As Filhas da Minha Noiva escrita por Morgana Salvatore


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Vocês vão me odiar por está de volta?



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Isabella Swan

Naquele momento eu entendi perfeitamente o porquê mesmo que no inicio a proposta do Carlisle parecesse um plano louco ele tinha conseguido me convencer. Ele era um excelente chefe. Apenas uma conversa e ele tinha conseguido me aliviar sobre todas minhas preocupações relativas ao meu trabalho e como eu iria conseguir conciliar o trabalho com as meninas. Ele tinha permitido que eu trabalhasse em casa e que só estivesse ali para as reuniões que minha secretária não conseguisse remarcar. E se ofereceu para ficar com as meninas se eu tivesse que está ali em um momento em que elas não tivessem na escola. Conversar com ele me deixava tão segura que eu me vi desejando que ele soubesse sobre minha gravidez, certamente ele saberia o que dizer e me aconselhar sobre qual seria o melhor jeito de contar para o filho dele. Mas eu não podia fazer isso, o Edward precisava ser o primeiro a saber independente do que isso pudesse causar.

Minhas batidas na porta eram delicadas eu não queria que as coisas fossem assim, o deixei sair daquele jeito apenas porque eu estava com medo do rumo que nossa relação iria tomar depois que eu já não guardasse mais segredos.

—Posso entrar? —Perguntei mantendo apenas minha cabeça no vão da porta.

Ele estava concentrado em sua mesa usando óculos de grau que o deixava bem fofo e sexy. Assentiu me dando um sorriso triste. Largou o lápis que usava e tirou o óculos correndo os dedos pelo cabelo deixando-os ainda mais bagunçados.

—Eu só queria te avisar que já estou indo. —Fui por um caminho mais seguro.

Balançou a cabeça afirmando.

Me sentei na cadeira em frente a ele.

—Desculpa por mais cedo eu apenas estou um pouco estressada, perdi completamente todo o meu planejamento. Só surtei antecipando os problemas. —De toda forma não era uma mentira tinha sido exatamente isso que aconteceu. Eu me antecipei sobre o que aquele segredo faria com a nossa relação.

—Vem cá? —Chamou. Deixei a cadeira e caminhei me aproximando dele. Ergueu as mãos e me puxou me fazendo cair no colo dele. —Só sinto sua falta, por isso que na maioria das vezes eu sou chato assim.

—Também sinto a sua. —Me inclinei e deixei um delicado beijo nos lábios dele.

—Tem algo que eu possa fazer para te ajudar? —Deu um sorriso lembrando da brincadeira que o pai dele fez.

—Na verdade seu pai já cuidou de tudo ele disse que quando eu precisar você vai ser babá das meninas. —Ele fez uma careta. Ninguém podia me culpar por me divertir com esse jeito ridículo dele.

—Engraçadinha. Mas estou falando sério mesmo que envolva um sacrifício eu faço.

—Bobo. —Nesses momentos que eu me sentia ainda mais a vontade com ele quando mesmo com tudo ele parecia está disposto a fazer algo que ele considerava – qual era mesmo a palavra que ele usou?- tortura. Mas eu sabia que ele não lidaria meia hora com as quatro juntas antes de surtar. —Falando sério eu e seu pai já conseguimos uma estratégia para que eu conseguisse conciliar tudo.

—Fico feliz. —Ele voltou a me beijar. Quando o beijo começou a se animar eu me afastei dele.

—Preciso ir tenho que buscar elas na escola. Falo com você mais tarde.

—Te amo. —deixei um selinho nos lábios dele que rapidamente se empolgando colocando a língua e me puxando ainda mais para ele.

—Edward preciso ir. —Disse me afastando dele e me levantando do colo dele. —Tchau. —Respirei fundo tentando controlar minha respiração que ainda estava afetada pelo beijo.

—Tchau. —Não fez nenhum esforço para esconder seu descontentamento com a minha fuga, mas tinha um sorriso no rosto que demonstrava que estávamos bem.

[...]

