Budapest escrita por Kakau Romanoff


Capítulo 6
Cap. 6 - I understand


Notas iniciais do capítulo

Oieeee pessoas lindas do meu coree!!
Peço desculpas pela demora, mas não tive muito tempo durante a semana passada, e minha internet ficou fora do ar durante todo o fim de semana, e ai, já viram né... kkk
Agradeço muuuito a todos que estão acompanhando a fic e comentando, e dedico este capítulo a cada um de vocês, e em especial a samantha, que escreveu um linda recomendação para a fic!!
Obrigadaa, de verdade, a todos vocês que apoiam e me incentivam a continuar escrevendo! É uma honra para mim!! ^^
Bom, e agora, aqui está o 6° capítulo, saindo do forno, para vocês!! Espero que gostem, vejo vocês nas notas finais!!
Boa Leitura!!



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– Como vamos fazer para voltar ao hotel? O carro que você roubou para nos trazer aqui, a essa altura já está sendo rastreado.

– Precisamos nos mover, não sei se é uma boa ideia continuarmos naquele hotel. – disse Natasha, firmando-se no corrimão da escada de incêndio enquanto ofegava, respirando com dificuldades.

– Para onde vamos então? – perguntou Clint apoiando-a para descer cada degrau.

– Ainda não sei... Estou pensando nisso. E em como vamos sair daqui.

– Acho que tive uma ideia. – disse ele, ao finalmente alcançarem o solo. – Fique aqui, eu já volto.

Ela se apoiou na parede no pequeno beco lateral onde se encontravam, ainda pressionando o local atingido pelo projétil.

– O que vai fazer?

– Espere e verá, minha cara. – respondeu ele rindo, subindo de volta ao terraço rapidamente.

Alguns minutos depois, ele desceu, e Natasha pode vê-lo se aproximando, usando o uniforme de um dos seguranças de Darrow.

– Você está bem? – perguntou ele, franzindo a testa, enquanto colocava a mão em seu rosto. – Está pálida Natasha.

– Mas é claro que estou ótima, afinal eu só levei um tiro.

– Não estou brincando agora, Natasha. Isso é sério.

– Não é isso que vai me matar, já disse, não preciso que se preocupe comigo. Qual o plano afinal?

Vou pegar um dos carros na empresa em nome do meu chefinho.

– Isso não vai dar certo.

– E o que você quer que eu faça? Que chame um táxi e diga que eu e minha adorável esposa viemos a Hungria em nossas férias e então ela acabou sendo baleada no abdômen? Ou ainda posso chamar uma ambulância se quiser, posso dizer que você está dando a luz. Acho que não iria ser muito bom, não é?

– Cale a boca Clint. Darrow poderá nos rastrear se usarmos o carro.

– Não se o abandonarmos logo depois. Precisamos de muita coisa que ficou no hotel; vamos até lá com um carro dele, pegamos o que precisamos, apagamos nosso rastro e deixamos o carro lá. Ele não nos encontrará.

Ela assentiu levemente, concordando com os argumentos do arqueiro.

– É, pode dar certo.

– A não ser é claro, que você queira realmente dar a luz em um hospital, querida. – ele riu, divertido.

– Cale a boca, e vai logo.

Ele se levantou, ajeitando sua roupa e o cabelo, tendo certeza de que ninguém poderia ver Natasha ali, e seguiu para dentro da empresa cujo terraço estava há pouco. Seguiu até a recepção, dirigindo-se para uma das secretárias com o sorriso mais falsamente verdadeiro que poderia ter.

– Boa tarde, posso lhe ajudar?

– Boa tarde. O senhor Darrow pediu para avisar que não poderá comparecer a reunião desta tarde, devido a um grave imprevisto. Ele pediu que eu viesse e levasse o carro que ele usaria.

– Ah claro. Diga ao Sr. Darrow, que entraremos em contato para remarcamos um novo encontro com nossos acionistas.

– Será um prazer. – respondeu ele, ao que ela prontamente pediu que trouxessem o carro de Henry Darrow, o qual poucos minutos depois estava estacionado na porta do prédio – Obrigada.

– Eu que agradeço. Tenha uma boa noite.

– Para você também.

Clint pegou o Corolla branco, dando uma pequena ré até o beco onde a Viúva ainda estava, e aguardou alguns minutos até que Natasha entrasse furtivamente no banco do passageiro, acelerando o veículo logo em seguida, em direção ao hotel que ficava praticamente do outro lado da cidade.

– Nada mal Barton.

– Fácil como tirar doce de criança. – ele sorriu vitorioso, olhando para ela.

Ela apenas rolou os olhos e balançou levemente a cabeça, enquanto também deixava escapar um pequeno sorriso.

– Para onde vamos? – perguntou ela.

– Havia pensado em um hotel, mas então eu finalmente me lembrei da casa protegida da SHIELD aqui, onde eu estava durante minha missão, que por sinal, não fica muito distante de onde estamos indo.

– Poderia ter dito antes.

– Desculpe se eu me esqueci desse detalhe, mas digamos que os dias têm sido um pouco... Corridos, ultimamente. – disse rindo novamente, enquanto ambos se encaravam por um longo minuto, antes de ele voltar sua atenção à direção.

Aproximadamente meia hora depois, Clint estacionou o carro, subindo rapidamente até o quarto onde eles haviam estado, sozinho, colocando tudo o que tinham em sua mochila, e limpando qualquer sinal de que um dos dois havia estado ali.

