The Silence escrita por Krieger


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Gosto de lançar uma oneshot para mostrar que estou voltando a ativa. Então... Sim, é isso mesmo!
Boa leitura. Qualquer erro por favor me avisem.



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Deixado sozinho novamente em casa, já estava acostumado. Se minha memória não estiver falhando, está pode ser a sétima vez. Não me incomodo, eu adoro isso, ficar sozinho é a melhor coisa, sabe. Posso ficar no meu silêncio, um próprio refúgio que me agrada, sem barulhos irritantes de conversas de fundo e televisão. Quando eu crescer, quero morar em um lugar bastante afastado da cidade.

O silêncio é tão bom que percebo minha voz em meu pensamento, minhas imaginações ficam altas e ilustrativas, ativas. A mente não fica parada, se concentra apenas em você. Por isso, acho que o silêncio deveria ser o refúgio de todos, porque ela acompanha a tranquilidade e o conforto. E se quiser ter um pensamento pessimista, ele te leva para a escuridão. Não seria fantástico controla-lo? Calar a boca de pessoas inúteis.

Devo estar tão acostumado que sinto como se estivesse ouvindo sussurros em meus ouvidos, como se alguém conversasse comigo. É uma sensação estranha, mas nada que me incomode. Agora mesmo estou comendo minha janta que acabei de descongelar, sem preocupação. Talvez mais tarde eu jogue algum jogo em meu computador.

No meu quarto eu leio um livro. Os sussurros continuam me acompanhando, como se evacuassem em minha cabeça. Presto tanta atenção para decifrar essas palavras, mas simplesmente não consigo. Guardar logo esse livro lido pela metade e vou logo jogar, estou ficando com sono. Posso me distrair, mas ainda sinto estar acompanhado.

Não compreendo a sensação estranha. Todos nós já ficamos sozinhos, na minha atual situação. Não se deve sentir-se incomodado. Você ama essa situação também, não é? Meu silêncio sempre me levou para o paraíso, talvez esses sussurros estejam cantando uma canção que não consiga decifrar. Talvez eu esteja sendo invadido por alguma presença, eu não quero isso. Prefiro não ver quem está aqui, se apenas ficasse quieto...

Alguns minutos foram perdidos em frente daquela máquina, estou sem vontade. Algo me incomoda. Desliguei a tela do computador e, quando se deu em tela preta, o reflexivo fazia-se logo atrás de mim, sentado na cadeira. Juro por Deus e todos os santos, que eu vi algo estranho refletido na tela preta da máquina. Por que, quem fica logo atrás de ti, está sorrindo? Tão maldosamente, sangrento, não consigo ignorar. Eu amo o silêncio, esse não incomoda. Por que odiaria o meu conforto? ... E meus pensamentos, como estão? Droga, eu acabei me esquecendo.

As palavras ficam mais fortes e ecoam mais rápidas, consigo senti-las. Esses sussurros precisam parar... Não consigo apaga-las ou controla-las. Parecem estar se multiplicando... Que desconfortável. É a presença de alguém caminhar ao meu lado. Se eu piscar três vezes talvez tenha medo de abrir meus olhos. As palavras...

Hoje de noite deveremos brincar

Nossa entrada para o Inferno, podemos te visitar

O cheiro forte da carniça que absorve a fúria

Uma risada fraca e aguda. Quero sair do meu quarto, mas ouço passos. Minha pele se arrepia, como se algo gelado tivesse acabado de me tocar. Não tem ninguém aqui.

Preso em seu coração, ele engole, engole

Mastiga, mastiga a compaixão

Um demônio com os olhos sangrentos

Que te observa

Os sussurros parecem me cercar, alguém bate na minha porta, talvez em minha parede também. Não tem ninguém aqui.

Logo atrás de você

Sem saber o que fazer

Quer sussurrar em seu ouvido

Palavras que trás da morte

Do terror, do medo, da própria vida

Caminho calmamente para escapar... Alguém parece caminhar atrás de mim. Não tem ninguém aqui.

Você não deveria estar sozinho?

Um, dois, três passos

Tão calmos que são silenciosos

Quieto, o silêncio pode matar. Não é o melhor refúgio; a entrada para o Inferno

Abro a porta calmamente, olho por sua abertura estreita meu corredor silencioso. Não tem ninguém aqui.

Vou bater em sua porta, não deve se esconder

Os olhos profundos, sem vida

A pele morta, a boca suja por tantas mentiras

Meus dentes podem estar amarelos, mas eu continuo sorrindo. Você não vê?

Vi um vulto rápido, passageiro, vermelho-sangue. Vou correr para fora dessa casa tão quieta, quero achar a porta para a rua. Estou ouvindo ruídos. Não tem ninguém aqui.

Sorria, sorria!

Agora olhe para mim.

Um suspiro gelado em minha nuca. Grunhidos e aranhões arrepiantes no chão, na parede, no teto. As luzes estavam acessas, agora está tudo tão escuro. Não preciso disso, vou apenas me trancar em meu quarto, me esconder em baixo da minha cama. Tampar os ouvidos.

Eu odeio o silêncio.

Te achei.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!Espero que de agora em diante vocês fiquem em total silêncio. ^-^



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