Somos um caso perdido. escrita por gabbecarruthers


Capítulo 3
Zack


Notas iniciais do capítulo

ooooe, quanto tempo, heim? mas aqui está mais um capitulo novinho :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/565713/chapter/3

Depois de uma aula tensa, os alunos se levantaram para arrumar as cadeiras em seus devidos lugares. O professor entrou na sala.

–olá alunos, por favor, peguem seus cadernos e canetas e se dirijam ao laboratório.

–aula de que agora? – sussurrei para damien.

–química. – ele fez uma careta – odeio essa aula, sempre tem um engraçadinho que faz algo pra ficar com cheiro de pum. – ele completa e eu dou uma gargalhada.

– então vamos? – digo.

–vamos. – ele pega minha mão e me puxa até o laboratório, dando risada toda vez q eu tropeçava.

Entramos no laboratório, a sala não era lá essas coisas, tinham 8 mesas duplas espalhadas pela sala, um quadro branco, dois livros de formulas em cima de cada mesa, junto com alguns potes de ensaio e um fogãozinho de uma boca, dois banquinhos de vidro em cada mesa e um armário enorme com um monte de substancias coloridas dentro.

Eu e damien chegamos por ultimo na sala, pegamos uma mesa dupla que estava vazia que ficava no fundo da sala. O professor começou a escrever algumas formulas complicadas no quadro e depois se virou para a classe.

–bom, hoje iremos fazer uma coisa menos complicada, que não exija muito de vocês para a primeira aula, mas acho que todos irão gostar. – disse. Distribuindo pedaços de pano, rolos de linha, potinhos com um pouco de álcool em gel e fósforos sobre as mesas. – iremos aprender a fazer bolas de fogo, mas relaxem, essas não queimam. – ele disse com um enorme sorriso. – usem os pedaços de pano e as linhas para fazer uma bolinha, sejam rápidos. – pegamos os utensílios e fizemos nossas bolinhas. – agora, mergulhem a bolinha no álcool em gel. – fizemos o que foi dito. – e agora ascendam um fosforo para acender a bolinha.

– e se eu morrer queimada? – gritou uma garota no fundo da sala.

– essa é a graça – disse o professor. Ele ascendeu a bolinha e a girou na mão, a bolinha queimava, as chamas subiam, mas a mão dele não era afetada pelo calor. – não tem como se queimar com essas gracinhas, e quero que me digam o porquê. Trabalho de casa, em dupla, mais necessariamente a pessoa ao seu lado.

–você de novo. – disse. – estão me perseguindo. – ele deu uma pequena gargalhada.

***

Mais tarde naquele mesmo dia depressivo, estava andando pelo pátio da escola com meu lanche, pensando em coisas aleatórias. O pátio era até legal, com um cantinho afastado, um beco entre as salas aonde varias pessoas se agarravam; Um canto com algumas caixas de madeira que dariam um ótimo esconderijo. Sentei-me no murinho baixo que ficava perto da cantina e continuei comendo. Acordo de meus devaneios sobre como o presunto era feito e percebo um movimento num canto afastado do pátio, em meio às caixas de madeira, mas ignoro.

–oi – alguém sussurra em meu ouvido. Dou um pulo e acabo soltando um gritinho de susto. Esse alguém ri.

–aan, oi. – digo pro Deus grego parado na minha frente, um ser completamente maravilhoso, do olhos azuis feito a agua do mar e os cabelos negros caindo na testa.

–prazer, zack. – ele me oferece sua mão e eu a aperto.

–oi – digo, mas não digo meu nome.

–então, o que você está fazendo? – ele pergunta.

–acho que nada, por quê? – pergunto

–posso fazer nada com você? – ele pergunta com um meio sorriso.

–pode, é só sentar e olhar o vento passar. – digo e bato no lugar ao meu lado no murinho. – fique a vontade – concluo. Ele se senta no lugar que indiquei e fica olhando pra frente, enquanto isso eu retorno aos meus devaneios sobre presunto.

Ele fica quieto por um bom tempo, mas ai começa a falar.

