Remarkable escrita por Six Killian


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada quem comentou. Adorei!! E um outro obrigada aqueles que estão acompanhando a fic, significa bastante.



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DOIS DIAS DEPOIS...
A festa na Queen Consolidated havia sido fantástica. Conseguimos vários investidores afim de fazer parte da nossa causa. Ray havia vindo até eu com uma ideia de doar a eletricidade que sobrava da empresa para Star City, viabilizando energia para aqueles pontos da cidade onde a situação era mais crítica. Claro que para convencer os "grandes e poderosos" da cidade foi necessário organizar um evento e tanto, onde no fim, conseguimos com sucesso convencer uma boa parte da população rica da cidade a colaborar com o projeto. A noite estava se tornando muito agradável, eu fazia anotações quando necessário, buscava algo que Ray pedia e continuei a noite inteira a prestar serviços de assistente pessoal. Até que Ray me convidou para dançar.
Em determinado momento quando girava pelo salão com Ray, deparei-me com os olhos azuis de Oliver nos observando. Não, não apenas Oliver. Ele havia levado Diggle e Roy com ele. E os três me encaravam. Pelo jeito, a notícia do meu afastamento nas atividades relacionadas ao Arqueiro tinha se espalhado.
E claro, nesse breve momento de distração, pisei com tudo no pé de Ray. O grito que ele deu foi ouvido por todo salão e eu instintivamente me afastei dele, cobri a boca com as duas mãos e pedi inúmeras desculpas. A vergonha foi tão grande que fiquei mais vermelha que o vestido que usava naquela noite.
Assim que fui checar se os três ainda continuavam ali, não encontrei nenhum sinal deles.
Ótimo, melhor assim.
Agora, sentada no meu escritório e trabalhando no meu verdadeiro trabalho, tentei me concentrar ao máximo para não perder o foco novamente e ir "voar" de novo nos meus sonhos com Oliver. Deus!! O que estava acontecendo comigo? Fazia apenas 46 horas e 32 minutos (não que eu estivesse contando) que eu havia cortado meus laços e pedido umas "férias por tempo indeterminado" para Oliver, mas isso não o havia impedido de me ligar 10 vezes nesses últimos dois dias. Tirando as ligações e mensagens de Diggle e Roy, que juntas somavam mais de 20. Qual é a parte de "eu preciso de um tempo" que eles não entenderam? Não sou que nem Roy, que consegue ficar perto de Thea sem nenhum problema aparente. Não consigo ser tão forte assim. Aliás, até Thea e Laurel haviam me ligado. Isso estava ficando estranho.
Suspirei alto e voltei a dedilhar os dedos pelas teclas do computador. Por puro instinto e curiosidade, hackeei o computador na Arrowcave, para descobrir a próxima missão dos meninos. Não é por que eu me ausentei um pouco que a minha curiosidade sobre acabou, certo? Ou isso era, tipo, muito errado? Será que eles iam descobrir? Não, sem mim eles não conseguem essa grande dávida.
Os últimos arquivos que encontro são sobre uma nova droga no Glades. Por que sempre é uma nova droga no Glades? Lá eles não conhecem Vodka ou drogas normais? Mas enfim, a pesquisa que fizeram até que ficou completinha, não como as minhas, claro, mas dava para o gasto. Pelo o que conseguiram descobrir, a droga dava uma sensação de agitação na pessoa até os neurônios dela queimarem, deixando-a em um estado vegetativo e levando a uma morte lenta e sofrida. O que mais preocupava era a duração do efeito, que era apenas de 5 horas depois de consumida. Era a droga mais poderosa até agora encontrada no Glades, chegando a ter os efeitos piores que o Mirakuru. Não consegui me conter e fiz a minha própria pesquisa, localizando os lugares onde haviam encontrado as primeiras vítimas. Pelo visto, a droga estava sendo comercializada em boates e clubes, sendo vendida por um preço muito alto. A polícia de Starling City estava deixando as notícias sobre a tal da droga por "debaixo dos panos", não divulgando nada para a população da cidade.
A primeira vítima se chamava Cindy Halker e havia sido encontrada em um beco atrás de uma das boates do Glades. Pelo jeito, a droga tinha a característica de esbugalhar os olhos e deixar a pessoa completamente paralisada, por atingir especialmente o neurônio que tem a função de transmitir o sinal para sistema nervoso central ao órgão que lida com o movimento. A minha curiosidade foi tão grande que hackeei os computadores da polícia para achar amostras da droga e de sua composição. Infelizmente, o médico legista não conseguiu achar nenhum traço da substância em seu sistema. Levantei por instinto já pronta pra ir à Arrowcave, mas parei no meio do caminho. 'Não Felicity. Não.' Mas a curiosidade estava me consumindo e vontade de ir atrás de mais informação foi tão grande que peguei a minha bolsa e sai da QC em menos de cinco minutos.
xx
A ideia era ir até o necrotério para ver o corpo com os meus próprios olhos. Mas chegando lá, percebi que eu não tinha nenhuma desculpa boa para dar ao pessoal que trabalha naquele lugar. Será que "Oi, tudo bom? Então, vim aqui ver a menina da droga super poderosa que trouxeram ontem. Será que tem como eu dar uma olhadinha?" serveria? Bem, acho que não.
