2 escrita por agarotadoforninho


Capítulo 6
Flagra


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo chegandooooooooooooo!!!! Animadas? PORQUE EU TÔ BRASEEEEEL!!!!!!

Beijos e até as notas finais.... SURTEM!



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"Tão rápido você chegou na minha vida e me ganhou tão fácil,

que eu até duvidei."

Ai que dor de cabeça! Para celular! Para de tocar!

Meu celular tocava, do outro lado do quarto e eu estava sem forças para ir atender. Me arrastei e consegui puxar a bolsa com o pé.

— Oi.— minha voz saiu rouca e falhada.

— Tudo bem com você?— reconheci a voz e logo me lembrei do que havia acontecido ontem.

Estava tudo muito embaralhado, mas eu sabia de uma coisa: fiz merda.

— Merda.— sussurrei.

— Que foi?— Pedro riu divertido.

— Tá rindo porque não é você que tá com uma dor de cabeça infernal e um baita peso na consciência das coisas que fez ontem.

— E você lembra de tudo?

— Mais ou menos... Lembro que fui uma idiota com você...

— Hum...

— Que depois comecei a beber... dançar.... e você me tirou da pista de dança.

— Certo.

— Eu por um acaso falei que estava apaixonada por você?— fechei os olhos esperando a resposta.

— Falou sim.— pude perceber que ele falou isso sorrindo.

— Droga.

— Mas a gente vai conversar sobre isso pessoalmente.

— Ainda tem isso...

— O que?

— Como que eu vou olhar na sua cara depois do que rolou ontem?

— Então você lembra de tudo...

— Me diz que a gente só se beijou...

— É pra ser sincero?

— Ai meu Deus!— Pedro começou a gargalhar.

— É claro que sim. Eu não ia me aproveitar de você bêbada.

— Idiota! Que susto...

— Não que você não tenha tentado se aproveitar de mim...

— Pula essa parte. Deve estar me achando uma vadia.

— Estou te achando a menina mais perfeita do mundo.

— Que vergonha.

— Já são duas da tarde. Toma um banho e...

— DUAS DA TARDE?- perguntei assustada.

— Sim, senhorita. Sua irmã já foi pro seu pai ontem mesmo, com o Duca. Eu liguei pra ela e falei que te levava em casa. Eu ia com o João, já que esse fim de semana vou ficar com ele, mas aí fiquei pra levar a louquinha.

— Pera, você vai ficar com o João? Especifica isso.

— Meus pais ainda estão resolvendo a mudança e a Tia Dandara sugeriu que eu ficasse lá, só esse fim de semana.

— Você sabe onde a Dandara mora, né?

— Na casa dela.

— Palhaço.— tive que rir.— Você sabe em que casa a Dandara mora?

— Como assim?

— Pedro, a Dandara é mulher do meu pai.

— Caraca! Eu não tinha me tocado. Então quer dizer...

— Que vamos passar o fim de semana juntos... na mesma casa.

Pedro começou a rir e eu ri junto.

— Vai se arrumar logo então que o fim de semana promete!

— Não quero nem pensar...

Eu estava morta de vergonha e com uma ressaca horrível.

Tomei um banho, me arrumei com muito custo, peguei algumas poucas coisas e parti para o estacionamento, para encontrar Pedro.

Eu estava com um dos meus shortinhos jeans, uma regata preta, larguinha e cavada abaixo do braço —o que deixava a mostra meu top vermelho de renda—, meu tênis de sempre e tive que finalizar com um óculos escuro, já que o sol parecia queimar meus olhos com toda aquela claridade.

Lembrete: NUNCA MAIS BEBER!

Meu cabelo estava um emaranhado só, então eu nem tentei penteá-lo. Prendi do jeito que estava, fazendo um nó, e fui.

— Desculpa.— foi a primeira coisa que disse à Pedro, logo que parei em sua frente. Ele estava encostado no carro.

