Eternamente escrita por Mayara


Capítulo 31
Capítulo 31




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Dor, uma palavra tão pequena, mas com um significado tão grande. E era esse maldito sentimento que eu estava sentindo no momento. Eu queria arrancar de mim, mas não sabia como. Eu queria nunca mais sentir esse maldito sentimento, mas estava sendo impossível no momento. Eu não sabia como o Gabe estava, eu estava aqui do lado de fora, sendo levada para o meu quarto, e ninguém me falou o que tinha acontecido com o Gabe. Eu chorava descontroladamente, e sentia uma dor forte no meu peito. Aquele medo da perda; aquele desespero e angustia não saiam de mim. O que havia acontecido naquele quarto? Minha mãe havia me falado que ele estava bem, mas porque será que ele ficou daquele jeito? Será que... Não, ele não pode estar morrendo! Ele não tem esse direito! Ele não pode me deixar! Ele não vai me deixar! Não, não e não!

– Filha, você tem que se acalmar! – minha mãe estava me colocando de volta na cama, mas eu queria era estar em outro quarto, ou queria esquecer esse acidente.

– Ele não pode me deixar, mãe. Se isso acontecer, eu morro! Se ele morrer, eu faço o pior, mãe. Eu não vou pensar em mais nada. – eu ao conseguia parar de chorar.

Minha mãe olhou assustada, e foi então que eu percebi que havia falado em suicídio. Eu nunca pensei nisso, mas será que teria coragem se caso o Gabe me deixasse? De uma coida eu tenho certeza, eu não conseguiria viver sem ele ao meu lado.

– Não pense em uma besteira dessas, Emily Campbell. Eu posso muito bem te dar umas palmadas. Você ficou louca? Nem pense em suicídio ou coisa do tipo.

– Mas eu não vou conseguir, mãe. É o Gabe, ele pode...

– Ele vai ficar bem! O Gabe é forte e teimoso. Não é qualquer acidente que vai levá-lo para longe de você ou do amor de vocês. Eu conheço o Gabe desde sempre, e sei o quanto ele vai lutar para ficar com você. E não pense mais nessa besteira. Como você acha que eu ficaria sem você? E seu pai, Emy? Ele morreria, eu morreria. Você é a minha filha, minha única filha! Minha pequena! Eu daria a minha vida por você, Emy. Eu sou sua mãe, e te amo acima de qualquer coisa ou alguém! Por favor, não pense mais nessa besteira, ok? Nem fale sobre isso, inclusive perto do seu pai. – falou, me abraçando logo em seguida.

Mamãe estava devastada com o acidente, mas ela nunca falaria. Ela aprendeu a guardar esses sentimentos para ela, o que era horrível. Ela sempre foi brincalhona, mas eu sentia que guardava as coisas ruins dentro dela. Depois que vovô morreu que ela ficou assim, e nem eu e nem meu pai conseguimos mudá-la. Eu odiava vê-la daquele jeito, e queria me bater por ter falado aquela besteira. Tantas vezes eu a escutei chorando, e quando eu perguntava o que era, e ela apenas se limitava em dizer que era por causa de uma dor de cabeça, ou por causa de um filme. Mas eu sabia que não era por nenhum desses motivos. Eu sentia que era por causa do meu avô.

– Mãe, me perdoa por ter falado aquela besteira. Eu nunca faria isso, eu apenas disse isso no nervosismo. Eu não a quero chorando e ficando desse jeito. Assim você me machuca, mãe. – a abracei mais forte mostrando o quanto eu a amo.

– Desculpe-me, querida, eu não queria desabar desse jeito.

– Mãe, não precisa ficar desse jeito, sempre que precisar desabafar...

– Ah, eu vou pegar um café e ligar para o seu pai. Tem milhões de chamadas no meu celular. – eu sabia que ela mudaria de assunto. Ela odiava se sentir daquele jeito. – Quer alguma coisa?

– Por favor, veja como o Gabe está. Eu preciso saber se ele está bem, se ele acordou, ou se...

– Não fale essa palavra, querida. Ele está bem, ok? Eu vou até o quarto dele e já volto. Eu não demoro. – saiu, me dando u m beijo na testa e sorrindo.

