Eternamente escrita por Mayara


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!

Olha, eu adiantei o capítulo que só seria postado no domingo, hein! Acho que merece um doce! Hahaha...

Obrigada pelos votos e pelo carinho comigo e com a história. Amo vocês, viu?!

Só está faltando uma recomendação, haha

Hoje a história terá uma diferença. Ela tem a visão da Emy e do Gabe no mesmo capítulo. :)

Mudando de assunto, eu estava pensando em postar a história no Amazon, o que acham?

Sem mais delongas... Aproveitem o capítulo, pois o Gabe está com sangue no "zói" kkkkk

Beijos



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Meu Deus! Meu pai celestial! O que era aquilo? O que era aquilo que os meus olhos estavam vendo? Ok, eu sei o que era aquilo, mas era mesmo daquele tamanho? Era normal? Lembrei-me da Joan falando: “Eu nunca vi um negocio tão grande e grosso daquele jeito...”. Ai para de pensar isso, Emily. É o Gabe, seu melhor amigo, seu melhor amigo, só isso. E que bunda era aquela? Nem a minha parecia ser tão durinha daquele jeito. Redondinha e estava bronzeada. PARA EMILY! PARA COM ESSES PENSAMENTOS!

– Princesa? Emy? Emy, você está me escutando? – Gabe gritou pra mim, me tirando desses pensamentos depravados.

– Você já está de roupa? – falei com as mãos nos olhos.

– Já me vesti, e você já pode tirar as mãos dos olhos. – falou rindo da minha cara.

Tirei as mãos dos olhos, mas eu tinha certeza que os meu rosto estava vermelho como um pimentão. Como eu vou encará-lo depois de vê-lo pelado, e ainda fiquei pensando sobre isso. Como?

– Eu não te vi princesa, por isso fui tirando o short. Eu estava correndo e quis vir nadar um pouco.

– Ok. Tudo bem. Eu vou indo. – peguei minha roupa e sai de lá correndo. Eu não sei como iria olhá-lo e não pensar no que eu vi.

O pessoal ainda não havia acordado, então fiquei sentada perto da barraca pensando sobre o que tinha acontecido há minutos atrás. Eu encontrei Gabe nu, totalmente. E meus pensamentos não foram inocentes. Por um segundo eu o desejei. Será maluquice minha? Deve ser essa história de namorados que está fazendo isso com a minha cabeça. Eu nunca senti isso com o Gabe. Eu já o vi sem camisa, suado, malhando, e nunca senti aquilo. Deve ser por causa da nudez. É claro, é por causa disso mesmo. Vocês sentem isso também quando veem um homem bonito, não sentem? É normal, completamente normal.

Escutei alguns passos e deduzi de quem era. Gabe sentou-se ao meu lado e ficou em silêncio. Odeio quando eu não tenho coragem de começar o assunto, e quando a pessoa não toma a iniciativa. Ele que ficou pelado, caramba! Ele deveria a se desculpar comigo. Tá, eu sei que ele não tem culpa, mas sei lá... Fale alguma coisa, Gabe. Por favor.

– Você viu porque as mulheres se apaixonam por mim, princesa? – disse empurrando os meus ombros com os dele.

Ufa, finalmente ele falou. Mesmo sendo uma brincadeira ele falou.

– Bobo. Eu não vi nada. – menti.

– Ah viu sim, e ficou salivando pelo poderoso aqui.

Oi? Eu quero mudar de assunto e ele vem querer falar justo “dele”

– Ah, ok!

– Confessa que você ficou até com vontade de namorar comigo de verdade. – sussurrou pra mim.

Sussurro não! Isso é judiar.

– Senti nada. Vamos mudar de assunto, ok?

– Mas eu sou bom, não sou?

– Argh! Vamos parar?

– Parei. – falou rindo e beijando a minha têmpora.

Durante o almoço nós combinamos de sairmos durante a semana, e claro, todos topam na hora. Um pouco mais tarde decidimos fazer uma leve caminhada para conhecermos melhor o lugar, que já é lindo pelo pouco que conheci.

Caminhamos animadamente, e Gabe não saia do meu lado de jeito nenhum. Ele não deixava Chad se aproximar nem um pouco, o que foi engraçado de se ver. A cara carrancuda do Gabe era muito fofa!

