Aquele sentimento escrita por NekoOujouBaka


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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Não era de sua conta. Realmente, não era. Então... Por que aquilo sempre o incomodava tanto? Sabia a resposta. Mas... Não queria admitir. Mesmo assim, estava ali. Não era tão idiota assim para não ter percebido a existência dele. Como não notar?!! Caso não tivesse notado, ele era um cego, ou, ingênuo de mais. E não era cego, e apesar de ser um tanto quanto ingênuo, não tanto.

Voltou seu olhar para ele e suspirou fundo. Observava o seu jeito relaxado, estava irritado por estar ali, totalmente alheio ao que o professor dizia. Não ligava, afinal, já estava em um patamar extremamente mais alto. Os seus olhos estavam fechados, mas, não dormia, era possível ver isso pelo o juntar de sobrancelhas como claro sinal que estava entediado e irritado. Seus cabelos prateados caiam para trás, algumas mechas cobriam parcialmente seu rosto, sentia vontade de levantar só para afastar os mesmos. Sempre tinha vontade de fazer isso, mas, nunca podia. Seria estranho de mais e depois ele ficaria irritado com si. Não queria isso.

– Tsuna! Pode traduzir a próxima frase? – O professor pede o tirando de seus devaneios e “despertando” Gokudera.

– Vamos décimo! Você consegue! – Torce o dono dos cabelos prateados em um murmuro com um sorriso alegre e animado.

Não pode evitar um sorriso também, encarava os olhos radiantes esverdeados do italiano. Tão diferentes de como eles eram com qualquer outra pessoa. Tão diferente de como era com ele. Sentia-se triste ao pensar isso.

O som de risadas ecoem pela a sala pela tentativa de tradução do candidato a décimo chefe da família Vongola. Tais risadas que foram caladas rapidamente ao lançar irritadiço do Hayato para o resto da turma, uma clara aura assassina ao seu redor e o olhar que parecia ser capaz de te explodir até só restar cinzas. Mas, tais olhos não abalaram o seu admirador, pelo ao contrário, começou a olhá-los mais intensamente desejando que aqueles olhos se cruzassem com os castanho deles, coisa que, não aconteceu.

Ele voltou em encorajar o menor.

Aquela sensação o invadiu novamente. Não gostava daquilo. Não gostava nem um pouco daquilo. Sabia que não fazia sentido, afinal, o Tsuna era o chefe daquela “brincadeira” de máfia. Talvez, não tão brincadeira assim. Já tinha acontecido tanta coisa naquilo que ele achava ser só uma brincadeira boba. Mas, fora graças a tudo isso ter acontecido que, de certa forma, conseguiu ser amigo do explosivo Gokudera.

Por hora, resolveu ignorar a sensação e prestar atenção na aula, tal ação parecia impossível para ele. Era como se algo de força enorme o impedisse de prestar atenção na aula, e, uma outra força, ainda maior, parecia o atrair a continuar olhando o italiano até o resto da aula. A tentação era grande, parecia uma ideia tão... Atraente. Mas, sabia que iria mal naquela matéria, então, tentou prestar atenção. Tentou, pois o campo de força impossível e a vontade que seus olhos tinham de voltar a memorizar cada pequena ação do mestiço fora mais forte e ele se viu encarando novamente aquele que tanto fazia diversas sensações nascerem nele em apenas observar.

Sem que percebesse, o sinal bateu. “Por quanto tempo fiquei encarando ele?” Perguntava-se ao perceber que já era hora do almoço. Deu de ombros e foi até onde o braço direito do décimo e o próprio décimo estavam.

– Yamamoto, quer vim almoçar com a gente? – Pergunta o Sawada ao ver que o moreno se aproximava.

– Hai, hai – Responde animado como sempre, então, como de costume foram ao terraço da escola onde tanto o Yamamoto como Gokudera começaram a abrir seus obentos, então, o Sawada pareceu se lembrar de algo.

– Iiik! Esqueci o meu obento na sala! Podem ir comendo na frente, já volto! – O Tsunayoshi diz já descendo rapidamente as escadas, afinal, queria ele mesmo pegar o seu obento e sabia que caso esperasse um segundo se quer o italiano iria começar a se desculpar e pedir para ele comer o seu. Coisa que, não queria.

Os guardiões ficaram sozinhos.

Yamamoto passou a comer, enquanto, o Gokudera esperava fielmente o Tsuna voltar com o seu almoço. Achava um absurdo o outro não ter feito o mesmo, porém, resolveu não falar nada e apenas esperar olhando para a porta das escadas. Mas, estava incomodado.

– Vai ficar me encarando até quanto? – Indaga se virando para o moreno que fica confuso por um tempo.

– Eh? Então você percebeu... Hahahahaha! – Começa a rir deixando o mestiço ainda mais irritado.

– Qualquer um perceberia! Você ficou me encarando a aula toda! Idiota – Exclama com seu jeito explosivo, o que só vez o japonês rir ainda mais.

Yamamoto queria falar. Falar alguma coisa, qualquer coisa, mas tudo que conseguia era rir esperando que isso disfarçasse a sua vergonha. Inutilmente diga-se de passagem.

– Etto... Gokudera-kun – Uma menina apareceu na porta das escadas do terraço o chamando, estava envergonhada e segurava uma carta.

Estava mais do que claro para ambos o que ela queria. Gokudera parecia não ser o tipo de pessoa que ligava para essas coisas, e realmente, não ligava, mas mesmo assim não deixou de ir receber a garota. Aquele sentimento incomodo retornou, dessa vez, ainda maior

Ciúmes.