E eu fiquei ali, com as minhas orações e pedidos.

– Meu Deus, por favor, eu peço com todo o meu coração e fé, faça com que o Gabe acorde e fique bem. Eu preciso dele! Eu o amo tanto... Eu só peço que o senhor o ajude a sair dessa, por favor.

Eu repetia a minha reza mentalmente, até que algumas vozes que vinham do corredor tiraram a minha concentração.

– Você viu aquele rapaz do acidente?

– Não! Qual acidente?

– Aquele do carro, se lembra?

– Claro! O que aconteceu? Ele está bem?

– Que nada! Teve uma parada cardíaca e acabou de morrer. Era tão novo...

– Que Deus o tenha!

– Amém!

Não! Isso não pode ser verdade! Ele não... Gabe não faria isso comigo. Ele lutaria! Ele... Não pode ser!

– Não! O Gabe, não! Pelo amor de Deus! Ele não! – eu já não conseguia mais racionar ou apenas sussurrar. A dor estava muito grande! Eu havia perdido o Gabe! Perdido o único amor da minha vida! – Eu não vou suportar! Eu não vou...

– Filha, o que aconteceu? Porque está desse jeito? Acalme-se, ou senão você irá passar mal.

– Porque, mãe? Porque ele?

– Ele quem, filha? De quem você está falando?

– Gabe... Ele... Ele morreu, mãe! Ele me deixou! Dói tanto! – eu não tinha mais forças para nada, e nem conseguia controlar as minhas lágrimas.

– Emy, calma! O Gabe está bem! Ele acordou.

O que? Não pode ser verdade! Isso deve ser brincadeira.

– Não, mãe, eu escutei duas mulheres falando sobre o moço do acidente de carro. Ele faleceu, e foi o Gabe, não foi? Não minta pra mim, por favor. Eu preciso saber a verdade.

– Essa é a verdade, Emy. Eu acabei de sair do quarto dele, e ele estava bem e acordado.

– Jura? Ele está... Acordado? Ele não morreu?

– Não, filha. O Gabe está bem, com um pouco de dor, mas graças a Deus não aconteceu nada de grave.

Obrigada, meu Deus! Eu sabia que o senhor não iria me desamparar numa hora dessas!

– Eu quero vê-lo!

– Eu achei que iria mesmo. Posso dizer que ele está louco para vê-la também.

Sorri. Gabe também queria me ver, e só de saber disso, meu coração encheu de alegria.

***

Minha alegria era tanta, que parecia que eu iria sair de mim. Meu sorriso era enorme e meu coração se encheu de alegria. Mesmo eu ainda usando a cadeira de rodas, eu estava feliz. Muito feliz!

– Ô, minha querida, como você está? Nós passamos no seu quarto, mas você ainda estava dormindo.

– Eu estou bem, madrinha. Mesmo usando a cadeira de rodas, mas estou bem. – meu sorriso mostrou que eu estava mesmo.

– Pelo sorriso parece que você já sabe quem acordou, não é?

– Sim! Eu quero vê-lo!

– E ele você. Acredite. Gabe não para de falar, ou melhor, mandar alguém te buscar só para vê-la.

Estava até imaginando a cena do Gabe mandando em todo mundo.

– Pode entrar sem bater, porque ele está te esperando.

E assim eu fiz. Abri a porta e lá estava ele: o homem da minha vida! Sua cabeça estava virada para a janela, mas parece que ele sentiu a minha presença, porque se virou para mim e sorriu. Ah, que saudades desse sorriso.

– Meu amor, minha princesa, minha vida! Eu senti tanta saudade. Eu achei que você...

– Eu estou aqui, Gabe. Eu... Ah, meu Deus, eu te amo tanto! – puxei minha cadeira para ficar mais perto da cama.

Gabe sentou-se na cama, mas dava para ver que ele sentia dor, mas o importante era que ele estava vivo, e bem ali na minha frente.

– Como você está? Eu achei que tinha te perdido, Emy. Achei que...

– Eu estou bem! Quero dizer, estou melhor agora que você está acordado. Está com alguma dor?

