O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoas! Primeiro, desculpem a demora? Os dias com 24 horas estão muito curtos, hahahaha

O capítulo de hoje encerra a parte que relembra as lembranças de Emma, ou seja, no próximo veremos mais o lado de Regina com o fato que acontecerá no final. Segura coração! Um drama pra vocês.

Quanto a atualização, devo demorar um pouco como dessa vez.

Pra encerrar, uma ótima leitura e beijos!



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Emma fez sua saída do hotel, pegou um taxi – pois o carro de aluguel já havia sido devolvido na manhã pelo hotel – e seguiu para o aeroporto. Logo se acomodou na poltrona e para sua sorte, não teria companhia ao lado. Sentou próxima a janela e fechou os olhos enquanto colocava os fones de ouvido. Não percebeu quando o avião já estava no ar, pois um turbilhão de pensamentos desesperados logo tomou sua mente e Regina era o centro de todos. Conhecia a esposa o suficiente para saber que a empresária teria algum ataque ao vê-la e provavelmente terminaria a noite dormindo em algum hotel.

Tentava com todas as suas forças lembrar-se de cada passo dado, cada palavra dita e gesto realizado da noite passada. Havia admitido que a mulher era bonita até demais, porém Regina dominou sua mente. Isso ela tinha certeza. Flash da mulher recém conhecida vindo sobre si, porém a recusa, o mal estar e de repente dormiu. Será mesmo que as palavras de Cruella poderiam ser reais? Dez anos de casamento poderia virar uma rotina? Nunca percebeu isso na sua vida, nunca teve motivos pra pensar isso. Seu relacionamento era ótimo em todos os aspectos, nem por um segundo teria motivos pra trair Regina, era convicta do seu imenso amor pela esposa, e além de amor, o tesão entre elas era constantes, seja no serviço – nos raros momentos que se esbarravam a sós - ou em casa - era só o filho dormir que elas se enroscavam em algum canto. Não poderia ser capaz de tal burrice, se relacionar com alguma outra mulher tendo Regina como esposa, mas como provar para Regina? Só suas palavras não bastariam, Emma sabia disso.

O tempo de vôo pareceu ter o dobro do tempo normal, esses pensamentos aumentaram o desespero dentro da loira, assim como a ansiedade. Chegou em Los Angeles e pegou um táxi até a sua casa. Ao chegar, logo na sala, uma surpresa até óbvia, suas malas feitas e mal fechadas.

– Emma... – A loira reconheceu a voz da amiga e viu Ruby caminhando até ela. – Será que você pode explicar o que houve?

– Ruby... – A loira tentou abrir um sorriso em meio a tristeza transparece em seu rosto. Não esperava encontrar a amiga em sua casa, então foi como se a realidade lhe invadisse. Ao ver a expressão apavorada de Ruby, Emma entendeu que Regina devia estar completamente abalada. Para a esposa, ela tinha sido traída.

Após sentarem-se no sofá, Ruby explicou o que sabia. – Ela mandou uma mensagem perguntando se três horas teria como eu e Killian estar aqui, logo que chegamos suas malas já estavam onde estão. – Fez uma pausa, indicando as malas e observou Emma. – Ao encontrarmos Regina, ela estava com o rosto vermelho como quem chorou excessivamente, parecia sem estruturas como eu nunca vi. Não contou o que houve, só pediu para que Killian entrasse em contato com um dos advogados para dar entrada no pedido de separação de vocês e me pediu para ficar cuidando de Henry para que ela descansasse.

– Obrigada. – Foi a única coisa que a loira conseguiu falar antes de ser fortemente tomada pelo choro. Ao sentir os braços de Ruby em torno de si, tentou se recompor, mesmo que inutilmente. – Eu não sei, não houve nada mais houve muito.

– Explica direito, Emma.

– Lembra que eu te liguei? – Ruby confirmou com a cabeça. – Então, era pra avisar Regina que a palestra tinha terminado e eu com outros palestrantes íamos sair. Até ai tudo bem, mais acho que bebi um pouco mais do que devia. – O tom de Emma ainda era choroso. – Acordei de manhã com Regina gritando meu nome e tinha uma mulher no quarto vestindo minha camiseta de dormir.

– MAIS O QUE? – Ruby pareceu indignada.

– Eu não sei o que houve... – Disse a loira, novamente em soluços. – Eu tenho certeza que nada acontece Ruby, eu estava bêbada. Não bebi tanto, mas foi o suficiente pra me fazer dormir e acordar sem me lembrar se aconteceu algo a mais aconteceu. Droga!

– Oh Emma. – Ruby tentava compreender, mas era difícil. Abraçou novamente a amiga e perguntou por detalhes. Emma explicou tudo que se lembrava, o que era pouco, porém a verdade.

