So Give Me Your Love escrita por Ane25


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Sábado – 9:12
 Narração de Amy

 Bosta de celular.

 - Alô! – Atendi mal humorada e meio zonza de sono.

 Ouvi uma risada do outro lado da linha.

 - Ah! O bom e velho mau humor da Amy logo cedo.

 OMG! JOSH??

 - JOSH?? – Dei um pulo na cama me sentando na mesma.

 Ele riu.

 - Bom dia, Amy!

 - B...Bom dia!

 - Quero te ver! – Disse ele com uma voz rouca me fazendo arrepiar. 

 - Me ver? Não pode ser um pouco mais tarde? Alias, não podia ter me ligado mais tarde?

 - Não! Eu quero te ver e quero agora! Abre a porta do quarto!

 O que? Ta brincando que ele ta aqui na minha porta. Ainda bem que eu sempre tranco ela.

 - Eu não vou abrir! Eu to descabelada, com a cara amassada, com bafo...

 Outra risada.

 - Como se eu nunca tivesse te visto nesse estado.

 Queria cavar um buraco e enfiar minha cara.

 - Espera só um minuto.

 Desliguei o celular e corri para meu banheiro. Lavei o rosto, escovei os dentes e prendi meus cabelos em um coque desajeitado. Fiquei com a roupa que eu tinha dormido: uma blusa branca regata e um short, não muito curto, rosa com uns bichinhos desenhados.

 Abri a porta.

 - Como você... – Mas ele não me deixou completar e já foi me agarrando e me levando pra cama. – Que fogo é esse? – Consegui falar quando seus beijos desceram pelo meu pescoço.

 - É vontade de te ter! – Ele falou levantando minha blusa.

 COMO É QUE É??

 - EI! PARA! – Empurrei ele de cima de mim até ele cair da cama e arrumei minha blusa no lugar.

 - AI!

 Ok. Normaliza a respiração e tenta não cair na tentação dele te olhando desse jeito.

 - Como entrou?

 - Sua mãe tava saindo ai eu cheguei e disse que queria falar com você, ela me entregou a chave da porta e falou que você tava no quarto. – Ele disse se levantando do chão e sentando na cama, na minha frente.

 - E por que ta me agarrando desse jeito sendo que você tem namorada e eu também?

 - Culpa sua! Me provocou ontem. – Ele sorriu.

 - Só fui na sua! – Suspirei. – Você é meu amigo, Josh! – Ta que eu não queria ter ele só como amigo, mas tinha medo de falar isso a ele e ele querer só me usar, já que a nossa amizade mudou muito não ia ser difícil pra ele fazer isso.

 - Para de dizer que eu sou seu amigo! Você sabe que a amizade mudou dês da primeira vez que a gente ficou!

 - Mas você ta namo...

 - Ela não é minha namorada.

 - Ta, que seja... Mas eu tenho namorado. – Tudo bem que esse namoro era mais para provocar ele.

 - Termina!

 - E você terminaria com a Alex?

 - Terminaria!

 - Pra que? Pra gente ficar se agarrando e depois quando um cansar larga e ai cada um vai para um lado e a gente finge que nunca se conheceu?

 Ele me olhava serio, parecia pensativo. Ele abriu a boca como se fosse dizer algo, mas a fechou e depois respondeu por fim:

 - Pode ser! – Então era isso... Ele queria só se aproveitar de mim? Como eu previa!

 Não me contive e enfiei minha mão na cara dele fazendo um estalo alto no quarto e fazendo-o virar o rosto.

 - Sabia que seus tapas doem? – Ele disse olhando para mim e sorrindo.

 Levantei da cama e caminhei até a porta e a abri.

 - Sai!

 Ele se levantou da cama e caminhou até mim.

 - Amy, descul...

 - Sai! – Eu segurava a porta e não o olhava.

 Ele se aproximou mais de mim e me abraçou. O que ele queria? Ele acaba de deixar subentendido que só quer se aproveitar de mim e depois me abraça?

             Me afastei dele, mas não o suficiente e ele me deu um beijo na testa e saiu.

 Narração de Josh

 - Pra que? Pra gente ficar se agarrando e depois quando um cansar larga e ai cada um vai para um lado e a gente finge que nunca se conheceu? – Ela perguntou.

 Eu queria dizer que não, que a amava! Que ela era tudo pra mim, largaria quem fosse pra ficar com ela.

 Abri a boca para dizer que não, mas a fechei novamente. Eu não podia dizer que a amava, ia assustá-la.