– Só dor pelo corpo, mas nada comparado ao medo que eu senti quando perguntava de você e ninguém me respondia. Mas e você? Porque está de cadeira de rodas? Você ficou... Eu não sei o que...

– Eu estou bem! Não aconteceu nada comigo. Estou usando a cadeira por causa das dores nas pernas, mas fora isso eu estou bem.

– Graças a Deus! Eu fiquei tão preocupado com você, meu amor! Eu morreria se caso não conseguisse te salvar.

Isso era um assunto que eu ainda queria falar com ele. Gabe praticamente se colocou sobre mim, e por isso se machucou mais. Eu não queria que ele fizesse isso.

– Gabe, eu queria falar sobre o acidente. Eu não acho que...

– Não quero falar sobre isso. Não agora. Eu só quero sair daqui, ir para a nossa casa e fazer amor com você. Muito! Estou com saudades desse corpo gostoso...

– Gabe! Alguém pode entrar e te ouvir.

– Estou nem ai. Você é a minha noiva, e o que fazemos é a coisa mais normal do mundo.

– Ai, Gabe, você não tem jeito mesmo.

– Eu te amo, princesa!

– Eu te amo, meu príncipe.

***

Finalmente o médico nos deu alta. Ele havia falado que não precisaríamos passar mais uma noite no hospital, já que o que tivemos foram apenas alguns machucados. Gabe era o que estava mais, por causa dos roxos e dos estilhaços do vidro do carro. O que nos salvou de algo pior foi o aribag. Por isso não tivemos nada mais sério na cabeça. O Gabe ficou desacordado por mais tempo porque ele bateu a cabeça antes.

Chegamos a casa, e o que eu mais queria era tomar um banho e me jogar na cama. Gabe não me deixou um segundo, e eu me sentia protegida perto dele. Eu queria cuidar dele. De cada machucado. Queria poder agarrar o seu corpo e fazer amor por horas, mas isso não seria hoje.

Após o banho, eu desci com o Gabe para comermos algo bom. Não que a comida do hospital não fosse boa, mas é a famosa comida de hospital. Aquela sopa, que estava mais pálida do que eu, e quase nem tinha macarrão naquilo.

Estávamos chegando à sala, quando campainha tocou. Eu não poderia correr para atender por causa das minhas pernas que estavam doloridas, e Gabe estava andando, mas eu senti que ele sentia dor.

– Deve ser alguns dos nossos amigos para saber como estamos. Já que a família já foi nos visitar.

– Só espero que não seja o Chad, ou qualquer admirador secreto.

– Já começou, Gabe? Vamos parar com esse ciúme?

– Ah! Melhor eu me calar mesmo, porque não quero falar sobre o Chad bundão.

– Gabe! – ele não mudava nunca.

– Filho, tem um policial aqui. – a madrinha falou, e ao lado dela estava o policial.

Policial? Será que ele veio saber sobre o acidente. Eu não queria falar agora. Só queria descanso. Só isso.

– Peço desculpas pela interrupção, mas eu preciso falar com a Srta Emily Campbell. Eu quero saber sobre o acidente. Saber se a Srta estava em alta velocidade e se ocasionou o acidente.

Ah, meu Deus! Sei que não devo nada, mas, mesmo assim, eu não poderia deixar de pensar sobre aquele acidente. Eu não tinha culpa. Nenhuma!

Gabe

O frio percorreu o meu corpo, e o bip estava mais presente do que nunca. Eu estava entre ir para a claridade, mas a escuridão ainda estava presente. Sempre dizem para ir para seguir a luz, então eu estava tentando ir, mas a maldita estava longe. Não estava escutando mais a voz da princesa, e isso me desesperou. Será que... Não! Ela não iria embora. Ela ao iria morrer como no meu pesadelo.

A claridade estava ficando cada vez mais nítida, e eu começava a escutar as vozes de algumas pessoas, mas nenhuma era conhecida. Eram vozes masculinas, e todas diziam assuntos que eu não entendia. Percebi que eu estava conseguindo mexer minha mão, e que tudo estava ficando cada vez mais nítido. Consegui abrir os olhos, e foi então que eu percebi que estava em um hospital e que tinham alguns médicos e enfermeiros. Será que era sonho e eu estava no paraíso?