– E Henry? – Emma perguntou limpando as lágrimas.

– Está lá em cima. – Ruby observou a loira. – Com ela.

Rapidamente Emma se pôs de pé. – Eu vou lá.

– Tem certeza? – Ruby questionou. – Regina está vulnerável e nervosa, não é fácil acreditar nisso que você disse Emma. E o garoto pode se assustar.

– Eu preciso ver os dois. – Emma subiu as escadas até o quarto que era dela e de sua esposa. A imagem que encontrou ao abrir silenciosamente a porta à fez sentir como se alguém arrancasse seu coração e o apertasse. Regina estava debruçada na cama, chorando desesperadamente enquanto Henry, sentado na cama, acariciava os cabelos castanhos da mãe. Havia cacos pelo chão e pode notar também que era do porta-retrato de casamento.

– Reg...

Antes que a loira terminasse o nome, Regina se pôs de pé assuntando até mesmo o filho. – Você ta querendo que eu perca a cabeça? – Sem dar tempo para resposta, pegou um outro porta retrato, que estava em cima da cama, e atirou contra a porta.

Com rapidez, Emma conseguiu fechar a mesma antes de ser atingida. – Eu só quero conversar Regina! – Gritou do lado de fora.

A porta foi aberta e Henry saia olhando assustado para Emma. – O que aconteceu mãe? Nós fomos pra Vancouver e antes mesmo de te ver nós estávamos voltando, mamãe esta muito triste.

– Não... Não se preocupe com isso, tudo vai ficar bem meu príncipe. – A loira puxou um filho para um abraço e o pegou no colo. – Você está cada dia maior querido.

– Você sempre diz isso. – Ele abriu um largo sorriso. – Mãe?

– Oi. – Respondeu enquanto desci as escadas com o filho.

– Você vai dormir aqui com a gente?

Emma foi pega de surpresa e Ruby apareceu logo atrás.

– Não querido, sua mãe vai estar na casa da madrinha. – Ruby apareceu, se aproximando e agora olhava para a amiga. - Fica lá em casa. – Dizia a atriz, entregando a chave do apartamento. – Liga pro David, não fica sozinha, pois cabeça vazia...

– Oficina do diabo. – Completou Emma olhando para o filho. – Cuida bem da sua mãe, Henry. – Disse, passando o filho para o colo de Ruby. – Qualquer coisa você me avisa, me manda mensagem, por favor. – Suplicou pegando suas malas.

– É claro Emma.

A madrugada foi uma tortura para a loira e durante o domingo, nada pode fazer, a não ser sentir seu coração ser esmagado cada vez mais sem poder conversar com a esposa. Henry ligou e por alguns bons minutos conversaram, ele disse que Regina estava abatida e não queria ver a outra por enquanto. Emma seguiu o conselho do filho e conhecia Regina. Por mais que nunca passou por nada parecido, sabia que se fosse atrás da mulher seria pior. Conversar de cabeça quente não iria prestar. Decidiu então esperar até segunda depois do serviço, pois mesmo que ambas trabalhassem no mesmo escritório, pouco se encontravam se não quisessem. E tinha certeza, se Regina fosse trabalhar, evitaria qualquer encontro.

A loira chegou pontualmente no prédio da empresa e como de costume, nos dias que não ia com a esposa, passou pela recepção perguntando se ela já estava lá e como em todas às vezes, a morena estava em sua sala há meia hora. Emma se segurou para não mudar seu trajeto e tentar conversar, mas preferiu seguir para o seu departamento, mantendo os seus planos. Cumprimentou ao longo do caminho várias pessoas e ansiosa parou em sua mesa. Respirou fundo olhando os papéis que estavam em cima, até notar uma nova pasta. Preta e de couro importado, delicadamente a abriu, enquanto se sentava na cadeira.

–Termo de Divórcio... – Emma se quer continuou a ler. Fechou a pasta e seguiu as pressas até a sala da esposa.

– Senhora, ela está no telefone. – tentou falar Jasmine, secretária de Regina.

Tal fato não parou Emma. A loira se quer escutou a mulher e entrou na sala, como se soltasse fogo do corpo, ou fosse um furacão. Jogou a pasta sobre a mesa de mulher, que além de assustada colocava o telefone no gancho.

– Desculpa Senhora, ela entrou...

– Não se explique, Jasmine. – Encarou a loira. – Pode nos deixar a sós.

Mal a porta havia sido fechada e a loira disparou a falar. – Como assim o divórcio Regina?

– Meus advogados trabalham vinte e quatro horas Senhorita Swan, não existe finais de semana para eles se divertirem. – Regina sorriu friamente. – Eu te disse, segunda os papéis estariam na sua mesa.

– Eu mereço a chance de te explicar Regina. – O tom de voz melancólico e o olhar não eram capazes de mascarar sua tristeza.

