Patricinha? Será? escrita por Alima


Capítulo 1
Ignorem a patricinha.


Notas iniciais do capítulo

Bom... Espero de todo meu coração que vocês gostem, assim logo de cara. Esse capítulo não diz muito do que se trata a Fic, mas diz muito de como a personagem é, já que é narrada pela nossa protagonista: Clara.É isso aí... Espero que gostem...



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Meus cabelos são pretos, não como carvão e sim de um castanho escuro, e esse seria mais um motivo para as pessoas pararem de me chamar de patricinha, mas bem isso não seria de toda verdade, conheço muitas que não são loiras e são. Ao contrário dos filmes americanos as patricinhas são loiras e esnobes, não sou loira, nem esnobe, e se ser patricinha é ser isso então não sou.

Patricinha palavra que caracteriza garotas ricas, metidas, que amam rosa. Minha cor preferida é azul.

Hoje começava a volta às aulas. Eu tinha que provar pra todo mundo que não era como minhas melhores amigas, que na verdade não considero como as melhores amigas. As acho um pouco... Como definir? Patricinhas.

E lá estavam elas, vindo em minha direção. Logo quando desci do carro. A escola a minha frente. Rebeca era ainda pior do que Beatriz tinha cabelos loiros, e teorias que só ela entedia, sapatos era sua fraqueza, e com certeza a mais antipática da escola, nem sei por que sou amiga dessas duas. Beatriz e alta e morena de um jeito só dela, de uma pele que eu invejava um bronzeado que nunca conseguiria ficar, e um sorriso venenoso, copiava algumas teorias de Rebeca, como “Não tem nada melhor para afasta a tristeza do que duas coisas: Sapatos e pescoços masculinos”. Isso me enojava, mas como sempre quando não estou interessada no assunto sorria e dizia “É mesmo!”

–Clara, você esta linda com esse vestido azul. –Beatriz me cumprimentou com três beijinhos.

–Obrigada, também esta linda. –Sorri. Um pouco de falsidade não mata ninguém, não que ela não estivesse só não reparo muito no que as pessoas vestem. Por que os que elas vestem na escola são uniformes, isso não no primeiro dia.

–Amiga, não vai acreditar o que fiz nesse verão. –Rebeca sorriu me abraçando. E claro que eu sabia, existe uma coisa chamada Facebook, onde Rebeca postou mais de trinta fotos.

–Como foi em Nova Iorque? –Devolvi o sorriso.

–A você sabe... Perfeitamente perfeita. Continua a mesma é claro, não imagina quanta coisa comprei... –A partir daí não quis ouvir mais nada. Tenho um dom muito especial, fechar os ouvidos quando é necessário. Não sei se Beatriz ouve realmente entendi o que Rebeca diz, mas assim como eu ela ri, pelo menos eu finjo que aquilo é um máximo. O que mais acontece comigo quando estou com elas é a sensação que o que elas estão conversando é a coisa mais chata do mundo.

Agora estávamos caminhando pelos corredores da escola. Enquanto Rebeca e Beatriz tagarelavam, vi alguns dos meus colegas passando. Primeiro Lisa e Ethan abraçados. Lisa tinha cabelos loiros tão naturais como qualquer outro cabelo que já vê, nós nunca tínhamos conversado mais eu ia com a cara dela, tinha uma serenidade no olhar era quase puro. Ethan, seu namorado, tinha cabelos pretos, era alto e bonito, um dos poucos aqui, não era o tipo de escola que tinha garotos bonitos, poucos salvavam.

Podíamos ser colegas, mas bem não nos cumprimentavam, na verdade a maioria das pessoas me ignorava.

Logo após, passou Rafael, mais conhecido como Rafa, melhor amigo de Ethan, ele é alto e moreno, ao contrario de Beatriz o bronzeado dele é sexy, com certeza se ele soubesse disso passaria o dia flertando comigo, é ele que descola as gargalhadas da sala. E essas eram as pessoas que conhecia na minha sala. Outros quase não se manifestavam, eram invisíveis. Quem me dera ser um deles.