O lugar era realmente maravilhoso. Uma grande vegetação. Com grandes árvores, flores e alguns frutos. O céu estava divino. Afastei-me um pouco do pessoal e respirei fundo o ar puro daquele lugar maravilhoso. Irei sentir saudades daqui. Infelizmente a cidade grande não é assim, e a correria não deixa a gente vir com mais frequência para lugares assim, mas esse tempo eu posso dizer que as minhas energias foram renovadas.

Senti a presença de alguém, e por um segundo achei que fosse o Gabe, mas o perfume era outro, o toque em minha cintura era outro. Um toque não muito agradável.

– Linda esse lugar, não é?

Era a voz do Chad. Uma voz totalmente diferente do que eu gostava de ouvir.

– Chad? O que você quer? – falei, tentando me soltar dos braços dele.

– Só um abraço, Emy. Eu posso ganhar um abraço?

– Chad, eu não quero ser chata ou ruim. Eu quero ter uma amizade com você, e quero que sejamos sinceros um com outro. Eu sei que você ainda acha que podemos ter alguma coisa, mas eu já disse que não. Estou namorando o Gabe, e ele não vai gostar disso.

– É só um abraço de amigo, só isso. Ele não pode achar ruim. – falou chegando mais perto de mim.

– Eu já disse que não. Por favor, Chad.

– Emy, só um abraço, só isso.

Ele segurou a minha cintura e eu tentava de qualquer jeito sair sem alarmar ninguém. Assim que virei o rosto escutei um grito de dor, e aquela voz era muito conhecida. Era do Gabe. Deus! Era realmente do Gabe.

Sai correndo e fui junto com o resto do pessoal que estava em uma roda, e tentavam ajudar o Gabe. Eu agachei, e ele estava se contorcendo de dor e com a mão no tornozelo. Desesperei-me e não sabia se chorava ou se tentava acalmá-lo.

– Gabe eu estou aqui. Calma, eu estou aqui. – falei, beijando a sua cabeça.

– Está doendo muito. Deus! Dói muito! – falou chorando.

– Meninos, vocês podem levá-lo até o carro? Eu vou levá-lo ao médico.

– Você o que? Isso não deve ter sido nada, Emy. – Chad falou.

Olhei para ele e queria socá-lo até desmaiar. Como ele pode ser tão insensível assim? Eu até entendo que ele não goste do Gabe, mas ele estava machucado.

– Não enche Chad. Se você não gosta dele o problema é seu. Vamos meninos? – perguntei me levantando e ajudando os rapazes.

Eu estava na sala de espera do hospital enquanto o Gabe estava fazendo alguns exames. Durante o caminho para casa ele conseguiu descansar mesmo com a dor. Eu tentei ser forte para ele, mas agora não estava dando muito certo. Eu já estava chorando com medo de ter acontecido algo mais sério pelo fato de ele ter se machucado. Todas às vezes que eu me machucava ele estava ao meu lado me dando apoio e sempre dava beijinhos para sarar, e quando ele se machuca eu choro. Bela amiga eu sou, viu! Os minutos pareciam horas, e nenhum médico, enfermeira ou qualquer outra pessoa vinha me falar alguma coisa. Eu já havia ligado para o pessoal para falar que havíamos chegado bem e que já estávamos no hospital. Eles ficaram por lá, mesmo relutantes em vir embora. Pedi para eles aproveitarem mais um pouco, e se fosse algo mais sério com o Gabe eu ligaria pra eles.

Eu estava quase fazendo um buraco no chão, quando a enfermeira me chama e fala pra eu ir até a sala do doutor. Eu rezava durante o caminho e pedia aos céus que não fosse algo sério. Cheguei à sala e Gabe estava sentado em uma cadeira e com cara de dor.

– Como você está? – corri até ele e o abracei.

– Boa tarde senhorita. - O médio falou, tirando-me do abraço.

– Ah, desculpe-me doutor. Boa tarde! Como o Gabe está? – perguntei preocupada e com o coração acelerado.

– Ele teve sorte. Gabe é um homem forte, mas foi por pouco que não quebrou. Teve uma torção mediana, mas que com poucos dias e os remédios que eu irei passar irá melhorar. Espero que faça repouso por alguns dias, até que retire a faixa do sue pé.

– Pode deixar que ele irá cumprir todas essas ordens. Descanso, e tomar os remédios na hora certa. Eu mesma cuidarei disso. – falei, pegando o papel que o médico estava me entregando.