–sabe, você é uma garota interessante... – começa. – vive sempre afastada de todo mundo, com essas roupas largadonas que, por incrível que pareça, ficam bonitas em você. Você não fala com ninguém, claro, só com damien. Vocês estão, tipo, juntos?

–nós somos amigos – digo. – só o conheço a dois dias, ele foi legal comigo no primeiro dia de aula e, até agora, foi o único, você também está sendo legal. – ele da uma risadinha.

–você... quer fazer alguma coisa mais tarde? Tomar um sorvete ou assistir um filme? – ele pergunta.

–não, ela não quer. – damien diz... Damien? Quando ele apareceu aqui? – ela já tem planos pra essa tarde.

–na verdade, não tenho, não. – olho pra damien. – adoraria sair com você, zack. – digo ainda olhando pra damien. – me encontra na saída.

Damien me fuzila com os olhos, e sei que por ai vem encrenca.

–então te vejo depois. – diz zack. Ele se levanta e sai.

Quando ele se afasta eu volto a comer meu lanche como se nem notasse a presença de Damien.

–‘’me encontra na saida’’ – ele diz, imitando minha voz.

–qual é damien? – pergunto.

–você não precisa do zack, ele é um filho da puta ridículo, e você tem a mim. – ele diz.

–nós somos amigos, e eu preciso começar a investir na minha vida amorosa – dou uma piscadinha pra ele. – além do que, se eu saísse com você, a morena vadia iria me atropelar.

–a gente conversa sobre isso depois – ele diz e senta ao meu lado. – o que você está comendo?

–alguma coisa com presunto. – digo e dou de ombros. Ele ri. E isso me faz voltar aos meus devaneios com presunto.

–no que você está pensando? – ele pergunta.

–em presunto. – digo. – como será que é feito? – ele ri.

–você nem sabe se isso é presunto. – ele diz.

–aaai, que nojo. – digo. – seu maldito, me fez perder a fome. – ele ri.

–você vai mesmo sair com o zack? – ele pergunta.

–porque eu não sairia? – pergunto. – você não gosta dele?

–não é nada contra ele. – ele diz.

–Damien Caspian, está com ciúmes de mim? – digo e começo a rir.

–e se eu estivesse? – ele pergunta. – e como sabe meu sobrenome?

–bendita seja a lista de chamada do professor de educação física. – digo.

–e não, eu não estou com ciúmes. – ele diz.

O sinal do intervalo toca e nós nos levantamos.

Vejo zack do outro lado da quadra e aceno pra ele, damien bufa.

–é, você não está com ciúmes... – digo e lhe dou um beijo na bochecha. – calma, damien, você é o único na minha vida. – digo e estouro na gargalhada.

–é bom que essa risada não signifique ironia... – ele diz.

–por quê? – pergunto.

–porque se não eu serei obrigado e te fazer cocegas.

–haha. – digo.

Recomeço a andar e, quando percebo, estou sendo carregada no colo.

–me solta seu louco! – grito e empurro o peito de damien, mas isso só faz com que ele comece a rir mais alto. – seu idiota, me põe no chão!

–quem é o único da sua vida? – ele pergunta.

–você não faria isso... – digo.

–eu disse, que é o único da sua vida? – ele repete.

–eu não vou falar nada, me põe no chão.

–quem é o único da sua vida? Eu acho que não escutei.

–é você, porra. – digo bem baixinho.

–o que? – pergunta. – eu não ouvi direito.

–é. Você. Porra. – digo pausadamente.

–ótimo. – ele diz, mas não me põe no chão.

–eu já falei, agora me põe no chão, cacete. – digo, mas ele finge não me ouvir e continua andando até a nossa sala. – droga, damien.

–só vou te colocar no chão quando chegarmos lá na sala, já ta perto. – ele diz.

–me solta logo, seu ruivo desgracento. – ele ri.

–chegamos. – ele diz e me coloca no chão, já estamos na frente da sala, então eu saio correndo e me sento na minha linda cadeira.

–seu maluco! – grito pra ele.

–também te amo. – ele grita de volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Somos um caso perdido." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.