Várias noites na cadeia passou olhando para as paredes,tentando encontrar um motivo maior para que alguém quisesse ele ali preso.Oliver sabia que no decorrer de sua jornada tinha feito vários inimigos,mas a grande parte ou estavam mortos ou em presídios então ele tentou pensar mais a fundo,qual novo inimigo havia feito e nenhum veio a sua mente.Talvez,porque ele ainda estava abalado com o que sua mãe lhe fez,com a ajuda de seu grande amigo e companheiro Jonh e isso era algo que estava o sufocando,por sorte ou obra do destino,Diggle resolveu visitá-lo naquela noite e foi quando Oliver o olhou nos olhos de uma maneira rancorosa que Jonh jamais tinha visto do rapaz.

–Quanto você ganhou para mentir para mim Diggle?-Perguntou sem escrúpulo algum.

–O que você está insinuando Oliver? que sua mãe me pagou pra lhe contar uma merda dessa?!-Logo Jonh alterou sua voz,mostrando evidentemente sua irritação com aquela acusação.

–É exatamente o que estou querendo dizer caro amigo,o que você ganhou com isso mentindo para mim?-Apesar de Oliver ver que Diggle estava irritado com aquela acusação,ele se manteve calmo e a voz tranquila de sempre o que deixava o outro homem ainda mais irritado.

–Olha Oliver eu nunca tive inteção de mentir para você e não,eu não ganhei nada com isso a não ser...sua desconfiança idiota sobre mim.Eu apenas fui informado por Walter e fiz o que me ordenou,eu fui enganado tanto quanto a você meu caro amigo.-Respondeu Diggle se acalmando,apesar de tudo.

–O Walter lhe mandou falar isso para mim?Porque?deixa pra la...Me desculpe por desconfiar de você Diggle..eu só,não estou tendo uma semana muito boa,dá pra ver.-Comentou ele, se sentando em sua cama dura.

–Eu entendo Oliver,a barra está pesada pro seu lado...Mas não desconfie mais de seus amigos,você pode contar comigo e a Laurel e vamos te tirar dessa.

As investigações ocorriam e mais provas apareciam contra Oliver Queen,desvios de dinheiro feitos para várias contas dele e mais algumas papeladas assinadas supostamente por ele. O detetive Malcom estava confiante que Oliver era culpado e que finalmente o playboy mais influente de Starling City iria pagar por isso, e aquilo o deixava bem animado. Quando essas folhas chegaram na mesa de Laurel na manhã seguinte por sua amiga Jo,Laurel viu seu mundo caindo aos poucos,como iria livrar a cara de Oliver se as provas estavam ficando mais quentes para o lado dele? será que ele não era inocente mesmo? Estava confusa,mas preferiria continuar acreditando na inocência dele e estava disposta a desmascarar a pessoa por trás daquilo. Jo vendo a preocupação na cara de Laurel,se sentou ao lado dela e perguntou:

–Laurel? você está bem?-Disse ela olhando para a amiga preocupada.

–Sim Jo,só estou...confusa com toda essa situação.Você acredita mesmo que Oliver pode ser culpado?-Perguntou a ela,na esperança da resposta ser um não.

–Olha Laurel,não quero lhe desanimar amiga..você sabe que a ilha mudou ele e se ele for o culpado? o que vai fazer? Se eu fosse você,não apostava todas minhas fichas na inocência do Oliver.-E depois daquelas palavras, Jo se retirou deixando sua amiga ainda mais perdida em seus próprios pensamentos.

"Você realmente sabe nada sobre o Oliver Jo, não sabe nada.." Pensou ela enquanto pegava aquilo,para levar na delegacia e mostrar a ele e ver o que o homem tinha a lhe dizer sobre tudo aquilo. Estava deitado na cama de sua cela quando um guarda entrou junto com Laurel, logo sua cara de desânimo e frustração mudou para uma mais alegre e feliz por vê-la ali.