– Você tem uma ótima amiga.

– É minha namorada. – disse sorrindo pela primeira vez desde o acidente.

– Bem, você é um homem de sorte então. Além de linda é educada e cuidadosa.

– Ela é mesmo. Sou o homem mais sortudo do mundo! – falou, mas sem tirar os olhos dos meus.

– Bom você está liberado. Qualquer dor ou incomodo é só vir até aqui. Ok?

– Pode deixar doutor. Obrigada por tudo! – falei, estendo a minha mãe e me despedindo dele.

– Não precisa agradecer. Bom repouso Gabe.

– Obrigado doutor.

Gabe saiu com as muletas e reclamando ao mesmo tempo. Chegamos a casa, e eu o deixei deitado no sofá enquanto eu preparava algo para comermos. Escolhi uma sopa de galinha que ele adorava. Nossos pais não estavam em casa, o que eu deduzi que tinham feito uma pequena viagem, já que nós não estaríamos em casa. Assim que esfriei um pouco a sopa, levei em uma badeja, junto com o suco de laranja.

– Eu fiz aquela sopa de você gosta. – falei, acomodando-me no sofá ao lado dele.

– Você não fez só porque eu me machuquei, não é? – disse reclamando.

– Claro que não! Eu fiz com amor, Gabe.

– Fez mesmo? Então eu vou tomar tudo. Posso te pedir um favor?

– Claro que pode.

– Dê-me a sopa na boca igual aquela vez que vocês fez isso comigo quando eu fiquei com febre. – falou com beicinho encantador

– Você não é mais criança, mas mesmo assim eu te dou.

Ele tomou toda a sopa e depois tomou o suco junto com o remédio que o médico tinha passado. Ficamos vendo televisão até que acabamos dormindo na sala.

Gabe

Dormir com a princesa ao meu lado não foi fácil. Eu acordei no meio da madrugada eu não conseguia dormir de jeito nenhum. Não sei o que estava acontecendo comigo. Eu não me sentia mais o mesmo Gabe. Fiquei ali a olhando dormir, e assim que amanheceu eu resolvi correr para espairecer um pouco.

Corri e me exercitei um pouco também. O lugar era fantástico e ótimo para espairecer um pouco, ainda mais eu que queria tirar certa amiga da cabeça. Eu estava suado, e resolvi ir até a cachoeira para me refrescar um pouco. Ao chegar lá tirei o meu short e a cueca, mas logo ouvi um grito de uma voz muito conhecida.

– Gabe, tampa isso!

Porra! Era a princesa! Eu não tinha visto ela. Onde diabos ela estava? Por Deus, eu estava pelado e ela me olhando.

– Princesa? Meu Deus! – gritei de volta.

Ela tampou os olhos e ficou estática no lugar. Aquele corpo dos deuses estava fazendo o meu amigo acordar. Céus, ela é sua amiga seu tarado! Vamos pensar em algo para te desanimar, amigão. Calcinha bege? Calcinha velha? Droga, nem isso estavam funcionando. Já sei! A voz da garota que miava feito gato. Isso mesmo Gabe. Tente lembrar-se daquela voz horrenda e acalme o amigão daí de baixo. Estava funcionando. Ufa! Coloquei a roupa correndo e respirei fundo.

Comecei a chamá-la, mas parecia que ela estava em outra dimensão.

– Princesa? Emy? Emy, você está me escutando? – gritei depois de confirmar que ele não estava mais animado.

– Você já está de roupa? – falou com as mãos nos olhos.

– Já me vesti, e você já pode tirar as mãos dos olhos. – falei rindo da cara dela.

Tirou as mãos dos olhos e percebi que estava vermelha feito um pimentão. Eu adorava quando ela ficava daquele jeito.

– Eu não te vi princesa, por isso fui tirando o short. Eu estava correndo e quis vir nadar um pouco.

– Ok. Tudo bem. Eu vou indo. – pegou a roupa e saiu de lá correndo.

Ela estava envergonhada, e eu tinha certeza que ele não sabia como me encarar depois de me ver. Emy sempre foi assim, e era isso que eu gostava dela. Isso e muitas outras coisas, mas que não vem ao caso agora. Joguei-me naquela água maravilhosa e fiquei com os pensamentos naquele biquíni pequeno. Como ela pode usar aquilo? Ainda mais aqui com o Chad à solta. Aquele lá não se toca! Acha que ainda tem uma chance com ela. Dá vontade de rir da cara dele, mas o meu bom coração não me deixa fazer isso, por enquanto.

