O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Hey Swens e simpatizantes!
Peço desculpas por ter falado que postaria até o final da semana, mas não deu. Segue agora o capítulo que inicia uma sequencia mais focada nos sentimentos de Regina e espero que vocês gostem.
Antes de deixar-lhes em paz pra ler, um "spoiler". Regina não perdoará Emma só por causa do acidente.

Uma ótima leitura a todos e se tudo correr bem, até sexta tem capítulo.



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Era segunda e estava noite, Regina já havia pedido para Henry ir dormir e estava em seu escritório tomando uma taça da sua melhor cidra. Sua cabeça latejava, seu coração apertava a cada segundo. Aquela terrível cena não saia da sua mente. Aquela mulher desconhecida vestia apenas a camisa da sua esposa, abriu a porta do quarto enquanto a loira dormia largada na cama. A expressão da loira era aquela expressão sincera que conviveu por anos e que tanto conhecia. “Eu te juro que não aconteceu nada. Eu dei carona pra ela, realmente não me lembro nitidamente, mais eu juro que não aconteceu nada! E eu estava de calça! Você sabe como eu fico quando bebo, eu durmo Regina.” Não era mentira, desde a primeira vez que se conheceram, não houve uma noite que Emma bebesse alguns drinks a mais e agüentasse o fogo da morena depois, mal pisava em casa e a loira estava debruçada na cama dormindo pesadamente.

– Droga Emma, droga! – Sentia as lágrimas queimarem seu rosto. Sentia-se terrível, acreditava do fundo do seu coração na esposa, mas tudo estava contra ela. Uma mulher desconhecida despenteada abrindo a porta de seu quarto, com a sua roupa enquanto a loira encontrava-se dormindo.

Foi obrigada a interromper seus pensamentos com a estridente campainha e em passos rápidos atendeu a porta. Olhou pros lados, ninguém na rua. No chão estava um buquê enorme de rosas, Regina abaixou-se pra pegar e então notou a pasta que deixou de manhã na mesa da loira. Pegou a mesma, entrou em casa rapidamente e seguiu para seu escritório. Sentiu profundamente o cheiro doce da flor, abriu um sorriso e pensando que mais tarde as colocaria em um vazo, colocou na mesa e pegou o cartão. – Entenderei sua recusa, mas peço por todos os momentos que tivemos, sejam os melhores e os piores, mas momentos que estivemos uma ao lado da outra que compareça no seu restaurante favorito dentro de duas horas. Obs. As passagens serão para uma possível viagem e estamos divorciadas. – Passagens? Divorciadas? Abriu a pasta e observou então duas passagens com destino a Veneza. A emoção do momento lhe invadiu, Veneza era um dos poucos lugares mais conhecido e nunca visitado por Regina, tendo assim como uma incrível vontade. Pegou os papéis de divórcio e notou que a loira havia assinado todas as partes marcadas com seu nome. Não entendia qual era a idéia da Emma, mais queria descobrir. Naquele instante um sorriso nasceu nos lábios vermelhos e, como se uma certeza invadisse seu corpo, acreditou que Emma não a traiu.

– Ela só pode estar ficando louca. – Resmungou Regina ainda com o enorme sorriso. - E eu junto. – Subiu as escadas pensando se deveria aceitar essa louca idéia, levando a cidra consigo.

Enquanto permanecia perdida nos pensamentos, tomando banho, Regina sentiu um terrível calafrio em seu corpo, causando-lhe até uma tontura. Preferiu ignorar e terminou de se lavar. Após o banho, Regina procurava a roupa perfeita, ainda tinha uma hora, porém faltava a maquiagem. Tinha dois vestidos na cama, ambos básicos, um na cor preta e outro na cor vermelha.

Por mais que Regina parecesse estar animada e confiante na fidelidade da esposa, existia o medo e o receio, a dor não havia passado. Essa atitude da loira a instigou a conversar e não que o casamento retomaria como antes. Seu celular estava carregando por perto quando o escutou tocar. “David”

– Ei David. – Atendeu num tom comum.

– Regina – Na verdade era Mary Margareth quem estava no telefone. – Não sei como te dar essa noticia.