Mas Oliver podia ver o olhar distraído de Laurel para ele e sabia que tinha algo ali,talvez ele estivesse muito encrencado para poder explicar sozinho todo esse mal entendido que estava acabando com ele.Então,não se aguentando mais,Oliver decide quebrar o silêncio entre eles:

–Laurel,minha adorada advogada inteligente..o que você tem para mim?Espero que seja uma boa noticia...-Antes de terminar seu monólogo de elogíos para cima dela, a mulher resolve corta-lo por ali com uma voz desconfiada.

–Ollie,o que são esses desvios de dinheiro na sua conta? e olha só,encontraram mais contratos de obras super faturadas,as quais nunca foram botado em prática assinadas novamente por você.Pode me dizer o que está acontecendo?!-Podia-se notar que aquela situação estava começando afeta-la,então Oliver se levantou e foi até a grade onde conseguia ficar mais perto dela e a olhar nos olhos enquanto falava.

–Laurel,eu realmente não sei nada sobre essas coisas.Você sabe que eu nunca quis ficar naquela empresa e nunca tomei partido do que estava acontecendo! Como eu poderia transferir o dinheiro da minha própria empresa para minha conta, se de qualquer jeito era o dinheiro da minha família! isso não tem lógica Laurel,use sua inteligência para ligar os pontos..alguém muito próximo a mim e a minha família está sabotando,só não faço ideia de quem seja.

Depois de todo aquele discurso,ela pensou por alguns minutos e realmente não faria sentindo algum ele roubar algo que já era dele,era insano e improvável.Mas ele ainda não havia explicado sobre as assinaturas de contratos daquelas obras super faturadas e que nunca foram realizadas.

–Tudo bem Oliver,acredito nessa parte com você.Mas eu ainda não entendo,esses contratos super faturados com sua assinatura.Afinal,se você não fazia parte da empresa,porque precisavam da sua assinatura? ou porque assinaram por você? não sei no que pensar,quero acreditar que seja inocente, mas estão aparecendo provas demais contra você.-Disse ela olhando para ele,tentando segurar as lágrimas sem sucesso.

Oliver não aguentava ver Laurel daquele jeito,ele então simplesmente pediu paa que ela lhe desse uma das mãos e a pegou a mesma logo em seguida,dando um pequeno beijo na palma da mão dela e a respondeu:

–Laurel,a pessoa que está fazendo isto comigo está conseguindo destruir minha vida e não preciso de mais ninguém contra mim.Por favor Laurel,continue tendo fé na minha inocência pois você me conhece muito bem,eu não sou o vilão dessa história.-Logo ele soltou a mão dela e voltou para seu canto escuro,onde permaneceu depois que ela foi embora.

Laurel ligou para Diggle,combinou de encontrar o homem em uma lanchonete ali perto para combinarem o que fariam naquela noite e quem eles investigariam.A mulher odiava desconfiar das pessoas,ainda mais gente próxima a ela,mas não podia descartar nenhuma pista. Jonh demorou 20 minutos para chegar,enquanto isso ela já estava lá a espera do homem que logo foi se sentando de frente para ela.

–Porque me chamou tão cedo Laurel?tem algo que queira me falar?-Perguntou ele olhando para ela.

–Sim Jonh,eu quero que você coloque escutas por toda casa do Oliver...Eu não sei,tenho a sensação que o culpado está na família dele.-Disse ela dando de ombros.

–Você ficou louca? se o Oliver souber disso ele vai te odiar Laurel! Eu não posso fazer isso..-Contestou o homem.

–Olha Jonh,eu também odeio ter que desconfiar dos Queen's mas, a mãe dele mentiu sobre a morte dela para o Ollie..o que mais ela e o padastro dele estão escondendo? então,por favor..coloque as escutas Jonh,se não acontecer nada demais eu descarto eles como suspeitos ok?-Tentou convencê-lo com aquele argumento.

–Tudo bem,eu faço isso..mas que fique claro que é para o bem do Oliver e se não tiver nada suspeito nas conversas,a gente tira aquelas escutas tudo bem?-Disse ele olhando sério para a jovem advogada.