—Meu Deus como você está suada. —Abracei ela sem me importar. Julia tinha entrado para o time de futebol feminino nessa nova escola, coisa que o pai dela não permitia quando ele pagava a escola. Algo na cabeça retrorrega dele impedia ele de entender que uma menina podia jogar futebol sem que isso se tornasse um grande problema ou gerasse uma discussão enorme. Quando eu me mudei a melhor parte foi a birra dele em não querer contribuir financeiramente com nada relacionado a elas, o que me deu completa autonomia para decidir o que era melhor para minhas filhas sem precisar da concordância dele. Aquele novo emprego e aquele salário era algo que eu nem sabia que precisava até ter, ser completamente independente era libertador.

—Eu fiz um gol muito lindo mamãe você tinha que ver.

Apertei as bochechas dela com delicadeza vendo a pele ficar ainda mais rubra.

—No próximo treino eu prometo que eu venho ver. —Era uma promessa que me daria um pouco de trabalho, mas que eu tinha certeza de que ela iria amar e que eu iria amar. O salário compensava, mas eu sentia falta de passar o dia todo apenas me dedicando a elas.

—Sério? —Absorvi toda a animação dela.

—Claro que sim. Agora vamos buscar suas irmãs. —Ela correu na frente enquanto eu pegava o telefone e adicionava um lembrete na minha agenda. Mantive meus olhos nela até ela entrar correndo no corredor da escola, não tinha o que me preocupar aquele ambiente era completamente seguro. Nada era melhor do que ter todas as atividades extracurriculares sendo feitas no mesmo lugar, assim eu não precisava ficar me deslocando como uma louca.

Meu telefone apitou notificando um novo lembrete. Lembrando-me que eu precisasse ir à secretária ver se eu conseguia colocar elas na natação por mais um dia. Só quarta feira que elas saiam da escola direto para casa e eu precisava preencher aquela brecha na tarde delas para assim conseguir mais tempo livre para me dedicar ao meu trabalho, mesmo com o Carlisle sendo um anjo eu não podia e nem queria abusar.

Entrei na sala onde a aula de ballet das minhas duas princesinha acontecia. Não consegui disfarçar minha surpresa com a minha menina mais velha pendurada em uma barra de cabeça para baixo, o uniforme de futebol contrastava com a roupa rosa das outras meninas bailarinas. Os cachos ruivos quase alcançavam o chão de tão grande que estavam.

—Julia. —Chamei elevando um pouco o tom de voz. Ela me olhou me dando um sorriso mais lindo do mundo que me fazia derreter toda. Como ser séria com aquela carinha de anjo.

—Olha mamãe o que eu sei fazer.

—Desça já daí. —A professora me deu um olhar de pena. —Desculpa. —Não tinha o que fazer além de me desculpar.

—Suas meninas estão experimentando o uniforme da apresentação. —Deu um sorriso sabendo que significava que eu tinha mais um compromisso naquela semana que eu não podia perder.

—Mamãe eu não consigo descer. —Encarei a Julia ainda mais embolada nas barras do que antes.

Caminhei até ela segurando-a para que ela conseguisse descer.

—Devia deixar você pendurada ai macaquinha. —Apertei a barriga dela provocando cócegas nela. —Peça desculpas a senhorita Dennis pela sua invasão e por ter atrapalhado a aula dela. —Fui seria.

—Mas a aula já tinha acabado mamãe.

—Não importa. Peça desculpas.

—Desculpa titia. —A professora deu um sorriso para ela.

—Só perdoou se você vir fazer aulas comigo. —Ri da cara que minha filha fez, mesmo sendo levadas, eu sabia que minhas menininhas conseguiam encantar a todos com aquele jeitinho delas.

—Nem pensar. —Ela se virou de mim fugindo do assedio da professora. —Mamãe vamos buscar a Sophie. —Eu sabia que era apenas para sair do convite da professora. Minha outra princesinha, Sophie, era completamente relapsa com exercícios físicos, a distração dela consiste em as aulas de desenho (que ela amava), as aulas de canto, teatro e idiomas. Abria uma exceção para as aulas de natação apenas porque eu impunha para que ela se movimentasse, mas não era algo que ela gostava muito.

—Vamos esperar suas irmãs e depois vamos buscar a Sophie.

—Mamãe. —A voz da Valentina chegou em mim ao mesmo tempo em que os braços da Thereza se fechavam nas minhas pernas.