Sabia que pouco tempo, provavelmente somente um ou dois minutos se passara deste que Gokudera fora atender a garota. Mesmo assim, para Yamamoto parecia uma eternidade, uma eternidade sofrida, dolorosa e banhada de ciúmes que aumentava a cada segundo.

Ele era dele!

Não, não era bem assim, Gokudera não era de ninguém, estava livre para fazer o que bem entendesse. E isso era claro. Mesmo assim, não deixava de sonhar que algum dia, talvez, por piedade do destino, acabasse podendo ao menos, ficar mais próximo dele. Não custava nada sonhar. Não é?

Até lá, teria que aquentar todas as vezes que alguma menina resolvesse se declarar para ele.

Declarar... Não podia ser tão difícil assim não é?

Suspirou pesadamente deitando-se, não poderia ser tão complicado. Certo? Olhou para o lado, onde supostamente os dois seguiram e acabou vendo uma cena que fora a gota d’água, Gokudera e a menina se beijavam.

Levantou de supetão, Foi em passos largos e pesados até eles, irritado e enciumado.

– O que você pensa que está fazendo?! – Separou-os puxando Gokudera pelo ombro inconscientemente o trazendo para junto do seu corpo o envolvendo pela cintura.

– HEY!! Maníaco do beisebol! Ficou maluco?! Me larga!! – Reclama o grisalho irritado estranhara a ação de seu amigo/rival, principalmente pelo moreno está o segurando tão firme e possesso sua cintura.

Hayato sem uma resposta resolveu olhar diretamente no rosto do companheiro, estranhando. Pela primeira vez via Yamamoto realmente sério, mais sério ainda de quando estava em batalha com um inimigo forte, era a primeira vez que Takeshi não mostrava seu sorriso tão acolhedor e quente como a chuva calma e sim um olhar gélido e mortal como uma chuva de inverno, gélida.

– Nunca mais se aproxime do Gokudera de novo. Entendeu?!! – Simples, frio e cortante. O tom ameaçador mostrava claro que ele não a perdoaria caso a visse perto dele novamente.

A garota se assustou. E qual não se assustaria, estava se declarando para o cara que gostava e do nada aparecia o menino mais animado e alegre da escola extremamente sério e ameaçador. Sabia o que isso significava, era mulher e para ela estava mais do que claro uma coisa.

Yamamoto Takeshi gosta de Gokudera Hayato. E não perdoaria quem tentasse qualquer coisa com ele.

Não pode entender se Gokudera retribuía tais sentimentos já que fugiu apresada. Melhor assim mesmo, o medo a impedia de chorar pelo claro fracasso, não tinha recebido sua resposta, Gokudera não reagiu diante o seu beijo, mas também não lhe respondeu, mas sabia que não teria nenhuma chance, principalmente diante da clara ameaça de Yamamoto.

O dois ficaram sozinhos novamente.

– O que deu em você maníaco do beisebol?!! Qual foi dessa sua reação?! E principalmente... POR QUE AINDA ESTÁ ME SEGURANDO ASSIM?!!! – Caso os braços de Yamamoto não fossem fortes o suficientes para impedi-lo de e afastar, já teria o explodido a muito tempo atrás.

– Não gosto quando essas meninas ficam se declarando para você. E ainda mais quando de beijam! – Explica num tom baixo, sério evitando olhar diretamente no rosto de seu amado.

– E o que diabos o que você gosta ou deixa de gostar têm em relação a minha vida em?! – Reclama explosivo como sempre.

Yamamoto nada disse, apenas o olhou. E esse olhar foi extremamente surpreendente para Gokudera.

Yamamoto estava triste, prestes a chorar, vermelho e não escondia nada disso, olhava diretamente nos seus olhos verdes, prestes a desabar, e parecia que cada vez que se afundava mais no mar esverdeado de sua íris a dor e a tristeza do maior aumentava.

– O-Oe... Maníaco do beisebol! – Gokudera estava começando a ficar realmente preocupado com o amigo. O que diabos estava acontecendo ali afinal?

E mais uma ação surpreendente para Gokudera, Yamamoto se inclinou, ainda com uma de suas mãos na cintura fina do italiano e a outra erguia o queixo dele, os lábios tocavam um no outro gentilmente, um selo demorado, um roçar de lábios, um trêmulo e o outro surpreso, imóvel, sem saber o que fazer ou como agir, surpresos e entre abertos.

– Gokudera-kun? Yamamoto? – Os dois ouviram a voz de Tsuna e finalmente Gokudera conseguira se separar do maior, extremamente vermelho e surpreso tentando se recompor logo para poder atender seu amado chefe, tento até certo êxito.

O mesmo não se pode dizer de Yamamoto, este tentou disfarçar como sempre rindo, mas ainda estava vermelho e leves lágrimas escorriam em seus olhos, deixando Tsuna ainda mais preocupado, com sua super intuição sabia que algo tinha acontecido entre eles, não sabia o por que direito, mas tinha um leve pressentimento que era algo mais intimo... Não sabia ao certo e resolvera ignorar.

E assim, sem falarem alguma coisa sobre o que aconteceu quando Tsuna estava fora, os três continuaram com seu almoço, aos poucos se soltando mais até que no final, estavam todos normais novamente. Mas claro, a mente de Yamamoto e Gokudera giravam, em zilhões de pensamentos entre o dois.

É, talvez Gokudera também tivesse começando a compartilhar aquele sentimento...


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Notas finais do capítulo

Fofo? Irritados com o Tsuna? Bom ao menos eu fiquei. Criticas? Não precisam ser positivas!
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Beijos sabor noite!