Assim que chego perto da barraca a vejo sentava pensando. Sentei-me ao lado dela e fiquei esperando ela se pronunciar, mesmo sabendo que ela odiava esse silêncio. Ela odiava começar um assunto, então para acabar com o climão que estava entre nós eu acabei fazendo uma brincadeira.

– Você viu porque as mulheres se apaixonam por mim, princesa? – falei empurrando os ombros dela com o meu.

Senti que ela ficou aliviada e até sorriu.

– Bobo. Eu não vi nada

– Ah viu sim, e ficou salivando pelo poderoso aqui. – brinquei.

– Ah, ok!

Ela queria mudar de assunto, mas eu queria provocá-la um pouco mais.

– Confessa que você ficou até com vontade de namorar comigo de verdade. – sussurrei pra ela.

Senti que ela enrijeceu, e o maldito traidor lá de baixo estava acordando.

– Senti nada. Vamos mudar de assunto, ok?

– Mas eu sou bom, não sou?

– Argh! Vamos parar?

– Parei. – falei rindo e beijando a têmpora dela.

Durante o almoço nós combinamos de sair quando chegarmos, e eu aceitei na hora. Estava com saudades de encher a cara com a rapaziada, mesmo sendo difícil ficar bêbado de verdade. Só não queria a presença do Chad nesse encontro com a galera, mas eu sabia que seria inevitável.

Estávamos fazendo uma caminhada pelo lugar e o bastardo do Chad estava tentando se aproximar da princesa, mas em hipótese alguma eu deixaria ficar perto demais dela. Eu seria preso, mas perto dela ele não ficaria.

Chegamos há um lugar lindo e fiquei conversando com os rapazes e as meninas. Depois de um tempinho percebi que a Emy tinha sumido, assim como Chad. Fui atrás dela, e avistei o babaca tentando abraçá-la. Eu corri atrás dela, mas não percebi que tinha uma maldita pedra no meu caminho. Literalmente tinha uma pedra no meu caminho, no meio do caminho tinha uma pedra. Acabei tropeçando e senti que havia torcido. Dei um grito de dor, não estava doendo tanto assim, mas iria fazer de tudo para tirar a Emy dos braços do idiota. Avistei-a correndo até mim e comecei a gritar mais de dor e a me contorcer.

– Gabe eu estou aqui. Calma, eu estou aqui. – falou beijando a sua cabeça.

– Está doendo muito. Deus! Dói muito! – falei chorando.

Não estava doendo tanto assim, mas tinha que manter o disfarce, né?!

– Meninos, vocês podem levá-lo até o carro? Eu vou levá-lo ao médico.

Ae! Iríamos embora, só eu e ela. Só nós dois!

– Você o que? Isso não deve ter sido nada, Emy. – Chad falou.

Ela olhou para ele, e senti que queria socá-lo até desmaiar. Eu também quero acabar com você, babaca!

– Não enche Chad. Se você não gosta dele o problema é seu. Vamos meninos? – perguntou levantando e ajudando os rapazes.

Chupa otário! Quem é o idiota sem coração agora? Eu estou rindo interiormente, e se pudesse estaria dando pulos e saltos de alegria. A cara que ele fez valeu a pena por essa pequena mentira verdadeira.

Durante o caminho eu pude descansar um pouco, mas a minha consciência estava pesada. Senti que ela ficou preocupada e escutei o seus soluços. Queria poder desmentir, mas ela iria me matar. Eu havia machucado de verdade, mas nem estava doendo tanto assim. Droga! Eu sou um péssimo amigo.

Ao chegarmos ao hospital fui levado à sala do médico, que por coincidência era um conhecido meu e do meu pai.

– Pequeno Gabe, o que está fazendo aqui? – perguntou vindo até a mim.

– Doutor Adams que surpresa!

– Pois é. Eu que o diga. Então o que temos aqui?

– Eu tropecei em uma maldita pedra.

– Acidente, hein!

– Digamos que eu fui salvar alguém.

– Alguém? Uma moça?

– Sim, uma linda e maravilhosa moça. – falei sorrindo.

– Bem, então vamos ver como está esse tornozelo.