–Tudo bem,vamos então pegar os equipamentos necessários?-Laurel então se levantou e foi se retirando da lanchonete,logo atrás Jonh a seguia.Eles foram para a fábrica abandonada onde ficava o esconderijo de Oliver e como ele havia deixado a senha para ela naquele bilhete,ela abriu e foi entrando junto com Diggle.

Ela olhou para o interior e ficou de cara como o lugar era grande e as variedades de equipamentos que ali tinham.Então Diggle apenas foi direto nas pequenas escutas que estavam em algumas maletas e entregou a Laurel.

–Aqui está,espero que funcione e ninguém desconfie da gente Laurel..-Confessou Diggle.

–Fica tranquilo Jonh,ninguém vai perceber o que estamos fazendo..só precisamos arrumar uma desculpa para aparecer na mansão e...-Logo ela parou de falar e pensou em entrar em contato com Thea e combinar de vê-la,então depois disso ela retomou sua fala-Bem posso ligar para a irmã de Oliver e combinar de vê-la na mansão..afinal,me tornei amiga dela depois da prisão do irmão.

–Certo,mas como você fará para colocar as escutas?-Perguntou olhando confuso para ela.

–Enquanto eu distraio Thea,você fica encarregado de colocar as escutas..eu sei os horários em que a senhora Queen e o senhow Walter não estão,quando vão chegar e bem..o tempo que eles demoram lá dentro-Deu de ombros ao falar tudo aquilo.

–E como você sabe tudo isso?-Olhou desconfiado para ela.

–Bem Diggle,digamos que já desconfiava deles...e fiz meu trabalho de segui-los e saber da rotina que eles tinham.Enfim,amanhã tem uma reunião que vai demorar algumas horas..vou ligar hoje para Thea e combinar com ela,assim que eles sairem da casa, nós entramos em ação.

Naquela noite,eles passaram horas dentro do esconderijo estudando as estratégias de como eles fariam aquilo sem que ninguém desconfia-se deles, o plano parecia perfeito até que apareceu pequenos impencilhos que Laurel teria que improvisar na hora,para que não fossem pegos. Estava animada,iria com certeza pegar alguma conversa comprometedora de Moira,conseguindo assim pelo menos..Deixar Oliver em prisão domiciliar,o que já era melhor do que ficar em uma cela sozinho.Depois de tudo revisado e combinado com Diggle,Laurel então ligava para a jovem Thea Queen,que ao atender o telefonema da mais nova amiga falara toda empolgada:

–Laurel!!Que surpresa em me ligar,me diga...O que você está precisando?-Perguntou Thea animadamente.

–Olha Thea,podemos nos encontrar?quer dizer,eu posso aparecer ai amanhã pra gente conversar?-Perguntou Laurel com uma pequena agitação na voz.

–Claro,pode sim..vai até ser melhor você vir aqui,já que minha mãe e o Walter não estarão,assim teremos tempo só para gente!-Respondeu animadamente.

–Está certo,passarei ai amanha por volta do 12 dia e vamos botar a fofoca em dia ok? até amanhã Thea.-Então Laurel desligou o telefone e olhou sorridente para Diggle que ria da maneira como ela conversava com Thea.

–Nossa,eu achava que tinha conhecido uma mulher de 27 anos..mas acho que é apenas uma garota de 18 anos.-Brincou ele.

–Engraçadinho,faz parte do meu disfarçe...então não me julgue pela fala ok?

Depois de tudo combinado para por o plano em ação, ambos foram embora cada um para sua casa.E quando a jovem advogada chegou,se jogou no sofá e ali ficou por um tempo relembrando algumas coisas vividas ao lado de Oliver,umas boas outras ruins..mas eram lembranças de um homem honesto que ela guardava na memória,e sem notar e equecendo que tinha que tomar uma ducha para se refrescar,Laurel caia no sono ali mesmo no sofá sem se importar com o desconforto que foi surgindo pelo resto da noite.