Wyrda escrita por Brisingrrr


Capítulo 9
Duelo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Antes de tudo, peço desculpas pelo atraso. Sem enrolação aqui, leiam e espero que gostem, nos vemos lá embaixo porque hoje tenho coisas para dizer.



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Olhou para as montanhas que cortavam o horizonte e avistou a enorme mancha azul. Alguns minutos depois os presentes no enorme pátio se afastaram para o majestoso dragão safira pousar ao lado da elevação que Eragon estava. Rapidamente ele notou que os sentimentos do dragão eram melancólicos e preocupou-se.

O que há, Saphira? Percebo que não se sente feliz.

O dragão compartilhou com ele imagens de jovens dragões que havia visto entre as montanhas e ele entendeu o porquê. Saphira estava frustrada e triste. Ao ver os dragões lembrou-se dos seus ovos que nunca eclodiram. Nem os ovos que tinham dragões descendentes de Fírnen e de nenhum outro dragão que acasalara. Todos eles estavam no esconderijo guardado por Cuaroc junto com outros ovos e Eldunarís que não haviam ido para a Alagaësia. Isso era algo que frustrava tanto Saphira quanto Eragon, e ninguém jamais havia entendido o motivo. Saphira evitava o assunto, mas Eragon sabia que ela pensava nisso constantemente.

Eu sinto muito, sem saber que palavras poderia usar para confortá-la, caminhou até seu flanco e a tocou, passando lembranças felizes e o dragão retribui, parecendo melhor.

Aguardou ao lado do dragão, até que todos Cavaleiros chegassem, e ao ver o pátio cheio, saudou-os.

— Penso que devem estar chateados com o que está acontecendo, mas peço que isso não impeça nossa comunicação nesses dias – o ressentimento dos Cavaleiros era inevitável, e Eragon entendia — Vocês compreendem que serão dias diferentes e até mesmo complicados, vocês estão em níveis diferentes de aprendizado e eu sou apenas um. Então, decidi-me com Saphira que durante esse tempo as atividades serão como... torneios.

Ao dizer isso pôde ver a euforia que se instalou e avistou até mesmo sorrisos onde antes havia expressões um tanto mal humoradas.

— Saphira e eu já organizamos quais serão as tarefas, mas eles só se iniciarão amanhã ao anoitecer. Por hoje organizaremos apenas duelos com espada, então já podem se separar.

Não demorou para que, espalhados por todo o pátio, Cavaleiros duelassem e seus dragões voassem junto com Saphira para a costa sul. Eragon andava em meio às lutas e algumas vezes interrompia para corrigir algum movimento ou ensinar outra posição de combate. Logo, o sol já estava alto e os duelos não cessavam. Quando Eragon caminhava entre duas duplas de veteranos, algo fez com que todos parassem de lutar. No horizonte, à direita de Eragon, uma mancha gigantesca cobria o céu. Ao analisar melhor, Eragon sorriu. Poucos minutos se passaram e a mancha, agora nítida, preparava-se para descer ao pátio.

Com um estrondoso pouso, fazendo com que as construções próximas sacudissem mais uma vez, um grito ecoou.

— Então, é férias, irmão? — Murtagh, no dorso de Thorn acenava com Zar'roc em punho, lançando feixes de luz vermelha no chão. Tinha no rosto um sorriso estampado, e Thorn rugiu, assustando quem estava próximo ao dragão vermelho – Parece que você não me contou algumas coisas.

Desceu do dragão habilidosamente e abraçou Eragon, saudou os demais Cavaleiros e pareceu intrigado ao ver somente seu irmão ali.

— Temos coisas sérias para conversar – o Mestre não conseguia esconder o sorriso, estava feliz por tê-lo ali, depois de tanto tempo na Alagaësia com os ovos de dragão – mas é preciso esperar.

— Peço desculpas por interromper assim, sem aviso. Parece algo sério, principalmente por ausentar os demais Mestres – tinha a testa franzida e os olhos semi-cerados.