Após alguns exames, o médico me fala que não foi nada sério, e com apenas os remédios e descanso irá passar. Mas uma ideia surgiu na minha cabeça, e eu espero que o doutor entre nela também.

– Doutor Adams, eu sei que não foi nada sério, mas o senhor poderia falar que foi uma torção mediana e que irei precisar enfaixar o tornozelo?

– O que? Para quem eu iria mentir? – perguntou sério.

– Para a moça que está comigo. Ela precisa achar que foi uma torção mais séria, e que irei precisar de cuidados. O senhor pode fazer um drama e fazer essa cara de sério que está fazendo agora

– Mentir não é bom, ainda mais na minha profissão.

– Eu sei, mas será uma mentirinha, doutor. Ela precisa ficar cuidando de mim, só de mim.

Ele parou para pensar, e pude imaginar a fumacinha em sua cabeça.

– Tudo bem, mas você me deve essa.

– Obrigado, doutor! Está fazendo um paciente feliz. – falei sorrindo.

A enfermeira foi chamar a Emy, então comecei a treinar a minha cara de dor. Assim que ela chegou à sala, veio correndo para me abraçar.

– Como você está? – perguntou me abraçando fortemente.

Quando eu ia responder o médico decide falar.

– Boa tarde senhorita.

– Ah, desculpe-me doutor. Boa tarde! Como o Gabe está? – perguntou preocupada, e meu coração se encheu de carinho por ela, mais do que eu já sentia.

– Ele teve sorte. Gabe é um homem forte, mas foi por pouco que não quebrou. Teve uma torção mediana, mas que com poucos dias e os remédios que eu irei passar irá melhorar. Espero que faça repouso por alguns dias, até que retire a faixa do sue pé. – falou sério, e com uma voz de drama.

Isso! Meu plano estava indo bem. Eu estava me sentindo mal por enganá-la, mas foi preciso.

– Pode deixar que ele irá cumprir todas essas ordens. Descanso, e tomar os remédios na hora certa. Eu mesma cuidarei disso. – falou, pegando o papel que o médico estava entregando.

– Você tem uma ótima amiga, rapaz.

– É minha namorada. – falei sorrindo e orgulho da posição dela em minha vida, mesmo que seja de mentira.

– Bem, você é um homem de sorte então. Além de linda é educada e cuidadosa.

Sim! Ela era tudo isso e mais um pouco. Mas era só para mim. Para nenhum outro idiota abelhudo.

– Ela é mesmo. Sou o homem mais sortudo do mundo! – falei sem tirar os meus olhos dela.

– Bom você está liberado. Qualquer dor ou incomodo é só vir até aqui. Ok?

– Pode deixar doutor. Obrigada por tudo! – ela falou, estendo a mão.

– Não precisa agradecer. Bom repouso Gabe.

– Obrigado doutor. – falei, dando uma piscada discreta para ele.

Sai reclamando das muletas. Aquela coisa era horrível de se usar. Argh! Eu nem sabia como usar.

Chegamos a casa, e ela me pede para ficar deitado no sofá enquanto fazia algo para comer. Fiquei mapeando os canais, até achar um programa qualquer. Senti o cheiro maravilhoso vindo da cozinha. Minha barriga roncou e eu rezava para que ela chegasse logo.

Emy vinha com uma bandeja em suas mãos e veio falando que tinha feito sopa de galinha que eu tanto gostava. Reclamei achando que era por causa da dor, mas ela me desarmou quando falou que tinha feito com muito amor. Eu não tinha dúvidas disso. Tudo o que ela fazia era com amor e dedicação. Pedi para ela e dar na boca, igual quando fazíamos quando um ficava doente. Ela aceitou e eu sorri feito um bobo.

A sopa estava maravilhosa, mas logo veio a parte chata: tomar remédio. Eu odiava aquilo, mas era preciso para não ter dor, que já estava voltando.

Ficamos vendo televisão na sala, até que eu senti que ela havia adormecido. Fiquei admirando a beleza inocente, os lábios vermelhos e o rosto angelical da minha princesa. Ela era a mulher mais linda do mundo! Não era a toa que todos os homens caiam de amores por ela, mas eu era um filho da mãe sortudo por tê-la ao meu lado. Sempre que ela dormia primeiro do que eu, eu ficava a admirando e contemplando o seu sono.