—Oi meus amores. —Apertei minha menininha pelos ombros me sentindo em casa com aquele carinho. —E como está a roupa nova? —Perguntei mesmo tendo certeza da resposta. Tinha ficado ótimo, eu tinha recebido a versão final pelo celular para aprovar (elas não precisavam saber disso). Seria uma apresentação no dia dos pais e mesmo que eu não fosse o pai delas elas estavam querendo manter surpresa até mesmo de mim. Ainda faltava algumas semanas para apresentação mais elas vinham ensaiando constantemente para essa apresentação e eu também já tinha começado a trabalhar em implorar ao James para que ele comparecesse. Eu ainda tinha minhas duvidas mesmo com ele dizendo que iria vir e que era dia dos pais e que ele não perderia isso por nada, só que eu tinha minha cota de momentos ruins para saber que não era bem assim com ele, ele fazia apenas o que queria e quando queria, portanto eu precisava ter muito cuidado antes de prometer ou deixá-lo prometer algo a elas, porque eu que lidava com a decepção que quase sempre vinha.

—Perfeita. —Thereza gritou. —Mas você não pode ver.

—Okay. Vamos buscar a Sophie. Obrigada! —Agradeci a professora de Bale delas enquanto mantinha os olhos nas minhas monstrinhas que já pegava suas mochilas no cabideiro e corriam para fora das minhas vistas.

—Boa sorte. —A professora sorriu. E eu tinha certeza de que eu precisaria de muito mais do que sorte.

[...]

A hora do banho com toda certeza era a mais complicada. Não tinha nenhum jeito mágico para conseguir coordenar as quatro no banho ao mesmo tempo, foi muito tempo até finalmente eu conseguir entender que o que fazia elas agirem de forma tranquila era mostrar que eu estava tranquila e que eu mandava, no primeiro sinal que eu desse que as deixassem confiante sobre com quem estava a autoridade eu sabia que elas tomariam conta. Cuidar delas não era complicado apenas cansativo, eram quatro crianças, quatro roupa para escolher, quatro banhos para supervisionar e quatro cabelos para pentear. Minha vida já funcionava naquele calculo a quatro anos e eu já estava acostumada, era tudo já feito no automático e eu adorava ter minhas princesinhas ali comigo, mesmo que isso significasse mais trabalho.

—Mamãe eu posso passar mais um pouco de xampu?

—Não. Tirar tudo isso do seu cabelo já vai nos dá trabalho demais. —Aproximei tocando o cabelo dela fazendo questão de massagear corretamente o couro cabeludo dela para tirar toda a sujeira. Odiava aquele shampoo apenas por causa da quantidade absurda que um pouco de produto causava deixando o cabelo dela cheia de espuma. Mas ela gostava e deixava o cabelo dela bem mais fácil se não fosse esses motivos eu já teria substituído por outro há muito tempo. Ainda que eu soubesse que ainda tinha mais quatro princesas para auxiliar no banho eu precisaria de alguns minutos exclusivos apenas para garantir que o cabelo dela estaria livre de toda aquela espuma.

[...]

—Mamãe eu estava pensando e eu não queria uma festa de aniversário. —Encarei minha bonequinha ruiva sem entender o motivo daquela conversa.

—E o que você quer? —Perguntei desconfiada. Estávamos no momento dever de casa, elas estavam fazendo a lição e eu estava no notebook trabalhando – dividindo minha atenção entre elas e meu trabalho. Pelo menos o dever de casa era fácil e eu apenas precisei explicar uma vez para elas aprenderem e conseguirem fazer sozinha. Já tínhamos tido nosso momento brincadeiras, acabei cedendo aos pedidos e passamos o resto da tarde na praça que tinha próxima a minha casa, elas correram, gritaram e brincaram até a exaustão, ou melhor, até me deixarem exausta. Mas tinha valido a pena eu gostava de vê-las alegres e coisas tão simples tinham esse poder. Contudo eu tinha certeza que eu tinha exagerado, o enjoou que me fez colocar tudo para fora em um canteiro deixava isso claro. Pelo menos nenhuma delas tinham me visto vomitar seria terrível ter que optar pela verdade ou mentira para sanar a curiosidade e preocupação delas. Minhas anjinhas mereciam pelo menos mais alguns meses de descanso do que aquela noticia faria com a nossa vida e de preferência eu queria contar para elas quando o Jacob estivesse de volta e eu conseguisse impor alguma normalidade a nossa rotina.

