Patricinha? Será? escrita por Alima


Capítulo 33
Clichê - FINAL


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Devo milhões de desculpas a vocês, mas é o final, eu estava em depressão pós-escrita. Quem aí esta preparado??? Minha nossa, espero que vocês amem!!! ヅ



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Mel e eu viajaríamos daqui a um mês, por causa da minha escola. Enquanto isso eu tentava deixar minha vida nos eixos, apesar de ser impossível, o motivo de minha viajem era querer da um tempo nessa bagunça toda...

Em certo dia, na escola, parte de mim era tristeza e a outra parte alívio: Ethan voltou para nossa antiga escola, eu sabia que ele não tinha feito por minha causa, seja lá qual foi o seu motivo... Enfim, ele não fugiria de mim, não como eu fugi dele.

– Vamos começar a planejar? –Mel se senta na minha cama, com caneta e papel.

– Planejamento? Certamente isso não combina com você. –Brinco enquanto devoro a bacia de pipoca.

– É não combina, certamente eu odeio isso, mas desisti do Teatro. –Diz ela dando de ombros.

– O que?! –Exclamo.

– Não se preocupe, também não tenho certeza se é isso mesmo que eu quero...

Fico calada, refletindo toda a situação.

– Esta querendo desistir? –Mel me pergunta, mas até parece uma afirmação, suas sobrancelhas me analisando.

– Não. –Digo. –Continuo achando que isso será bom, pelo menos para mim. Sair um pouco disso.

– Ótimo. –Diz Mel.

* * *

Malas. Mel estava de malas prontas há uma semana, enquanto eu de última hora estou arrumando as minhas. Apesar de parecer uma atividade extremamente chata para algumas pessoas, por outro lado eu me divirto.

Mas é claro que minha cabeça estava em outro lugar... Nunca desejei tanto um manual de instruções, fazer tudo na certeza que vai dar certo. As horas estavam passando devagar logo hoje o dia da viajem, último dia de aula antes das férias...

– Pronta? –Mel quase grita, entrando no meu quarto.

– Estou terminado de arrumar as malas. –Digo meus olhos concentrados no vestido azul da festa, que esta no guarda-roupa.

– Droga, droga e droga. –Escuto Mel se jogar na minha cama. Volto-me para ela, que esta se contorcendo como se sentisse alguma dor.

– Esta acontecendo alguma coisa? –Pergunto assustada.

– Não. –Mel se levanta de repente, e senta. –Pensei que já estivesse acostumada com minhas crises de loucura.

– E que...

– Não fala nada. –Ela me interrompe. –Só termina de arrumar as malas e vamos tudo bem?

Não respondo, e continuo a olhar o vestido azul no armário.

* * *

Uma hora depois, Mel e eu estamos sentadas no aeroporto, esperando a chamada para o vôo. De minuto em minuto, olho para ela que parece esta agoniada, e isso esta começando a me irritar, porque por algum motivo ela não me disse nenhuma palavra desde que saímos do meu quarto.

– A já chega! –Olho para Mel aponto de obrigá-la a me dizer o que está acontecendo.

Mel se vira para mim e começa a chorar. Ela me abraça e aquilo faz com que eu também sinta um pouco de dor. Quando se afasta ela diz:

– Não dá mais. Eu não posso ir para Nova Iorque. Tenho que ir para o Peru. –Mel diz rapidamente enquanto limpa as lagrimas. –Quero o Eric.

– Você tem razão, não pode ir nesse estado, até por que...

– Graças a Deus. –Mel esta olhando para algum lugar. Sigo seus olhos e me deparo com quem imagino ser Eric porque ele sorri na nossa direção. Ele tem cabelos castanhos bem cortados, tem uma altura alta para Mel e tem um jeito tímido no caminhar.

Percebo que estou sorrindo, e viro para minha prima para avaliar sua reação. Mas ela não esta mais do meu lado, e sim correndo em direção ao garoto. Um clichê na minha frente, a garota corre e abraça o mocinho, no aeroporto para variar. E depois disso eles se beijam.

Meus pensamentos estão mais longes, nesse momento em que olho para Eric só vejo Ethan, e olhando para Mel me imagino.

– Clara, onde essa cabecinha esta? –Mel balança a mão perto dos meus olhos, o casal abraçado rindo da minha cara de boba.

– Oi? –Saio da terra dos sonhos.

– Esse é o Eric, de quem eu te falei. –Mel apresenta seu namorado. –Eric essa é minha prima “barra quase irmã”, Clara.

– Oi. –Nós dois nos cumprimentamos ao mesmo tempo.