– Devo ficar preocupada com o seu tom de voz? – Regina já tinha a mão no coração.

– É sobre Emma...

– O que aconteceu? - A voz suave deu lugar a um tom angustiado.

– Vou ser direta. – Disse do outro lado da linha. – Ela sofreu um acidente há dois quarteirões da sua casa e está no hospital, fique calma que estou passando com David ai pra te pegar.

– Certo. – Disse a morena num sussurro desligando o mesmo. Automaticamente vestiu uma roupa qualquer e desceu pra sala abrindo a porta. Seu pensamento estava em Emma, há pouco ela tinha estado ali, estava procurando uma maneira de surpreendê-la e agora estava em um hospital. Isso não podia ser verdade, não com ela, não com a sua Emma.

Só foi arrancada dos seus pensamentos com Mary se aproximando. – Regina... – Resmungou a mulher, com o rosto vermelho de choro. – Vai com David, Killian e Ruby já estão lá.

– E Henry? - A morena observou a amiga lentamente lhe ajudar até o carro.

– Eu vou ficar aqui com ele. – Ela sorriu, tentando de alguma maneira reconfortar a morena. – Me mantenham informada. – Pediu enquanto fechava a porta do passageiro.

Regina ainda parecia em choque até chegar ao hospital. Durante o caminho se quer abriu a boca pra falar com David, sua cabeça não tinha processado a noticia, só queria poder ver a loira. Ao chegar, avistou Ruby apoiada no ombro de Killian, entre lágrimas.

– Como ela esta?– A voz da morena ecoou pelo corredor.

– Regina... – Ruby e Killian falaram ao mesmo tempo. Ambos sabiam o quão lamentável Regina já se encontrava, com esse acidente sua fragilidade estaria multiplicada.

– Como a minha Emma está? - Sua voz era desesperada, assim como seus pensamentos. Sentindo o olhar triste de Ruby e Killian sobre si, sentia o sofrimento e compaixão.

– Não sabemos ainda, minha irmã. – Killian se aproximou, puxando a irmã para um abraço. – Só tivemos a noticia que ela está inconsciente e perdeu bastante sangue. – Essa era a única noticia até o momento.

– E onde está o médico? - Agora era David quem falava, em seu tom também havia extrema preocupação.

– Levou Emma para fazer alguns exames. Não mencionou quanto tempo.

O clima no hospital entre eles era dolorido, ninguém experimentava falar nada, apenas aguardavam o médico. Regina permanecia sentada ao lado do irmão e dos cunhados. Seu mundo parecia estar desabando até Ruby reconhecer o médico, o que lhe deu uma esperança.

– Ele vem vin... - Antes que a garota de mexas terminasse, Regina já estava de pé ao seu lado.

– Meu nome é Dr. Whale, vocês são os parentes de Emma Swan? – Perguntou educadamente.

– Como ela está? – Regina se adiantou, seu coração estava acelerado. Precisa ter noticias da sua Emma.

– Ela é casada ou tem alguém que poderia responder por ela? – Perguntou o médico, observando os quatro parados em sua frente.

– Eu mesma. – Falou a morena. – Somos casadas. – Respondeu mesmo sabendo que Emma tinha assinado o divórcio, mas era claro que Regina quem responderia por ela naquele momento.

– Bom Senhora...

– Mills, Regina Mills.

– Bom Senhora Mills, não trago as melhores noticias. – Ele fez uma pausa. – Peço que me acompanhe até a minha sala.

– David, venha comigo. – Regina chamou.

– Isso, eu e Killian aguardamos as noticias. – Ruby deu um abraço caloroso em Regina.

Percorreram o corredor em silêncio até chegar ao escritório simples do médico.

– Sentem-se. – Pediu educadamente, enquanto sentava-se na sua cadeira. – Vou tentar ser o mais claro. – Whale colocou os braços em cima da mesa, entrelaçou seus dedos. – Vocês sabem o que significa lesão medular? – Perguntou e ambos confirmaram com a cabeça. – Emma sofreu uma lesão medular traumática.