– Explicar? – A morena mantinha seu olhar frio e sua postura séria, por mais que seu coração doesse. – Você não se lembra o que aconteceu Emma. – Regina a encarou. – Por sinal, Senhorita Swan, meus advogados irão te procurar para conversar sobre a guarda de Henry.

– Cala a boca Regina! – Emma andou rapidamente até a mulher, do outro lado da mesa, puxado-a num tranco contra a parede. – Eu te juro que não aconteceu nada. Eu dei carona pra ela, realmente não me lembro nitidamente, mais eu juro que não aconteceu nada! – Suas mãos seguravam a mulher, além de forte, tão perto que estava impossível não sentir aquele cheiro tão amado de maça. –E eu estava de calça! Você sabe como eu fico quando bebo, eu durmo Regina. – Olhava no fundo daqueles olhos, como quem quisesse enxergar e mostrar sua alma.

– Eu não quero ouvir suas desculpas Emma. – Empurrou a loira, em vão, os braços fortes da mulher a seguravam firme. – Emma, me solta!

– Vamos conversar direito. Você sabe que eu te amo, Regina. – Emma relaxou o braço, desfazendo pressão sobre a morena.

– NÃO TEM CONVERSA! – Gritou Regina se desvencilhando dos braços brancos. – Eu nunca esperava isso de você, eu esperava qualquer coisa, mas nunca uma traição Emma. – Regina sentia a dor invadir seu corpo, conseguindo juntar forças mesmo que desabando na frente da última pessoa que queria. – Nós sempre fomos sinceras e parceiras. Sempre teve espaço o suficiente pra gente conversar sobre nosso relacionamento, você devia ter falado que não estava satisfeita Emma. – Tentava segurar as lágrimas, em vão. – Eu faria tudo que fosse preciso pra salvar a gente, mas você jogou fora, só que jogou não só o futuro, você jogou fora tudo que passamos. Nós tínhamos mais que uma história, nós tínhamos uma vida Emma. – Regina enxugou os olhos, engolindo o choro e tentando adquirir sua postura. – Tire à tarde de folga. – Olhou nos olhos verdes em contraste com o vermelho motivado pelo choro desesperado. – Agora pode se retirar. – Era mais que uma ordem de chefe para funcionário, era a suplica de uma mulher que sofria imensamente.

Emma não discutiu, não tinha mais cabeça para ver Regina sofrer, ainda mais por sua causa. Respirou fundo, saiu com a pasta na mão indo para a garagem. Pegou o carro e saiu dirigindo, sem direção exata. No caminho comprou duas garrafas de um vinho qualquer e um maço de cigarros.

Lá estava ela, terminando a segunda garrafa de vinho com a foto em uma das mãos e a pasta do divórcio na outra. Em meio a uma confusão de pensamentos, seu coração gritou “Não perca sua família.”

– Eu amo vocês. – A loira disse contra a foto. Ligando o carro.

Uma idéia tinha surgiu em sua cabeça, uma última chance para conversar com Regina. Ligou para um restaurante marcando reservas pra dali duas horas, não qualquer um, o melhor restaurante da cidade que por sinal era o favorito da mulher. Lá iria dizer o que realmente queria para a amada. Passou numa agência de turismo, comprando duas passagens para Veneza. Passou numa floricultura, um buque de rosas mistas e um cartão, por ultimo passou em uma joalheria e comprou o mais lindo anel*, uma flor de diamantes. Acelerou o carro para a casa, sua casa. Estacionou em uma esquina antes ajeitando todos os detalhes, pegou a pasta que continha os papéis da separação, assinou todas as páginas que tinham seu nome e colocou as duas passagens pra Veneza dentro, fechando-a. Pegou o cartão e rabiscou um rápido recado, colocou no meio do buque. Guardou a caixinha de veludo vermelha no bolso da jaqueta e desceu do carro se sentindo uma adolescente. Colocou a pasta e o buquê no chão, apertou a campainha e correu pra longe dali, onde observou Regina atender a porta, pegar ambas as coisas no chão e retornar para dentro da casa.

Emma esperava ansiosa por uma resposta. Acelerava o carro conforme a ansiedade gritava em seu corpo e seu coração. Não notou o sinal fechar em um dos cruzamentos principais da cidade. Sentiu apenas um impacto no seu lado do automóvel e rodopiou enquanto os dois únicos sons em sua mente eram o freio do carro cantando e os vidros sendo quebrados. Uma pancada na cabeça e fechou os olhos pensando em Regina, por último, vendo os olhos verdes do filho.


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Notas finais do capítulo

*http://meumesmo.files.wordpress.com/2011/07/captura-de-tela-inteira-18072011-230852-bmp.jpg

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