Atearam fogo ao automóvel, cerca de cinco quadras de distância do hotel, e depois seguiram caminhando por pedido de Natasha, que mesmo tendo dificuldades para se locomover, tomava tais precauções para que Henry não pudesse rastrear sua localização.

Por fim, alcançaram a casa protegida da SHIELD, que nada mais era além de um apartamento bem espaçoso e equipado em um prédio de apenas três andares.

Ele novamente ajudou Natasha a subir as escadas, até o segundo andar, a guiando até o quarto com uma grande cama de casal, uma pequena estante com alguns livros, e um armário de roupas.

– дерьмо (merda)... - Ela deitou-se na cama xingando em russo.

– Vou pegar meu kit médico para cuidarmos disso. – Barton disse indo para o banheiro.

– Ok... – disse ela com a voz abafada por suas mãos, que lhe cobriam o rosto.

Logo que Clint voltou, sentou-se no lado direito dela, que havia retirado a parte de cima do uniforme, revelando a camiseta branca encharcada pelo sangue dela que continuava a escorrer.

– Deixe-me ver como isso está... – disse ele subindo sua camiseta até a altura de seu peito, fazendo uma careta instantânea ao ver o local onde o tiro pegara. A bala havia provocado uma queimadura ao atingir a pele, enquanto que a ferida, nada superficial, sangrava incessantemente. – Como você ainda tem coragem de me dizer que está tudo bem?!

– Não faça drama Barton, já passei por coisas muito piores.

Atenciosamente, ele repetiu o processo do dia anterior, limpando e tratando o machucado. Após finalizar os pontos e colocar um curativo, ele se sentou corretamente e olhou para Natasha que o observava silenciosamente.

– O que foi? – disse ele com um sorriso de lado, que fez as batidas do coração dela vacilarem, deixando-a por um segundo sem ar.

– É só que, você deve estar se odiando por ter aceitado a missão. – disse ela se sentando próxima ao arqueiro. – Deve estar pagando todos aqueles pecados dos quais me falou. É engraçado que sua missão era me encontrar e me matar, e, no entanto, aqui está você salvando minha vida mais uma vez. Posso apostar que nada poderia ter sido pior do que realmente ter me encontrado, não é? – ela conseguiu esboçar um riso fraco.

O sorriso desapareceu do rosto de Clint, pasmo ao ouvir tais palavras. Ele se aproximou mais dela, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, e encarando-a novamente.

– Natasha acredite, eu te entendo. Já conheci de perto o sofrimento pelo qual você passou. – disse ele sério – Perdi minha família, fiquei sozinho e sem muitas opções, sem absolutamente nada que valesse a pena, nada que me fizesse desejar continuar vivo. Minha vida resumia-se ao circo onde vivia, e tive que trabalhar para sobreviver. Sempre fui obediente e grato por tudo o que haviam feito por mim, mas quando tentaram me matar, abandonei tudo e todos, e tornei-me o assassino que sou, matando por dinheiro, durante um tempo que parecia não chegar a um fim.

“Quando a SHIELD veio até mim, acreditaram que eu poderia me redimir. E depois disso, passei a usar cada segundo dos meus dias para treinar. Tentando provar para mim mesmo que eu não era culpado pelo o que tinha acontecido aos meus pais. Incansavelmente tentando me tornar forte e deixar de ser um covarde. Tentando inutilmente me livrar dos fantasmas do meu passado. Nunca poderei reparar os danos que causei; as tantas vidas inocentes que eu tirei. Mas eu tento ser alguém melhor do que um dia já fui. É por isso que eu vivo, é por isso que eu estou aqui. Então, Natasha, acredite quando eu digo que ter conhecido você... É uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido comigo.”

Ela sorriu, pouco antes dele se aproximar e colar seus lábios ao dela, em um beijo correspondido imediatamente por ela, com tal ternura até então desconhecida.

O contato fez-se mais necessário, e o beijo tornou-se mais urgente quando Clint a segurou cautelosamente pela cintura, reduzindo a distancia entre eles, subindo sua mão livre pelas costas dela até sua nuca.

Natasha colocou sua mão no pescoço dele, o puxando ainda mais para si pelos cabelos macios, enquanto ele posicionava seu corpo por cima do dela na espaçosa cama.

Afastaram-se minimamente quando foi preciso respirar novamente, e ao encontrar os brilhantes olhos de Clint que a encaravam com grande intensidade, Natasha soube que havia quebrado todas as regras que ela havia imposto a si mesma, e começado a sentir por outra pessoa, algo muito diferente do ódio que predominara seu coração por tanto tempo.

– Nada mal, Natasha? – ele sorriu torto, provocando-a.

– Você não consegue ficar calado? – ela sussurrou, mordendo o lábio inferior, e trazendo para si em outro beijo profundo.

Clint, já incapaz de se conter, e estimulado pelo toque dela, trilhou um caminho de beijos de sua boca até seu pescoço, depositando ali uma leve mordida, que a fez se arrepiar e arranhar seu abdômen por debaixo da camiseta.

Logo, já era tarde demais, e tornou-se inevitável não se entregarem completamente aqueles sentimentos.


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Notas finais do capítulo

E entãaao??? Gostaram? Sim?! Não?!
Por favor, não deixem de comentar!! Todos sabem a importância desse capítulo para o desenrolar de toda a história, e a opinião de vocês é muuuuito importante para mim...!!
Desejo a vocês um Feliz Natal, e espero postar o próximo antes do dia 31.
Obrigada por lerem!!
Bjss da Kakau