— Por enquanto, que tal me ajudar com os duelos? Afinal, você me ensinou a lutar — sorriu com a lembrança vaga.

Thorn percebendo que ocupava boa parte do espaço que os Cavaleiros usavam, afastou-se pesadamente. Os Cavaleiros que até aquele momento estavam descansando e prestando atenção nos irmãos, voltaram para os duelos. Logo, o pátio encheu-se de ruídos de espada contra espada, metal contra metal.

Murtagh e Thorn agora demonstravam sua recuperação. Murtagh era alegre e agitado, sorria bastante e mal se parecia com o Cavaleiro irado sob o poder do rei tirano. Thorn não era mais afastado, também era alegre, embora ainda preferisse transparecer calma, também mal se parecia com o dragão assustado e colérico que sofrera nas mãos de Galbatorix. Os anos que passaram reclusos foram capazes de mostrar-lhes que não eram vilões, e sim vítimas. Ainda conviviam com olhares desconfiados, assustados e até desgostosos, principalmente dos anões, mas compreendiam que era natural. Sabiam que haviam mudado, e podendo desfrutar da liberdade e missão importante para o Império eram felizes. Além disso, tinham um ao outro, e fora isso que sempre importou. E tinham Eragon, a confiança dele era a mais importante, e eles a tinham também.

Após algum tempo andando entre os Cavaleiros, ambos entretidos, um Cavaleiro humano ergueu a espada chamando a atenção de todos.

— Acho que temos aqui a oportunidade de ver um duelo fantástico. Os dois são um dos melhores espadachins que essa terra já viu, porque não duelam como demonstração? — perguntou.

Com exclamações de apoio dos demais, os irmãos se olharam e concordaram sem precisar discutir. Eragon sorriu e caminhou para o centro, onde haviam formado um círculo. Murtagh não demorou para estar junto dele, e ao se cumprimentarem, deram início.

Eragon posicionou-se, tendo o sol às suas costas, uma vantagem. Com Brisingr desembainhada, girou-a nos dedos, como demonstração e sorriu de modo selvagem. Estava com saudade daquilo, da luta. Murtagh, a sua frente, tinha a postura de um gato pronto para atacar: costas arqueadas, braços retraídos e expressão feroz. Eragon observou-o com atenção, sabendo que isso era o principal numa luta, prever por meio de expressões e sinais sutis a ação do oponente.

Ao mínimo sinal de relaxamento de Murtagh, Eragon atirou-se contra ele, empunhando Brisingr e chocando metal azul contra metal vermelho. O Cavaleiro vermelho tinha bloqueado o movimento rapidamente, e ao tentar revidar com a ponta da espada, Eragon girou nos calcanhares rapidamente e atacou, mirando o ombro do oponente. Murtagh se afastou antes da espada tocá-lo, com um movimento indicando que atacaria o braço de Eragon, fazendo-o bloquear com Brisingr, mudou o percurso e deu uma estocada contra a barriga do Mestre, sem sucesso. Os reflexos de Eragon permitiram a defesa rápida. Ambos se afastaram alguns metros, e outro Cavaleiro gritou de longe:

— Estão brincando com espadas! Mostrem-nos suas verdadeiras habilidades, lutem sério! Esqueçam que são irmãos – o Urgal riu, emitindo um som rouco e rasgante, acompanhado por demais Cavaleiros.

— Você o ouviu, irmão – Murtagh lançou-lhe um olhar divertido e um sorriso mais feroz que antes – Vamos à luta, de verdade!

— Só não vá chorar depois, Cavaleiro – Eragon disse sorrindo e viu o divertimento no rosto do irmão – Mas, não se preocupe, temos bons curandeiros.

Muitos Cavaleiros riram com a provocação, e no descuido de Eragon, Murtagh lançou Zar'roc em sua direção com uma velocidade absurda. Eragon abaixou-se e tentou acertar o pé do Cavaleiro com sua espada. Murtagh pulou e Eragon ergueu-se, chocaram as espadas que soltaram faíscas coloridas. A luta seguiu-se por muito tempo assim, metal contra metal, sem conseguirem tocar um ao outro. Os Cavaleiros exclamavam com movimentos ousados e gritavam brincadeiras e comentários.

