Terrible Lies escrita por Anddie in Wonderland


Capítulo 3
A New Life


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora mas é que eu não fazia a mínima ideia do que ia acontecer nesse capítulo. Tá péssimo, eu sei. Prometo que vai melhorar.



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Selina's P.O.V

Acordei no dia seguinte ao baile com o meu cão lambendo meu rosto. Ainda não tinha dado um nome a ele, e provavelmente não daria nem tão cedo. Sou péssima para isso. Quando eu era pequena e ganhei um hamster, nomeei-o de Sr. Hamster.

Mas não vamos discutir sobre a minha péssima criatividade para nomes para animais de estimação.

Brinco um pouco com ele e levanto da cama, calço minhas pantufas e desço para tomar café.

– Bom dia, filha. – Meu pai disse se levantando da mesa e vindo a meu encontro me abraçar. – Dormiu bem?

– Sim, dormi bem. Alfred, estou com um pouco de dor de cabeça, pode buscar aspirina para mim? – Pedi ao meu mordomo, que no mesmo momento se retirou para ir até onde os remédios se encontravam.

– Selina, o quanto você bebeu ontem?

– O suficiente para me deixar com enjoo e dor de cabeça. – Respondi antes de dar uma mordida no meu pão.

– Incrível, você nunca saiu de casa, mas consegue beber como o seu velho!

Nós dois rimos e por alguns minutos pude tomar meu café da manhã sem ser interrompida com perguntas sobre a noite passada.

Alfred voltou com minha aspirina e não demorei para tomar. Estava desesperada!

Percebi que meu pai estava me encarando, provavelmente pensando em como entrar em um assunto que ele não queria.

– O que foi, pai? O que quer me perguntar?

– Eu? Nada! Não quero perguntar nada! – Ele disse pondo as mãos para o alto como se fosse um tipo de assalto, e eu o encarei, levantando uma sobrancelha, que é o que eu faço quando tento intimidar alguém. – Tudo bem, você venceu. Você e aquele rapaz... Oliver. O que rola entre vocês?

– Entre eu e o Oliver? Absolutamente nada! Eu lhe disse ontem que ele tem namorada.

– Eu sei, mas tem algo no jeito que ele olha para você. Eu não sei explicar.

– O que? – Comecei a gargalhar até ficar vermelha, e então percebi que meu pai me olhava sério e que não havia achado graça. Me recompus e continuei – Oliver é um daqueles caras que estão fora de alcance. Nada vai acontecer entre nós dois, e se acontecer, você será o primeiro a saber.

Ele suspirou, levantou-se da cadeira e disse:

– Quando acabar seu café, encontre-me na garagem.

Meu pai só podia estar alucinando. Como assim ele acha que existem alguma coisa entre eu e Oliver? Por favor! Ele é irmão da minha melhor amiga. Nunca em um milhão de anos vai acontecer algo entre nós dois. Embora ele seja extremamente gostoso e acontecer algo não seja uma ideia tão ruim.

Cala a boca, Selina! O que Thea iria pensar sobre isso?

Me desliguei dos meus pensamentos e fui até a garagem, assim como meu pai me pediu, e assim que cheguei lá, me deparei com uma BMW i8 preta novinha com um grande laço vermelho no capô e meu pai apoiado sobre o carro e me encarando com um sorriso no rosto.

– Você está brincando, certo? Esse é o modelo 2015! – Eu disse sorrindo e correndo para braça-lo.

– Você vai fazer dezoito anos em três semanas. Você devia dirigir desde os 16. Eu estou atrasado em relação a isso. Agora vamos, - Ele disse jogando as chaves do carro em cima de mim – você tem que começar as aulas de direção.

– Eu estou de pijamas! – Exclamei olhando para minhas roupas.

Ele sorriu de forma seca e depois disse:

– Você é filha de Bruce Wayne, as pessoas estão pouco se f... – Ele fez uma pausa – importando com o que você está vestindo.

– Sabe, pai, falar um palavrão uma vez na sua vida não vai fazer você morrer. – Contei a ele, entrando no meu carro novo (cujas portas abriam para cima) e colocando meu celular no porta copos. Sim, eu tenho um celular. E também tenho contas em redes sociais, mas claro que são com nomes falsos e minhas fotos de perfil são imagens que você pode pegar no Google.

***

– Pai, eu sou péssima nisso. Podemos voltar para casa? – Eu disse quando chegamos perto de uma cafeteria.

– Você está se saindo super bem.

– Não minta para mim. De verdade, eu sou péssima e eu nem ao menos sei onde nós estamos.

– Não se preocupe com isso. Vamos parar aqui por uns minutos e vamos até aquela cafeteria. Estacione o carro.

– Duas coisas para você: primeira, eu não vou ir até uma cafeteria de pijamas. Segunda, essa é minha primeira aula de direção e você quer que eu consiga estacionar?