—Eu queria ficar alguns dias na casa do papai. —Mordi os lábios sem saber o que eu faria com aquela informação.

—Não tínhamos combinado de que teríamos um tempo só nosso em uma viagem? —Precisaria mais do que nunca manipular ela para que ela desistisse daquela ideia. O James não sabia lidar com elas muito menos alguns dias e eu não queria de jeito nenhum ter que ficar alguns dias na casa do James, principalmente porque aquilo pesaria de um jeito diferente na cabecinha inocente dela. Ela fantasiaria que eu e o pai dela podíamos ter algo que já não era mais viável pela minha felicidade.

Me doeu saber que eu apenas poderia usar aquele recurso da viagem por alguns meses, depois eu teria que ser sincera com elas e dizer que não daria mais que eu não poderia viajar para tão longe porque eu tinha um bebezinho que chegaria e mudaria toda minha vida.

—Eu não quero mais ir, quero ir para a casa do papai. —Mordi o lábio lembrando da conversa que eu tinha tido com a psicóloga dela sobre como eu tinha que reagir a ela. Não tinha como protegê-lá de todas as decepções que ela viria a sofre e aquilo era importante para ela.

—Querida vamos ver com seu pai se ele está disponível e depois vamos conversar sobre isso. —Sabia que eu teria que conversar com o James antes de deixar que ela pedisse. Ele teria que ser a pessoa que diria não a ela. Ele era bom nisso e saberia fazer de um jeito que não a deixaria tão mal, ele provavelmente prometeria algo que não podia cumprir e eu teria que lidar com a decepção dela, mas não tinha outra maneira de fazer aquilo. Se eu dissesse não logo de cara eu iria sair como a bruxa daquela história e não era aquilo que eu queria. Não precisava da minha filha com ódio de mim. Ela já não ficaria muito feliz com a noticia que eu tinha.

—Eu também quero ir mamãe. —Encarei a Sophie e dei o melhor sorriso forçado que eu consegui.

—Claro outro dia eu converso com o pai de vocês para vermos se é possível.

—Liga amanhã. —Mordi os lábios já entendendo que todas elas iriam facilmente trocar nossa viagem super legal (que já estava cancelada de qualquer jeito) por ficar com o inútil do James, me doía saber que aquele inútil não valorizava o tempo que tinha com as filhas e que ele jamais deixaria uma viagem que ele quisesse fazer por elas. E não seria eu a dizer isso a elas, jamais. Podia ser errado e o que mais fosse, porém eu não via como destruir a imagem que elas tinham criado dele.

—Okay Valentina amanhã eu ligo para falar com ele. —Prometi. Um turbilhão de coisa veio junto a aquela promessa. —Agora terminem o dever de casa que daqui a pouco o jantar vai ser servido.

Elas nem reclamaram. O sorriso no rosto deixava claro que elas ainda estavam muito felizes pelo que na cabecinha delas viria. Foi inevitável não me sentir culpada. A decisão de vir embora tinha sido minha e se estivéssemos ainda lá elas poderiam ter muito mais convivência com pai. Eu teria que forçar alguns encontros e impor a presença delas? Provavelmente, porém pelo menos elas o veriam mais do que duas vezes ao ano. Meus olhos se encheram de lágrimas e puxei a maior quantidade de ar que eu consegui para de que algum jeito conter as lágrimas dos meus olhos. Não teria nenhuma explicação razoável para começar a chorar ali no meio da sala de jantar apenas por que elas falaram do pai e me levaram a ter um olhar critico para o fim do meu relacionamento e sobre o quanto isso impactou a vida das minhas filhas.

[...]

Mordi os lábios para controlar o xingamento que estava preso no fundo da minha garganta. Quem era o filho da puta que estava tocando a campainha naquele horário. Não estava tão tarde, mas tarde o suficiente para minhas meninas estarem dormindo e se elas acordassem eu teia um bom trabalho para conseguir devolve-las ao mundo dos sonhos. Diferentes de uma pessoa normal que acordava já querendo dormir, elas se contentavam com poucas horas de sono e um cochilo parecia o suficiente para recarregar as energias.

