzo? - Perguntei confuso para o loiro.

– Foi minha culpa você ter levado aquela bolada. Toda vez que eu tenho um contato amigável com alguém que não seja popular, um abraço ou até mesmo um aperto de mão acontece esse tipo de...

– Então por que você ta me abraçando de novo? - Ele tirou seus braços de mim um pouco corado. Foi apenas uma observação, eu não queria que ele se afastasse. O abraço dele era bom.

– A gente se conheceu há poucas horas e você pode achar estranho, mas eu tenho ingressos pra um filme de comédia que ta passando. Ta afim de ir? é amanhã ás cinco e meia.

– Por mim tudo bem. Eu quase nunca saio de casa e preciso descontrair um pouco.

– Então a gente se encontra na frente do cinema ás cinco horas?

– Pode ser - Concordei sorrindo e logo ele fez o mesmo. Seu sorriso era tão lindo e caloroso.

– Isso pode ser precipitado, mas você é a pessoa mais legal que eu já conheci. Eu quero muito ser seu ami...

– Ainda bem que te achei Cadu! fiquei sabendo que você se machucou na aula de educação física. O que acontece...OQUE ELE TA FAZENDO AQUI?

– Oi Oliveira - Enzo disse com desprezo para o moreno.

– Vocês se conhecem?

– Ele veio falar com isso hoje de manhã. Por que isso te interessa?

– Eu não estava falando com você, garoto prodígio.

– Você fez uma pergunta e eu fiz o favor de responder, até por que isso não é da sua conta - Os dois se olhavam com ódio e parecia que iriam sair faíscas como nos animes quando os inimigos se encaravam. Os alunos presentes na cantina estavam encarando a cena e enquanto a mim, não conseguia fazer merda nenhuma a não ser ficar olhando com cara de idiota.

– Até amanhã Cadu - Enzo se despediu e saiu da cantina. Só quando ele dobrou o corredor que a cantina parou de olhar para nós, mas eu conseguia ouvir os cochichos de algumas mesas próximas e eles falavam do acontecimento de segundos atrás e da amizade nova do loiro. Eu não posso ter virado polêmica só por ter falado duas vezes com ele posso?

– Nos falamos depois Cadu - William disse. Ele parecia um pouco irritado não só com Enzo, mas comigo também.

Logo só estávamos nós três novamente. Os gêmeos me encaravam com os olhos arregalados e eu até entendia o por que.

– O que foi gente? parem de me olhar assim!

– Isso é tão estranho. Você mal chegou aqui e já ta sendo disputado pelo garoto popular e pelo garoto rebelde. Sabe o que isso quer dizer? - Sócrates disse e eu fiquei corado.

– Eu não to sendo disputado! mas o que isso quer dizer?

– Quer dizer que você é a nerd excluída daquelas histórias idiotas que as menininhas postam na internet - Ele completou e os dois caíram na gargalhada. Eu só fiquei mais vermelho por que sabia que em uma parte ele estava certo.

–-

Já eram umas quatro da tarde e eu estava com Isabel no trabalho dela. Ela quase enlouqueceu quando viu a vermelhidão no meu rosto, imagina se ela visse o roxo do meu joelho. Por sorte ele já esta saindo e é muito difícil eu usar bermuda.

Voltando ao trabalho dela, eu nunca pensei que ela trabalhasse com algo tão legal. Isso pode parecer meio gay, mas flores são uma das coisas que eu mais gosto no mundo. Elas são tão delicadas e bonitas, ainda mais o lírio que é minha flor favorita.

Isabel é dona de uma floricultura e Raul trabalha com ela. Tenho certeza de que William puxou a personalidade da mãe, por que seu pai era tão amigável e gentil.

– Tem certeza que não quer colocar um pouco de gelo no rosto, Cadu?

– Não, ta tudo bem Isabel. Isso aqui não vai demorar pra sair.

– Você quem sabe então. Se precisar de alguma coisa avise.

Assenti e fiquei apenas observando Raul atender os clientes que entravam na loja. Esse era o motivo do jardim na parte de trás na casa, Isabel cultivava as flores lá.

Meus músculos todos congelaram quando vi a próxima pessoa que entrou e eu estava assim por que tenho medo de ele ainda estar braço, pelo menos eu acho que é isso.

– Como sabia que eu to aqui? - Perguntei nervoso.

– Eu venho aqui todos os dias, nem tudo gira em torno de você sabia Carlos Eduardo?

– William Oliveira! não seja grosso com ele - Repreendeu Raul. Eu estava me sentindo um idiota, mas também estava com raiva por ele ter me chamado pelo nome completo.

– Calma pai, foi só uma brincadeira. Na verdade eu vim aqui pra falar com você mesmo Cadu. Vim te fazer um convite.

– Convite pra que?

– Pra ir no parque de diversão que fica perto de casa. Não é lá essas coisas, mas é bem legal. Quer ir amanhã comigo?

– Amanhã não vai dar. Pode ser Domingo?

– Por que não vai dar? - Eu não queria mentir pra ele.

– Eu vou sair com o Enzo amanhã - Disse quase em um sussurro, mas pela cara que ele fez tinha ouvido.

– Vocês já estão tão íntimos assim? - William estava...com ciúmes? NÃO! CLARO QUE NÃO, de onde eu tiro essas coisas...

– Ele só me convidou por que se sentiu culpado pela bolada que eu levei, não é nada demais. Então, vamos no Domingo ou não?

– Pode ser então. Eu passo na tua casa três horas e nós vamos ta bom?

– Ta bom - Concordei e uns cinco minutos depois ele foi embora.

Na segunda ele tentava me evitar e agora quatro dias depois ele me convida pra sair, como amigos é claro. Será que esse garoto é bipolar ou tem algum problema?

Não pude deixar de perceber como ele e Enzo eram diferentes, tanto na aparência física quanto na personalidade. Eles eram totalmente opostos, conseguiam superar os gêmeos.

Isso é muito estranho e mais estranho ainda é o fato de eu ficar reparando tanto neles. Eu sempre fui observador, isso deve ser normal.


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Notas finais do capítulo

Eu não tenho nada contra fics clichês pessoal, elas são meu tipo favorito de fic. Essa é a opinião do Sócrates e eu achei que ficaria estranho que alguém com a personalidade dele gostasse desse tipo de histórias. Só to explicando isso por que vai que alguém pensa coisas erradas e uma treta acontece sei lá né ;-;
PRECISO DA OPINIÃO DE VOCÊS:
VOCÊS QUEREM QUE EU FAÇA OS ''ENCONTROS'' EM UM CAPÍTULO, OU PRIMEIRO O DO ENZO E DEPOIS O DO WILLIAM EM CAPÍTULOS DIFERENTES? POR FAVOR COMENTEM O QUE VOCÊS QUEREM POR QUE EU NÃO SEI O QUE FAZER.
Enfim pessoal, em breve eu vou estar introduzindo a visão do Enzo na história, mas não agora. Eu to esperando o momento certo. Espero que vocês tenham gostado, até quinta que vem