–E então quais são as suas? –Beatriz me tirou do devaneio.

–As suas? –Encarei curiosa.

–Expectativa para esse resto de ano, bobinha. –Rebeca sorriu, como se o que ela tivesse dito há minutos atrás, fosse hilário. Imaginei o que aquelas criaturas tinham dito... Tirar notas boas não seria o que Rebeca diria. “É esse resto de ano vai ser bem longo.” Pensei alto, talvez alto de mais, pois elas riram como se minha expectativa fosse aquilo.

Não sei o ano, mais aquele primeiro dia foi bem longo, e bastante chato. À tarde, parecia zoar da minha cara. Tédio era o que definiria o meu dia. Até meu pai, a pessoa que mais amo no mundo chegar. Meu pai é um homem muito ocupado e vive viajando mundo a fora. Minha mãe mora em casa, a diferença é que ela nem sabe qual a cor dos meus olhos. Nem eu sei os dela, só a vejo no café da manha, às vezes nem assim, até nossa empregada Denise sabe mais sobre mim.

Quando avistei meu pai, foi correndo alcançá-lo. Ele me abraçou, e fiz questão de reparar cada traço do seu rosto. O semblante de cansaço pela viagem, mais era ele sim.

–Como vai minha filha favorita? –Ele sorriu. Poderia ter dito qualquer coisa do tipo “Você só tem uma”, mas não.

–Tenho tantas coisas para contar. –Eu poderia começar como minha vida é chata e melancólica, e fazer aquele drama como “ninguém me ama, sou infeliz”. A verdade era ninguém da à mínima para o que penso, todos pensam que sou só uma garota rica, mimada e fútil, tirando meu pai, que adora ouvir o que penso.

–Oh sim, querida. –Ele riu da minha empolgação, queria a te ver o que ele iria achar do meu caso com o vizinho novo.

Durante todo verão, fiquei de olho no nosso vizinho novo, o conheci sem mais nem menos, se que o conhecia de verdade. Em belo dia onde o tédio reinava, resolvi da uma olhadinha pelo muro, só para ver quem havia se mudado para casa do lado. Meu queixo caiu quando vê a imagem que estavam diante de mim.

Ele tinha cabelos loiros, que estavam puxados para trás, por causa da água piscina que se deliciava, parecia ser mais velho que eu, não muito talvez uns dois anos. O observei por uma semana, ele praticava natação todos os dias no mesmo horário. Até que um dia, ele me pegou o espiando. Com certeza não esperava aquela reação dele, simplesmente sorriu exibindo a fileira de dentes brancos, me deixando sem fôlego, também sorri, não costumo ter vergonha, e foi só isso.

Parei de espioná-lo.

–Após o jantar poderemos conversar, só preciso de um banho bem quente. –Ele me deu um beijo na testa e subiu as escadas, em direção ao seu quarto.

Também resolvi fazer o mesmo. Após o banho desci, para o jantar, perguntei Denise se o jantar iria demorar muito, e ela me confirmou que não.

–Não, senhorita. Mas seu pai não vai jantar conosco, ele teve uma ligação muito importante, era urgente, e teve que sair às pressas.

Sabia bem o que isso significava, ele não vir para casa tão cedo, não nesse mês.

–Então também não vou jantar. –Disse a ela tristemente e subi para o quarto.

Esforcei-me pra pegar no sono, mas o que não saia da minha cabeça era “Até meu pai me ignora”.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Se você chegou até aqui então, muito obrigado! Valeu mesmo, e se gostou e vai continuar acompanhando então comente o que acharam desse capítulo. Se gostou mais ou menos então de a sua opinião pra o que precisa ser melhorado. Logo logo posto o segundo capítulo.



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