Historia De Un Amor II - LM escrita por CSI Fanfiction


Capítulo 18
Capítulo 18 - "Esclarecimentos"


Notas iniciais do capítulo

Oi momores, perdoem por esse tempo em que não atualizei, mas tive sérios problemas familiares que me fizeram desistir de tudo, inclusive da minha paixão pela escrita. Mas, algo dentro de mim me motivou a voltar a escrever, e estou muito feliz de poder dar-lhes uma continuação.



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V – Me perdoe por ter me comportado tão mal contigo e a mamãe. Vocês não mereciam aquilo. Eu fui muito insensível e caprichosa quando lhes disse tantas coisas feias. Não estou querendo me justificar, mas eu fiquei muito, muito decepcionada mesmo ao escutar que eu não era sua filha. Mas agora, depois de passar por tudo aquilo percebi o quanto estava enganada, o senhor sempre o foi e sempre será meu pai, agora eu tenho certeza disso. Porque mesmo passando pelo que passou comigo, não deixou de estar ao meu lado. Eu amo muito você, meu pai!

Es – Minha princesa, eu também te amo. Você é minha filha e nada mudará isso. – Eu senti quando mais dois braços rodearam meu pai e eu. Levantei o olhar e era minha mãe, sorri e ela retribui me dando um beijo. – Que grata surpresa! – Meu pai disse sem deixar de me abraçar, mas dando um selinho na minha mãe.

M – Como meu esposo estava demorando, vim ver o que havia acontecido. – Ficamos em silêncio por alguns segundos. – Eu os amo tanto, você, seu pai, seus irmãos... minha família é meu sonho realizado. Todos juntos!

 

Capítulo 18

 

UMA SEMANA DEPOIS

Todos já haviam se estabilizado depois do ocorrido, a família, aos poucos, voltava a sua união, com um pouco de dificuldade, pois Victoria não se sentia bem ao recordar as coisas que fizera para seus pais.

Estrela nunca encontrava uma oportunidade para conversar com sua irmã, já que ela evitava. Após o regresso, Maria deixou seu irmão a par da situação.

SÁBADO PELA NOITE 21:40

— Posso entrar? – perguntou Estrela após dar duas leves batidas na porta, aberta, de Victoria.

Vicky – Errr... Claro. – Disse sem muito ânimo. Estrela entrou e encostou a porta. Ela sentou na cama e Victoria não deu muita atenção, continuou a fazer seus esboços da universidade.

Estr – Podemos conversar? É muito importante pra mim que você ouça, mas pra isso eu quero que você deixe de desenhar e preste a atenção. – Estrela pediu carinhosamente segurando a mão de sua irmã.

Vicky – Tudo bem, acho que já te evitei demais! – Sorriu sem graça.

Estr – Eu nem sei por onde começar... – Estrela estava nervosa, ensaiara tanto as falas, mas agora elas estavam perdidas ao vento e estava sendo difícil caça-las novamente. – Eu sinto muito que as coisas tenham chego a esse ponto, e saiba que eu estou tão surpresa quanto você, a mamãe e o papai... Você, e todos sabem que o desejo de Greco sempre foi ter mais filhos, e bem, tudo começou quando Carlinhos tinha uns 3, 4 anos eu parei com os medicamentos contraceptivos... Algum tempo depois fui a minha médica, ela disse que tinha problemas ovula-tórios. A questão é que Greco nunca soube, não queria decepcioná-lo. Resumindo, no teu aniversário de 15 anos, quando não pude ajuda-la, é porque durante o atendimento de um paciente, passei mal. Eu já vinha sentindo dores, cólicas muito fortes, mas ninguém soube, nesse dia eu perdi meu bebê, estava de 2 meses, e não contei a ninguém, porque sabia os riscos que aquela gestação tinha. – Estrela deixava escapar algumas lágrimas enquanto relatava seu sofrimento.

Vicky – E-eu sinto muito! – Victoria disse, apertando a mão da irmã em forma de apoio.

