Terra das Estrelas escrita por Anninha Batatinha Queiroz


Capítulo 1
Terra Desconhecida


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira original postada e ela ainda não foi terminada, mesmo que isso vá contra os meus princípios eu não consegui me segurar, espero continuar a escreve-la com o mesmo pique.Boa leitura ^^



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Evangeline Ivanov é o meu nome, eu sou russa e moro em um dos locais mais afastados na Sibéria. Vovó Olga é quem cuida de mim, pois meus pais morreram.

Eu gosto de olhar para os céus e imaginar como será viver em outros lugares que não sejam a Terra. Como deve ser a vida em outros planetas, que língua eles falam, que roupa usam, o que comem, o que gostam de fazer, pelo que se interessam...

Já disse para vovó que quando crescer quero ser astronauta e desbravar os céus, ela sorrir e diz que serei a melhor astronauta de toda a história da humanidade.

Aqui na região da Sibéria onde moramos está quase sempre frio, mas têm dias que se torna quase insuportável, meus ossos doem muito no frio, mas eu não deixo de gostar do rio, o céu parece ficar ainda mais bonito, eu consigo ver as galáxias, e elas são extremamente lindas.

– Eva, venha comer. – Deixo minha luneta em cima da mesa de cabeceira e começo a descer as escadas, mas minhas pernas estão bambas, então me seguro fortemente no corrimão para não cair. Consigo chegar ao final da escada e vou para cozinha onde vovó está terminando de colocar a mesa.

– Estou aqui, vovó. – Não tenho fome, mas sei que tenho que comer, para não preocupa-la. – O que temos para hoje?

– Para você, uma salada de frutas e para mim, café com torrada. – Ela rir e me da um abraço. – Eu te amo, sabia? – Sussurrou em meu ouvido.

– Eu também te amo. – Me sentei e ela me entregou um potinho com varias pílulas de remédio.

– Não vá esquecer seu remédio. – Um por um eu fui engolindo aqueles remédios de gosto horríveis. – Pronto! Nem foi tão ruim, não é? – Confirmei com a cabeça e ela me passou a salada de frutas.

– Mas não deixa de ser horrível! – Falei antes de dar a primeira colherada. – Não tinha como deixa o gosto dessa coisa melhor não?

Vovó riu e balançou a cabeça.

Quando a gente come, nunca conversamos, vovó tem medo que eu me engasgue, por isso também, ela sempre está perto quando estou comendo, ela fica me olhando, esperando que eu me engasgue. Eu queria que ela entendesse que eu to bem.

Quando o jantar termina, eu a ajudo a colocar os pratos na lava-louças e vamos para sala, ela acende a chaminé e eu me deito perto dela e fico lendo até o somo bater.

– Vovó, hoje eu posso dormi aqui em baixo?

– Claro, meu amor. – Ela se levanta e coloca um travesseiro debaixo da minha cabeça e me cobre com uma colcha pesada. – Bons sonhos...

Meus sonhos são estranhos, são sempre com um local branco com muitas estrelas caídas, elas deixam o local com um brilho amarelado, é bonito vê-las caindo e se juntando com suas irmãs, mas dessa vez havia algo de diferente no cenário, eu não estava sozinha ali, comigo tinha um garoto ruivo e de pele bem sardenta.

– Ei, quem é você? – O chamei e ele se virou.

– Quem? Eu? – Perguntou ele.

– Sim, você mesmo.

– Você é a visitante, não deveria se apresentar primeiro? – Falou me dando um sorriso um tanto quanto engraçado.

– Eu me chamo Evangeline, e você?

– Não, Evangeline é o nome que te deram. Como é o seu VERDADEIRO nome? – Fiquei sem entender, meu nome não é Evangeline? Foi à vovó que me deu esse nome e eu gosto muito dele.

– Eva. – As palavras saíram rapidamente de meus lábios.

– Bem melhor. – Respondeu o garoto se aproximando. – Eu gosto de Eva.

– E o seu? Qual é o seu nome?

– O meu? – Perguntou apontando para si mesmo e eu confirmei com a cabeça. – Eu não faço a mínima ideia. – Ele passou a mão pelos cabelos ruivos e sorriu.

– Como assim você não sabe seu próprio nome?

– De onde eu venho não costumam dar nomes para as coisas. – Respondeu.

– Mas você não é uma coisa, você é uma pessoa como eu.

– De onde eu venho pessoas e coisas são as mesmas coisas. – Falou enquanto sentava em um banco de granito e apontava para que eu me juntasse a ele.

– Então como eu vou chama-lo? – Perguntei sentando ao seu lado.

– Chame-me da forma que preferir. Da forma que desejar.

Pensei, pensei e pensei, mas nada me veio à cabeça. Sou péssima para nomear as coisas, quem sempre fazia isso era a vovó.

– Eu não faço a mínima ideia...