E então veio o silencio, a troca de olhares onde eu tinha o papel de “vela”.

– Clara eu não posso mais ir. –Ela solta a bomba. –Eric veio só pra me ver.

– É... É... –Me enrolo toda para dizer que esta tudo bem em ir sozinha. –Também não vou mais. –Decido por impulso.

Tenho um plano melhor, penso.

Cinco minutos depois e lá estou eu no mesmo lugar, sentada. Não vou para Nova Iorque, quero ficar com Ethan.

Nunca quis que minha vida fosse um clichê, sempre desejei que minha vida fosse uma coisa maluca que com ninguém aconteceu. Sempre desejei um romance épico. Mas aqui estou eu esperando que Ethan apareça nesse aeroporto e me diga para ficar, assim como aconteceu com Mel.

Então eu vou esperar...

Esperar...

Esperar...

Meia hora e ainda estou esperando...

Quatro chicletes mascados a espera de um beijo...

Duas horas e começo a duvidar que Ethan saiba que eu vou para Nova Iorque. Eu poderia simplesmente desistir e pegar o próximo vôo, mas decido por: “Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai até a montanha”. Levanto-me e olho para os lados, a espera que isso seja como nos filmes, e ele apareça nos últimos instantes, mas logicamente isso não acontece. Pego um táxi com destino a minha antiga escola, onde provavelmente Ethan estará.

Desço do carro puxando as duas malas grandes e muito pesadas. Na minha frente à escola que há muito tempo foi meu pesadelo, e hoje... E bom vê-la. Subo os degraus com dificuldades, o silêncio que não é comum, me deixa tensa: E se Ethan não me perdoar? E o pior; E se ele não me beijar depois de tudo?

Vou arriscar.

Caminho pelo corredor, carregando as duas malas. O mundo para de girar quando vejo Ethan sair de uma sala. Percebo que espontaneamente estou sorrindo. Mas me decepciono quando ele não sorri.

– Oi. –É ele quem diz parando na minha frente.

– O... Oi. –Digo tentando focar meus olhos em seu rosto.

O meu maior medo: O silêncio.

– Talvez você não saiba... –Começo, Ethan não desvia. –Mas eu estava indo para Nova Iorque...

– É. Eu não sabia.

Não evito um sorriso.

– Acontece que... –Minhas mãos começam a tremer, e minhas pernas parecem não ter ossos. –Não consigo ir sem me desculpar, por tudo. –Minha voz sai rouca, me vejo segurando o choro.

– Meu Deus, Clara... –Ethan pega minha mão.

– Não suporto a ideia de você me odiar. –Interrompo, sai quase como um sussurro.

– Nunca vou te odiar. Nunca.

Fico calada. E é isso? E é isso? Minha nossa! Não pode ser só “isso”...

Agarro as duas malas e me viro. Acalme-se, Clara, pelo menos ele foi sincero.

Caminho e então:

– Clara! –Ethan grita, me fazendo me virar repentinamente. –Não é só isso!

Ele caminha em passos rápidos, e então... Seus lábios estão nos meus, rápidos como um desespero, as mãos na minha cintura, demoro a corresponder, estou ocupada demais pensando ser um sonho. Passo os braços no seu pescoço, e delicadamente amasso seus cabelos. O sinal incendeia meus ouvidos, e todos os alunos correm para o corredor, mas Ethan e eu não paramos, e então o corpo estudantil vai à loucura quando vê aquela cena. Palmas e gritos serão as lembranças para as férias. Vejo até mesmo Rafa, Lisa, Rebeca e Beatriz.

– Eu te amo. –Sussurra ele.

– Eu também... Eu te amo.

Depois disso. É claro que veio o casamento. NÃO, só tenho dezessete anos, minha nossa! Quem sabe daqui a alguns anos, até lá Edgar vai conseguir muitas medalhas, Lisa vai enchê-lo de beijos, Rafa vai ter mil namoradas e enfim conhecer o seu amor. Rebeca vai ser a melhor amiga, namorada e cidadã que esse país já viu. Beatriz uma modelo excelente. Pedro o gênio mais gato da humanidade. Mel e Eric vão conhecer o mundo e realizar seus sonhos... E eu? Ethan?

Vou ser feliz ao lado do meu diário.

– Vou ser feliz ao lado da minha patricinha. –Ethan me beija mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Pelo amor dos anjos, comentem se não eu vou morrer kkk' brincadeira, mas é para dizer o que acharam, viu? Os AGRADECIMENTOS será postado no próximo capítulo logo após da leitura já vai estar lá, leiam por favor. Obrigada, meus amores! Até a próxima!