 - Pode ser! – Provavelmente ela pensaria que eu queria apenas aproveitar dela.

 Vi quando ela levantou a mão e eu sabia o que viria, mas não impedi. E logo veio o estalo e a dor em meu rosto.

 - Sabia que seus tapas doem? – Disse forçando um sorriso e contendo as lagrimas que queriam vir, não pela dor do tapa, mas pela dor em saber que eu não podia dizer a verdade a ela.

 Ela se levantou e caminhou até a porta a abrindo.

 - Sai!

 - Amy, descul...

 - Sai!

 Não! Ela não podia ficar com raiva de mim. Eu tinha que dizer a ela!

 Me aproximei mais e a abracei. “Eu te amo!”. Era o que meu coração e o meu lado emocional gritavam. “NÃO! Você não pode contar a ela. Você é só um amigo”. Era o que minha mente e meu lado racional gritavam.

 Ela se afastou de mim e lhe dei um beijo na testa saindo por aquela porta que talvez eu nunca mais entre.

 Narração de Amy

 Então era isso... Ele só queria se aproveitar de mim! Era igual a todos.

 Não consegui conter as lagrimas que insistiam em cair. Fui ao telefone e liguei para a Suh.

 - Alô?!

 - Suh, é a Amy! Você pode vir aqui em casa? Preciso conversar. – Disse em meios aos soluços.

 - Amy você tá chorando? Ai meu Deus! To indo ai.

 Alguns minutos depois ela chegou. Abri a porta e ela já colocou seus braços em meu pescoço e me abraçou. Não me contive e desabei a chorar.

 E foi ai que me dei mais conta: eu realmente o amava!

 Todo esse tempo não era só amor de amiga, era algo mais! Mas precisei que ele falasse que apenas me usava pra me dar conta disso. Burra! Mil vezes burra!

 - Amy, o que houve?

 - Ele só estava querendo me usar. Ele é igual a todos! – Falei em meio aos soluços.

 - Ele quem? O Michel? Ahh, deixa comigo que eu vou bater nele e...

 - O Josh!

 - O que? – Ela me olhou perplexa.

 Suspirei.

 - O Josh! Ele só queria me usar.

 - Como assim? Como você tem tanta certeza?

 - Ele me disse.

 - Com todas essas letras: “eu só quero te usar”?

 - Não! Bem... Ele não disse, mas ficou subentendido. – Dei mais um longo suspiro e a chamei para sentar no sofá comigo, para contar a historia. Comecei: - Bom, ele chegou aqui em casa de manha, agorinha. Me acordou e disse que tinha vindo pra me ver. Depois a gente se pegou e ele pediu pra eu terminar com o Michel e perguntei se ele terminaria com a Alex, ele disse que sim. Depois perguntei qual o objetivo disso, a gente fica se agarrando e quando um cansar larga o outro como se nada tivesse acontecido... Sabe o que ele me respondeu?

 - O que?

 - Que sim! Isso pra ele é só uma diversão.

 - Amy, acho que você ta sendo radical demais com ele...

 - Suh, você ta do meu lado ou do lado dele?

 - De nenhum! Ta bom, isso que ele disse foi ridículo... Mas acho que ele tem medo de dizer a verdade pra você... Assim como você também tem medo de dizer a verdade!

 - E que verdade seria?

 - Que ele te ama assim como você ama ele!

 - E quem disse que eu amo ele? Só disse que gostava...

 - E não ama? – Ele me encarou seria.

 Abaixei os olhos e mordi o lábio. Não podia mentir pra minha melhor amiga.

 - Amo... – Disse em um sussurro.

 - Conta isso a ele.

 - Não posso! Pra ele eu era só mais um passatempo! Esquece Suh... O máximo que posso fazer agora é manter distância dele. Se ficar perto vai ser pior pra mim... E além do mais, eu ainda tenho um namorado. 

 - É, um namorado que você não gosta e está com ele só pra fazer ciúmes no cara que você ama... E que também te ama!

 Senti meus olhos se encherem de água novamente.

 - Não, não chora! – Ela me abraçou. – Olha o que eu trouxe. – Ela abriu sua bolsa e tirou de lá um DVD e uma barra de chocolate. – Filme e chocolate!

 Sorri em meio ao choro que tentava controlar.

 - Espero que não seja romance.

 Ela riu.

 - Não! É comédia.

 Deitamos no chão mesmo e assistimos o filme e comemos o chocolate. A Suh ficou em casa até minha mãe chegar e depois ela foi embora.

