Após deixar Jade em casa, Cobra se dirigiu ao endereço deixado por Edgard na mensagem. Pensou em deixar a “visita” para outro dia devido ao horário, mas a curiosidade não permitiu.

– Estava te esperando rapaz, entre. – Disse e Cobra o fez- Bom, desculpa por te chamar de ultima hora, mas o que eu tenho pra te falar é realmente importante. –Cobra o olhou serio e ele prosseguiu- Você sabe que a Jade anda muito frágil não é?
– Não entendi sua pergunta. –respondeu franzindo o cenho.
– O que eu quero saber Cobra é se realmente você tem intenções de ficar ao lado da Jade e cuidar dessa criança. Fique sabendo que não vai ser uma tarefa fácil, então você tem que estar realmente seguro do que quer. Se for pra você desistir, que seja agora. Não quero ver a Jade sofrendo. Se for pra você desistir de tudo, que seja agora!
– Eu acho que você não me entendeu Edgard. Eu vou ficar ao lado da Jade e não é só por ela e pela nossa filha não, é por mim também. Eu amo a Jade e não consigo mais imaginar minha vida sem ela. Eu quero construir uma vida ao lado dela! Se depende-se de mim eu mandaria a Jade arrumar suas coisas e ir morar comigo. Mas eu sei que onde eu moro não dá pra abrigar ninguém.
Edgard sorriu mostrando-se orgulhoso do rapaz.
– Eu sei das suas condições Cobra e foi exatamente por isso que eu te chamei aqui. Sabe esse sofá que você está sentado?
– Sim. O que tem ele?
– Ele é seu!
– Meu? Como assim?
– Eu estou dando esse apartamento de presente para vocês Cobra.
– Você está falando sério?
– Claro que estou.
– A Jade já sabe disso?
– Não, ainda não. Imaginei que você quisesse dizer a ela.

Cobra levantou-se e deu um abraço em Edgard em forma de agradecimento. Tudo aquilo que estava acontecendo parecia um sonho. O salário que ele ganhava era suficiente para sustentar o três, mas não era possível pagar aluguel, pois eram muito caros naquela região.

***

Alguns meses já tinham se passado. Jade, com oito meses de gravides, já morava no apartamento com Cobra. Enquanto Edgard morava com Lucrécia e ocupava o quarto que antes era da moça.

– Bom dia meu amor. –Cobra entrou no quarto para acordar Jade, mas ela já estava com a roupa trocada, sentada na cama.
– Bom dia!
– Já acordada? Por que não me chamou?
– Eu estava pensando em algumas coisas, acho que precisava ficar um pouco sozinha.
– O que aconteceu minha dama?
– Eu estou com medo Cobra. –A garota abaixou a cabeça e permitiu que algumas lágrimas caíssem- Eu não vou conseguir Cobra, não vou.
– Claro que vai minha dama, eu vou ajudar você. Nós estamos juntos nessa!

Cobra levantou cabeça da menina, secou suas lágrimas e selou seus lábios, aprofundando o beijo.