Killer escrita por Yipsi Slowinski


Capítulo 6
6:


Notas iniciais do capítulo

Hey
*
Hey



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Morto no final o fim foi feito para você

Contos de fadas podem ser tão cruéis

Um final feliz está perdido para você

**

Sabe quando você se encontra em uma situação muito, muito fora de controle ...pois então, lhes apresento "eu" rainha de entrar em furadas. Eu realmente estava matando aula -sim, para uma "serial killer juvenil" meu lado nerd fala bastante, mas isso nem era muito o problema, o problema era ...bem, simplesmente estar no covil daquelas najas psicopatas que eram os Dark Carnival -com uma loira russa de 1,80 sentada no colo do Jeremy brincando com um dardo, enquanto sorria pra mim.
Eu ...sabe, eu não gostei nem um pouco do sorriso da Miss.Soviética.
Primeiro que apenas caminhar com Jeremy até o quarto de Chelsea, que sinistramente estava no bloco "A", já foi traumático o suficiente- porque o cara é um completo lunático, que sorri para flores, conversa com nuvens e canta brincando com sua faca, que carinhosamente eram as gêmeas "Calêndula e Jermine" ...sério, sério ...sim.
Enquanto atravessávamos o campus de uma forma "bem" discreta, ou seja ...com Jeremy cantarolando, enquanto cortava algumas fiapos da sua calça, e eu olhando para trás para ver se alguma velha pinguim estava na nossa cola. Se eu fosse para solitária por causa do idiota aqui, realmente não só Harold ficaria sem as orelhas.
– Você sabe né, ficar mostrando essa faca por ai não te deixa mais perigoso -ahan, vai lá saber porque eu estava insultando um pseudo psicopata. Ele parou, arcando uma das sobrancelhas, enquanto um sorriso curvado se espalhava por seus lábios, e ele passava a lamina fria por minhas bochechas.
Bufei eu realmente não conseguia ter muito medo, só vi ali um cara esquisito. Talvez eu esteja finalmente louca, é vais saber.
– E você sabe né, esse seu mau-humor não lhe lhe deixa mais atraente.
Cruzei meus braços, tipo wtf boy? Ok, ok ele não me ofendeu ...é sério. Apenas bufei -de novo- passando minhas mãos pela minha bochecha, enquanto de mau agrado o seguia.
– Você é mesmo um amor de pessoa -resmunguei, o fazendo rir novamente.
– Claro que sim, a melhor que você irá encontrar.
Rolei os olhos, se isso fosse verdade eu estava mais do que apenas ferrada.
Haunting me, quietly alone
(It's killing me, killing me)
Tá a voz dele era legalzinha ...mas ele calou a boca depois que subimos os pequenos degraus até o corredor do bloco "A" e batemos de frente com a porta toda pichada de Chelsea.
E aqui estamos, e se estou com medo é ...talvez. O quarto dela não era um simples quarto, se parecia mais com um laboratório, havia uma prateleira repleta de frascos com líquidos florescentes, o que me deixou coçando tanto de curiosidade quanto de medo.
– Então ...o que querem? -perguntei, batucando meus pés no chão, enquanto Chelsea abria um bocejo, esticada sobre um futon vermelho, ao seu lado havia um garoto de olheiras grandes e silencioso, acho que se chamava Julian -o cara não dizia nada, se alguém ali falava com ele, o mesmo apenas abria um sorriso ou assentia.
– Estamos esperando a donzela lesma que é Stevan ...
– Estou aqui sua centopeia ruiva -esbravejou um garoto, um tanto afobado abrindo a porta e em seguida, passando os olhos pelo quarto e parando em mim -digamos que eles me fizeram sentar numa cadeira no centro do quarto, e isso era além de constrangedor era também horrível -E, é essa ai que vai nos ajudar?
– Hey, eu posso ser de grande ajuda -bufei cruzando meus braços, me sentindo um tanto ofendida, o cara que era alto e de cabelos loiros fez uma careta rindo.
– Claro, claro ...mas você não deveria estar em algum eventos desses de otakus ao invés de um reformatório?
Todos riram, até mesmo a Miss. Soviética, antes que eu abrisse a boca para falar algo, Jeremy ficou de pé, fazendo a garota rolar os olhos e enfiar o dardo no pobre estofado da cadeira.