— Desculpa por que, Karina?

— Pelo meu vexame de ontem.

— Na verdade, eu quero saber...— ele se aproximou mais, e retirou meu óculos.— se o que você disse ontem é verdade.

Pedro estava a centímetros de mim e eu não pude evitar olhar seus lábios. Ele percebeu e fez aquilo que eu desejava.

Seu beijo foi calmo. Ele parecia degustar lentamente. Eu me perdi em seus lábios. Eram tão macios e aquele beijo calmo deixava tudo mais gostoso.

— O que você acha?— disse assim que ele separou nossos lábios.

Ele me abraçou e disse ao meu ouvido.

— Que você está tão apaixonada por mim... quanto eu estou por você.— nesse momento ele se afastou sorrindo. E eu fiquei paralisada com a informação.

Pedro me deu um selinho.

— Vamos?

Entrei no carro, tentando assimilar o que ele havia dito.

— Tá começando a me assustar, calada desse jeito.

— O que realmente aconteceu ontem?

— Eu fui para o bar, e vi você passar, enquanto uma louca veio pra cima de mim...— Pedro começou, falando devagar.

— E você ficou com ela?

— Lógico que não.

— Ah...

— Aí eu passei a te observar dançando. Você começou a beber bastante. E a sensualizar...— Pedro começou a rir.

— Que ridículo...— eu coloquei as mãos no rosto com vergonha.

— Pelo contrário.— o olhei retirando as mãos do rosto.— Todo mundo ficou babando. Inclusive eu.

Corei na hora.

— Com certeza tava aparecendo tudo com aquela roupa...

— É, não vou mentir.— ele riu.— Mas prefiro que você faça esse tipo de showzinho só pra mim agora.

— Tá muito possessivo pra quem não tem nada.— eu sorri.

— Não seja por isso...— nesse momento chegamos e ele parou em frente a minha casa.— Karina Duarte, quer namorar comigo?

Eu pisquei algumas vezes tentando raciocinar.

— Pedro, você não acha que estamos indo rápido demais?

Pedro pegou minhas mãos e disse olhando em meus olhos dessa vez.

— Quer namorar comigo?— fechei os olhos e sorri.

— Sim.— Pedro me beijou nesse momento.

Um beijo mais urgente dessa vez. Sua língua pedia passagem e brincava com a minha. Pedro segurava firmemente em minha nuca, aprofundando o beijo. Minhas mãos faziam o mesmo.

Nos separamos respirando fundo e sorrimos um paro o outro.

— AI MINHA CABEÇA!— gritei no momento em que uma buzina extremamente alta nos interrompeu.— Que merda é essa?— minha cabeça latejava com o som.

Olhei para traz tentando ver de qual carro aquilo vinha.

— Qual o seu problema, Cobreloa?— pude ver sua expressão de surpresa, assim que gritei pela janela do carro.

Avisei a Pedro para guardar o carro no estacionamento e ele logo ligou o carro de volta. Cobra veio atrás para guardar o seu.

— Loirinha!— meu amigo me abraçou assim que saí do carro e fui em sua direção. Que saudades, cara!

— Senti sua falta também, Lutador.

— Vai passar o fim de semana aí?

Pedro neste momento chegou depositando uma das mãos na minha cintura e com a outra segurando minha bolsa.

— Oi, você é?

— Pedro.— meu namorado estendeu a mão para Cobra, sério.

OH MY GOD! Eu e Pedro estamos namorando mesmo?

— Amiguinho novo da Ka?— Cobra riu com aquele seu velho jeito sarcástico.

— Namorado.— eu me engasguei com ar nesse momento.

— Que foi Karina, tudo bem?— Pedro perguntou preocupado, enquanto eu tossia procurando por ar.

— Tudo ok.— consegui dizer entre as tossidas.

Cobra começou a rir.

— Seu pai sabe que você está namorando?— fiquei calada por alguns segundos.— E quem disse que eu te autorizo a namorar com um pela-saco desses?