– Você está certa sobre a segunda, mas não sobre a primeira. Já disse para não se importar com suas roupas. Agora troque de lugar comigo para que eu estacione o carro.

Sim, eu saí do carro de pijamas e sim, haviam paparazzi por lá. E sim, eles tiraram muitas fotos de nós dois. Provavelmente pela noite sites adolescentes já teriam uma matéria sobe isso. Meu pai vai me pagar.

Cheguei em casa lá pelas duas da tarde e fui direto tomar um banho. Assim que saí, ouvi meu celular vibrando sobre o criado mudo, era uma mensagem da Thea. Trocamos os números na noite anterior.

De: Thea Queen
Pijamas? Sério isso, Selina? Hahahahaha
2:43 PM.

Para: Thea Queen
Não me diga que já está na Internet?! Puta merda, como eles são rápidos.
Vou matar meu pai!
2:44 PM.

De: Thea Queen
Não só está na Internet como estão todos comentando! O que fazia na rua de pijamas?
2:46 PM.

Para: Thea Queen
Meu pai decidiu que começar as aulas de direção 40 minutos depois de eu acordar seriam uma boa ideia. Ah! Por falar nisso, adivinha quem ganhou uma BMW i8
2:46 PM.

De: Thea Queen
Não brinca! Seu pai é o melhor pai do mundo! Temos que dar uma volta qualquer dia desses, e fazer questão de que todos nos vejam!
2:50 PM.

Para: Thea Queen
Ele deixa de ser o melhor pai do mundo quando ele faz você sair de pijamas. Assim que eu aprender a dirigir eu vou a Starling!
2:53 PM.

De: Thea Queen
Vou ficar esperando! XOXO
2:57 PM.

Ir a Starling com meu pai tendo consciência disso com certeza estava nos meus planos, claro que ir escondida quando era mais nova não foi de tudo ruim, pois conheci Thea, mas tive lá minhas experiências ruins. Como aquela vez em que eu conheci um cara e ele me perseguiu por uma semana inteira, eu ainda tive a ótima ideia de dar a ele o número do meu celular. Foi uma situação tão extrema que pensei em contar ao meu pai o que estava acontecendo.

Até hoje eu me pego pensando em contar toda a verdade, se eu contar, ele vai ficar muito desapontado comigo. Mas se eu não contar, não vai fazer diferença, certo? Bom, espero que eu esteja certa.

Passei a tarde dentro do meu carro. Pois é, foi como amor à primeira vista! Qual é, se você ganhasse uma BMW, você se sentiria do mesmo jeito que eu me sinto agora. Eu também mudei as informações nas minhas redes sociais, tornando-as oficialmente minhas. Meu número de seguidores subiu bastante! Isso é estranho.

Quando a noite foi se aproximando, fui até o escritório do meu pai, para pedir-lhe se amanhã poderíamos ter mais aulas de direção, e vi que ele estava em uma reunião com o tio Lucius. O que eu fiz depois foi errado, mas eu sou muito curiosa e não consegui me conter.

A porta estava entreaberta e resolvi ouvir o que os dois estavam conversando.

– Bruce, eles já começaram as ameaças. Selina pode estar em perigo. – Tio Lucius disse jogando uma pilha de papeis em cima do escritório.

– O quão grave são as ameaças? – Ouvi meu pai dizer pegando os papeis e analisando-os.

– Em uma escala de 0 a 10? 1. Por enquanto. São só fedelhos que estão contra a Wayne Enterprises sem motivo. Mas você e eu sabemos que vai se tornar pior. Ela precisa saber as sua boca, se ela descobrir por outro meio vai ser bem pior.

Descobrir o que? Achei que meu pai não guardava segredos de mim. Claro, só sobre a minha mãe, que ele raramente entrava no assunto, mas eu entendia. Queria que ele me contasse quando estivesse pronto.

– Eu vou contar, eu prometo.

– Senhorita? – Uma voz veio de trás de mim, era Alfred, eu sabia. – Posso saber o que faz aqui? Está bisbilhotando a conversa do Patrão Bruce com o Sr. Fox?

– Fala baixo! Vem cá! – Chamei-o levando ele até o final do corredor. – Por favor, não conte a ele.

– Eu não vou. Mas só desta vez. É feio ouvir as conversas alheias. – Ele disse cruzando os braços sobre o peito. – Vai querer jantar no seu quarto ou a senhoria irá descer para isso?

– Eu irei descer.

– O jantar sai às oito e meia.

Isso significava que eu tinha aproximadamente duas horas para ligar e conversar com Thea. Queria a opinião de alguém de fora para saber se eu deveria procurar saber sobre o que meu pai e tio Lucius estavam conversando ou se deveria deixar para lá.

Sentei-me na cama e peguei meu celular, e procurei pelo número da minha melhor amiga na agenda.

– Thea? Você pode conversar?


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Notas finais do capítulo

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