A campainha tirou-me dos meus devaneios, e mesmo com dificuldade para andar com as muletas fui até a porta. Assim que abri tive uma visão do inferno: Chad parado em minha porta com um semblante sério e carrancudo. Ele nem ao menos me deu um oi, e isso me magoou. Mentira, não magoou coisa nenhuma.

– Olá, Chad, quanto tempo. O que quer? – perguntei com pouca paciência.

– Cadê a Emy? – perguntou bravo.

Se ele acha que essa cara de poodle vai me intimar, ah, ele está totalmente enganado.

– Ela está dormindo. Pode ir embora.

– Gabe, eu quero falar com ela.

– Ela não quer e não vai falar com você.

– Quem disse? Eu sou...

– O que? Você é o ex-namorado dela.

Ou um merda que atrapalhou as nossas vidas.

– Por sua causa. Se você não tivesse...

Opa! Agora a culpa é minha por ele ser um babaca? Eu não sabia disso.

– Ela seguiu o sonho dela, diferente de você que não queria que ela fosse feliz. Que namorado é esse? Isso pra mim é um louco.

Engole essa, Chad!

– Você fez a cabeça dela.

– Eu? Eu só a incentivei. Diferente de você.

– Olha aqui Gabe, eu só não arrebento a sua cara porque você está machucado.

Ai coitado! Ele pode vir, porque até mesmo machucado, eu posso ainda irá dar uma lição.

– E não teria coragem, pois a Emy iria te matar.

Mas bem que eu queria que ela o matasse.

– Escuta aqui...

– Escuta você. Vamos colocar as coisas em pratos limpos. Eu sou o namorado dela, você não.

Engole mais essa. Quem aqui é o namorado? Eu ouvi Gabe? Isso mesmo, eu sou o namorado!

– Você a manipulou, eu tenho certeza.

Agora ele magoou o meu ego. Vamos falar a verdade, né?!

– O mundo é dos espertos, Chad. Você trabalha com números, carros e essas coisas, e se dá bem com isso. Eu trabalho com pessoas, sejam elas boas ou ruins. Eu tento persuadi-las. Tento vir para o meu lado, e faço de tudo para ganhar, seja quem for o meu concorrente. Meu trabalho é convencer, é a comunicação, e cuidar diretamente do que as pessoas querem e precisam, e eu sei o que a Emy sempre precisou, sei que essa mudança fez bem para ela, para nós.

Engole e engasga com as minhas palavras.

– E a família dela, você não pensou?

Claro que eu pensei. A família dela é a minha também.

– Pensei, e sei que eles iriam concordar comigo. Eles querem o bem dela acima de tudo, assim como eu quero o bem dela.

– Mas...

– Mas nada, Chad. Aceita que você perdeu, porque ficar se humilhando é pior. - falei rindo.

– Eu não perdi, e nunca vou perdê-la, Gabe Hunter. A Emy, a docinho, a minha docinho, sempre será minha.

Ele e esse apelido paraguaio do meu. Porque será que sempre tem que ter um invejoso na história, hein? Se não cabe criar, não tente copiar e fazer algo barato.

– Docinho? Bem, acho melhor parar com esse apelido brega, que você criou só por minha causa. Só eu posso colocar apelido, só eu posso chamá-la do que eu quiser. E se me der licença, eu tenho que ir. – falei o peitando.

– Eu não irei desistir Gabe. Nunca.

– Pode vir Chad. Eu vou estar preparado. – falei mais sério possível.

Assim que o bastardo vai embora, eu subo para o meu quarto. Mesmo com dificuldade eu consigo chegar até lá. Vou direto para mesinha ao lado da cama e jogo tudo pelo chão. A minha raiva é tão grande, que eu me segurei para não acabar com a cara do idiota. Ele ousa vir até a minha casa e fazer ameaças? Falar que não vai desistir dela? Ele só pode estar brincando!

Fiquei olhando para o enorme painel que tinha no meu quarto, e lá estavam todas as nossas fotos. Sejam juntos ou separados. Peguei uma foto de quando ela era um bebê recém-nascido e beijei. Apertei junto ao meu peito e prometi que ninguém iria tentar tirá-la de mim novamente.

Meus olhos se fixaram em uma foto dela sorrindo descontraída e falei com toda a convicção do mundo:

– Se você quer guerra, Chad Collin, é guerra que você vai ter!


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