— Cobra!— dei um soco em seu ombro.— Não se mete!

— Qual é a tua hein, moleque?

— Não entendi sua pergunta.— Pedro estava realmente irritado.

— Além de mané, é surdo?

— Cobra, para! Ele só tá brincando Pedro. Bancando o protetor.— Cobra riu e desfez a cara de mal nesse momento.

— Sou da paz, amigão. Tenho que proteger a loirinha, né. Karina é como uma irmã pra mim. Mas, tranquilo... Depois você me conta melhor essa história hein, Loirinha. Vou nessa!— estendeu a mão para Pedro dessa vez.— Prazer.

Pedro retribuiu o aperto de mão.

— Sério cara, desculpa pela brincadeira. E espero que faça a Ka feliz.

— Já está fazendo.— Eu quem respondi, sorrindo.

— Ih caraca, GAMADINHAAA!!!— Cobra me puxou já tentando aplicar um golpe. Desviei e consegui pegá-lo ainda com a guarda baixa, o jogando de costas no chão.

— Sempre se aproveitando da minha distração.— ele disse ainda no chão.

— E você sempre perdendo pra mim.— provoquei rindo. Nesse momento Pedro riu também.

— Essa garota é perigosa hein, Pedro. Cuidado!— Cobra se levantou e disse isso com um tchauzinho.

— Um amigo lutador então...

— O que eu mais conheço são lutadores, Pedro.— eu ri.— Mas o Cobra é meu amigão, tipo irmão sabe?

— Sei...

— Para de graça.— segurei seu rosto com as mãos.— Ele namora uma colega nossa, tá. E além disso... Quem eu gosto tá bem aqui na minha frente.— depositei um selinho em seus lábios.— namorado!

Sorri pra ele, que me observava com um sorriso bobo nos lábios.

— A gente tá namorando mesmo, mesmo, Pedro?

— Bom, eu te pedi em namoro, você aceitou.... então.

— Tá preparado pra enfrentar a fera? Mestre Gael não vai gostar nada dessa história de namoro.— comecei a rir, imaginando.

— Seu pai luta também é?

— Ele é mestre de Muay Thai, Pedro.— gargalhei nesse momento.

— Onde eu fui me meter...— Pedro fez o sinal da cruz e entramos em casa.

— BOA TARDE, FAMÍLIA!

— Enfim o casal 20 chegou!— João foi dizendo. Ele estava jogado no sofá mexendo no celular.

— Filha, que saudade!— Seu Gael veio já me abraçando, todo meloso.

— Foi só uma semana, pai.— eu disse rindo.

— Você não sabe como essa casa fica vazia sem vocês.

— Fica mesmo, Ka.— Dandara veio sorrindo me abraçar.— Pedrinho! Ai que saudades de você!— Pedro também foi abraçado por ela.— Você tá enorme, garoto!

— É né, tia. Cresci!— ele disse com aquele sorriso perfeito que cativa a todos.

— Prazer, Gael. Sua tia falou de você. Seja bem-vindo!— meu pai estendeu a mão para Pedro.

Pedro apenas apertou sua mão, sorrindo.

— Vocês demoraram hein.— João soltou a piadinha.

— Fiquei esperando a dorminhoca.— Pedro respondeu, coçando a cabeça.

— Achei que a Karina nem ia acordar hoje.— o que o João estava tentando fazer, me ferrar?

— Por quê?- meu pai perguntou, para meu desespero.

— Nada pai, esse aí não bate bem, não sabe?

— Como nos velhos tempos.— Bianca disse, vindo da cozinha.

— Bora pro quarto Pedro, te mostrar onde você vai ficar.— João chamou o amigo e foi andando sem tirar os olhos do celular.

— João, eu já disse pra você largar esse celular!

— Também te amo, mãe!— João gritou já subindo as escadas com Pedro.