– Exatamente o que eu pensei, mas não falei -sentia um misto de raiva e constrangimento pairando por ali, aquilo era o que, bully no reformatório? Então seu semblante lunático ficou ...pior, ele apenas caminhou até a janela batucando os dedos ali -Mas então Amanda ...pera, é esse mesmo seu nome, certo?
– É sim, e falem logo -disse rapidamente, perdendo um pouco a compostura. A Miss. Soviética falou algo em russo, Jeremy apenas riu retrucando, todos pareciam boiando ...inclusive eu, Jeremy se voltou pra mim.
– Nikola teve uma raposa com esse nome -acho que meu olhar de WTF o fez dar de ombros, idiota -Voltando...
– Meu Deus, como você em rola Jeremy, ainda bem que é mais prático com facas do que com palavras -Chelsea se colou de pé, puxando Jeremy para se sentar, o mesmo fez uma careta mais sobre os mimos da loira calou a boca - Mas tá bem, olha aqui Amanda, você deve estar com muita raiva do seu namoradinho que lhe deu belos chifres ....
– HEY! -a interrompi, empinando meu nariz -Eu não ganhei chifres, os esfaqueei antes que passassem de nível.
– Mas vai saber o que faziam por suas costas -realmente Stevan não sabia abaixar o nivel de raiva de uma pessoa, ele arcou uma sobrancelha -Pensando assim, fica muito mais fácil cravar algo na costas dele.
– Já está fácil -retruquei mas na verdade não, eu realmente estava perdida. Eu só queria que Harold e Sharise pagassem pelo que fizeram comigo no meu baile! era para ser a noite mais bonita de todas e eles me fizeram sentir como uma idiota, e não só eles ...todos meus amigos e colegas de Palaci Royal adoraram me ver enquanto aplicavam sedativos em minhas veias -fiquei com um olhar sombrio pensando nisso -Eu quero que eles pagam por sorrir, enquanto eu perdia totalmente a noção do que é real.
Posso jurar que vi os olhos translúcidos de Jeremy brilharem em total loucura, enquanto Julian pela primeira vez erguia a cabeça e me lançava um sorrisinho.
– Você é como minha irmã -sussurrou ele, eu me senti quase mal ...Julian me pareceu o tipo de garoto perdido que precisa de proteção ...ok ok, Amanda chega de querer proteger garotinhos ...mas era impossível não olhar para ele e chorar gritando um "eu nunca vou te soltar", ele me lembrava um pouco Oliver.
– Lindo, lindo ...mas você sabe que a gente pode te dar uma mãozinha, mas você vai ter que fazer algo em troca, ok? -Chelsea já sabia pelo jeito o que iria pedir, ela sorria cúmplice enquanto Stevan se balançava para frente para trás, com uma pequena caixinha em mãos -eu realmente tinha receio em saber o que estava ali. Mas antes que algo acontecesse, ela olhou para a Miss.Soviética -Nikola chispa, assuntos particulares aqui.
A garota franziu as sobrancelhas, enquanto arcava as sobrancelhas, ficando talvez ainda mais alta nos saltos azuis que usava.
– Eu, faço parte disso aqui essa coisinha moscada não vai roubar meu lugar -ela tinha um sotaque carregado, e eu apenas fiz uma careta ...coisinha moscada?, ela olhou para Jeremy que parecia interessado em brincar com um disco voador pendurado em um fio de prata que se balançava na brisa leve do quarto, bufou -Me encontre depois que a corja te liberar.
Depois de se auto fundirem, ela passou rebolando quase levando Stevan ao chão. Rolei os olhos, levando minhas mãos ao rosto, ótimo. Chelsea fez som de nojo, jogando um travesseiro em Jeremy.
– Da um jeito nessa coisa loira de sotaque esquisito, ou da próxima ela acorda sem cabelo.
– Sua invejosa -retrucou ele com um sorriso, antes que Chelsea retrucasse ele estava de pé na minha frente, se balançando sobre seus pés -Então Amanda raposa, vai nos ajudar para ser ajudada, ou vai ficar com essa cara de paisagem.
Bati em suas mãos, ele fez um bico ...apenas dei de ombros, abrindo um sorriso copiado do próprio Normam Bates, e dei de ombros.
– Me deem seu melhor.