– Tudo bem, não se preocupe, temos todo o tempo para que você escolha um nome para mim.

– Verdade?

– Claro! – Um cometa passou por cima de nós e foi quando eu percebi que o cenário já não era todo branco como sempre era. O chão com um tom de púrpura escuro e as estrelas incrustadas no chão. E no seu estavam milhões e milhões de estrelas, galáxias, asteroides e outros planetas.

– Que lindo...

– Não é? – Ele suspirou e olhou para mim com u olhar agradecido. - É graças a você que esse lugar é assim.

– Graças a mim? Mas eu não fiz nada.

– Você veio aqui, e pensou nesse lugar. Você me viu, graças a isso, esse lugar ficou assim. – Falou pegando um pequeno meteorito que caia perto de nós.

– Eu não entendo...

– Este lugar está se preparando para você, Eva. – Falou enquanto me passava a pequena pedrinha que havia pegado. – Ele ficara do jeito que você quiser, da cor que você quiser. Gostaria de mudar algo?

– Não! – Falei assustada. – Está lindo assim. Eu gosto do jeito que é aqui... O universo é tão lindo... Olha essas galáxias!

– Fico feliz que goste de como é. – Falou segurando minha mão na sua. – Vou te levar para um lugar que é ainda mais bonito.

Levantamos-nos e ele foi me levando. Passamos por crateras pequenas. Varias montanhas ao longe.

Parece que as estrelas cobrem toda a parte... O que seria esse local? – Pensei. – É um planeta? Um cometa? Uma lua?

É uma terra, apenas isso. – O Garoto respondeu minha pergunta muda. – Como eu já disse, esse é o seu local, onde você pode fazer o que quiser... Olha! Está ali! – Ele apontou para um local mais a frente.

– Um observatório! Eu sempre quis ir a um! – Falei surpresa.

– Eu sei! – Falou empolgado. – Vamos logo. – Corremos em direção a ele e logo já estávamos na entrada.

– Podemos? – Perguntei receosa.

– Mais é claro! Aqui, tudo te pertence.

Subimos as escadas correndo e logo chegamos ao topo, era como se tivéssemos subido quilômetros e as galáxias que antes já eram lindas, estava extremamente magnífica, eu podia as tocar com a mão facilmente...

– Não, não toque. – O Garoto me assustou. – Desculpa, mas é melhor que você não toque ainda, pois não está pronto.

– Tudo bem...

Nós nos deitamos e ficamos vendo aquele céu perfeito, cometas a toda hora passando por cima de nós.

– Será que eu poderei andar com os cometas como o Pequeno Príncipe...?

– Quando tudo estiver pronto, você poderá sim. – Sussurrou.

– Isso que dizer que ele realmente existiu? – Perguntei perplexa.

– Mais é claro! Você em algum momento duvidou, disso? – Balancei a cabeça afirmativamente. – Sabe... Eu o conheci. Ele é simplesmente uma das pessoas mais magníficas que eu já tive a oportunidade de conhecer... – Suspirou. – Ele é tão...

– Pequeno Príncipe? – Rimos juntos.

– Isso mesmo, ele é tão Pequeno Príncipe.

– Não posso imaginar uma pessoa melhorar para conhecer. Quem poderia ser melhor que o Pequeno Príncipe? – Ele não respondeu, continuou olhando para o céu.

Certo tempo se passou e ambos ficamos em silencio aproveitando a bela vista. Então ele em um salto se levantou e ajeitou seu cachecol e só agora parei para notar o que ele estava de cachecol azul.

– Homenagem ao Principezinho. – Falou quando em viu olhando o cachecol.

– Ah...

– Eva, você tem que ir agora. – Falou me estendendo a mão para me ajudar a levantar.

– Já? – Suspire triste.

– Infelizmente sim, mas você poderá voltar à hora que precisar. – Voltamos pelo mesmo percurso, mas dessa vez parece que passou ainda menos tempo.

Paramos em certo ponto, a uns cem metros de uma arvore com um pequeno balanço.

– Eu não posso passar daqui. – Falou soltando a minha mão. – Vá até a árvore e a toque.

– Eu voltarei a te ver? – Perguntei.

– Claro. – Ele acenou um tchau e fui em direção à árvore.

– Espero voltar logo...

– Finalmente você acordou Eva. – Vovó falou chegando ao meu lado. – Achei que o bolo ia ficar muito frio antes de você acorda.

– Bolo? – Falei confusa.

– Parabéns pelos dez anos de vida, querida. – Ela em deu um beijo na bochecha. – Assopre as velinhas.

Comemos vários pedaços de bolo e vovó foi pegar algo para nós.

– Que sonho... – Nesse momento eu senti algo no meu bolso. Retirei de lá um pequeno meteorito roxo que logo se esfarelou. – Foi real...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, agora eu vou dormi, pois preciso termina meu trabalho da escola ;u;Até o próximo capítulo!