Falei pro meu pai que estava cansada da viagem e fui me deitar um pouco. Que ressaca maldita!

Tomei um banho pra ver se melhorava e fui pegar uma roupa.

— Entra.— disse distraída, quando ouvi uma batida na porta.

Quando olhei era Pedro quem entrava.

— Sai, Pedro!— disse no mesmo momento. Eu ainda estava de toalha.

Ele virou de costas.

— Você disse pra eu entrar, eu entrei. Desculpa!— ele disse todo fofo.

— Eu não sabia que era você.— respondi rindo.— Agora sai pra eu colocar logo uma roupa. Se meu pai te pega aqui, comigo só de toalha, tá ferrado!

— Karina.— meu pai chamou, sua voz estava muito perto.

Nos olhamos desesperados.

— E agora?

— Vai pra debaixo da cama, rápido!

Pedro correu e se escondeu debaixo da cama. Sentei nela, fingindo estar penteando o cabelo.

— Oi, pai.— respondi assim que ele abriu a porta do quarto.

— Dandara está pensando em fazer lasanha. Prefere queijo ou bolonhesa?

— Queijo.— respondi rápido e respirei fundo logo depois.

— Tá tudo bem, filha?

— Tá sim. Já estou com água na boca em pensar na lasanha, paizinho. Já já desço.

— Ta ok.

— Ufa!— Pedro disse assim que viu meu pai fechar a porta e saiu debaixo da cama.

— Tá vendo, o que você me faz passar.

— Não foi por querer, poxa. Você que mandou eu entrar.

— Ok, agora sai.

— Sem nem um beijinho?— Pedro se aproximou me agarrando pela cintura.

— Meu pai pode voltar, seu louco.— ele me encostou na porta.

Pedro colou nossos lábios com urgência. E quase me engoliu com o beijo.

Sua mão em minha cintura, colava nossos corpos e aquela proximidade me enlouquecia.

Nossas línguas brincavam e minha mãos foram para sua nuca e cabelos.

Senti minha toalha ceder. Me soltei de Pedro ofegante e consegui segurá-la antes de terminar pelada.

— Sai, Pedro!— eu consegui dizer rindo, quando queria soar séria.

— Melhor mesmo.— Pedro saiu com as mãos nas partes baixas.

Corei e ele jogou um beijinho antes de eu fechar a porta.

— Esse garoto é louco!— disse em voz alta enquanto terminava de me vestir.

Cheguei a cozinha e estava a maior festa. Pedro ajudava Dandara a fazer a lasanha.

Precisa nem dizer que mais atrapalhava do que ajudava, né?

Bianca arrumava a mesa e João estava mexendo em uma câmera.

— Cadê meu pai?— perguntei rindo da bagunça deles.

— Ele deu um pulinho lá na academia, Ka. Já deve estar voltando.— Dandara respondeu em meio as risadas.

— Poxa, ele podia ter me chamado. Tô morta de saudades do pessoal.

— Você tá é louca pra treinar.— Bianca constatou.

— Louca é pouco.

— Cuidado com essa namoradinha lutadora hein, Pedro.— João definitivamente queria me ferrar.

— NAMORADA?— Dandara e Bianca perguntaram juntas.

— Como assim, gente?— Bianca perguntou divertida.

— Desde quando vocês... ?— Dandara olhou chocada para Pedro e depois para mim.

— Desde ontem. Também depois daquela engolição toda na festa.

— Cala a boca, João!— virei pra ele furiosa. Eu com certeza estava muito vermelha. Meu rosto queimava de vergonha.

— Mas e o seu pai, Ka? Ele vai ficar uma fera quando souber.— Dandara tentou rir enquanto nós olhávamos para um Gael, que acabava de entrar pela porta.

— Souber de quê, Dandara?


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Notas finais do capítulo

LACRANDO SEEEEEEMPRE!!!

BEIJUXXXXX, LINDAASSS DIVASSS E LOUCAAAS

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