Killer escrita por Yipsi Slowinski


Capítulo 2
2:


Notas iniciais do capítulo

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Ela o odeia,
Pelo que ele fez com ela,
Matá-lo,eu sei que você vai mata-lo,

Leve-o ao seu túmulo,você vai fazê-lo pagar
Ela o amava,
Ele terá o que merece.

**

Tá que eu imaginei qualquer lugar do mundo para onde poderiam me mandar, até alguma ilha deserta, tipo Sing Sing ...mas devo dizer que achei mil vezes pior e me surpreendi, quando Jane comentou que Marshaw era o lugar perfeito para a "serial killer juvenil e NERD" aqui. WTF! Quando penso que a vida não pode piorar com minha pessoa, ela me fode de maneiras surpreendente ¬¬ Se eu estava com medo, é...digamos que sim, assustada também, digamos que Marshaw não tem uma fama muito boa -se é que tem uma fama. Já vi na tv coisas nada legais sobre esse lugar que recebe os adolescentes mais "problemáticos" do estado da Georgia.
Eu apenas tive um "surto", tá que eu queria te-lo matado e fincar pequenas agulhas em seu coração ...mas isso me fez assim tão má? ...Porque juro que uma vez vi no jornal, o caso de um adolescente que estripou a irmã porque queria ser o novo "Jack-estripador" e adivinha onde esse lindo está??
Yeah, certamente morando na minha nova "casa", meu santo Pikachu, isso realmente é animador ¬¬
– Eu não quero ficar aqui -resmunguei com aquela cara de "cachorro sem dono" que nunca, nunca funcionou com meus pais -eu me sentia uma cretina de certa forma, que tipo de "serial killer" sou eu que tem medo de alguns adolescentes problemáticos que podem dormir com facas puff ...devo ser mesmo uma vergonha pra Dexter ou a Hannibal.
– Pensasse nisso linda, antes de fazer aquela cena -rolei os olhos para Jane, evitando erguer meu dedo para ela, de onde essa criatura estava tirando tanta liberdade com minha divosa pessoa? Apenas bufei, me encostando no carro, enquanto meus pais como bons moradores e bons vizinhos encaravam toda extensão de Marshaw com uma careta azeda, querendo correr dali.
Oh meus queridos, eu não pensava diferente.
– Eu fui traída, traída e enganada, eu realmente foi muito legal com eles -brinquei com uma mexa do meu cabelo, enquanto fazia a imagem de Harold e Sharise desaparecer da minha mente como cinzas -Ao menos deveria ter capado ele, ou deixado ela careca.
– Amanda! -meu pai me chamou atenção, me fazendo uma careta -Com esse pensamento é que você fica aqui.
– Ahhh eu to brincando! -não não tava, mais uma mentirinha a mais pro meu currículo o que que tem né -Vocês estão com um péssimo senso de humor.
Antes que minha mãe abrisse a boca, Jane se entrometeu na frente.
– Na verdade estamos sem humor algum aqui.
– Isso se chama crise da meia idade mulher -fiz um bico com o beliscão que ganhei da minha mãe e resolvi calar a boca, discutir com Jane deixava a raiz do meu cabelo oleosa. Marshaw ficava na cidade vizinha a Palace Royal, em uma cidadezinha cheia de prédios baixos e comércios em formatos de chalés; mas o internato/reformatório em si ficava em uma parte afastada, depois de uma ponte. Mas juro que pensei em um tipo de construção velha, escura, com gritos vindos lá de dentro ...me surpreendi um pouco.
Só um pouco.
Se parecia mais com um antigo casebre, misturando com algum tipo de construção hospitalar, feito de pedras cor de olivinas. Um gramado extenso com a grama alta, e muitas árvores. Não havia som algum aqui, será que isso quer dizer algo, tipo "malucos precisam de total e silêncio absoluto" ...é talvez. Mas enquanto caminhávamos para perto dos portões, havia pichações no muro, algo como "insanos excluídos"- "doentes/ pervertidos" "fiquem longe da nossa cidade" ....¬¬ uou quanta criatividade esse povo tinha.
– Fico me sentindo privilegiada em saber o amor que o povo desse buraco sentem por nós -é "nós", eu já estava me considerando parte do ritual macabro que era Marshaw. Já estávamos do lado de dentro, por isso antes que Jane abrisse a boca, quem falou foi uma mulher assustadoramente sorridente.
Ela soltou uma risada escandalosa, antes de prosseguir.
– Digamos que eles não se sentem muito seguros com nosso adoráveis "adolescentes" problemáticos tão perto -ela riu de novo, me analisando de cima abaixo -Então, você é Amanda Sivan?
Lhe dei um olhar óbvio, enquanto olhava ao meu redor; alôôô havia mais alguma adolescente ali com pinta de Carrie-a estranha, por fim ela parecia querer uma resposta, apenas bufei, cruzando os braços.
– Sim.
– Não muito faladeira -ela riu de novo, batendo palmas juntas e fazendo suas mil e uma pulseiras tintilarem, ela sorriu automaticamente. Eu me sentia meio débil enquanto ela falava comigo, parecia que a mesma escolhia as palavras -Vai se dar bem aqui, sabe tod ...Sabrina ... -ela rodou sobre seus saltos quebra-pescoço, até nos apresentar uma garota que eu juro pelo sangue do unicórnio voador que não estava ali a alguns instantes. A mulher levou um breve, susto enquanto suspirava, e a garota rolava os olhos -Criança, já disse para parar de brotar do além, ...bem mostre a Amanda nossas instalações.