**
– Eu realmente acho que devo calar a boca -dei um grande suspiro, enquanto caminhava para longe do bloco "A" acreditem ou não, quem estava me acompanhando de volta era Julian. Ele era baixo, cabelos castanhos finos e grandes e chorosos olhos dourados, sua pele era pálida mostrando pequenas cicatrizes pelas bochechas magras, parecia um tanto desengonçado usando roupas largas e escuras.
– Você ainda pode mudar de ideia sabe -sussurrou ele, sim sua voz era nada mais que um simples sussurro, ele olhou para o frasco em minhas mãos, que continha um liquido verde e deu de ombros -Mas eu fiz esse veneno, é uma morte simples e rápida, talvez um pouco dolorosa porque o ácido dissolve os órgãos, mas tirando isso...
– Adorável -bufei, Dark Carnival além de cantar, matar, serem tachados de lunáticos ...ainda fazem seu próprio veneno -Julian era o criador, ele fazia venenos, era seu passa-tempo ...favorito. Wow -Mas sei lá, porque vocês odeiam o casal Morrison?
Julian chutou algumas pedras, eu escondi o frasco de veneno na minha mochila, quando nos aproximamos do campus cheio de gente, ele se encolheu quando alguém passou sobre ele e fez uma careta.
– Eles são culpados por fazerem Chelsea ser expulsa da Broadway e também é metade da culpa deles por a gente estar aqui -ele abriu um sorrisinho, me encarando por debaixo de sua franja -Eles são maus, muito maus.
Sorri, enquanto caminhava até a entrada da "zona neutra", lugar que eu certamente ...se alguém descobrisse o que eu ia fazer e estava planejando já seria expulsa.
– Mas vocês não facilitam também, certo -ele apenas deu de ombros, Julian parecia novo, muito novo ...e isso me deu curiosidade -Quando anos você tem?
– 15 -sussurrou -Ano passado o Jeremy e os outros me encontraram perdido vagando pela rua, depois que consegui escapar do sanatório de Raver Hills, eles apreciaram minha habilidade de fazer venenos e tocar baixo, desde então estou com eles.
Me encostei na parede ali, observando o campus e tentando enxergar Bonnie ou Frank, até mesmo curiosa para saber se Sabrina escapou da solitária, mas via apenas rostos desconhecidos. Por isso em voltei a Julian.
– Então, porque está nessa, você não me parece um lunático -mentira, mas tudo bem. Ele abriu um sorriso, enquanto levava o dedo aos lábios, como se forçando sua mente a voltar no tempo.
– Lembra que eu disse que eu tinha uma irmã -assenti, ele sorriu e seus olhos ganharam um brilho novo -E sim, ela era bem igual a você, até na parte meia doidinha -eu fiz uma careta ele riu -Eramos gêmeos, ela dois meses mais velha ...mas ela dizia que para gente viver normal, um de nós tinha que morrer -ele engoliu em seco, enquanto eu apenas gelava com o rumo dessa história macabra -Ela então certa noite, disse que não queria que eu morresse, ela iria se "sacrificar" e me mandou ...ela me mandou aplicar ...aplicar uma dose de cianeto em suas veias, nessa época eu já fazia venenos, e ...eu..eu apliquei uma mistura de cicuta e cianeto em uma seringa e apliquei em suas veias -ele fungou, seus olhos se tornando escuros -Eu não queria! juro que não, mas ela falava coisas tão assustadoras ...eu tinha 13 anos ...e minha mãe me pegou no flagra, tudo que eu dizia era levado contra mim, fui retirado de casa e jogado em um sanatório -ele bufou -Sou considerado um lunático que assassinou a própria irmã, e é verdade, sim é.
– Ai, ai ai -abri um sorriso, enquanto bagunçava seus cabelos -Você não é que não é o louca, a louca da história é sua irmã, então ela é a culpada disso tudo.
Ele olhou para mim, me deu um beijo em minhas bochechas e sorriu, agora mais amplamente.
– Eu sei, mas eu realmente não me senti culpado -wow, isso me pegou de surpresa ele gargalhou acenando -Boa sorte.
E ele se foi, e eu fiquei ali ...com o frasco de veneno em mãos e a mente ainda mais perturbada que o normal -e olha que o normal já é assustador. Que maravilha.


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Notas finais do capítulo

Little aliens, onde estão vocês!!!



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