Dei um grito quando bateram no vidro do carro, tirando-me dos meus pensamentos. Era Dig.
"O que diabos você está fazendo aqui?"
Eu realmente não sabia como responder a essa pergunta.
"E-eu estava só dando uma voltinha."
"Pelo necrotério?"
"Aham. A gata desaparecida da minha vizinha morreu, então, você sabe. Hoje em dia essas pessoas são muito envolvidas com o bichinho e daí..." Parei de falar assim que percebi o olhar descrente de Dig.
"Ah tudo bem. Eu descobri sobre a nova missão de vocês. Desculpe, é um hábito."
Diggle olhou-me com uma falsa indignação.
"Você andou fuxicando no nosso sistema?"
Sim.
"Não." Eu não era boa com mentiras, já tinha começado a gaguejar antes mesmo de soltar o som do n. "...mais ou menos. Sim, tá bom, você descobriu. Sim, andei fuxicando."
Diggle agora estava sorrindo para mim.
"Sabia que você não conseguir ficar longe. Isso significa que vai deixar dessa fase rebelde e voltar a fazer parte do time?"
"Não! Não, nada disso. Foi só...uma recaída. Fiquei com pouquinho de curiosidade. Mas já passou."
Diggle ainda sorria.
"Felicity, você veio de carro até aqui por estava com um 'pouquinho' de curiosidade?"
"Sim."
Diggle começou a rir.
"Só você mesmo, Felicity." E voltou a ficar sério. "Oliver pediu para você atender suas ligações."
Inacreditável. Oliver estava escutando tudo.
Cheguei perto de Dig e peguei o comunicador de seu ouvido, apertando rapidamente no botão para desligar.
"Fala para o Oliver para ele parar de ligar se não quer continuar tendo suas ligações ignoradas." Desviei os olhos de Dig e olhei ao redor. "Além disso, aonde ele está?"
"Bem ali na frente." Diggle apontou com o olhar o telhado de um prédio bem à nossa frente. Oliver estava lá, vestido de Arqueiro, com Roy ao seu lado. Os dois estavam virados para o nosso lado, e mesmo que ambos os capuzes cobrissem seus rostos, sabia que eles nos observavam.
Virei séria para Diggle.
"Dig, eu não vou voltar. Fiz uma pesquisa, sim, mas vou enviá-la para você. Assim, vocês três resolvam e eu prometo não me meter mais."
Ele suspirou alto e nem tentou esconder seu desacordo.
"Acho que você está tomando as decisões erradas Felicity, mas eu a entendo por escolhe-las. Eu não a culpo." John sorriu e saiu do carro. Observei ele se afastar e saí dali sem lançar mais nenhum olhar angustiado para o telhado.
xx
De volta ao escritório, descobri que Ray havia mandado um monte de coisas para eu fazer atráves do meu novo assistente, Jerry. E quando eu digo um monte de coisas, quero dizer um pilhas de papéis para eu revisar e escanear. Pelo jeito, isso ia levar a noite inteira.
Preparei uma xícara de café e comecei a trabalhar. Uma hora depois, eu não estava nem na metade de terminar a tarefa. Pedi para Jerry fazer uma jarra de café e deixar em cima da mesa antes de ir embora, coisa que ele fez bem rapidinho e desapareceu pela a porta desejando-me um breve "boa noite" logo em seguida.
Os papéis que Ray havia deixado eram sobre o projeto de eletricidade da QC entre seus investidores e colaboradores. Pelo jeito, eles passaram a tarde inteira trabalhando nisso. Senti-me mal por ter sido uma péssima assistente hoje, sem ter dado nenhum auxílio real à ideia do Sr. Palmer. Mas é que a descoberta dessa nova droga no Glades realmente deixou-me com a cabeça em outro lugar. Esse droga tão perigosa que nem nome ainda tinha.
Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos e voltei a me concentrar no o que estava fazendo. Em vários relatórios, percebi que muitos dos investidores que o Sr. Palmer tinha conquistado para nos ajudar com a ideia eram empresários famosos em Starling City, e que muitos, assim como um certo Queen, possuem boates. Se eu conseguisse descobrir se algum deles é dono da boate no Glades onde encontraram a primeira vítima, talvez ficasse mais fácil descobrir sobre a composição da droga e por que resulta em tais sintomas. E lá estava eu de novo, me distraindo com algo que era para supostamente deixar para trás.
Suspirei fundo e me servi mais uma vez de café. Pelo jeito, a noite ia ser longa.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam??? Mandem seus comentários, menos que seja para falar mal. HAHAH