A garota cruzou os braços, abrido um sorriso que lhe falhou adoravelmente.
– Não sou nenhuma criança -então bufou, como se cansada de discutir isso com "a mulher", me deu um olhar de total tédio e deu de ombros -Venha, então.
Sem alternativas apenas a segui, mais ainda ouvi Jane rir enquanto sussurrava um "o que fazer com esses pestinhas adoráveis" argh, depois ainda não querem que eu saia por ai retalhando as pessoas, quem em nome de Willy Wonka tem de ter uma psicologa assim.
Enquanto eu meditava a garota começou a falar...
– Eu provavelmente não vou gostar de você, você não vai gostar de mim mas...
– E porque acha que não vou gostar de você -disse lhe interrompendo, a fazendo se virar para mim com os olhos em dois grandes ? estampados neles, apenas dei de ombros, observando sem interesse a erva daninha que crescia perto das escadas, resolvi mandar logo a verdade -Ando precisando de novos amigos mesmo.
Os que eu tinha agora tem medo da minha pessoa, vai entender.
A garota -que até agora eu não sabia o nome ...acho que Sabrina, né? - me encarou por um bom tempo, então riu juntando as mãos de frente ao peito, e tocando a própria bochecha. Ela parecia ...sei lá, impressionada.
Wow o/**
– Wow! sério mesmo, ninguém nunca queria ficar muito tempo comigo, diziam que eu era "magrela" e esquisita porque eu gostava de comer joaninhas -ela riu de novo, apertando a própria bochecha -gostos alimentares não se discutem pessoal- -Magrela...de qualquer forma, nunca fiz amigos, porque passava parte do meu tempo em clinicas de reabilitação, e acho que ...bem, ninguém se importou o suficiente, por isso você ...você é esquisita.
– Esquisita porque quero ser sua amiga? -ela apenas assentiu, enquanto com os pés descalços pisava com cuidado em cima de cada pedra que aparecia em seu caminho.
– Sim, e já que vamos ser ...amigas, acho melhor me apresentar sou Sabrina -ela balançou seus dedos finos na minha frente, seu braço era repleto de pulseiras de diferentes cores e formatos, apenas abri um sorriso pequeno, daqueles que dizia "ow legal".
– Amanda -bufei, bufei como se cansada do meu próprio nome ...na verdade eu estava mesmo. Enquanto seguia Sabrina, que cantarolava enquanto ria sozinha a cada brisa que o vento fazia seu cabelo estranhamento rosa voar para seu rosto, chutei algumas pedras -Então, porque está aqui? Andou esfaqueando sua Hello Kitty?
Ela gargalhou, o que me fez parar e a observa-la enquanto a mesma fazia um giro e olhava para o sol ...caralhos man...
– Eu amo a Hello Kitty ...ela não tem boca, ela não pode comer -seus olhos pareciam vidros, o que me assustou um pouco -Sabe eu já tentei costurar minha boca, foi um pouco falho ...não gostaram muito -ela me encarou séria então riu, e eu apenas acompanhei pensando "onde diabos me meti agora" -Fui diagnosticada com anorexia nervosa, da pra acreditar -ela disse isso como se sim, isso fosse muito absurdo, oras...- Diziam que eu era um risco a mim, e aos outros já que eu comecei a colocar super cola na comida da cantina, eles comiam taaaanto.
– Isso me parece divertido -tá que isso não saiu legal, mas fazer o que ...Sabrina parecia tão lunática se que se eu falasse algo errado bem capaz dela pular na minha garganta. Ela assentiu, voltando a andar pelo campus.
– Eu estou em um tratamento bem legal, sim -então ela ficou em silêncio, como se pensando na própria má sorte, então piscou se virando para mim -E você amiga o que andou aprontando?
– Eu fui traida no dia do meu baile, eu tive que fazer um trabalho com facas.
Ela assoviou, enquanto descia um pequeno degrau e me puxava pela mão.
– Sabia que se você corta a língua deles, eles não sentem mais prazer em comer -ela riu de novo, enquanto se sentava em um dos degruis, e eu fazia o mesmo. Tínhamos agora uma visão total do campus, agora ...repleto de "adolescentes", que estavam ali por serem loucos demais para a sociedade, Sabrina riu de novo me fazendo olhar para ela -Eu fiz isso com a Tonya, ela nunca mais falou comigo, e por culpa dela eu estou aqui, da pra acreditar!
Apenas neguei, voltando atenção ao campus, enquanto sentia um certo receio de Sabrina. Eu sou tipo um ogro de tanto que como ...vai saber se ela surta e quer cortar minha língua ou enfiar super cola na minha comida.
Apenas ri comigo mesma, eu tinha de arranjar uma faca.
Adoro elas, e quero uma para ...para...minha segurança.


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Notas finais do capítulo

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