– Sr Hunter? O senhor está me ouvindo? Consegue me ver claramente.

Eu concordei, mas ainda estava assustado com tudo aquilo.

– Ótimo. Vejo que está assustado, mas o Sr está em um hospital, e está tudo bem, ok? Irei fazer alguns exames para verificar se tem alguma sequela, depois deixarei que algum familiar entre.

Eu queria pular essa parte dos exames, e queria ver a minha família. Queria saber se está tudo bem, principalmente com a Emy, a minha princesa. Será que eu escutei a voz dela, mas ela está morta? Deus queria que não!

– Emy, eu preciso...

– Daqui a pouco o senhor poderá ver a sua família, mas agora eu preciso examinar. Então fique calmo, ok?

Assenti, rezando para que acabasse logo.

***

O exame demorou mais do que eu esperava. Estava impaciente com todas aquelas pessoas ao meu redor. Era cada um falando em termos que para mim era palavrão. Estava ficando de saco cheio.

– O Sr teve muita sorte. O acidente foi grave, mas você não teve nenhuma sequela. Só sentirá dor pelo seu corpo, mas nada como alguns remédios não resolvam.

Graças a Deus! Eu estava com medo de ter ficado com alguma sequela grave.

– Cadê os meus pais? Eu quero falar com eles.

– Irei pedir para eles entrarem. Daqui a pouco eu volto.

O médico saiu, e logo entrou minha mãe e meu pai. Mamãe não parava de chorar e dizia que me amava. Já meu pai não chorava, mas eu via o quanto estava emocionado a me ver ali.

– Mãe, não chore, por favor. Eu estou aqui, e estou bem.

– Eu achei que eu ia te perder, meu filho. Nós ficamos com tanto medo.

– Eu também fiquei com medo, mas agora está tudo bem. Cadê a Emy? Eu preciso dela! Preciso saber como ela está. Ela está bem, mãe? Por favor, me digam que nada de mal aconteceu a ela.

Eu morreria se ela não estivesse bem.

– Calma, filho. A Emy está bem. Falamos com a sua madrinha, e ela nos disse que tudo está bem.

Obrigada, meu Deus! Muito obrigada!

– Pai, traga- a aqui. Eu quero vê-la, e só assim eu ficarei em paz.

– Gabe? Ah, meu querido, você está acordado.

Minha madrinha veio correndo até a mim, e me abraçou. Senti que ela estava triste. Será que a Emy tinha piorado?

– Madrinha, que saudade! – ela enxugou as lágrimas e sorriu. – Cadê a Emy? Ela veio com você? Pede para ela entrar.

– Respira, Gabe. A Emy não veio comigo.

– Por quê? Ela não está bem? Ela...

– Ela está bem, graças a Deus! Mas eu vim vê-lo primeiro antes de trazê-la.

– Ah, sim. – respirei aliviado. - Eu não quero ser sem educação, mas eu quero que senhora vá até ela e a traga aqui. Estou com saudades dela.

– Eu irei, querido. Eu volto rápido, ok? E você se acalme. Sei que deve estar sentindo dores, então não quero vê-lo desse jeito.

Concordei e sorri.

***

Minha ansiedade estava a mil. Eu queria vê-la na minha frente, e ter a certeza de que estava tudo bem. Meu coração só está completo quando ela está ao meu lado. A minha Emy, minha princesa. Fiquei olhando para a janela, perdida nos meus pensamentos que tinha nome e sobrenome: Emy Campbell. Senti o seu cheiro familiar, e virei o meu rosto. Deparei-me com ela sentada em uma cadeira de rodas, e meu coração disparou. Ela estava machucada, mas nunca ficaria feia. Estava linda, cada dia mais linda.

– Meu amor, minha princesa, minha vida! Eu senti tanta saudade. Eu achei que você...

– Eu estou aqui, Gabe. Eu... Ah, meu Deus, eu te amo tanto! – puxou minha cadeira para ficar mais perto da cama.

Sentei-me na cama, e mesmo com a dor protestando, eu queria ficar mais perto dela. A dor ali era de menos.

– Como você está? Eu achei que tinha te perdido, Emy. Achei que...