Me desfiz do abraço da Valentina e me levantei tendo o cuidado de não encostar em nenhuma delas. Tínhamos resolvido assistir a um filme depois do jantar e elas dormiram enquanto eu assistia Moana. Elas estavam tão confortáveis e tão pesadas que eu optei por apenas deixar que elas dormissem ali mesmo, eu já tinha pegado algumas cobertas e elas estavam abrigadas no sofá cama.

Fui quase que correndo até a porta, tropeçando em alguns brinquedos no caminho, apenas torcendo para que a pessoa do outro lado fosse paciente e não voltasse a encostar o dedo naquela companhia. Minha torcida não serviu de nada e quando eu já estava com a mão a alguns milímetros da maçaneta o som estridente voltou a gemer pelo apartamento. Destravei a porta com a digital usando toda a raiva que eu tinha no momento para isso.

—O que foi? —Rosnei antes mesmo de abrir a porta por completo e conseguir ver que estava querendo acordar minhas filhas.

—Desculpa eu só. —No instante em que meu cérebro conseguiu identificar o Edward ali todo o meu corpo se retestou enquanto eu o encarava morrendo de vergonha pela minha reação.

—Eu que peço desculpas eu não devia ter me comportado assim é que as minhas filhas acabaram de pegar no sono e elas estão dormindo aqui na sala e eu não queria que elas acordassem. —Eu me sentia muito, muito menos, envergonhada.

—Tudo bem. —Foi dá boca para fora eu o conhecia o suficiente apara saber que ele tinha sido afetado negativamente com minha leve explosão.

—É... —Mordi os lábios sem saber o que dizer a ele. —Que entrar? —Perguntei. Teria que receber ele na sala de jantar, mas eu tinha certeza de que ele podia lidar com isso. —Vamos ter que ficar na sala de jantar porque as meninas estão dormindo na sala.

—Porque elas estão na sala? Elas não têm quartos?

—Tem Edward. —Ele me olhou do jeito que deixava claro que ele queria mais informação do que eu estava dando a ele. —Pegaram no sono e eu não aguento – e nem posso. Pensei e mantive para mim. – mais dá colo a elas então vamos todas dormir no sofá. —Não tinha a mínima condição de deixá-las dormindo ali sozinha se uma acordasse irá acordaria as outras e elas aprontariam estando sem supervisão.

Resmungou alguma coisa incompreensível. Observei-o ficando desconfortável mudando o peso para a perna esquerda e colocando a mão vazia no bolso. Só ali eu reparei que ele tinha uma sacola de papel na mão.

—O que é isso? —Não resisti a curiosidade.

Ele sorriu de um jeito tranquilo, os olhos brilhando de uma maneira irresistível me obrigando devolver um sorriso tímido para ele. Mesmo quando eu era casada e tendo uma boa relação com o James, ele nunca tinha me olhado daquele jeito. Homem nenhum jamais tinha me olhado assim antes.

—Eu pensei em trazer um vinho e ficarmos bebendo e conversando. —Ele tirou a garrafa de dentro da bolsa, era o meu vinho favorito. —Eu pensei em vir mais tarde, mas fiquei com medo de você está dormindo e o Emmett me garantiu que nesse horário suas filhas já estariam dormindo. —Eu tinha que confessar que mesmo de um jeito estranho ele vinha se esforçando.

Era fofo. Mesmo que ele ainda tivesse sendo muito idiota em relação a minhas filhas.

—Entra. —Dei espaço a ele que ainda estava desconfortavelmente parado na porta.

Ele passou por mim entrando no meu apartamento.

—Seja bem vindo. Só uma pergunta como você conseguiu subir sem ser anunciado? —Eu como mãe de cinco anjinhos precisava de algumas garantias, principalmente porque eu pagava um condomínio caro para ter segurança e isso incluía um porteiro e eu tinha certeza de jamais ter dado carta branca a entrada do Edward. Só depois que as palavras estavam fora que eu me dei conta de que eu já tinha incluído aquele anjinho ou anjinha na equação, mesmo que eu tivesse tentando me esforçar para fugir daquilo não tinha mais o que ser feito, eu seria mãe novamente. Engoli em seco quando o poder daquela afirmação me tocou. Nada do que acontecesse dali para frente mudaria aquilo e não era justo eu deixar de curti aquele momento.