Nenhum dos irmãos estava cansado, lutavam há muitos minutos e o máximo que via-se eram gotas de suor na testa e pescoço dos Cavaleiros. O duelo continuava empatado, até que Murtagh girou e mirou a lâmina da espada na costela de Eragon. O meio elfo bloqueou o movimento, e com o choque das espadas impulsionou-se para o lado, e ao girar a espada tocou o braço direito do Cavaleiro. Reagindo ao toque e ao susto, Murtagh lançou-se ferozmente para Eragon, tentou tocar-lhe o joelho, mas Eragon foi mais rápido, conteve a espada vermelha e forçou-a contra o próprio Cavaleiro, para escapar, Murtagh puxou-a e rapidamente estocou contra o peito de Eragon. Ele se afastou, e tendo entre eles alguns metros de distância, rodeou o adversário, que atacou-lhe na altura do pescoço. Esquivou e lançou Brisingr no quadril de Murtagh, que lançou o próprio corpo para a frente, dando uma cambalhota no chão e erguendo-se atrás de Eragon. Com a vantagem, tentou acertar a costela do Mestre, mas ele já esperava isso, e quando saiu do caminho, Murtagh passou ao seu lado errando o alvo. Estando um pouco atrás do irmão, adiantou-se e passou Brisingr na base do pescoço dele. Murtagh paralisou-se, e de repente girou, fazendo Zar'roc passar zunindo ao lado da orelha de Eragon.

Até ali Eragon estava vencendo, mas Murtagh conseguiu tocar-lhe duas vezes depois, uma no braço esquerdo e outra no punho direito. Então estavam empatados.

Depois de mais de hora lutando, Eragon começou a sentir Brisingr pesar. Defendeu um golpe de Murtagh, percebendo que aos poucos os movimentos dele ficavam mais lentos. Quando o Cavaleiro vermelho atacou-o com a espada nivelada, Eragon acertou-lhe a lateral, fazendo a espada afrouxar na mão de Murtagh, e aproveitando o segundo de vantagem, girou em torno de Murtagh com agilidade e espetou sem força a espada entre suas costelas.

— Morto – disse arfando.

Os Cavaleiros aplaudiram e Murtagh virou sorrindo.

— Parece que eu ensinei bem – gargalhou e abraçou Eragon.


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Notas finais do capítulo

Então, o que me dizem? Particularmente, eu gosto bastante desse capítulo. Me digam o que acharam, critiquem, elogiem, qualquer coisa que me deixe à par do que estão achando. Quando escrevi esse capítulo assisti várias cenas de lutas com espadas no youtube, pra tentar escrever algo bom.
Então, me explicarei porque tive esse um dia de atraso: semana corrida, saio cedo e volto tarde pra casa, quando chego tenho trabalhos, fora meu estudo, estou estudando astronomia pra me sair bem numa prova, enfim. Nessa semana minha avó faleceu, infelizmente, e isso me fez perder a noção do tempo. Amanhã me mudarei de casa, tenho mil coisas pra fazer, fica tudo muito confuso. Não tive tempo de escrever uma frase da história nesses dias, isso me deixa preocupada.
Eu ando tão cansada, que são sete da noite e tô exausta de sono, então espero que me entendam. Ah, eu ando até sem ler as histórias atualizadas, tá acumulando tudo, nem em rede social eu entro mais com frequência.
Eu tenho principalmente medo de não estar agradando vocês, então peço sinceridade. Façam perguntas também, tirem dúvidas.
Essa nota está confusa, eu tô sem concentração pra escrever, preciso sair logo, desculpas de novo. Enfim, opinem e me perdoem pelo atraso e por essa nota meio "dããZzzzZ", espero estar agradando, obrigada por tudo e até a próxima, abraços!



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