Verônica estava dirigindo o carro pois alegou que tinha se mudado e eu não saberia como chegar lá, no inicio até “bati o pé” dizendo que sabia, mas Davi me convenceu que era melhor ela guiar o carro porque eu estava sem o meu Marra-Pop e o carro não tinha GPS. Típico da Verônica um carro sem GPS. Megan e Davi foram embora porque tinham compromisso. Embora eu tenha sacado que foi apenas uma desculpa pra me deixar mais com os gêmeos.
– Dormiram... – Comentei. Eu estava no banco de trás com as crianças, elas não paravam de falar e fazer perguntas até que de uma hora pra outra se calaram e dormiram ao mesmo tempo.
– Estamos chegando. – Verônica disse olhando pelo retrovisor. Depois de olhar os gêmeos ela sorriu. Eu amo tanto aquele sorriso.
– A Edna ainda mora com você ?
– Ela ta “enrolada” com o Nacho, acredita?! – Realmente eu não acredito.
– Nacho?? Nunca pensei nesse casal, pensei até nela com o Murphy, mas no Nacho não... – Ela soltou uma gargalhada.
– Edna e Murphy, Jonas??
– Por que não?
– Eles são opostos demais ...
– E nós não? – A interrompi.
Ela parou o carro em frente a uma casa enorme com o design em preto e branco. Gostei logo que vi.
– Nós não somos tão diferentes... - Ela saiu do carro e tirou o Pedro e a cadeirinha pra mim poder sair.
– Não ?? O gênio da tecnologia namora com uma pessoa q não tem GPS no carro porque não sabe usar. Esse é uma das diferenças, quer que eu liste mais algumas?? – Peguei a Lolo no colo.
– Me deixa, eu não entendo desse seu mundo mesmo, não faz diferença... – Tentou fechar o carro, mas não conseguiu. – Ajuda aqui... – Ela pediu.
– Apenas diga: “ Carro, fechar.” – Pisquei pra ela e sai em direção a entrada da casa.
– Isso não funciona, Jonas, ei volta aqui e me ajuda!!
– Apenas diga... – Me virei para encara-la. Ela estava achando que eu estava brincando sobre o carro fechar apenas como pedido. Isso é engraçado. Soltei uma risada. – Sua cara ta engraçada !! Agora diga isso logo antes que eles acordem.
Ela se virou para o carro e disse: - Carro, fechar. – As portas travaram e ela foi a caminho da porta. – Nem comece a falar sobre isso...- Parei na frente dela e dei um selinho fazendo a parar de falar, melhor, tentei dar um selinho o que saiu foi quase isso, já que eu estava com o Pedro no colo e ela com a Heloisa. Separei nossos lábios e sorri, ela fez o mesmo e foi em direção a porta
– Agora não preciso entrar com o pé direito. – Disse quando ela abriu a porta. – Pelo menos não depois disso...
– Bobo – Ela sorriu. A Lolo se mexeu, mas não acordou. Então a Verônica fez um sinal de silêncio e eu apenas concordei com a cabeça.
Nós passamos pela sala entramos por uma porta que dava em um corredor pequeno e depois em outra porta e já estávamos no quarto dos meninos. Ela colocou a Lolo na cama e eu fiz o mesmo com o Pedro. Ela pegou uma roupa e começou a troca-la, no inicio achei que iria acorda-la, mas no final Lolo apenas virou para o lado e continuou a dormir. A Verô olhou pra mim como se perguntasse se eu saberia fazer aquilo, eu balancei a cabeça negativamente varias vezes, o que a fez soltar um risinho. Me afastei da cama e me escorei na porta onde tinha uma visão privilegiada dos seus movimentos. Ela fazia tudo com uma delicadeza e agilidade, e eu fiquei ali, encantado, vendo a mulher que eu amo trocando meus filhos. Ela beijou a testa dos dois e se direcionou a mim, e sussurrou no meu ouvido:
– Isso você sabe fazer ?? – E soltou um risinho.
– Sei, e sei fazer mais um monte de coisa... – Tentei beija-la, mas ela desviou e apontou para os meninos. Eu fui até eles deixei a testa e desejei boa noite. Me virei e ela não estava no quarto, então eu sai do quarto e quando fechei a porta percebi que estava tudo escuro.
– Verônica, onde você ta? – Sussurrei.
– Bem perto... – Olhei para onde vinha o som, mas não via nada a não ser a escuridão.
– Juro que amanhã mesmo eu providencio uma luzes extras aqui nesse corredor. – Ela riu e então eu pude saber aonde ela estava.
Caminhei a passos lentos e a agarrei, prensando-a a parede e a beijei. Um beijo intenso, que com a mistura da saudade e desejo fica inexplicável. Ela puxava minha nuca enquanto eu trazia sua cintura mais pra perto. Ela foi me conduzindo para o quarto, porque eu não sabia onde ficava. Era no mesmo corredor, eu acho. Quando cheguei ao quarto separei nossos lábios e pude ver sua face iluminada pela luz da Lua.
– Você é a mulher mais linda desse mundo. – Disse ofegante. Segurei seu rosto e prossegui. – Você não sabe o quão me deixa feliz apenas com um sorriso. Eu te amo, meu amor.
A beijei novamente e nos direcionei para a cama. Entre o beijo tirei o vestido dela. Que mulher gostosa. A empurrei na cama, e enquanto tirava meus sapatos e a calça ela me observava com os olhos fulminando de desejo. Me aproximei dela, fazendo uma trilha de beijinhos desde seu umbigo até seu pescoço. Ela me fez parar, puxando meu rosto para encara-la.
– Eu te amo tanto. – Ela tirou minha camisa. Depois sussurrou no meu ouvido. – Eu sou toda sua, e quero você agora.
– Seu pedido é uma ordem.