 Não comentei nada sobre o Josh com a minha mãe. E Ela também não perguntou nada sobre hoje de manha ele ter vindo aqui.

 Depois de conversar bobeiras com ela resolvi dormir. Minha cabeça estava doendo muito por causa do choro!

 

 Quatro meses depois...

 Sexta – 20:22
 Narração de Amy

 - Então amor, gostou do filme? – Michel me perguntou quando a gente saia do cinema.

 - Aham. – Disse sem dar muita moral. Pra falar a verdade eu não prestei atenção no filme. Era romance. Nesses últimos meses eu evitava esse tipo de filme.

 Ainda não tinha superado todo aquele lance do Josh, mesmo eu não o vendo já tinha quatro meses. Simplesmente eu o evitava.

 Pra não dizer que nunca mais o vi durante esses quatro meses, eu o via às vezes na rua com a Alex ou em alguma festa que eu ia com o Michel. Geralmente ele não me via e eu fingia não o ver.

 O Michel? Não terminei com ele porque se ficasse sozinha ia ser pior.

 - “Aham”? Só um simples “aham”?

 - E o que eu deveria responder?

 - Sei lá... Algo do tipo: “Nossa! Demais!”.

 - “Nossa! Demais!”. Melhorou?

 Ele riu.

 Chegamos ao carro dele e ele me encostou no mesmo.

 - Imaginei com mais empolgação. Mas deixa pra lá... – Ele deu uma pausa, me encarando, como se quisesse dizer algo a mais...

 - O que? – Perguntei.

 - “O que” o que?

 - Perguntei “o que” de o que você quer me perguntar?

 Ele suspirou.

 - Amy, faz mais de quatro meses que a gente ta junto... E agente nunca... Ah, você sabe, deu uma “passo a frente”. E você já não é mais virgem, mas age como uma.

 - Desculpa! Mas ainda não to preparada pra fazer isso... Com você. 

 - Ah! Então o problema sou eu? – Lá vem discução.

 - É! Quero dizer não! – Suspirei. – Eu não sei!

 - Amy, o que ta acontecendo com você esses dias? Sei lá... Às vezes falo com você e parece ta em outro mundo, não é carinhosa comigo e nem quer transar comigo! Qual o problema?

 - Problema pessoal! E Não quero falar sobre isso. Me leva em casa, agora!

 Ele destrancou o carro e eu entrei. Ele deu a volta no mesmo entrando no lado do motorista.

 - Quer saber? Esquece! Faço tudo pra te agradar e você não faz nada pra retribuir. Até parei de falar com a Ashley eu parei. – Ele me encarou como se esperasse uma resposta.

 Não respondi nada e desviei meu olhar para a janela.

 Minha paciência esses dias andava curta, principalmente com ele. Só não terminava por que, como eu disse, ficar sozinha ia ser em pior. Ia chorar o dobro do que eu choro. Sim, ainda choro por causa do Josh!

 No caminho até em casa não nos falamos mais. Chegando a mesma eu apenas desci do carro sem nem me despedir.

 Fui direto para meu quarto trocar de roupa. Coloquei o primeiro vestido que vi: (http://cintiacastaldi.files.wordpress.com/2008/11/vestido-sexy1.jpg). Não ia ficar em casa, ia pra alguma festa.

 Liguei para um numero de um taxi que vi na lista telefônica. Passei o endereço para ele e ele disse que estaria aqui em cinco minutos.

 Desci as escadas e vi minha mãe no sofá assistindo TV.

 - Mãe, vou sair.

 - Aonde a senhorita vai? Acabou de chegar da rua e já está querendo sair de novo?

 - Mãe, por favor! Eu PRECISO sair!

 - Tudo bem! Mas vai com quem?

 - Taxi! E lá na festa vou me encontrar com a Suh e algumas amigas. – Menti.

 - Tudo bem!

 Me despedi dela e fui lá fora onde o taxi já me esperava. Rápido ele!

 Entrei e disse a ele o nome de uma boate.

 Chegamos a porta dessa, paguei a corrida e desci. Parecia estar em lotado.

 Paguei a entrada e quando entrei fui direto ao bar.

 - Um sex on the beach, por favor! – Pedi ao barman. Nunca fui de beber, mas eu precisava!

 Estava sentada lá esperando quando escutei alguém falar em meu ouvido me fazendo arrepiar:

 - Não sabia que costumava vir a festas sozinha e beber. – Aquela voz, minha preferida. Só podia ser dele. Me virei para conferir o dono da voz.

 - Josh?


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Notas finais do capítulo

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Bjãoo