– Eu estou bem! Quero dizer, estou melhor agora que você está acordado. Está com alguma dor?

– Só dor pelo corpo, mas nada comparado ao medo que eu senti quando perguntava de você e ninguém me respondia. Mas e você? Porque está de cadeira de rodas? Você ficou... Eu não sei o que...

– Eu estou bem! Não aconteceu nada comigo. Estou usando a cadeira por causa das dores nas pernas, mas fora isso eu estou bem.

– Graças a Deus! Eu fiquei tão preocupado com você, meu amor! Eu morreria se caso não conseguisse te salvar.

Salvá-la foi e sempre será a minha prioridade. Não pensei, e nunca pensaria em fazer aquilo de novo. O importante é o seu bem estar, sua vida e ela estava em primeiro lugar pra mim.

– Gabe, eu queria falar sobre o acidente. Eu não acho que...

– Não quero falar sobre isso. Não agora. Eu só quero sair daqui, ir para a nossa casa e fazer amor com você. Muito! Estou com saudades desse corpo gostoso...

Ah, saudade é pouco. Eu preciso senti-la novamente. Sentir o corpo sobre o meu. Seu gosto, seus gemidos, seus... Ah, Gabe, daqui a pouco você vai dar um show aqui.

– Gabe! Alguém pode entrar e te ouvir.

– Estou nem ai. Você é a minha noiva, e o que fazemos é a coisa mais normal do mundo.

– Ai, Gabe, você não tem jeito mesmo.

– Eu te amo, princesa!

Eternamente.

– Eu te amo, meu príncipe.

***

Finalmente estávamos em casa. Não precisaríamos passar a noite no hospital. O que sofremos foram apenas escoriações. Eu estava mais machucado, mas nada grave. Meu olho estava roxo, e tinha mais alguns hematomas pelo corpo, porém eu ainda continuava lindo e sexy, pelo menos eu achava isso.

Não queria deixar a Emy, até me ofereci para dar um banho nela, com segundas intenções, é óbvio, mas recebi um não. Eu estava daquele jeito, porém logo eu tomaria aquele corpo sexy.

Tomei um bom banho frio, troquei meus curativos e desci para comer alguma coisa. Eu queria era comer outra coisa, mas no momento ficaria apenas na minha cabeça. Comemos um sanduiche, e eu observei como a Emy estava se deliciando com aquilo, tive pensamentos obscenos com aquela imagem. Qual é? Sofri um acidente, mas ainda estou daquele jeito. Estava com saudades dela, de como ela me tocava e de como eu a envolvia em meus braços.

Após o lanche decidimos ficar na sala. Escutei a campainha tocar, e eu rezei que não fosse o Chad vindo atormentar a minha cabeça com aquelas asneiras idiotas.

– Deve ser alguns dos nossos amigos para saber como estamos. Já que a família já foi nos visitar.

Bem, a família não é, porque antes de recebermos alta, a nossa família toda foi nos visitar, e só foi embora porque disse que iríamos descansar. Então ainda existe a chance de ser o Chad, ou George, ou algum outro babaca que goste da minha noiva.

– Só espero que não seja o Chad, ou qualquer admirador secreto.

– Já começou, Gabe? Vamos parar com esse ciúme?

– Ah! Melhor eu me calar mesmo, porque não quero falar sobre o Chad bundão.

Não queria nem me lembrar de que ele existia. O melhor era ele lá e eu aqui.

– Gabe!

Filho, tem um policial aqui. – minha mãe falou, e ao lado dela estava o policial.

Policial? Mas já? Deve ser sobre o acidente, mas eles poderiam esperar um pouco.

– Peço desculpas pela interrupção, mas eu preciso falar com a Srta Emily Campbell. Eu quero saber sobre o acidente. Saber se a Srta estava em alta velocidade e se ocasionou o acidente.

O que? Ele não veio até aqui para saber se a minha noiva ocasionou o acidente? Aquilo foi obra de algum bêbado irresponsável, e não da minha mulher. Ela não tem culpa de nada! Eu tenho certeza disso. E que ele não venha com interrogações, porque eu agiria como noivo, amigo e advogado.


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