– Ela está correndo algum risco de ficar paraplégica? – Regina interrompeu, sua expressão transpareceu o desespero.

Entendo que eles bem sabiam o que era, continuou a falar. – Bom, Emma sofreu uma lesão que provavelmente trará conseqüências, mas não posso afirmar o grau da seriedade enquanto ela não acordar.

– Acordar? – Perguntou a voz aflita de David.

– Devido ao exame, Emma está em um coma induzido. – Respondeu o médico, sendo o mais objetivo possível.

Regina não conseguia juntas as palavras e sentia sua boca incrivelmente seca, até escutar David perguntando sobre a lesão. – Mas a conseqüência poderá ser reversível?

– Não posso responder agora, são casos e casos. O melhor que tenho para lhes falar é tenham fé, se apeguem ao que faz bem e torçam para ela acordar o mais rápido possível.

Conversaram um pouco mais com o doutor sobre o estado e as possíveis conseqüências e Regina tinha certeza que seu mundo estava desabando naquele momento, acompanhada por David, encontrou com Ruby e Killian ainda na sala de espera e contaram sobre a conversa. Todos que conviviam com a loira sabiam o quanto Emma amava poder ser independente e livre, uma bomba dessas acabaria com boa parte da sua alegria.

Regina resmungava impaciente a ausência de noticias. Andou em largos passos até a recepção e pediu pra que a jovem entrasse em contato com o Dr. Whale. Killian tentou acalmar uma Regina que já não tinha esmaltes na unha e os cabelos estavam bagunçados, até a chegada do médico.

– Dr. Whale, desculpa te chamar. – Seu tom era pouco sem graça. – Sei que o senhor disse que Emma não pode receber visitas e que por enquanto não teremos noticias, mas me deixa vê-la, por favor. – Suplicou.

O médico acreditou no desespero da morena, sentiu-se emocionado ao ver as lágrimas escorrem pelo rosto da mulher. – Isso não é permitido. – Ele disse. – Mais quebrar uma regra não me fará ser preso. Acompanhe-me. – Concluiu com um sorriso ao ver o brilho que apareceu nos olhos de Regina.

– Cinco minutos.

Foi a última coisa que Regina escutou antes de olhar pelo vidro sua esposa ligada em alguns equipamentos e hematomas pelo corpo. Vagarosamente entrou no quarto, sentiu sua respiração falhar. Aproximou-se de Emma, deitada numa cama, e segurou uma de duas mãos. – Ei Emma. – Sua voz era baixa, e além de cuidadosa era carinhosa. Observou um corte com linhas pretas pouco acima da sobrancelha, enquanto acariciou seu rosto com a outra mão. – Eu sei que deveria estar desejando sua morte ou pelo menos estar com raiva. – Tentou sorrir em meio à maré que cobria seus olhos. – Na verdade, eu estou. Não pelo motivo que deveria, mas estou com raiva de você estar aqui. – Sua voz se tornava um fio e o choro predominava no quarto. –Acorda Emma, por favor. Você se lembra do nosso acordo? Aquele acordo de ficarmos juntas até o fim dos tempos. – Regina beijou delicadamente a mão branca e pouco gélida. – Por favor, acorda. Você não pode me deixar sozinha e nem o Henry. – Agora se encontrava apoiada na cama, segurando a mão da loira na altura dos lábios e as lágrimas descendo por seu rosto. Ouviu lentamente os batimentos da loira se acelerar e sentiu a esperança aumentar, levantou-se e debruçou-se sobre o corpo, depositando um beijo suave na testa da loira. – Continue escutando a minha voz, meu amor. – Novamente tentava controlar as lágrimas vacilando na voz. – Volta pra mim! – Sussurrou beijando delicadamente os lábios gélidos da loira.

Passou poucos segundos até escutar o Doutor a chamar pelo vidro. Sabia que a mulher precisava descansar, sem visitas por enquanto. Beijou sua testa. – Eu volto o mais breve, todos estão a sua espera. Eu te amo, Emma. – Acariciou docemente a bochecha e saiu, sentindo seu coração ficar ali.


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Notas finais do capítulo

Merece reviews?

Um beijo a todas!