Eu sabia que minha consciência estava perdida, acho que o ataque de histéria me deu uma dica que o que acontecia poderia ser real, eu cai em inconsciência e quando voltei a mim, estava num quarto grande e de tons pásteis, salvo por alguns detalhes como o lençol que era preto de seda pura, levei alguns segundos para perceber que este não era meu quarto e lembrar o porque deu estar aqui, lembrei da cena grotesca de meus pais mortos aos meus pés e lembrei de pessoas que me salvaram num momento que achei que já estava morta. Passei algum tempo deitada naquela cama tentando entender como de uma hora para outra eu passei de um momento mágico para um momento de pesadelo.

Havia se passado cerca de meia hora, quando a porta abriu de lá saiu duas mulheres bem arrumadas e lindas, uma de pele clara e cabelos pretos longos e outra negra com cabelos pretos na altura dos seios, que ao me verem estenderam uma reverência e sorriram como se esperasse que entendesse o porque daquilo tudo, quando falei minha voz era pura roquidão:

–Quem são vocês?- eu indaguei com certo receio e vi ambas se entreolhar e a mulher com a pele de tom claro falar:

–Desculpe se a assustamos, mas achei que precisaria de um bom banho e também de alimentos. - ela explicou.

–Quem. São. Vocês? - eu pontuei.

–Desculpe minha indelicadeza, sou Diana,meu marido é chefe do conscelho real, e esta é...- a mulher que havia falado primeiro se apresentou, quandoa outra a interrompeu.

–Lilia, meu nome é Lilia, meu marido é para todos os efeitos parte do conscelho real. – a segunda mulher se apresentou.

–Conselho real? Estamos na Inglaterra ou Dinamarca? Ou qualquer país monarca? - perguntei interessada derepente.

–Bom, tome seu banho e desca, lá em baixo poderemos responder todas as suas repostas. - a Lilia respondeu.

–Desculpe te perguntar de quantos meses você está? - a tal de Diana indagoou sorrindo.

–Não sei ao certo. - eu lhe respondi.

–Nascerá uma linda menina, e o destino de nossas famílias estarão unidos. - ela deu um tom inigimatico a fala.

–Menina, como você pode saber? - eu lhe indaguei.

–Como eu disse, lhe daremos as repostas lá em baixo, se arrume tem roupas limpas no banheiro. - Lilia falou e eu não pude deixar de perceber o olhar duro que ela diriguiu a Diana, que abaixou sua cabeça como em sinal de desculpas.

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Meia hora depois eu estava de banho tomado e totalmente relaxada, mas ainda sim eu estava mentalmente desgastada, precisava saber o que seria feito dos corpos de meus pais, pois aquilo era importante para mim, em todos os sentidos. Era minha obrigação e precisava providenciar, algo digno para o descanso eterno deles.

Andei por um corredor com várias portas, cheguei a escada e desci, chegando lá embaixo encontrei 4 homens e as 2 mulheres me esperando.

–Venha querida, vamos comer alguma coisa, para que possamos conversar melhor. - Lilia me guiou para a cozinha onde havia uma mesa repleta de comida.

–Obrigado. - eu murrurei.

–Você não pode ficar muito tempo sem comer, precisa pensar na sua criança. - ela me repreendeu e eu tive que me controlar para não descontar minha raiva.

Despois de estar bem alimentada, fui para sala onde estavam os 4 rapazes e um menino que ficava me olhando do colo de um homem, muito bonito que me deu um sorisso amistoso.

–Senta querida, a conversa será longa, e você precisa entender tudo antes que seja tarde. - a voz de Diana se fez presente atrás de mim.

–Eu sou Henry, sou esposo de Diana e esse é nosso filho Aaron. - o homem que parecia o mais velho e também o mais bonito de todos falou, apontando para sua esposa que estava atrás de mim e para o menino que estava no seu colo e continuava a me olhar deforma intensa.

–Eu sou Brian, esse é meu irmão Jhon e essa é sua esposa Lilia. - um homem loiro e bastante bonito se aprentou.

–E eu sou Matheus, o lobo desgarrado. - o que aparentimente estava sozinho se apresentou, com um leve sorisso brincalhão no rosto.

–Eu sou Isabella, Isabella Swan. - eu me apresentei.

–Nós sabemos quem você é, temos lhe observado há muito tempo. - Henry falou, e parece que ele era o líder.

–Bem eu gostaria de saber antes de tudo o que foi feito dos corpos de meus pais? - eu perguntei.

–Bem, eu sinto muito, tivemos que queimar sua casa, primeiro porque houve um ataque e não podemos correr o risco de sentir nosso cheiro e virem atrás de nós, e depois porque acho que ficaria amis fácil justificar seu sumiço se precisar. - Henry respondeu e vendo meus olhos se estreitarem, Matheus se adiantou em responder uma pergunta silenciosa.

–Nós não iremos sumir com você, se é isso que você está pensando. E quanto aos seus pais, demos um final digno de reis para eles, afinal na nossa terra só cremanos corpos de família real. - me explicou.

–Então eu não entendo, o que está acontecendo e porque eu estou aqui?- eu indaguei.

–Porque precisamos de você. - Brian respondeu ao mesmo tempo que Henry respirava fundo para soltar sua frase inesperada logo depois.

–Precismos de você, porque precisamos de uma rainha. - ele soltou a bomba de uma única vez.