—Fiz uma obra em um dos apartamentos aqui e o porteiro me reconheceu por isso ele me deixou subir. —Precisei de alguns segundos para entender o que ele estava falando e que ainda estava no assunto anterior.

—Hum. —Suspirei sabendo que provavelmente ele tinha usado todo o seu charme para conseguir aquilo. Ele sabia ser charmoso principalmente quando queria.

—Vamos para a sala de jantar. —Tomou pose e seguiu mostrando que se lembrava bem do caminho. —Onde tem taças? —Esbarrou em uma das cadeiras de um jeito bruto fazendo barrulho.

—Silêncio você não vai querer acordar elas. —Os olhos dele se arregalaram de um jeito engraçado. Ele em breve teria que superar seu medo de crianças por bem ou por mal, porque ele teria uma. Paralisei não queria falar sobre aquilo sem ter a minha vida estabilizada, só que isso não ia acontecer tão cedo. O telefonema que eu tinha dado mais cedo para o Jacob, para minhas princesinhas falarem com ele, deixou claro que ele precisaria de alguns meses e eu não tinha como manter uma gravidez em segredo por meses – porque podia ser um mês ou nove e eu tinha que começar a adaptar minha vida para minha nova realidade e isso incluía o Edward, as meninas, meu trabalho eu precisaria lidar com tudo aquilo agora e não quando aquele bebê nascesse.

—Bebe na garrafa. Sinceramente eu acho que você vai precisa. —Ele deixou a garrafa em cima da mesa e girou no calcanhar me encarando. Seu rosto um livro aberto deixava claro que ele não estava entendendo o que eu queria dizer com aquilo.

—Você está estranha. —Mordi os lábios sem saber como iniciar aquele assunto. Eu estava morrendo de medo, sentia meu corpo tremendo. Meu medo era todo da reação dele não queria nem um pouco me decepcionar novamente com um homem para qual eu tinha entregado meu coração. Mas parecia que esse era meu destino.

Fechei os olhos, tomei uma lufada de ar e comecei do começo. Não tinha nada além daquilo para ser dito.

—Eu estou grávida.

[Cont...]


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Notas finais do capítulo

Não tenho uma justificativa boa para o meu sumiço não é como em "Te amo!" (para que não conhece é uma outra fanfic minha) que eu apenas não sabia mais para onde ir com a história, aqui eu sei exatamente o que eu quero para cada capitulo (viva o planejamento) e só sentar e escrever, mas algo deu errado nessa parte e eu não estava conseguindo prosseguir. Finalmente tive inspiração e o capítulo saiu. Espero que tenha gostado. E aí qual são as apostas para como o Edward vai reagir a noticia?



♥ Convido-os a conhecer meu primeiro livro. ♥
Dominada - A missão (livro 1)
Ava Stewart é uma adolescente que descobre que os pais fazem parte do serviço secreto no mesmo momento em que acidentalmente se vê envolvida em uma das missões deles. Usar o interesse sexual de um mafioso contra ele a fim de prendê-lo é a missão que é destinada a ela, mesmo que ela não seja uma agente e muito menos treinada para isso. Sem escolha ela se vê envolvida em uma teia de poder, perigo, dinheiro, luxuria e muitos segredos. E pôde colocar tudo a perder quando se vê apaixonada...

Uma história onde o vilão e o mocinho não se diferem muito.

"Eu jamais conseguiria lidar com a consequência da segunda opção e aquilo deixava claro que eu na verdade eu não tinha opção nenhuma, era apenas um jogo para me enganar e fingir que eu tinha alguma escolha, que era minha decisão. Então eu faria aquilo, daria meu melhor fazendo o que me fosse ordenado a fazer, mesmo que isso significasse ser dominada pela situação e que depois eu tivesse que lidar com tudo que resultasse sozinha."

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06/02/2020

Não betado.



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