Estr – Então eu desisti, mas não voltei a tomar os anticoncepcionais, eu esqueci e o resultado é esse. – Ela passou a mão no rosto removendo as lágrimas e sorriu. -  Confesso que quando você disse que estava grávida, eu desejei também poder gerar um bebê... Imaginei como seria se pudéssemos compartilhar esse momento juntas. Quero que saiba que eu te amo muito, e não queria que estivesse passando por isso. E peço que não comente com ninguém sobre a minha gravidez, gostaria de falar com Greco primeiro, ele ainda não sabe.

Vicky – Eu também te amo, Estrela... Saiba que eu não quero que pare sua vida pelo que aconteceu comigo e com meus bebês, não devemos misturar as coisas. É difícil pra mim? Com certeza, mas o mundo não pode parar por causa disso. E, prometo não dizer a ninguém sobre isso.

Estr – Posso dormir aqui? – Perguntou insegura com um sorriso sutil.

Vicky – Claro, mas e o Greco? – Perguntou, enquanto removia seus esboços da universidade, que ela havia voltado. – Ele não ficará chateado?

Estr – Hmm, não. Nós discutimos de novo, e ele disse que ia para casa dos pais! – Elas deitaram e Estrela abraçou a irmã, ficaram deitada de conchinha em silêncio até pegarem no sono.

**

— É tão bom ter nossa família de volta! Sei que pode demorar a sermos àquela família unida e feliz que éramos, por tudo o que ocorreu, mas já não estamos mais separados.  – Disse Maria enquanto se aninhava melhor ao peito do marido.

Es – Sim. Me sinto contente por Vicky ter retornado à universidade, isso irá distraí-la a maior parte do tempo, e com o tempo ela irá superar a perda dos filhos. –

M – Espero que possamos ter um pouco de paz agora!

Es – Eu acho um pouco difícil, ainda tem Estrela. A vi, sem querer, discutindo com Greco, e bem, não parecia uma simples discussão, mas também não fiquei para ver o final.

M – Não podemos intervir, você sabe não é?! Mas eu sinto muito por ela, já que está passando por um momento difícil e se nega a pedir ajuda do marido. Creio que esse filho pode ajuda-los.

Es – Deixemos a conversa de lado, está tarde e devemos dormir. Boa noite, meu amor, eu te amo!

M – Boa noite, Estevão, eu também te amo! – Selaram sua união com um singelo beijo nos lábios, Maria voltou a recostar sua cabeça sobre o peito do marido e dormiu.

**

— Bom dia. – Disse Victoria ao chegar na mesa do café-da-manhã. Beijou os pais e sentou-se ao lado de Estevão, seu lugar.

M – Bom dia, meu amor. Dormiu bem? – Maria perguntou.

Vicky – Teria sido melhor se Estrela não se batesse tanto na cama. – Disse com humor, sorrindo.

Es – Vocês dormiram juntas? – Estevão perguntou enquanto colocava café na xícara para filha.

Vicky – Sim, ela é muito espaçosa, por Deus! – Riu. – E os outros, não desceram ainda?

M – Ainda é muito cedo, a propósito, o que fará que levantou tão cedo? –

Vicky – Dar uma corrida no parque, a gra-gravidez me deixou algumas gordurinhas... – Disse somente, poderia se dizer que eles ficaram em silêncio por respeito. Maria sorriu a filha dando-a apoio.

**

Já era hora de almoço, mas estavam somente Estrela, Estevão, Maria e Victoria na mesa, Heitor e a família, junto com Carlinhos haviam saído almoçar fora. Já Greco não havia voltado da casa dos pais.

— Tudo bem aí, Estrela? – Estevão perguntou, estava preocupado já que a filha não havia comido nada. – Estrela? – A chamou novamente, já que não o respondera anteriormente.

