Proof of love escrita por Vitória Lucas


Capítulo 4
Reencontro. - Parte 3.


Notas iniciais do capítulo

Obga pelos coments!
É o ultimo reencontro, juro xD
Boa leitura!



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Acordei como sol batendo no meu rosto, esquecemos algumas janelas abertas. Olhei pra Verônica, que dormia calmamente agarrada em mim, e acariciei seus cabelos. Era tão bom estar de volta. Me levantei e dei o travesseiro pra Verônica abraçar, ela não vai acordar tão cedo. Procurei pelo banheiro, tomei um banho, troquei de roupa e ela continuava dormindo, então resolvi conhecer a casa por mim mesmo.
Dei uma volta por todos os cômodos e pela piscina, quando voltei para o interior da casa ninguém havia acordado, então resolvi fazer o café da manhã, fiz panquecas e montei a mesa e ninguém havia acordado ainda, então resolvi acorda-los. Ia começar pela Verônica, mas ao entrar no quarto ela já estava acordada.
– Bom dia, amor!– Ela disse se sentando na cama.
– Bom dia! – Dei um selinho nela.
– O que você estava fazendo?
– Eu tava dando uma volta pela casa... – Me deitei na cama e coloquei minha cabeça no colo dela, e ele começou a afagar meus cabelos. – O Vicente não mora mais com você? – Ela soltou um riso.
– Meu pequeno ta quase casando já. Quero ele de volta em casa. – Fez um bico.
– O que mais mudou enquanto eu estava fora? – Não gostaria de fazer aquela pergunta agora, pois a resposta seria longa, mas a curiosidade falou mais alto. – Verônica suspirou e deu inicio a um grande resumo dos últimos 4 anos.
Me contou sobre o Barata ter se apaixonado pela Verusca, sua “prima gêmea”, sobre a Pâmela e o Ernesto terem adotado um filho na Jordânia, o qual vive aqui em casa brincando com as crianças, e que eles também gravaram o filme de Galáxia Andrômeda, que estou louco pra assistir, e sobre a “Revolução Junior” ocasionada pelo sucesso do Junior que esta ajudando milhares de crianças a aprenderem a programar, e confesso senti mais orgulho do Davi quando fiquei sabendo disso. E pensar que eu quase “destruí” o Junior.
– Me diz mas sobre os meus filhos, como é que eles estão? Quero saber tudo... – Falei assim que ela deu uma pausa e o silêncio reinou.
– Bom, os gêmeos são ótimos, são demais. São comilões com eu, espertos demais como você... – A interrompi.
–E dorminhocos como você... – Completei a fazendo rir.
– Continuando: A Megan ta sendo uma irmã maravilhosa, sabia? Super presente... Davi também, incrível. Sempre passa aqui com a Manu e leva os meninos pra passear. Ta tudo certo. Ah, se sabia que o Vicente inventou um game? E está negociando com uma empresa da Escandinávia. – Disse toda orgulhosa. Eu também não pude deixar de sentir orgulho, afinal, ele é como um filho pra mim. – Quer saber mais?
– Quero. – Ela poderia falar o quanto quisesse que eu ficaria escutando o som da sua voz sem problema algum.
– Seu irmão, Sílvio, esta trabalhando na Marra, como você pediu. E ta mandando muito bem, sabia? A Dona Gláucia... – A interrompi.
– Não quero saber da minha mãe...
– Ela está cumprindo a sua ordem, e não se aproxima dos netos. Ela pergunta sempre pelos gêmeos, pede pra ver foto, manda presente e pergunta muito de você... – Ela continuou.
Antes que eu respondesse algo, dois toquinhos de gente entraram no quarto, correndo, e subiram na cama.
– Papai, to com fome. – Helo disse. Eu olhei pra Verônica e ela disfarçou rindo.
– E se eu falar que fiz panqueca eu ganho pelo menos um beijo dos dois?
– Ganha até um meu. – Verônica murmurou baixo, só pra eu ouvir.
– Só se for doce... – Pedro enfim falou alguma coisa.
– Vem cá pro papai contar um segredo pra vocês. – Sentei na cama e os dois vieram mais pra perto. Quando os dois estavam perto o bastante os abracei e disse: - Ataque de cócegas! – E comecei a fazer cocega neles até que estávamos os três no chão rindo enquanto a Verônica só ria e olhava, sentada na cama. – Agora na mamãe... – Sussurrei no ouvidos dos dois.
Ela percebeu e ia saindo da cama, mas os dois já estavam agarrados a puxando para a cama. Eu só dei o empurrãozinho final e ela caiu. Os dois subiram em cima dela e fizeram cócegas até que ela disse que se eles não parassem era uma semana sem doce. Sim, isso funcionou. E antes que eles cogitassem a ideia de fazer cócegas em mim, eu os lembrei do café da manhã.
– Vamos tomar café da manhã? – Me levantei da cama e fui pra cozinha.
Minhas panquecas estavam ótimas, eu até tive que fazer mais. Esses meninos estão comendo assim com esse tamanho imagina quando forem maiores? A Marra vai quebrar desse jeito. Mas o que não sai da minha cabeça é o que a Verônica me disse sobre a minha mãe, será mesmo que ela mudou ou é só umas das suas armações? Parecia que ela tinha mudado quando eu estive morando na casa dela antes de ir preso. E tudo o que ela fez por mim, mesmo depois de ter descoberto que a minha doença era uma farsa, me fez pensar, e muito. No dia em que eu sai da prisão aqui do Brasil, por exemplo, era ela que estava lá me oferecendo um teto, mesmo não tendo nada, nenhum dinheiro. Como eu sou ingrato e egoísta. Eu não estou só a privando de ver os netos, mas também estou privando os meus filhos de terem uma convivência com sua única avó.
– Vocês tem roupa de banho? – Perguntei quando os dois saíram do banho junto com a Verô.
– Nós vamos pra piscina. Ebaaaa – Pedro saiu pulando na cama e a Heloísa o acompanhou, eles molharam tudo.
– Então coloquem ai, que eu vou me trocar.
E alguns minutos nós já estávamos no carro a caminho da casa do Silvio. Não disse a Verônica a onde eu iria, mas acho que ela sabia. Consegui o número do Silvio e fui trocando algumas mensagens com ele, avisando que eu iria chegar. Contei aos meninos que eles iriam conhecer a avó e eles estão animadíssimos.
Cheguei a uma casa enorme, bem chamativa, e fui direto pra área da piscina. O primeiro que vi foi o Silvio, lhe abracei, eu não esperava isso de mim mesmo, muito menos ele de mim, mas a verdade é que até dos Marra da Taquara eu senti falta. Quando minha mãe viu os netos seus olhos brilharam e ela os abraçou, perguntou sobre os presentes enviados e eles agradeceram. O que eles queriam mesmo era ir pra piscina, então ela os mandou pra lá, dizendo que ainda teria muito tempo pra matar as saudades. Sentei ao seu lado e ela me olhava como se pedisse a confirmação pra falar comigo, eu apenas sorri e ele começou com as perguntas. Não perguntas sobre dinheiro ou sobre a Marra, mas sim sobre mim, como eu estava, como eu fui tratado enquanto estava na prisão. Eram perguntas de mãe. E ali eu percebi o quanto ela havia mudado, e o quanto me queria perto dela. Enquanto conversamos, ainda meio cautelosa, ela me abraçou de lado, mas logo o desfez. Eu sorri, e a abracei. Ela me beijou o rosto.

Acho que agora eu tenho uma mãe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem ;)