Estr – Ah, oi?! Disse algo? –

Es – Perguntei se está tudo bem com você?! –

Estr – Sim, claro... Só estou um pouco cansada, acho que irei me deitar um pouco. –

Vicky – Não vai comer não? Uma fruta pelo menos... –

M – Tua irmã tem razão, você precisa se alimentar, Estrela, vocês precisam de nutrientes.

Estr – Eu sei, ok?! Mas eu estou um pouco enjoada e desconfortável, não consigo comer nada agora. Eu vou deitar um pouco, depois desço e como qualquer coisa. – Assim que Estrela levantou-se e empurrou a cadeira para trás, sentiu um desconforto muito grande, pôs a mão na altura do ventre e olhou para baixo. Estava manchada de sangue.

“Estrela? Estrela, está tudo bem?” – ouviu a voz da sua mãe longe, assim como a de sua irmã. “Mãe, pai, ela está sangrando”. “Vai ficar tudo bem, princesa”. “Vocês são fortes”. Ela só ouvia ecos e mais ecos, não conseguia mais distinguir de quem era a fala, quem a carregava, nada, só o silêncio angustiante de uma reprise dolorosa.

**

Estrela teve um princípio de aborto, mas graças à agilidade médica conseguiram evitar o pior.

SEMANAS DEPOIS

G – Quando pretendia me comunicar sobre a gravidez? Quando já estivesse prestes a ganhar? – Greco havia evitado essa conversa por algumas semanas até que Estrela estivesse 100% saudável para uma conversa “amena”.

Estr – Quando eu estivesse fora de riscos, ok? E eu prefiro que você não use esse tom acusador. –

G – Fora de riscos? O que quer dizer com isso? –

Estr – Que por mais que você quisesse ter mais filhos, eu tenho dificuldades, tá legal?! Meu corpo rejeita os fetos, ao contrário do que você pensa eu deixei de tomar os anticoncepcionais há muito tempo, mais tempo do que você possa imaginar. Eu só queria te poupar de sofrimentos caso eu não conseguisse levar mais uma gestação adiante, ok? – Estrela fala com calma, pois não podia ter emoções muito fortes.

G – Como assim “não conseguisse levar mais uma gestação adiante”? -  Estrela o encarou, ela estava sentada no sofá da sala, não havia ninguém em casa além deles.

Estr – Há três anos eu perdi um bebê com dois meses de gestação, quase três. E, como eu tinha altas chances de não conseguir levar a gestação adiante, não disse nada para não decepcioná-los, para não causar expectativas e depois ter que ficar com cara de choro pelos cantos, por isso colocava desculpas de que o trabalho exigia muito, que Carlinhos era pequeno e tantas outras que você já sabe... Eu só não queria que criassem a mesma ilusão que eu, quando descobri. -  Seu choro era silencioso, mas seus soluços a delatavam.

Greco estava abismado, sem chão... Ele sempre a culpou em pensamento pelo desandar do casamento, mas no fim era ele o culpado, ele que não percebera que ela precisava de ajuda... Quando ela, há anos, ficou um tanto depressiva, ele a havia culpado por isso também, por seus descuidos com o casamento.

Exigia muito dela sem perceber que ela só estava precisando de um abraço amigo, de um colo carinhoso e de palavras de consolo.

Ele sentou ao seu lado, e a abraçou tão forte quanto pôde. Suas lágrimas se misturaram, e alguns fios se enredaram nas faces molhadas. Permaneceram ali até que o cansaço clamasse, deitados no sofá mesmo, abraçados descansaram.


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Notas finais do capítulo

Oi gente, eu sei que o capítulo não é tudo aquilo, mas foi o que deu para fazer. E sim, eu lamento muito por ter estado ausente por 1 ano e 5 meses, todas minhas histórias do Nyah estão paradas, menos essa que acabei de atualizar e da Usurpadora, que atualizei depois de 1 ano e 6 meses... Espero que vocês compreendam, e comentem se falta alguma coisa, o que esperam da fic, o que deseja que aconteça, enfim, obrigada!

@carlasantossc



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